Alterando os Planos
O calor estava tão grande naquela sexta que a primeira coisa que fiz enquanto ia encontrar Brunna foi tirar o blaser como sempre fazia, dobrando logo as mangas da camisa até o cotovelo. Entrei no carro, ligando o ar no máximo e suspirei extasiada com a brisa gelada no meu rosto. O restaurante japonês de onde tinha acabado de sair depois de comprar o almoço para nós duas estava tão quente que cheguei a suar lá dentro.
Quando meu celular vibrou dentro do bolso levei um susto ao ver o nome de Brunna na chamada que entrava. Nós não tínhamos trocado nenhuma mensagem hoje combinando o encontro, mas eu apenas deduzi que estava tudo certo.
— Não me diz que você está querendo desmarcar, por favor — implorei assim que atendi.
— Não, sua boba — ela respondeu rindo. — Só me pega na próxima esquina, onde tem um prédio em construção. Depois te explico o motivo.
— Tudo bem. Estou chegando aí.
Segui direto, passando em frente à biblioteca e logo chegava ao ponto marcado por ela, vendo-a me esperando debaixo de uma árvore que lhe protegia do sol forte. Apenas para não quebrar a rotina, Brunna estava linda num vestido branco, parecendo um anjo. Um anjo que era só minha.
— Olá — cumprimentei-a quando ela entrou e fechou a porta, se adiantando para me dar um beijo ao sentir minha mão na sua nuca.
— Oi.
— O que aconteceu? — perguntei enquanto colocava o carro em movimento.
— Eu vi um grupo de alunos da minha turma se aproximando e fiquei com medo deles me verem entrando no seu carro. Eles entraram na Starbucks que fica na frente da biblioteca, mas achei melhor não arriscar. Que cheiro é esse? — ela perguntou antes mesmo que eu tivesse tempo de falar qualquer coisa.
— Nosso almoço — respondi, apontando rapidamente para o banco de trás.
— Por que você não quer que eu cozinhe mais para você? — Brunna perguntou com a expressão levemente ofendida.
— Não é que eu não queira, pequena — falei, levando uma mão para sua coxa, como sempre levantando o tecido do vestido para tocar sua pele. — Mas eu prefiro que você passe mais tempo comigo do que na cozinha. Só isso.
Quando chegamos ao seu apartamento, comemos na sala mesmo, sentadas no sofá, e ficamos trocando as caixinhas de comida japonesa e sempre que uma encontrava algo que a outra gostava mais de comer, até que não havia mais nada. Deixamos tudo em cima da mesa de centro mesmo e eu puxei Brunna para perto, apoiando suas costas no meu peito, deixando-a entre as minhas pernas, enquanto me recostava no canto do sofá. Ficamos um bom tempo ali apenas conversando amenidades, minhas mãos acariciando seus cabelos e às vezes indo para seu pescoço e ombros, enquanto Brunna brincava com o pingente do seu colar.
— Acho que nós deveríamos mudar algumas coisas — ela comentou depois de um tempo em silêncio.
— Em relação a quê?
— Sobre me pegar em frente à biblioteca. Não é tão perto da escola, mas muitos carros dos alunos passam ali. Eu sempre fico com medo de alguém me ver entrando no seu carro. E hoje foi ainda pior.
— Podemos mudar o lugar então.
— Talvez seja melhor se você parar de me pegar depois da aula — ela sugeriu e eu me vi obrigada a interromper as carícias no seu pescoço e virei seu rosto para encará-la. — Pensa bem, Ludmilla — Brunna continuou antes que eu falasse algo. — Se um dos seus filhos virem seu carro por ali naquele horário, mesmo não suspeitando do que está acontecendo, eles podem perguntar ou até comentar com a sua esposa.
— Eu posso apenas dizer que fui resolver umas coisas por lá.
— E se eles virem de novo? No mesmo horário, no mesmo local? — Dessa vez não falei nada, nem mesmo tentei. Sabia que Brunna tinha razão. — Acho que o melhor a fazer é você vir direto para cá. Ao menos eu sei que eles nunca vem por esse lado.
— Mas eu não quero deixar você vir sozinha para casa depois da aula.
— Eu sempre fiz isso, Ludmilla.
— Eu sei — murmurei a contragosto. — Está ansiosa para a viagem amanhã?
Mudar de assunto tinha sido algo proposital, é claro. Não queria dar o braço a torcer e admitir que Brunna estava certa ao sugerir aquela mudança. Era arriscado demais eu passar duas vezes na semana no mesmo local, logo quando meus filhos estavam saindo da escola.
— Mais ou menos — ela murmurou em resposta, voltando a recostar a cabeça no meu peito. — Não sou muito fã de praia, mas acho que vai ser legal ficar lá com o pessoal da escola.
— Ainda com aquela determinação de fazer parte de certo grupinho? — perguntei e Brunna apenas deu de ombros como se aquilo não fosse nada de mais. — E se algum garoto da escola chegar para você e te pedir um beijo? Ou algo mais? E se aquela brincadeira dos "sete minutos no paraíso" acontecer de novo?
— Quer saber se eu ficaria com alguém lá, Ludmilla? — ela perguntou com a voz tranquila, seus dedos agora acariciando minha mão que tinha parado sobre sua barriga.
— Ficaria?
— Não.
— Você está falando isso para me agradar.
— Estou? — ela questionou, mais uma vez se voltando para me encarar. — Por que eu ficaria com um carinha qualquer da escola quando eu tenho você?
Aquela pergunta foi feita com tanta naturalidade, seus olhos fixos nos meus, que não tive como não relaxar de imediato e cobrir seus lábios num beijo calmo enquanto uma alegria anormal brotava no meu peito. Anormal porque era muita prepotência minha achar que Brunna me devia fidelidade quando eu era casada.
Cheguei em casa naquela noite me sentindo leve como há muito não sentia. Um sorriso ameaçava brotar no meu rosto a cada passo que dava. Apesar de não ter feito nada no quesito sexual com Brunna essa tarde, tinha sido tão bom passar aquele tempo com ela, apenas abraçadas e conversando, que eu não poderia querer nada mais. A única parte ruim foi quando nos despedimos, lembrando que só nos veríamos agora na sexta feira da manhã seguinte, por conta do Memorial Day na próxima segunda. Eu estaria na casa de campo e ela na casa de praia. E o pior de tudo era que o fato de Júlia ir comigo – no que ela tinha chamado de uma pequena viagem romântica – tornaria quase impossível que eu conseguisse falar com a minha pequena por celular.
Quando cheguei ao quarto, no entanto e encontrei Julia aos berros ao celular, gritando com alguém sobre alguma parte do seu novo projeto que tinha dado errado, me dei conta de que as coisas naquele final de semana não sairiam exatamente como nos meus planos.
— Eu ouvi bem? — perguntei calmamente depois que ela desligou, respirando fundo para se acalmar. — Você não vai?
— Eu queria, amor, mas não vai dar — ela respondeu num tom de pesar. — Bia tinha ficado responsável por fazer a planta em 3D com a equipe dela, mas ocorreu algum erro no sistema que fez metade dos dados se perderem e agora estamos com uma planta cheia de buracos, que mais parece que foi atacada por algum terrorista.
— Tem certeza de que isso não é só uma desculpa sua para não sair da cidade? — questionei ainda naquele tom calma, embora por dentro começasse a fervilhar de raiva.
— É claro que não,Ludmilla! — Júlia praticamente gritou, levando as mãos aos cabelos. — Se não acredita em mim, pode ir lá olhar no closet. Minha mala já estava pronta. — Mas eu, é claro, não fui. — Por que você acharia isso? Eu disse que queria ir.
— Ah, não sei, Julia. Talvez porque você sempre dá um jeito de desmarcar de última hora quando planejamos ir para algum lugar que tenha alguma chance do seu celular não pegar — sugeri, a ironia agora evidente na minha voz seca.
— Não é de propósito! — ela se defendeu aos gritos.
— Isso é o que você diz.
— Para com isso,Ludmilla. Que droga! Eu tenho que apresentar essa planta para os diretores na terça feira assim que o escritório abrir e não vou ficar aqui discutindo com você, ouvindo acusações totalmente sem fundamento.
— Sem fundamento? Sem fundamento, Julia?! — Foi a minha vez de gritar, me aproximando dela e então ergui uma mão, começando a pontuar todas as vezes que ela fez aquilo. — No começo do ano, na nossa tentativa de viagem para Bahamas , você cancelou faltando dois dias para a viagem, dizendo que alguns diretores da matriz tinham decidido fazer uma visita surpresa e você não poderia ir comigo.
— E você acha que eu menti?!
— Há três anos, quando tentamos comemorar nossos quinze anos juntos, e decidimos juntos ir para a casa na ilha de um amigo, que ele gentilmente nos emprestou. E, novamente, Júlia, você desmarcou tudo logo depois que descobriu que não havia internet lá.
— Não foi por isso que eu cancelei aquela viagem. Você sabe disso!
— Renatinho estava com uma virose, Julia! — gritei. — Eu sou médica e não fiquei preocupado com ele. Você apenas queria encontrar uma desculpa para–
— Já chega, Ludmilla! — ela gritou ainda mais alto, me interrompendo. — Se quer continuar me acusando, fiquei à vontade. Mas eu não vou ficar aqui ouvindo suas merdas.
Enquanto falava, ela rapidamente recolheu sua bolsa e colocou seu laptop dentro da pasta.
— Isso. Vá. Fuja da discussão.
— Eu não estou fugindo — ela retrucou de imediato, parando com seu material nas mãos e me encarou com o olhar firme. — Mas eu vou trabalhar, quer você queira ou não. Aquela casa, que por sinal você comprou sem nem me consultar, não vai sair do lugar. Nós podemos ir outro dia.
— Para você desmarcar tudo de novo em cima da hora? — perguntei com ainda mais ironia. — O que vai ser da próxima vez? A máquina de café da empresa deu defeito?
— Ah, vá à merda, Ludmilla!
Quando Julia tentou passar por mim, segurei-a pelo braço, quase a fazendo derrubar sua bolsa.
— Nós marcamos isso juntas, Julia— lembrei, falando baixo agora, mas com a voz dura. — Eu espero que você mude de ideia, mas eu vou. Com ou sem você, eu vou fazer essa viagem.
Com um safanão, Julia puxou sua mão de volta, me encarando com o olhar de puro ódio.
— Vá e se divirta naquela merda de lugar, sua egoísta!
Observei-a indo embora sem acreditar de verdade naquilo. Como ela podia me chamar de egoísta depois de tudo? Quando foi que eu desmarquei algo com ela por conta do meu trabalho? Tudo bem que durante o meu começo de carreira as coisas não foram fáceis para nós. Marcos e Renatinho tinham acabado de nascer e ela precisou ficar muitas noites em casa sozinha enquanto eu virava a noite no hospital. Mas eu nunca tinha lhe deixado sozinha de fato. Nós tínhamos duas babás para lhe ajudar, afinal. E logo quando os meninos cresceram um pouco e Julia resolveu concluir a faculdade, eu a apoiei, me oferecendo para ficar com eles quando ela precisava estudar para alguma prova, mesmo tendo acabado de chegar de um turno de vinte horas no hospital.
Quando essa etapa acabou, no entanto, e os meninos estavam crescidos o bastante para não precisarem — ou não quererem — ficar comigo o tempo todo, ela já estava tão focada no trabalho que várias vezes quase esquecera o aniversário dos próprios filhos.
Era um problema que eu odiava em Esme. Não o fato de ela ser esquecida. Mas o fato dela às vezes se dedicar tanto àquele trabalho que a fazia esquecer todos à sua volta. Por anos eu fiz vista cega para isso, sempre encontrando uma justificativa para seu comportamento. Mas quando ela esqueceu Marcos – que na época tinha apenas nove anos – dentro do carro por quase quatro horas, as coisas ficaram claras para mim. O motivo do seu esquecimento? Trabalho, é claro. Ela estava com nosso filho no carro quando alguém do escritório ligou pedindo para que ela fosse revisar um projeto e ela entrou no prédio, deixando-o sozinho por um longo período. Por sorte Marcos era esperto já naquela época e apenas abriu um pouco a janela do carro, enquanto esperava a mãe lembrar de voltar.
Na verdade, ela não lembrou. Apenas quando a babá ligou para mim perguntando se eu sabia onde Marcos estava foi que liguei para Julia, mas ela obviamente não atendeu o celular. Tentei então ligar para o seu carro e levei um susto quando Marcos atendeu e disse que estava esperando a mãe voltar. Quando ele falou há quanto tempo estava esperando, larguei tudo no hospital e fui correndo até o escritório tirar Marcos do carro. Levei-o para casa, deixando um recado na caixa postal de Julia, esperando-a pacientemente até que ela chegasse em casa. Foi a maior briga que já tivemos em todos os tempos.
Nós não costumávamos brigar muito. Apenas o normal para todo casal. Mas quando era algo que envolvia essa sua dedicação obsessiva ao trabalho, a coisa mudava de figura.
— Mãe?
Ouvi a voz de Renatinho no quarto e saí do closet onde estava arrumando minha mala, sem nem me dar conta de verdade do que colocava dentro dela, tamanha era a minha raiva.
— Aqui — avisei, aumentando a voz de onde estava para que ele me ouvisse. Um pouco depois Renatinho entrava, seguido de Marcos, os dois com expressões preocupadas no rosto. Suspirei cansada, parando o que estava fazendo. — Vocês ouviram.
— Não gosto de ouvir vocês duas brigando —Marcos comentou num tom baixo, seu cenho franzido daquele jeito que ficava sempre que algo não saía como ele queria.
— Também não gosto de discutir com sua mãe, Marcos. Acredite.
— A senhora vai mesmo viajar?
— Vou — falei, já retomando a arrumação da mala, dessa vez prestando mais atenção no que colocava dentro dela.
— E deixar a mamãe sozinha aqui? — Renatinho perguntou.
— Ela escolheu isso, filho. Não eu.
— Mas, mãe–
— Isso é assunto nosso, Renato. Deixe a sua mãe com o trabalho dela e me deixe com a minha viagem, está bem? Cansei de mudar meus planos a cada vez que sua mãe decide que não quer ir mais.
— Por que a senhora não vem com a gente? — Marcos sugeriu. — Melhor do que ficar sozinha naquela casa no meio do mato.
— É, mãe! — Renatinho apoiou, já abrindo aquele seu típico sorriso empolgado. — Vai ser muito mais divertido. Festa, praia. Tenho certeza de que a senhora está precisando beber um pouco e se divertir.
Ainda enquanto ele falava, imagens minhas na praia tomando banho de mar e bebendo apareceram na minha mente. E o melhor é que eu não estava sozinha em nenhuma das imagens. Porque Brunna estaria na casa de praia também. Estava a ponto de sorrir e concordar, quando tive uma ideia bem melhor.
— Prefiro ir para o campo, calmo, silencioso. Mas obrigado pela oferta. — Os dois ainda tentaram me convencer, mas acabei pedindo para eles me deixarem sozinha, alegando precisar pensar um pouco e me acalmar depois da discussão com Julia. Mas assim que eles saíram do quarto, peguei meu celular e liguei para a única pessoa com quem eu gostaria de estar agora. — Está podendo falar, pequena?
Sabia que podia simplesmente lhe chamar para ir comigo e nada mais, mas acabei contando tudo que tinha acontecido desde que a deixara no apartamento. Falei sobre a briga com Julia, sobre como ela tinha desistido de ir e sobre eu ter decidido ir sozinho.
— E então você pensou em mim? Por não querer ir sozinha?
— Não. Eu ia sozinha. Minha mala está pronta até. Mas eu prefiro muito mais ir com você a ficar sozinha. E então nós teríamos três dias só para nós, sem trabalho, sem escola, sem celular ou horário para ir embora. Não parece uma boa ideia para você?
— Uhum.
— Isso é um sim?
— Não. Eu só concordei que é uma boa ideia.
— O que falta para você aceitar? — perguntei depois de suspirar, sentando em uma das poltronas que havia no closet. — E se eu dissesse que esses três dias, se você estiver comigo, serão como um sonho para mim? Porque eu já estava começando a entrar em desespero por saber que eu só poderia falar com você na segunda à noite quando chegasse, e só iria te ver na sexta, daqui a uma semana. Eu preciso de você comigo, pequena.
— Não mais do que precisa da sua esposa.
— Isso não é verdade.
— Ela foi a sua primeira opção para essa viagem, Ludmilla— Brunna retrucou. — Eu sei que ela é a sua esposa e eu sou apenas a amante, mas não sei se quero ir como segunda opção. Não dessa vez.
— Eu nem queria que ela fosse, e você sabe que não tenho como amante, vai além e você sabe disso Brunna —admiti por fim, depois de respirar fundo e soltar o ar pesadamente, fechando os olhos por um instante. — Julia nunca gostou e sabia que ela iria reclamar o tempo todo que estivéssemos lá e daria um jeito de voltar antes da hora. Na verdade, eu nem mesmo a convidei, porque tinha certeza de que ela não iria aceitar. Mas ela falou que queria ir, então deixei como estava, simplesmente porque não teria como dizer que achava melhor ela não ir, por não querer que meu final de semana fosse arruinado.
Quase um minuto se passou enquanto eu esperava que Brunna falasse algo, torcendo para que ela acreditasse nas minhas palavras, só agora me chutando mentalmente por sempre ser tão honesta com ela. Se tivesse pedido para ela ir comigo sem falar sobre a briga com Julia, Brunna provavelmente já teria aceitado.
— Por favor, pequena. Vem comigo. Por favor.
Ouvi-a respirar fundo do outro lado da linha e prendi a respiração, aguardando sua resposta.
— Tudo bem, eu vou.
Quase pulei de alegria dentro do closet, mas me contive e passei os minutos seguintes planejando tudo com Brunna. Combinamos que ela manteria com sua mãe a história da viagem para a casa de praia, dizendo apenas que tinha marcado de ir com Lari e que sairia da casa dela. Assim, Brunna poderia ir até o ponto onde marcamos e eu a pegaria depois de sair de casa.
Quando Julia voltou para casa, já bem tarde aquela noite, eu fingi estar dormindo por não querer falar com ela e acabar discutindo novamente. Tinha chegado até a pensar em dormir em um dos quartos de hóspedes da casa, mas achei melhor continuar ali, deixando para ela a decisão de dormir ou não comigo. Para minha surpresa, ela deitou ao meu lado, mas não fez qualquer mínima tentativa de me tocar ou dar um beijo de boa noite. Coisa que eu não achei nem um pouco ruim.
Isso não ia mudar o que sentíamos um pelo outro, é claro. Mas naquele momento eu precisava ficar um pouco longe dela.
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Olhaaaaa quem voltouuu! Estamos chegando nos 30K, obrigada vocês fizeram acontecer essa adaptação brumilla crescer tão rápido, mesmo com as demoras rsrs em atualizar. Estava sem tempo, mas com essa epidemia solta, e já lavaram as mãos hoje? Bebam muita água e fiquem em casa, maratona os capítulos anteriores. O próximo capítulo veem recheado de momentos brumilla e quero pedir chuvas de comentários e votos no capítulo para uma nova atualização rápida 🥺🥰
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