Surpresa, Reconciliações, Descobrindo e Ciúmes
Cheguei em casa aquela noite cansada pelo dia de trabalho, mas ainda mais pela tarde incrível com a minha pequena. A vontade que eu tinha era cair na cama e só acordar no dia seguinte. Mas quando entrei no quarto e vi a cama coberta por pétalas de rosas vermelhas e uma caixa no meio, a pequena mesa do canto posta para um jantar à duas com velas e tudo, logo vi que a minha ideia não seria assim tão simples.
Andei até a cama onde a caixa estava, vendo um pequeno bilhete escrito apenas "abra", com a caligrafia conhecida de Júlia.
Dentro, no meio de papéis de seda amassados para preencher aquela caixa grande demais, havia duas passagens de avião para o Brasil, além de vários folders de Noronha-se e fotos dos pontos turísticos mais bonitos de Noronha.
— Sei que você sempre quis fazer isso — Julia falou e eu me voltei, vendo-a parada à porta do closet com um pequeno sorriso. — Comprei para novembro, para o nosso aniversário de vinte anos. Já agendei tudo. Voo, hotel, excursão. Só falta você concordar.
— Você vai sair de férias em novembro? — perguntei, arqueando uma sobrancelha. Tínhamos tentado conciliar nossas férias para esse mês nos últimos cinco anos e nunca dera certo. Geralmente por causa dela. — Não faça promessas que não pode cumprir, Julia.
— Eu já falei com meu chefe. Está tudo organizado — ela tranquilizou, falando rápido enquanto se aproximava. — Já escolhi a pessoa para me substituir e dessa vez não tem como dar errado. Eu te prometo que dessa vez eu não vou voltar atrás. Vai dar tudo certo, meu amor. Nós vamos juntas.
— Se você mudar de ideia de última hora–
— Não vou! — ela me interrompeu apressada, envolvendo meus ombros e me abraçou, continuando a falar perto do meu ouvido. — Eu juro que não vou. Me desculpe por esse final de semana. Fui uma egoísta. Sinto muito mesmo. Por favor, diz que você vai comigo em novembro. Por favor.
— É Brasil, Julia — lembrei-a. — Como você acabou de dizer, fazer uma viagem e aproveitar o clima daquele país, fui agraciada na Amazônia da última vez é algo que sempre preenche seu eu. Além do mais, é nosso aniversário. Como posso recusar?
— Mesmo? — ela perguntou, se afastando apenas o suficiente para me encarar.
— Mesmo — confirmei com um sorriso, abraçando-a de volta quando ela se jogou nos meus braços mais uma vez.
— Senti sua falta essa semana.
— Também senti — murmurei, beijando seus cabelos. — E a propósito, você está linda.
— Isso? — ela perguntou, se afastando e deu um pequeno giro, mostrando seu corpo de todos os ângulos. — Tive uma reunião com o diretor nacional hoje. Só quis impressionar.
— Bem, não sei ele, mas eu estou impressionada — falei, puxando-a de volta e cobri sua boca, beijando seus lábios devagar, enquanto minha mão descia para suas nádegas que aquela saia preta justa deixava tão marcada.
Julia riu contra a minha boca antes de se afastar me levando junto até a mesa, onde jantamos enquanto conversávamos sobre nossa semana. Quando a arrastei para a cama mais tarde naquela noite, no entanto, tive que me esforçar mais que o normal para que ela não percebesse que eu estava cansada e que não estava com nem um pouco de tesão acumulado. Por muito pouco tive que fingir um orgasmo, mas quando ela ficou de quatro para mim tudo que precisei fazer foi imaginar que estava de volta ao apartamento de Bru e que era a minha pequena que estava ali com a bunda empinada para mim. Depois disso, o gozo veio fácil.
— Você viu aquela loira que chegou com o Renatinho da viagem da praia? — Julia perguntou enquanto voltávamos para casa.
Tinha ido com ela ao shopping para comprar algumas coisas que ela estava querendo, mas acabamos com o carro cheio de sacolas, tanto minhas quanto dela e almoçando por lá mesmo.
— Larissa?
— Sim. Você a conhece?
— Ele já a levou lá em casa algumas vezes, mas parece que agora estão namorando de verdade.
— Mesmo? — ela perguntou surpresa.
— Ao que tudo indica, sim. E Marcos também está com namorada, caso você não saiba.
— Namorada ou mais um casinho?
— Namorada mesmo. Oficial. Ele disse até que está apaixonado.
— Meu Deus!
— Você precisa conversar mais com seus filhos, Julia — comentei, rindo da sua falta de informação, embora falasse sério sobre pensar daquela forma.
— Eu sei — ela murmurou, deslizando um pouco no banco do passageiro ao meu lado e cruzou os braços. — Você a conheceu? Ela é bonita?
— Conheci há cerca de um mês. Ela veio aqui quando você estava viajando. E sim, ela é bem bonita.
Chegamos em casa e deixei o carro perto da porta de entrada, começando a levar as sacolas com a ajuda da nossa governanta que apareceu de repente tendo nos ouvido chegar. Enquanto levava as coisas para o andar de cima com ela e Julia, ouvi minha esposa perguntando onde as "crianças" – como ela insistia em chamá-los – estavam.
— Renatinho saiu e Marcos está na sala de jantar com alguns amigos.
— O grupo de estudos — lembrei. — Ele me pediu essa semana para estudar aqui com os amigos para uma prova que tirou nota baixa.
— Marcos tirou nota baixa? — Julia perguntou surpresa.
— Longa história. Depois te conto.
Deixamos tudo no quarto e então descemos juntos até a sala de jantar para ver se estava tudo bem. E principalmente para conferir se eles estavam estudando mesmo e que não havia bebida alguma envolvida, antes de irmos para a piscina como Julia queria fazer.
Mas quando entramos na sala de jantar, encontrando os amigos de Marcos sentados à mesa, pilhas de livros espalhados pelo tampo livre de louça e talheres, meu olhar não varreu o cômodo procurando alguma bebida ou algo que indicasse que eles não estavam estudando. Porque assim que abri a porta, minha atenção foi instantaneamente desviada para última pessoa que esperaria encontrar ali, como se meus olhos fossem atraídos por um ímã.
Minha pequena estava ali.
Tentei esconder minha surpresa e agir naturalmente, mas foi bem difícil. Por sorte, Julia estava ocupada demais falando com Marcos e alguns amigos que ela conhecia, sendo apresentada aos demais, para perceber que eu ainda estava parada em completo choque, encarando Bru que parecia evitar meu olhar a todo custo, olhando apenas para os livros à sua frente.
E quando ouvi Marcos falando seu nome, ao apresentá-la à mãe, eu quase gemi em desespero, minha aflição piorando quando ele falou comigo.
— A senhora lembra dela, mãe? — Marcos perguntou. — Daquele dia da festa.
— Claro — falei num tom forçado, tendo que pigarrear para minha voz sair mais natural e me obriguei a respirar fundo e agir naturalmente. — Como vai, Brunna?
— B-bem, obrigada — ela gaguejou, seu rosto corando intensamente quando ela finalmente olhou na minha direção. — Tudo bem com a senhora?
Senhora? Bru estava mesmo me chamando de senhora? Sabia que era apenas para manter as aparências, mas não deixava de ser estranho. E ainda mais estranho foi eu ter gostado do som.
— Sim... Sim, tudo bem.
— Bru está nos ajudando com Química — Marcos explicou. — Ela é tipo um gênio ou algo assim. Sabia que ela é uma sophomore?[sophomore: Aqueles que estão no segundo ano, Bru é um ano avançado deles e estuda com os mesmo sendo mais nova]
— Mesmo? E está ajudando vocês? — Julia perguntou, arqueando as sobrancelhas em surpresa.
— É. Mas está na turma de Química Avançada.
— E é minha orientadora nas aulas extras de Inglês — um dos garotos comentou, olhando para Bru com algo que parecia muito com admiração.
— Ora, então ela é mesmo inteligente — Julia comentou com um sorriso, se aproximando mais de Bru. — É um prazer conhecê-la, Brunna, lindíssima parece uma boneca.
— Igualmente, senhora Oliveira — Bru respondeu com a voz trêmula, apertando a mão que Julia tinha estendido na sua direção.
— E obrigada por ajudar meu filho — ela agradeceu, ainda apertando sua mão. E foi então que levei mais um susto, como se toda aquela situação bizarra não fosse suficiente. — Que pulseira linda.
Percebi que Bru quase puxou a mão de volta, seu corpo se contraindo e eu resolvi agir antes que as coisas piorassem ainda mais.
— Julia, vamos deixá-los sozinhos. Eles precisam estudar.
— Ah, claro. Não quero atrapalhar.
Saímos da sala logo em seguida, não sem antes eu lançar um rápido olhar para Bru, que nos observava ainda com o rosto corado. Em que realidade eu poderia ter imaginado o momento em que minha esposa conheceria minha garota dentro da minha casa e a trataria com tanta educação?
Meu coração batia descompassado no meu peito enquanto eu tentava me acalmar, mas de nada adiantava. Estávamos na área da piscina, mas sentadas à sombra em uma das mesas com guarda sol e Julia acabou desistindo de manter uma conversa quando viu que eu não estava tão atenta, pegando um livro e me ignorando por completo.
Tudo que conseguia pensar era que Bru estava na minha casa. Tudo bem que não era a primeira vez que isso acontecia, mas agora as circunstâncias eram outras. E mais: Bru tinha conhecido minha esposa e falado com ela. Isso era outra coisa que não saía da minha mente. Aquele momento em que as duas apertaram as mãos, como se não tivessem nada que as ligasse além dos meus filhos. E então Julia tinha visto a joia que eu dera à Bru no dia anterior, logo depois de fazermos sexo com quase violência. A joia que Bru ainda estava usando, mesmo depois de ter feito aquela confusão para aceitá-la. E mesmo sendo loucura ficar feliz naquele momento, foi impossível conter o sorriso que brotou no meu rosto apenas por aquilo. Por Bella estar usando o presente que lhe dei.
Um pouco depois Esme teve que entrar na casa para atender uma ligação e voltou apenas para avisar que iria encontrar uma amiga que estava grávida e voltaria antes do jantar. Cerca de meia hora depois ouvi a agitação crescente vinda do interior, até que Marcos e os demais apareceram brincando e rindo, mas logo pararam quando me viram.
— Só estamos dando uma pausa para refrescar a mente, mãe — Marcos avisou logo, antes que eu falasse qualquer coisa. — Quinze minutos e já vamos voltar a estudar.
Não falei nada, apenas passando o olhar pelo grupo, e quando não vi Bru entre eles, levantei e entrei na casa, tentando andar calmamente. Fui direto para a sala de jantar, encontrando-a ainda sentada à mesa, parecendo corrigir algo no papel à sua frente.
— Por que você não me avisou nada, Bru? — perguntei num sussurro, fechando a porta atrás de mim.
Ela se sobressaltou com minha entrada súbita, levando uma mão ao peito enquanto eu me aproximava, parando perto dela.
— Que susto, Ludmilla! — ela reclamou, respirando fundo para se acalmar.
— Por que você não me avisou nada sobre isso? — insisti.
— Eu não vinha, ok? — Bru respondeu, falando tão baixo quanto eu. — Quando o Marcos me pediu para ajudá-lo com os estudos, falei que ia pensar, mas então ele disse que seria aqui e eu falei logo que não dava. Inventei que tinha um compromisso para hoje.
— E ainda assim você veio.
— Hey, não vem falando como se eu tivesse feito isso de propósito — ela alertou num tom um pouco mais alto. — Você acha que eu gostei de conhecer sua esposa?
— Fala baixo — pedi apressada, falando por entre os dentes. — Vem comigo.
Antes que ela reagisse, eu já a puxava pela mão, praticamente arrastando-a para fora da sala e então para o corredor, chegando ao meu escritório e trancando a porta atrás de mim.
— Marcos me ligou hoje pela manhã quase implorando para que eu viesse — Bru continuou, se afastando um pouco e levou uma mão aos cabelos. — Ofereceu trezentos reais por pessoa se eu fizesse isso. São cinco pessoas, Ludmilla. Você sabe que eu preciso desse dinheiro. Preciso comprar os livros extras que os professores vão passar quando começar o novo semestre.
— Eu posso comprar esses livros para você, Bru — retruquei impaciente, tentando me aproximar, mas ela se afastou mais.
— Eu não quero seu dinheiro! Quantas vezes vou ter que falar isso?
— E você prefere vir a minha casa e conhecer a minha esposa, arriscando o nosso caso e meu casamento por causa de trezentos reais?!
— Eu não fiz nada! — ela quase gritou. — Sua esposa não desconfiou de nada. Nem mesmo quando viu essa estúpida pulseira.
— Fala baixo,Brunna!
Nós duas nos calamos ao mesmo tempo, ficando nos encarando sem falar nada, uma desafiando a outra a ser a primeira a ceder. E é claro que eu fui a mais fraca, como sempre era em tudo que dizia respeito àquela garota.
— Desculpe — pedi por fim, tentando me aproximar de novo e dessa vez Bru não recuou. — Eu sei que você não fez isso de propósito. Eu fiquei surpresa, só isso. Levei um susto quando te vi aqui.
— Não deu para avisar. Foi muito em cima da hora.
— Eu sei.
— E amanhã eu venho de novo.
— Eu... De novo?! — perguntei, parando no meio do movimento de levar uma mão ao seu rosto.
— É, Ludmilla. De novo. Marcos pediu para eu ajudá-lo com Biologia também.
— Você é boa em Biologia também?
— Marcos só está com dúvida na parte prática, de laboratório. E essa parte é fácil para mim — ela falou apenas, dando de ombros.
Àquela altura a raiva causada pelo susto já tinha ido embora completamente e quando dei por mim já estava rindo enquanto me aproximava mais, envolvendo sua cintura com um braço até estar com o corpo colado ao seu.
— Minha pequena nerd gostosa — murmurei, fazendo-a rir também e levei meu rosto ao seu pescoço, aspirando aquele perfume delicioso. — Desculpe por gritar com você, Bru.
— Me desculpe também — ela sussurrou, envolvendo meu pescoço com seus braços e ficamos ali um pouco, apenas abraçadas, até que ela começou a recuar.
— Onde você vai? — perguntei, segurando-a pela cintura para impedi-la de se afastar mais.
— Preciso voltar. Os meninos devem estar esperando por mim.
— Os meninos estão na piscina, Bru. Tenho certeza que eles não vão lembrar de voltar para estudar até que alguém vá lá chamá-los.
— Mas... — Tentei cobrir sua boca com a minha, mas Bru virou o rosto para o lado e tentou me empurrar pelo peito, embora sem muito esforço. — Ludmilla, sua esposa–
— Ela não está em casa — falei apenas, interrompendo-a e no segundo seguinte a beijava, dessa vez sendo correspondida de imediato.
Lentamente a fiz andar de costas até que ela estava entre meu corpo e a mesa de madeira, logo prensando meu quadril contra o seu, deixando que ela sentisse meu membro começando a ficar duro só com aquele beijo. Mas quando minha mão chegou ao seu seio, sentindo a ausência do sutiã, ganhei mais um motivo para ficar dura. Bruscamente puxei-a para cima, fazendo-a sentar na mesa, me deixando entre suas pernas, e quando Bru levou uma mão ao meu membro, me tocando por cima da calça, eu gemi contra sua boca, mordiscando seu lábios inferior.
— Porra, pequena. Eu preciso de você.
— Não dá agora — ela murmurou, parando de me tocar, para minha completa frustração. — Preciso voltar para lá.
— Eu sei — concordei num resmungo, deixando-a descer, mas não me afastei de imediato. — Mas agora fiquei com vontade de te foder na minha mesa, com você jogando meus papéis no chão enquanto goza para mim.
Um murmúrio frustrado saiu da sua boca e ela sacudiu a cabeça como se tentasse se livrar de alguma imagem ou pensamento.
— Preciso ir.
— Tudo bem. — Bru já estava quase na porta quando uma ideia me ocorreu. — Eu te levo em casa quando você acabar.
— Ficou doida?!
— Ninguém vai desconfiar, Bru. Posso dizer que tenho algo para fazer por aquele lado.
— Melhor não, Ludmilla. E de qualquer forma, Pedrinho já se ofereceu para me dar uma carona.
— Pedro? Quem é Pedro? — perguntei, sentindo a raiva voltar por algum motivo que eu nem entendia, apenas por ouvi-la dizendo que ia para casa com um dos garotos daquela sala. — Aquele ruivinho?
— É.
O Ruivinho que tinha olhado para Bru com admiração ao dizer que ela lhe dava aulas extras de Inglês.
— Eu não quero que você vá com ele, não é apropriado — falei apenas, num tom mais duro do que pretendia.
Para minha frustração, Bru sorriu, parecendo achar graça das minhas palavras.
— Ciúmes, Ludmilla? — ela perguntou, arqueando uma sobrancelha, embora fosse muito óbvio o que eu estava sentindo. Estava estampado na minha cara.
Sem falar mais nada, Bru apenas jogou um beijo no ar para mim e saiu do escritório, me deixando sozinha, dura e frustrada por estar com ciúmes de alguém que era minha, mas que eu não podia declarar isso em voz alta e clamá-la como minha.
À noite, o que eu mais queria era falar com Bru e perguntar se ela tinha ido mesmo com o tal de Pedro para casa. Ou melhor, perguntar se havia algum interesse seu naquele moleque atrevido, de nariz arrebitado metido a homem.
Mas nas duas vezes que liguei, ela não atendeu. Cheguei a pensar que ela ainda estava chateada pela nossa pequena discussão, mas logo em seguida recebi uma mensagem sua dizendo que estava tentando consolar a mãe por ter brigado com seu namorado e que me ligaria mais tarde se desse. Fiquei esperando pela ligação que não veio e tudo que pude fazer foi esperar pelo dia seguinte quando poderia ver Bru novamente, mesmo que de relance, e torcer para nada sair errado.
Quando ela chegou, no entanto, acompanhada de Marcos, tive o azar de ela ter entrado em casa no mesmo instante em que Julia me beijou, se despedindo antes de ir para o seu tradicional dia de leitura no clube. Foi um beijo rápido, mas o suficiente para que eu visse Bru desfazendo o sorriso e travando o maxilar, seu olhar endurecendo um pouco.
Tentei pedir desculpas com o olhar, mas Bru não deu atenção, seguindo Marcos, dessa vez para a sala, já que seriam apenas os dois hoje.
Fiz uma anotação mental para conversar com ela sobre isso amanhã e me obriguei a tirar da mente o fato de que Bru estava na minha casa. Fui para a piscina como já tinha planejado, encontrando Renatinho com Lari dentro da água. Apenas pigarreei para anunciar minha presença, quando percebi que o clima entre os dois estava um pouco exagerado para o local e deitei em uma das espreguiçadeiras, aproveitando o sol.
Por volta de uma da tarde, pedi para servirem alguma comida leve na piscina mesmo e pedi para avisarem a Marcos, caso ele quisesse comer conosco. Sabia que era um erro da minha parte, porque Bru viria junto. E pouco depois os dois se juntavam à nós, Bru andando atrás de Marcos como se tivesse com medo de algo.
— Como está indo os estudos? — perguntei a Marcos, tentando agir com naturalidade, enquanto comíamos, Renatinho e Lari preferindo ficar numa mesa separada, trocando carícias entre uma garfada e outra.
— Melhor do que eu imaginava — Marcos respondeu. — Voltamos para Química agora, porque a parte de Biologia foi bem fácil. Eu só estava travado com uma informação, mas quando Bru explicou de uma forma bem diferente do professor, tudo fez sentido.
— Às vezes alguns professores explicam como está nos livros, mas na prática não é tão simples — comentei.
— É. E graças à pequena gênio aqui — Marcos falou, dando um soco de brincadeira no ombro dela, fazendo-a rir pela primeira vez desde que sentara — não vou me ferrar nessa prova. Acho até que vou comprar um presente para você.
— Não precisa — ela murmurou, desviando o olhar para seu prato. — Além do mais, você está me pagando por essas aulas. Não é como se estivesse fazendo de graça.
— Mas não é suficiente. Você não tem noção do que está salvando me ajudando com isso — ele exclamou num tom enfático, olhando sugestivamente para mim. — A velha aí ameaçou tirar meu carro e minha mesada se eu tirasse outra nota baixa.
— A senhora fez mesmo isso? — Bru perguntou, falando comigo depois de um breve momento de hesitação, não sei se por recear falar comigo ou por ter que pensar antes para lembrar de me chamar de "senhora" de novo. E mais uma vez aquele som me deixou fascinanda.
— Apenas para fazê-lo se esforçar mais. E pelo visto está dando certo.
— Viu só? — ele falou, voltando a atenção para Bru mais uma vez. — Eu definitivamente preciso comprar um presente para você. Algo bem caro, com a mesada que não vai ser tirada de mim.
— Não precisa. De verdade, Marcos. Você tirar uma nota boa já será o suficiente, por ver que valeu a pena esse tempo.
— Nem adianta reclamar. Diz alguma coisa que você queira. Qualquer coisa. Um vestido, um sapato, brincos? Livros? Yris disse que você adora ler.
— Eu não–
— Marcos, não insista — interrompi-a, falando firme quando vi seu rosto corando e aquela típica expressão que sempre aparecia quando ela estava frustrada com algo. — Ela já disse que não quer nada.
Marcos não insistiu, para felicidade de Bru, mas eu vi no seu rosto que ele não desistiria assim tão fácil. Se havia uma coisa que meu filho tinha puxado da mãe era a teimosia. E de mim essa mania de dar presentes. Mas quando seu celular tocou no bolso da sua bermuda aquele assunto logo foi esquecido, ainda mais quando ele viu que era Yris ligando. Ele rapidamente pediu licença, entrando correndo na casa.
No segundo seguinte em que ficamos sozinhas, nossos olhares se encontraram e foi como se uma bolha tivesse nos envolvido. Meu olhar vagava pelo seu corpo, querendo ver mais do que aquela blusa de mangas escondia, enquanto ela fazia o mesmo, com a diferença que eu estava apenas de um shortinho folgado. Então à medida em que ela vagava seu olhar pelo meu corpo, minha respiração foi ficando mais e mais acelerada e eu via que o mesmo acontecia com ela, seus seios subindo e descendo cada vez mais rápido.
Lancei um rápido olhar para meu outro filho, vendo que ele estava muito ocupado com a boca da namorada e levantei sem me preocupar em esconder o volume que se formou exibindo, percebendo quando Bru mordeu o lábio ao olhar naquela direção. E tudo que fiz foi lhe lançar um olhar, num pedido silencioso para que ela me seguisse.
Andei apressada até o meu escritório, torcendo para não encontrar alguém no caminho e entrei. Esperei encostada ao lado da porta até que Bru surgiu. Assim que ela entrou, tranquei a porta e logo prensei Bru contra ela.
— Você é louca mesmo — ela murmurou, envolvendo meu pescoço quando a ergui pela cintura, mas seu short jeans justo e comprido demais atrapalhava.
— Você me deixa assim — sussurrei, carregando-a até a minha mesa e a sentei ali, exatamente como no dia anterior. Levei minhas mãos até o botão do seu short, abrindo-o com pressa. — Eu quero você agora.
— Ludmilla, não dá — ela retrucou, sua voz arfante, tentando deter minhas mãos. — Não dá tempo. Marcos está–
— Shi- Marcos está ocupado falando com a namorada — interrompi-a, abrindo sua blusa, revelando um sutiã preto. — E eu estou doida para gozar com você.
Daquele momento em diante, Bru não falou mais nada, deixando que eu terminasse de tirar seu short, levando a calcinha junto. Mas quando sua sandália atrapalhou na hora de tirar as peças por completo, apenas a puxei de volta para o chão, girando-a de costas para mim e a fiz se debruçar sobre a mesa, antes de colocar meu membro para fora do folgado short e entrar nela de uma vez.
Nós duas gememos juntas, tornamos uma com aquela invasão e eu logo me movia rápida dentro dela, segurando-a pelo quadril para manter o controle. Não sei se pelo perigo de alguém chegar ou por sabermos que não tínhamos muito tempo, mas não demorou muito para o gozo vir, dessa vez primeiro para mim, Bru só me acompanhando quando levei uma mão ao seu clitóris, fazendo-a gozar em poucos segundos.
Deixei meu corpo cair por cima das suas costas, afastando seus cabelos para beijar seu pescoço úmido de suor.
— Você é perfeita, pequena — murmurei, beijando seu rosto de leve, nossas respirações ainda aceleradas.
Lentamente, encontrando um pouco de dificuldade de me mover de outra forma depois de gozar tão rápido, saí de dentro dela e dei a volta à mesa, pegando uma caixa de lenços de dentro de uma gaveta, que estendi a Bru para que ela pudesse se limpar.
Esperei que ela estivesse completamente vestida e a puxei para meu corpo mais uma vez, beijando seus lábios sem pressa, nem um pouco preocupada com o fato de que tinha acabado de ver que fazia mais de meia hora que estávamos ali dentro. Essa provavelmente tinha sido a rapidinha mais longa da minha vida.
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Não ataquem a Lud haha estou lendo algumas revoltas mas vamos com calma. Eiiii essa semana só poderei atualizar no meio da semana, então não fiquem bravos♥️
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