Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Decisões

Respirei fundo pela terceira vez desde que sentara naquele sofá, esperando Renatinho e Marcos chegarem para poder conversar com os dois.

Fazia mais de um mês desde o episódio da casa de praia e, infelizmente, o comportamento dos dois não tinha mudado muito. Tirar seu dinheiro e o carro não teve o efeito que esperava, já que seus amigos e namoradas eram prestativos demais para deixá-los na mão. Eles também já sabiam sobre meu namoro com Bru. Há pouco mais de uma semana meus filhos tinham recebido os amigos em casa e dois deles vieram falar comigo, dizendo que achavam um absurdo o comportamento de Marcos e Renatinho e que eu tinha todo direito de ser uma mulher feliz novamente, com quem eu quisesse. Uma das pessoas foi , Lari namorada de Renatinho.

Ela fora uma das primeiras a saber, porque no dia seguinte mesmo à nossa volta da casa de praia, Bru tinha me ligado à noite para dizer que Lari a visitara durante o dia para saber a versão dela dos fatos, porque Renatinho tinha lhe ligado xingando de vários nomes. Depois de horas conversando, Lari acabou se voltando contra o próprio namorado, defendendo a mim e a Bru, o que foi muito bem vindo depois da reação dos meus filhos.

Bru estava se sentindo culpada por me fazer brigar com eles, mas acabou percebendo, graças à amiga, que o comportamento dos dois não era aceitável.

Ainda assim, o passar dos dias não foi fácil para nenhuma de nós duas.

Uma das minhas maiores provas de paciência se deu ao final do mês de julho, quando estava saindo para encontrar Bru para comemorar nossos três meses de namoro. Era sexta-feira e eu tinha feito reserva num restaurante. Nós duas estávamos, ambas, um pouco nervosas porque aquela seria a primeira vez que sairíamos como um casal assumidas, o nervosismo tomando-mesmo; o medo do desconhecido, dando-se conta não só pela diferença de idade gritante, como o preconceito de um casal de mulheres amando publicamente, na frente de todos.

Quando estava prestes a sair de casa, ajustando o meu vestido colado ao corpo, em um couro nude, enquanto descia as escadas, dei de cara com Marcos, que estava parado ao final dos degraus com um olhar superior. Antes que eu perguntasse alguma coisa, ele ergueu seu celular clicou em algo que fez sua voz soar no ambiente, junto com a de Julia. Era uma ligação entre os dois.

— A senhora não pode ficar sem fazer nada a respeito, mãe! — Marcos falava com a voz alterada. Obviamente aquele não era o começo da conversa.

— O que você quer que eu faça, Mar? — ela devolveu com o tom de frustração. — Esse assunto não me diz respeito.

— Mas ela é sua esposa!

— Ex-esposa— Marcos a corrigiu.

— Tanto faz. Só não venha dizer que a senhora está feliz com esse namoro, porque eu sei que é mentira.

— É claro que eu não estou feliz, Marcos. Quem poderia gostar de saber que foi substituída por uma criança?

— Uma pirralha interesseira, é o que ela é!

— Não exagere, Marcos! Eu falei com sua mãe a respeito. Brunna não está atrás do dinheiro dela.

— Isso é o que ela diz! Mas eu estudo na mesma escola que ela, lembra? Ela se aproximou de mim e de Renatinho primeiro. Provavelmente queria um de nós, e quando viu que não ia conseguir nada, partiu para a Sugar Mommy.

Eu já tinha ouvido aquela mesma ladainha ao menos umas dez vezes nos últimos dias, por isso foi natural para mim apenas ignorar e continuar meu caminho até a garagem. Mas Marcos me seguiu, ainda me obrigando a ouvir a conversa com a mãe.

— Além do mais, é uma pouca vergonha da Dra. Oliveira ficar com alguém daquela idade. Como ela pode nos envergonhar dessa forma na frente dos nossos amigos, mãe?

— E você acha que eu não me sinto envergonhada? Essa semana mesmo uma amiga ligou para mim dizendo que ficou sabendo que Ludmilla estava com uma ninfetinha. Ninfetinha, Marcos! Foi essa a palavra que ela usou. Queria abrir um buraco no chão para me enterrar.

— A senhora tem que fazer alguma coisa! Isso não pode continuar assim.

— Eu não vou fazer nada, filho. Querendo ou não, a vida de Ludmilla não me diz mais respeito. Nós duas concordamos com o divórcio e o que ela faz agora não é da minha conta, da mesma forma que eu não devo satisfação a ela também. Você e seu irmão precisam aceitar que nós não estamos mais casadas e estamos seguindo com nossas vidas separadas agora.

— É isso que a senhora chama de vida?! Ficar comendo uma pirralha que tem idade para ser filha dela?

— Elas... estão...?

— As duas passaram o final de semana na casa de praia, mãe — Marcos lembrou. — Só um cego não perceberia que elas já transaram.

Alguns segundos de silêncio se seguiram às palavras de Marcos e eu apoiei minhas mãos no carro, me equilibrando-me no salto alto, abaixando o rosto para o chão. Senti um súbito peso nos ombros que me deixou esgotada e incapaz de arrancar aquele telefone das mãos dele e quebrá-lo, como queria fazer.

— De qualquer forma, isso não me diz mais respeito — Julia voltou a falar depois de respirar fundo. — A vida é dela, Marcos. Deixe-a quebrar a cara se é assim que ela quer.

— Talvez isso seja melhor mesmo. Vou ficar na minha e esperar. Faço questão de rir na cara dela quando essa palhaçada acabar e ela enxergar o quanto o comportamento dela está sendo vergonhosa.

Ouvi um clique da ligação sendo encerrada e ergui o rosto a tempo de ver Marcos erguendo uma sobrancelha e me dando as costas, me deixando sozinha na garagem.

A vontade que eu tinha de socar alguém era tanta que precisei ficar mais um tempo ali para me acalmar, até que me sentisse em condições de ir encontrar Bru sem estragar o nosso encontro. Obviamente ela percebeu que algo tinha acontecido, mas me recusei a contar aquela noite, quando só queria ficar com ela e esquecer meus problemas.

Ao final da noite, no entanto, me senti incapaz de voltar para casa e encarar Marcos novamente. Simplesmente não conseguiria ficar de frente para ele e não sucumbir à vontade de gritar ou até mesmo batê-lo se ele viesse com mais alguma surpresa. Assim, acabei passando o resto do final de semana num hotel. Até que foi algo bom, porque Bru passou boa parte do tempo comigo. Depois de muito insistir, findei por lhe contar o que me deixara daquele jeito. Obviamente ela ficou bem abalada, mas optamos por esquecer aquilo por hora e apenas aproveitar a companhia uma da outra.

Nos dias que se seguiram, evitei a presença dos meus filhos a todo custo. Quando não estava com Bru à noite, ficava mais tempo no hospital, chegando em casa o mais tarde possível. Quando ainda os encontrava no caminho que fazia apressada até o meu quarto, simplesmente passava por eles como se não visse ninguém. Por sorte, eles também estavam me ignorando.

Algumas semanas depois, porém, foi impossível continuar ignorando-os quando a atitude dos dois atingiu Bru diretamente mais uma vez.

Estávamos na minha casa, numa rara ocasião em que me atrevi a levá-la para lá, porque sabia que Renatinho e Marcos estariam fora o dia todo por conta de uma festa na piscina da casa de Yris. Os dois passaram a semana falando daquela festa, fazendo planos, enquanto eu fazia meus próprios planos com Bru.

Era meu aniversário. Estava fazendo trinta e sete anos, e apesar de estar sem a presença dos meus filhos, estar com Bru supriria facilmente essa ausência. Ainda mais quando obviamente eles optaram por ir para a casa dos amigos do que ficar comigo. Não que eu quisesse a companhia deles de fato. Não depois de tudo que eles tinham feito nas últimas semanas. Forçar algo só porque era meu aniversário não seria bom para nenhum de nós, então simplesmente não comentei nada e os deixei ir.

Fui pegar Bru na sua casa depois de cinco minutos que os dois tinham saído e passei o dia inteiro com ela na minha casa. Tomamos café da manhã juntas, nadamos na piscina, almoçamos e à tarde ficamos assistindo "Minha Mãe é uma Peça, versão especial", que tinha sido o presente de Bru. Tinha comentado certo dia com Bru que esse era o meu filme favorito desde sempre e que vinha tentando comprar há algum tempo, mas nunca achava para vender. Não fazia ideia de como ela tinha conseguido achar aquilo, mas obviamente fiquei muito feliz e ansiosa para assistir novamente, com ela dessa vez.

Tinha pedido para ela trazer uma roupa para sairmos à noite e nos trocamos no meu quarto. Desde que Julia tinha saído, já tinha começado a fazer algumas mudanças, tirando qualquer traço da sua presença. Não que achasse que Bru viesse morar comigo num futuro próximo, mas sabia que algum dia acabaria levando-a no meu quarto e não seria nada agradável ela se deparar com uma foto de Julia ou qualquer indicativo de que eu já tinha dividido aquele quarto com outra mulher por anos. Tinha trocado quase toda mobília e redecorado tudo. Agora, quase dois meses depois da sua saída, não havia sequer um objeto que marcasse sua vida ali, seja no quarto ou no banheiro.

A vontade que eu tinha era ficar na banheira com Bru pelo resto do dia, mas nós duas sabíamos que precisávamos sair antes que meus filhos chegassem. Não gostava de viver me escondendo dessa forma, mas por enquanto era o melhor a fazer. Assim, depois de gozar na boca de Bru e fazê-la gozar com minha boca e meus dedos, nós duas vestimos juntas, parando a todo instante para trocar beijos ou apenas passar a mão uma na outra. Bru ria a cada vez que passava a mão no meu membro, deixando-o duo em segundos, enquanto eu gemia de desejo e frustração.

Bru estava linda, como sempre, e eu tive que me conter para não jogá-la naquela cama depois que ela piscou para mim e saiu rebolando, me fazendo segui-la como uma cadelinha.

Quando estávamos saindo do quarto, no entanto, nós duas estancamos ao nos depararmos com Renatinho e Marcos, que tinham acabado de subir as escadas, ainda com roupa de banho e carregando uma bolsa com toalhas molhadas.

O olhar deles vagava entre nós duas, tanto para a porta atrás de nós, quanto para nossos cabelos que ainda estavam úmidos do banho recente. Sem querer lhes dar chance de falar qualquer coisa, entrelacei meus dedos nos de Bru e comecei a guiá-la para as escadas. Tivemos que passar pelos dois no caminho, mas nem bem conseguimos pisar no primeiro degrau antes que ouvíssemos a voz de Marcos.

A vontade que eu tinha era simplesmente ignorar e continuar o caminho, mas Bru parou ao ouvir seu nome, me fazendo parar também.

— Você podia ao menos respeitar essa casa um pouco, não acha, Brunna? — Marcos perguntou com a voz dura. — Minha mãe pode não ter vergonha na cara de trazer outra mulher para a casa dela, mas você poderia ao menos se recusar a entrar no quarto que ela dividiu por quase vinte anos com a minha mãe.

— Você não se importa que foi aí que elas passaram todas as noites de metade da vida dela com outra mulher? — Renatinho falou, seguindo as palavras do irmão. — Não te incomoda saber que era nessa cama que ela transava com a ex-mulher todas as noites? Que era com ela que–

— Calem a boca! — ordenei num grito, fazendo-os se sobressaltarem. — Eu não quero mais ouvir uma palavra de qualquer um dos dois, fui clara? Se falarem com Bru novamente–

— O quê? O que a senhora vai fazer? — Marcos me interrompeu, falando tão alto quanto eu. — Já tirou nosso dinheiro, nossos carros. O que vai fazer agora, Dra. Oliveira? Com o quê vai nos ameaçar? Vai nos expulsar de casa? Vai nos mandar morar com a mamãe como castigo? Sabe que isso nem parece mais tão castigo assim?

Há alguns dias tinha gritado com eles depois de mais uma sessão de insulto e tinha me arrependido no segundo seguinte ao sugerir que eles fossem para os Estados Unidos, se aquela situação estava sendo tão incômoda para eles. É claro que só falei isso porque estava muito irritada, mas agora a cada oportunidade eles jogavam isso na minha cara.

Naquele instante, porém, não tive sequer coragem de me defender ou falar qualquer coisa para tentar mudar o comportamento deles, me limitando apenas a apertar a mão de Bru com mais força e tirá-la dali. Descemos as escadas em silêncio e assim seguimos até o carro e pelo caminho até o restaurante onde iríamos jantar.

Mas quando parei à entrada do restaurante e desliguei o carro, Bru não fez qualquer menção de sair.

— É seu aniversário e eu me sinto péssima por isso, mas não vou conseguir entrar aí e fingir que está tudo bem — ela murmurou com a voz fraca e embargada, como se estivesse prestes a chorar.

— Tudo bem, Bru. Nós podemos ir para outro lugar.

— Não. Eu quero ir para casa — Bru pediu enquanto eu ligava o motor novamente e começava a dirigir para longe do restaurante. — Desculpa, amor mas ...preciso ficar sozinha.

Engoli em seco ao ouvir aquilo, apertando o volante com mais força do que seria necessário, fazendo um retorno por uma rua que nos levaria em direção ao apartamento de Bru . Queria falar algo, mas acabaria implorando para que ela não escolhesse ficar sozinha aquela noite, porque precisava dela, mas sabia também que ela precisava desse tempo. Assim, me mantive calada até que paramos em frente ao seu prédio.

— Me desculpe por estragar seu aniversário — ela pediu num tom baixo, tirando o cinto de segurança e se voltou para mim.

— Você não estragou, pequena — assegurei, me aproximando para alcançar seus lábios num beijo rápido. Um sorriso triste apareceu no seu rosto e eu ergui minha mão, acariciando sua face. — Isso não vai mudar nada entre nós, vai?

— Nada vai mudar — Bru respondeu ainda com a voz baixa. — Estaria mentindo se dissesse que o que eles falaram não me afetou, mas não muda o que eu sinto, Ludmilla. Só vou evitar encontrar com eles de agora em diante.

Soltei um suspiro aliviada e recostei minha testa na sua. Antes de sair do carro, Bru murmurou um "amo você" que fez com que me sentisse um pouco melhor. Quando cheguei em casa, no entanto, e encontrei Renatinho e Marcos jogando videogame na sala como se nada tivesse acontecido, a vontade de gritar voltou com força total. Ao invés disso apenas parei à porta, fiz um coque despojado no alto da cabeça, cruzando os braços enquanto observava os dois rindo descontraidamente. Em determinado momento eles pareceram se dar conta de que não estavam sozinhos e me encararam em silêncio, depois de pausar o jogo.

— Obrigado por estragar meu aniversário — resmunguei apenas, saindo da sala em seguida.

Aquela situação tinha chegado a um ponto sem volta para mim. Queria descobrir algo que pudesse fazer Marcos e Renatinho pararem com aquele comportamento absurdo e aceitar de vez o meu namoro com Bru, mas do jeito que as coisas andavam, isso nunca iria acontecer. A tendência era apenas piorar. Por isso, depois de muito pensar e conversar com Bru, tinha tomado a única decisão viável.

Ouvi os dois chegando e levantei do sofá onde estava há mais de uma hora esperando-os, indo até a porta a tempo de chamá-los antes que eles subissem as escadas.

— Vocês poderiam vir aqui um instante? — perguntei. — Nós precisamos conversar.

Vi quando os dois trocaram olhares, mas não falaram nada, me seguindo quando voltei para a sala. Eles sentaram no sofá de frente para o meu, continuando em silêncio enquanto mais uma vez eu respirava fundo.

— Eu não sei o que vocês estão querendo com esse comportamento — comecei por fim, encarando os dois fixamente —, mas já cheguei ao meu limite aqui. Não aguento mais viver como uma criminosa dentro da minha própria casa, tendo que me esconder dos meus filhos para não ser acusada de qualquer passo que dou. Castigar vocês pareceu não surtir nenhum efeito, então estou devolvendo seus carros — anunciei, apontando para as chaves que tinha deixado sobre a mesa de centro. Marcos imediatamente abriu um sorriso e pegou as duas, entregando a de Renatinho. — E também desbloqueei o cartão.

— Está tentando nos comprar? — Marcos perguntou, arqueando uma sobrancelha.

— Não, filho. Apenas cansei de tentar fazer vocês crescerem — falei apenas, sentindo um nó na garganta que me manteve em silêncio por um tempo. Quando voltei a falar, aquele nó ainda não tinha sumido. — Se vocês queriam me decepcionar e me magoar, ver-me quebrada então acho que vão ficar felizes em saber que conseguiram. Nunca imaginei que meus próprios filhos fossem capazes de agir com tamanho egoísmo, nem sequer enxergando o quanto Bru me faz feliz e o quanto a amo. Para vocês pouco importa o que eu sinto, não é?

Nenhum dos dois falou nada depois daquela pergunta, que na verdade não precisava de resposta. Enterrei o rosto nas minhas mãos quando me senti incapaz de continuar encarando-os. Por pouco não sucumbi à vontade de chorar, apesar de não ter conseguido impedir meus olhos de marejarem quando voltei a erguer o rosto.

— Vou ficar um tempo no apartamento dos seus avós enquanto procuro um lugar para mim — anunciei, ficando em pé em seguida. — Eu só peço que vocês cuidem dessa casa, porque vocês são os donos dela agora.

— Espera! — Renatinho chamou quando eu já estava saindo da sala. — A senhora vai embora?!

Voltei-me rapidamente, vendo os dois em pé agora.

— É, Renatinho, eu vou embora. Não posso ficar numa casa onde não sou respeitada ou bem vinda.

—————————————————

Oh quem voltou!!! Haha atualizando , desculpem o sumiço estamos na reta final da estória. Só eu fiquei com vontade de bater no Renatinho e Marcos??

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro