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Meu presente para você

Olha quem voltou! Estou bastante feliz com as visualizações e estamos chegando nos 5K ♥ mas tenho reparado que poucos comentam e votam, já que vocês amam metas, bora lá 200 comentários nesse capítulo e 400 votos na fanfic e volto com a atualização rápida 😉♥ É com vocês

Era domingo, por volta das dez da manhã, quando uma mensagem de Brunna chegou no meu celular. Estava na área da piscina deitada em uma das espreguiçadeiras apenas aproveitando o sol e lancei um rápido olhar para Julia que estava embaixo de um guarda-sol, digitando algo com afinco no seu laptop.

As vezes Julia ficava tão focada e viciada em seu trabalho, que esquecia até de aproveitar um dia de sol e descanso. Ao menos dessa vez isso iria me beneficiar.

Sentei na espreguiçadeira e enxuguei a fina camada de suor que tinha brotado na minha testa, antes de ler a mensagem.

"Dra. Oliveira, eu estou com uma dúvida sobre o remédio que o médico passou."

Sorri diante daquelas palavras. Brunna tinha sido cuidadosa e escrevera algo que estaria fora de suspeitas caso alguém visse aquela mensagem antes de mim, sabendo que eu estava em casa.

"Oi, minha pequena. Saudade de você", escrevi de volta, me forçando a tirar o sorriso tolo que tinha aparecido no meu rosto apenas por estar falando com ela.

"Saudade também. Está podendo falar?”

"Só por mensagem, por enquanto."

Não queria correr o risco de entrar na casa para falar com ela e Julia acabar entrando também por qualquer motivo que fosse, ou ainda encontrar com um dos meus filhos que estavam em algum lugar da casa.

"Só queria te dizer que eu tomei minha decisão, sem influência dos meus hormônios. Eu quero que você seja a minha primeira."

Eu quero que você seja a minha primeira. Eu quero que você seja a minha primeira.

EU. QUERO. QUE. VOCÊ. SEJA. A. MINHA. PRIMEIRA!

Aquelas palavras pipocaram na minha mente, de novo e de novo, e eu já não fazia ideia de quanto tempo tinha passado encarando a tela do celular à minha frente. Mas eu sei que não foi pouco. Não mesmo. Me sentia completamente paralisada, apenas despertando quando ouvi os gritos de Renatinho e Marcos que passaram correndo ao meu lado, um empurrando o outro, e então caíram na piscina.

Levantei de um salto e praticamente corri para dentro da casa, mas tentei ao máximo aparentar uma normalidade que não sentia, apenas para o caso de Julia me ver saindo.

Nem bem tinha fechado a porta do meu escritório e a chamada já completava, o celular apertado com força contra o meu ouvido.

— Você tem certeza? — perguntei antes mesmo que ela falasse algo, a ansiedade e excitação transparentes na minha voz.

— Tenho — ela respondeu sem titubear. — Isso é, se você quiser, é claro.

— Se eu quero? Está brincando comigo? — murmurei, me jogando no pequeno sofá que havia ali. — Você tem noção do quanto te quero? Tem  noção do quanto eu estou dura nesse momento só por você falar que quer que eu seja a sua primeira? — Respirei fundo algumas vezes tentando pensar com clareza, mas de nada estava adiantando. Só de imaginar que logo estaria transando com ela como há tanto queria, já ficava ainda mais dura.

— Você está sozinha em casa?

— Agora sim, mas minha mãe foi apenas ao supermercado. Daqui a pouco deve estar de volta. Talvez ela saia de novo mais tarde e se isso acontecer, eu te aviso.

— Não. Espera. Não dá para ser assim
— falei, finalmente conseguindo pensar ao menos um pouco em algo que não me envolvia fodendo seu corpo até a exaustão. — Precisamos ver umas coisas antes. Além do mais, já falei que não quero fazer isso e ter que sair correndo logo depois. Vamos precisar de mais tempo.

— Amanhã...

Ainda não será tempo suficiente. — Suspirei, tentando pensar numa alternativa. — Você já foi ao ginecologista alguma vez?

— Não — ela respondeu num tom baixo.

— Então vou marcar uma consulta para você amanhã. Tudo bem assim? 

— Acho que sim.

— Você precisa disso. Vou marcar para logo após a sua aula, assim posso te levar. Só não vou poder entrar com você, mas fico te esperando do lado de fora.

— Eu posso ir sozinha — ela falou com a sua mania de ser independente.

— Eu quero ir com você, Brunna — retruquei. — Fale para o médico que você está pensando em fazer sexo — instruí, continuando a manter a mente focada nas cisas práticas. — Ele vai perguntar se você quer começar a tomar anticoncepcional e vai passar alguns exames.

— Mais alguma informação, Dra. Oliveira? — ela perguntou com ironia, me fazendo rir. — Seria muito bom se você parasse de falar comigo como se fosse sua paciente, sabia?

— Eu só estou tentando desviar minha mente do quanto preciso da sua boca no meu pau nesse momento— despejei de uma vez, ouvindo-a arfar de leve do outro lado. — E agora eu vou precisar me trancar no banheiro para bater uma pensando em você, apenas sonhando com o dia em que vou me enterrar nessa entrada apertada, te fazendo gemer em baixo de mim. 

O silêncio se seguiu às minhas palavras, mas apenas porque não era necessário que algo fosse dito. Apenas ficamos ouvindo a respiração uma da outra, minha mão calmamente deslizando sobre meu sexo.

— Preciso ir agora, pequena — avisei, já ficando em pé, rumando para o que pequeno banheiro que havia no meu escritório. — Amanhã, na frente da biblioteca, no mesmo horário?

— Uhum.

— Ok. Até amanhã. Quando for dormir essa noite, pense na minha boca te chupando bem forte.

— Acho que isso vai ser bem fácil de imaginar.

Praticamente rugi contra o aparelho antes de encerrar a ligação. No segundo seguinte já estava com meu membro apertado dentro na minha mão, batendo uma tão forte que chegava a doer.

xxx

— Nós ainda temos quarenta minutos antes da consulta — avisei quando Bru entrou no meu carro no dia seguinte depois da sua aula. — Quer ir em casa trocar de roupa?

— Acho melhor. Isso aqui chama muito a atenção — ela falou, olhando para seu uniforme sempre impecável.

— Um pouco — concordei, como sempre seguindo com a mão para sua coxa, apenas pelo prazer de tocar sua pele macia. — A médica que marquei para você se chama Caroline Dias. Eu não a conheço pessoalmente, mas sei que ela é muito bem conceituada.

— Ela não vai ligar para minha mãe ou nada disso, não é?

— Não, ela não vai — respondi, rindo de leve do seu nervosismo. — Mas, por via das dúvidas, quando preencher sua ficha coloque o número do celular, porque eles costumam ligar quando o resultado de algum exame fica pronto.

— Sugestão anotada.

Dessa vez, depois que deixei Brunna em frente ao edifício não fui estacionar em lugar algum, indo direto para um drive-thru que havia ali perto e comprei hambúrguer para nós duas. Quando Brunna saiu novamente, cerca de dez minutos depois usando um conjuntinho saia e top creme, eu já estava esperando-a.

— Você e sua mania de deixar as pernas de fora para me tentar — comentei depois que ela entrou e colocou o cinto de segurança.

— Essa roupa nem é curta — ela pontuou, o que de fato não era verdade, porque aquele conjuntinho ia em cima do seus joelhos.

— Depende do ponto de vista — devolvi, já colocando a mão na sua perna, puxando a peça para cima até quase deixar suas coxas completamente expostas.

Brunna riu enquanto puxava o saco de papel com nosso "almoço" e comeu a sua parte. Dirigi até o consultório da médica, deixando para comer apenas quando chegasse lá. No caminho ela fez mais algumas perguntas, querendo saber se ia precisar tirar a roupa logo na primeira consulta, se alguma parte doía, se era verdade que os consultórios de ginecologistas eram muito gelados, e eu apenas ria com sua curiosidade nervosa, respondendo tudo calmamente.

Chegamos ao local faltando cerca de dez minutos para a consulta de Camila e eu estacionei num canto. Tirei o cinto quando Brunna fez o mesmo e abri o compartimento entre os bancos para pegar minha carteira.

— Aqui está — falei, lhe entregando o dinheiro.

— O que é isso? — ela perguntou, franzindo o cenho para as três notas em sua mão.

— O dinheiro da consulta. Não sei quanto vai ser os exames que ela vai passar, mas essa parte só precisa pagar no dia.

— Trezentos dólares?! — ela exclamou num tom chocado e eu a encarei sem entender aquela reação. — Você marcou uma consulta para mim que custa trezentos dólares?

— Saúde é caro, Brunna — falei apenas.
— Além do mais, essa médica é muito boa.

— Mas Ludmilla, isso é muito para se pagar por causa de uma simples consulta. Eu tenho plano de saúde. Posso muito bem-

— Brunna, não vamos discutir por causa disso, está bem? — a interrompi, afastando seu cabelo do rosto e acariciei sua face gentilmente. — Nós já estamos aqui e eu realmente não me incomodo de pagar isso.

— Claro, porque você tem dinheiro para gastar à vontade, mas-

— Exatamente, Bru — a interrompi novamente, puxando seu rosto para perto do meu. — É o meu dinheiro e como eu já disse, não me incomodo. Agora vá logo antes que acabe se atrasando.

Depositei um pequeno beijo nos seus lábios e Brunna acabou cedendo, saindo do carro em seguida, mas não sem antes soltar um resmungo de indignação. Sorri diante da sua teimosia, começando logo a comer enquanto a esperava.

xxx

Cerca de meia hora depois ela saía, seu rosto tão corado que me deixou preocupada.

—  Que vergonha! Juro que nunca mais piso ali dentro —  ela falou assim que entrou no carro, antes mesmo que eu pudesse perguntar se estava tudo bem.

— O que aconteceu? 

— Aquela recepcionista idiota me fez pagar o maior mico da minha vida. Vamos logo sair daqui, por favor — Brunna praticamente implorou, colocando o cinto novamente, e eu me apressei a ligar o motor e dirigir para fora do estacionamento. — Eu estava marcando os exames com ela, como você me instruiu, e do nada ela me entregou três camisinhas, na frente de todo mundo. Disse que eu deveria usar, enquanto não começava a tomar o anticoncepcional.

— Bem, ela está certa.

— É, Ludmilla, eu sei disso. Mas ela não precisava ter feito isso na frente das outras pacientes. Ficou todo mundo olhando para mim e rindo — Brunna resmungou, enterrando o rosto nas mãos e ficou assim por alguns segundos. — Ok, talvez não tenha sido na frente de todo mundo, mas tinha duas pacientes no balcão ao meu lado e elas com certeza ouviram.

Mordí os lábios para evitar rir, sabendo que isso só iria irritá-Ia, achando melhor mudar de assunto.

— Como foi a consulta?

— Normal, eu acho — ela respondeu ainda naquele tom zangado, mas então respirou fundo, sentando melhor no banco. — Quer dizer, foi mais ou menos como você falou que seria, só que mais gelado. Ou talvez eu só estivesse nervosa.

— E quais exames ela passou?

Brunna abriu sua bolsa e tirou de dentro os papeis dos exames solicitados, lendo-os para mim, e disse que tinha conseguido marcar tudo para o dia seguinte mesmo, para depois da sua aula de monitoria.

— Quando vocé vai menstruar de novo? — perguntei simplesmente, mas Brunna demorou um pouco para responder, não sei se por estar fazendo as contas dos dias ou por vergonha de falar daquilo comigo, findando por responder apenas um "daqui a trés dias" tão baixo que eu quase não ouvi. — Eu conheço esse laboratório. Vou ligar para lá e pedir que eles liberem seu resultado amanhã mesmo, para que você possa voltar ao consultório na quarta e começar a tomar o remédio no dia certo.

— Eu não vou deixar você pagar esses trezentos dólares de novo, Ludmilla. De jeito nenhum.

— Não é preciso pagar quando é consulta de retorno, Brunna — tranquilizei-a. — Você lembra o endereço, não é? Consegue vir sozinha?

— Acho que sim.

Chegamos ao seu apartamento faltando apenas vinte minutos para que eu precisasse estar no hospital de novo, então achei melhor não descer ou acabaria chegando atrasada para uma reunião.

— Esses exames não devem custar mais que duzentos dólares — falei, já pegando minha carteira novamente depois de tirar o cinto. — Vou te deixar com quatrocentos para que você possa ir de táxi amanhã e na quarta para a consulta, já que não vou poder te acompanhar. E se o dinheiro der, compre o anticoncepcional, está bem? Caso falte, me avise que eu venho aqui na quarta depois do trabalho e te trago mais dinheiro.

Pela sua expressão, percebi logo que Brunna ia falar algo, sua testa enrugada e seus braços cruzados numa nítida postura de desafio. Então eu me adiantei logo e a puxei pela nuca para um beijo calmo, sentindo o sabor doce da sua boca, apenas soltando-a quando a senti relaxar.

— Eu quero pagar por essas coisas, está bem?

— Não quero que você fique gastando seu dinheiro comigo.

— Não é só para você, lembra? Estou fazendo isso por nós duas — falei, sorrindo quando vi seu rosto corar um pouco. — Só estou cuidando do que é meu. Você é minha, não é? — perguntei num sussurro, passando a beijar seu pescoço, sentindo-a estremecendo de leve.

— Uhum.

— Só minha — murmurei sem interromper os beijos. — Ninguém mais pode te tocar a não ser eu. Você só pode gozar com meus dedos ou com a minha boca. E logo eu vou te fazer gozar com meu pau aqui dentro — sussurrei, levando uma mão para o meio das suas pernas, indo direto para o seu sexo. — Você quer isso?

— Q-quero.

— Eu vou bem devagarzinho, até você se acostumar comigo dentro de você, então vou te foder rápido e forte e te fazer gritar meu nome quando gozar.

Fiquei ainda mais um pouco tocando-a por cima da calcinha, ouvindo seus tímidos gemidos perto do meu ouvido, querendo mais que tudo levá-la para o seu quarto ali perto e fazé-la gozar antes de pedir para ela me chupar de novo, mas meu celular tocando nos interrompeu.

Me afastei com um resmungo, mas permaneci com a mão entre as suas pernas, enquanto lia a mensagem que minha secretária tinha enviado, avisando que os chefes dos setores do hospital já estavam à minha espera para começarmos a reunião.

— Eu preciso ir — avisei com pesar, recostando a cabeça no encosto do banco.

— Ok.

— Posso te ligar hoje à noite?

— Só se for entre as dez e onze horas — ela falou, colocando o vestido de volta no lugar e pegou sua bolsa. — Tenho um trabalho para apresentar amanhã e preciso dormir cedo.

— Tudo bem. — Puxei-a para um beijo rápido e fiquei observando enquanto ela entrava no prédio, só então começando a dirigir de volta para o hospital.

Naquela noite, no entanto, Julia grudou em mim de tal forma que não consegui um minuto livre sequer. Foi com um crescente desespero - que eu fiz o possível para não deixar transparecer - que eu vi meu relógio de pulso marcar dez da noite e então onze. Já passava da meia noite quando ela dormiu depois de cavalgar em cima de mim, me deixando gozar dentro dela, pouco depois de ela também gozar.

Apesar de não sentir mais tanto desejo por Julia depois que experimentara o prazer com Brunna, transar com ela ainda era fácil e me ajudava a acalmar os ânimos quando eu sabia que teria que ficar mais três dias sem ver Brunna.

Assim que acordei na manhã seguinte, vendo Julia ainda dormindo ao meu lado, eu fui para o banheiro tomar banho e me preparar para sair, mas levei o celular junto, enviando uma mensagem para Brunna com minhas desculpas por não ter conseguido ligar na noite anterior e lhe desejando sorte na apresentação do trabalho.

xxx

Sexta feira, quando me aproximei da biblioteca e vi Brunna me esperando, notei logo que algo não estava certo. Ela estava sem o uniforme, o que já era de se esperar por conta da sua aula de Educação Física no último horário, mas algo na sua expressão e na forma como ela abraçava sua mochila - além do fato de que ela quase não me deixara vir pegá-la hoje -, era um sinal de que algo tinha acontecido.

— O que houve, meu bem? — perguntei assim que ela entrou, ainda sem tirar o carro do lugar. Foi então que vi seus livros e seu uniforme aparecendo por uma abertura anormal na sua mochila. — O que aconteceu com a mochila?

— Essa merda rasgou quando estava saindo da aula — ela reclamou num tom exageradamente irritado e logo vi que aquele era o motivo que a tinha deixado chateada quando seus olhos encheram de lágrimas. — Acho que coloquei livros demais. Caiu tudo no meio do vestiário e ainda quebrou meu perfume que Lari me deu.

Sua voz chorosa, mesmo que por um motivo tão tolo, me deixou com vontade de abraçá-la e colocá-la no colo enquanto murmurava que tudo ia ficar bem. Tentei ao menos pegar a sua mão, mas ela se esquivou do toque, não sei se propositalmente ou por não ter percebido o que eu ia fazer, mas logo tive a resposta.

— Meu remédio para cólica acabou e essa droga de anticoncepcional está me dando vontade de vomitar. Quase não consegui comer nada no almoço e agora estou morrendo de fome, com cólica por causa da fome e sem querer comer por causa da vontade de vomitar.

Esperei que ela terminasse de reclamar com um "e a culpa de tudo isso é sua", mas essa parte não veio.

Fazia tanto tempo que não ficava perto de alguém em meio a uma crise de tensão menstrual, que não sabia bem como agir. Julia nunca fora de ficar muito estressada nessa época e eu às vezes até esquecia quando ela estava para menstruar, porque seu humor não mudava em nada. Brunna, no entanto, parecia ser o oposto disso.

— Qual remédio que você toma para cólica? — perguntei depois de colocar o carro em movimento, já à procura de uma farmácia.

Ela falou o nome, parecendo não perceber a minha intenção. Tinha quase certeza de que ela iria reclamar se eu falasse que ia comprar.

— Tentei comprar antes de ir para a aula, mas estava em falta na farmácia perto de casa. Parece que tudo está conspirando contra mim hoje.

Ainda em silêncio, continuei dirigindo até achar uma farmácia e então parei no meio fio, deixando o carro ligado. Saí sem falar nada, voltando logo em seguida com uma caixa do seu remédio e uma garrafa de água, que lhe entreguei assim que entrei.

—  Ai, droga! Eu não falei aquilo como uma indireta para você comprar, está bem? Eu juro —  ela exclamou, seu rosto agora assumindo uma culpa totalmente sem sentido.

— Eu sei, Brunna. Comprei porque quis, está bem? Não gosto de te ver com dor.

Ela apenas murmurou um "obrigada" antes de tomar o remédio, ficando em silêncio pelo resto do percurso. Quando chegamos ao seu apartamento, já depois de estacionar o carro e voltar a pé pra lá - dessa vez pedi para  Brunna me esperar no térreo -, peguei sua mochila rasgada e a carreguei pelos três andares, subindo com Brunna ao meu lado, torcendo para não encontrarmos nenhum vizinho no caminho.

Praticamente tive que obrigar Brunna a deitar um pouco e me deixar encarregada de fazer o almoço. Ela acabou aceitando quando prometi que a chamaria se precisasse de ajuda. Obviamente eu não a chamei, nem mesmo quando quase não encontrei o ralador de queijos. Servi dois pratos e os coloquei numa bandeja que achei escondida dentro de um dos armários, junto com talheres e dois copos de suco, e levei para o quarto, encontrando Brunna de olhos fechados.

— Bru? chamei baixinho com receio de acordá-la caso ela estivesse dormindo, mas Brunna logo abriu os olhos, sentando na cama devagar.

— Não precisava ter trazido aqui — ela murmurou, tentando arrumar os cabelos.

— Eu sei — foi tudo que falei, lá colocando a bandeja à sua frente, também sentando na cama, e então começamos a comer, conversando um pouco.

Nos dias anteriores tínhamos nos falado por telefone apenas, sempre escondida de Julia ou então quando nos falamos por meia hora depois que ela saíra da consulta no dia anterior, enquanto eu dirigia de volta para casa ao final do dia de trabalho no hospital. O dinheiro que tinha lhe dado tinha sido suficiente para fazer tudo que precisava e ainda sobrara um pouco, e ela queria me devolver o troco, mas eu falei que não precisava. Quando Brunna tentou insistir no assunto, falei apenas que ela poderia comprar uma lingerie sensual e desfilar com ela para mim. No fim, Brunna acabou aceitando, rindo do meu pedido que ela chamou de "absurdo", enquanto eu começava a ficar dura só de imaginá-la rebolando seminua na minha frente.

Quando terminamos de comer, levei tudo para a cozinha e logo voltei para o quarto, deitando com Brunna na cama sem pretensão de fazer nada, apenas acariciando seus cabelos macios enquanto ela voltava a relaxar. Pouco depois percebi que ela tinha  adormecido e levantei silenciosamente, tentando não acordála. Ainda evitando fazer barulho, revirei sua mochila rasgada que estava aos pés da cama, procurando alguma indicação de qual perfume ela usava. Por sorte consegui achar a pequena caixa ainda molhada pelo líquido que tinha derramado quando o perfume quebrou.

Saí do apartamento sem avisá-la, porque sabia que ela não iria gostar nada do que eu estava prestes a fazer e levei suas chaves comigo para poder entrar sem precisar tocar a campainha.

Liguei rapidamente para minha secretária no caminho para o shopping avisando que ia me atrasar um pouco, mas como não tinha nenhum compromisso importante, pedi apenas para ela anotar os recados caso alguém ligasse. Já no shopping, fui direto comprar o perfume de Brunna, indo depois para uma loja especializada em mochilas que tinha ali. Demorei um pouco mais para escolher, porque não tinha certeza de qual Brunna escolheria se estivesse comigo e acabei optando por uma louis vuitton, sabendo ser nada haver com sua antiga, torcendo para que ela gostasse. Não embrulhei nada para presente, porque aí seria testar demais seu humor oscilante.

Quando retornei ao seu apartamento, Brunna  continuava dormindo serenamente e eu deixei tudo em cima da sua cama junto com um pequeno bilhete.

"

Não brigue comigo por ter comprado essas coisas, está bem?
Nós estamos juntas agora e adoro dar presentes para as pessoas que eu gosto. Espero que você aceite que é assim que sou, porque vou querer fazer isso outras vezes.
Desculpe por sair sem me despedir; mas precisei voltar ao trabalho e não quis te acordar. Sabia que você fica linda dormindo?

Beijos,

Ludmilla."

Presentinhos da Lud:









































































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