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Hongjoong acordou sentindo uma forte dor de cabeça, chorar até dormir nunca dá um bom resultado no dia seguinte.
Ficou um tempo apenas encarando a porta de vidro que dá para o Jardim externo da casa, tudo bem cuidado pelo seu pai.
Saiu da cama se arrastando até o banheiro, tomou banho para diminuir a cara de choro, escovou o dente antes de sair. Colocou calça moletom branca e camiseta preta, voltou para cama não estava com coragem para sair e se juntar a sua família no café.
Park ao entrar na cozinha recebeu olhares estranhos de todos, não entendeu até ver que Hongjoong não estava na mesa.
— Cadê o Joong? — perguntou se sentando.
— Iríamos fazer a mesma pergunta. — Yeosang falou.
— Ele ainda não acordou? — Mina perguntou. — Impossível, vou ir ver o quarto.
Levantou e foi para o corredor dos quartos, bateu na porta antes de entrar, Hongjoong parecendo um bolinho de cobertas só o rosto para fora olhando a televisão.
— Não vai comer filho? — perguntou, o mais novo virou o rosto para mãe.
— Estou sem fome, obrigado. — voltou a prestar atenção no filme.
— Tudo bem, quando sentir pode se juntar a nós. — saiu do quarto. — Sem fome? Um Kim nunca está sem fome, tem caroço nesse angu. — resmungou.
Voltou para cozinha, todos esperando Hongjoong vir junto, mas ela estava sozinha.
— Ele disse que está sem fome. — sentou ao lado do marido voltando a comer.
Park sabia que algo estava errado, Hongjoong sempre acorda com muita fome e não fica sem fazer a primeira refeição do dia.
Ele pegou um prato colocou Cookies e biscoitos, fez o café com creme que Kim ama, se levantou e foi levar para o menor.
— Até que não é ruim Hongjoong estar tristonho. — Ji-ae comentou. — Park está indo cuidar do mino dele.
— Mãe, onde a senhora aprende essas coisas? — Yeosang perguntou.
— Na internet. — respondeu o óbvio.
Quando Park entrou no quarto de Hongjoong, o mesmo já não estava assistindo, só dava para ver o sinal dele embaixo da coberta, não tinha nada para fora.
Colocou o prato e o copo na mesinha, sentou na cama e começou a cutucar o bolinho escondido.
— Para com isso. — ouviu o resmungo de Hongjoong.
— Só vou parar se sair daí. — continuou cutucando, e como a paciência de Kim é pouca ele foi saindo aos lentamente, só cabeça para fora da coberta.
— O que você quer? — perguntou sem olhar Park.
— Bom dia para você também, cavalinho. — agora é certeza que algo aconteceu.
— Bom dia, agora o que você quer? — estava encarando a porta de vidro, de costa para Park.
— Você não fica sem tomar café, trouxe coisas para você comer e seu café com creme. — Seonghwa falou.
— Obrigada Park, mas eu quero ficar sozinho hoje. — resmungou.
— Eu sei que não quer, a última vez que falou isso e eu saí você começou a chorar. — é verdade, Kim não quer ficar sozinho.
— Para de me conhecer tão bem, finge que não sou dependente e me deixa aqui sozinho. — sentiu uma lágrima escorrer, limpou rápido.
O mais novo não estava entendendo o comportamento do mais velho, pegou o bolinho de cobertas e virou para ele, Hongjoong levou um susto ao ser virado para encarar Park.
— Você... — observou o rosto de Kim. — Andou chorando Joong? — ele negou. — Então seus olhos estão vermelhos e suas bochechas inchadas por quê? Chorou por quê?
— Você vai me deixar aqui. — voltou a chorar.
— Quando? — Park lerdo não entendeu que se tratava dele mudar para outro país.
— Você vai para New York, e me deixar. — esse nem era o maior problema, Hongjoong estava preocupado com ele começar a namorar algum americano, seu coração iria se partir em dois.
— Não vou te deixar. — deitou na cama abraçando o bolinho de cobertas. — Quer que eu recuse a promoção?
— Ficou doido? Posso me acostumar viver sem você, mas não vou atrapalhar sua vida, aceita a promoção e vai ser feliz. — falou. — Sem mim.
— Joong, eu nunca seria completamente feliz se você não estiver lá para ver. — fez carinho nos fios azuis, já sentia sua blusa molhada pelas lágrimas do amigo. — Assim como gosta de me ver sempre assistindo suas apresentações, eu gosto que veja minhas conquistas.
— Mas essa eu não irei ver. — já estava ficando desidratado.
Park ficou acalmando Hongjoong até ele parar de chorar, o que demorou, o menor quando pega para chorar vai longe.
— Está melhor? — negou.
— Vou me esconder na sua mala e ir junto. — resmungou, Seonghwa riu.
— Que tal ir lavar o rosto e comer o que eu trouxe? — sugeriu.
— Tudo bem. — Kim saiu das cobertas, foi para o banheiro e lavou seu rosto com água morna, secou antes de sair. — Não sei porque invento de chorar, agora não consigo enxergar direito.
— Esses olhos minúsculos. — Park falou.
— Não faça bullying com os meus olhos. — sentou na cama ao lado de seu amigo, o mais novo entregou o prato e o copo. — O que é diretor financeiro chefe?
— Tem mais duas filiais da empresa em New York, os diretores delas vão se submeter a mim, serei chefe deles. — explicou. — A maioria das decisões importantes na parte financeira se eu não aprovar, não vão fazer.
— Tadinho dos seus subordinados, vai ser um chefe chato. — bebeu um pouco de seu café.
— Não vou, serei um chefe legal. — nem Park acredita nisso.
— É, vai nessa. — resmungou, voltou a comer.
— Qual vai ser o tema da sua última apresentação desse ano? — Park perguntou, queria distrair Hongjoong da sua mudança.
— Cisne negro. — respondeu. — Eu vou fazer o cisne negro, deixei minha roupa em casa já que a Stefania ameaçou rasgar minha roupa.
— Quem é essa? — Seonghwa não lembrava do menor comentar sobre ela, muitos na academia tem inveja de Hongjoong por ele ser um excelente bailarino.
— Não falei sobre ela? — o amigo negou. — Ela veio estudar aqui, mas é uma italiana insuportável, a irmã dela é legal já conversei bastante com ela. — Kim contou, acabou com tudo, Park colocou na mesinha novamente. — Stefania vem falando por três meses, querer fazer o cisne negro e todos na academia sabiam disso, mas a madame Alonso me escolheu e eu nem queria, tentei passar para a invejosa, madame disse que eu era o perfeito para fazer e não iria trocar nem sob ameaça de morte.
— E Stefania disse que rasgaria sua roupa? — Seonghwa não gostou dessa moça, ameaçando sua paixão.
— Sim, no pátio da academia para todos ouvirem ela gritou o que faria comigo por "roubar" o que ela queria. — uma completa doida, Hongjoong pensou. — Mal sabe ela que esse é meu último ano na academia.
— Vai sair? Por que não me contou? — Park perguntou.
— Sim, eu iria contar ontem, mas você deu sua notícia me fazendo esquecer a minha. — respondeu. — Eu ouvi a madame Alonso comentando com um dos diretores sobre me transferir para Paris, na segunda melhor academia de ballet, não quero ir para Paris então irei sair.
— Por que não vai para Paris? É a chance de você ser um grande nome no ballet. — o mais novo não entendia o porquê o outro não querer.
— Seonghwa, fiz quatro anos na faculdade estudando a dança, e tô há seis anos na academia como bailarino. — começou a expor seu ponto de vista. — Não quero ir para Paris e continuar nisso, quero respirar um novo ar na dança.
— Entendi, já tem em mente o que vai fazer? — Hongjoong abriu um sorriso evidenciando que sim.
— Sim, quero ser como madame Alonso. — falou. — Passar de aluno para mestre.
— Quer ser um professor de ballet? — confirmou. — Como vai fazer isso acontecer?
— Já pedi na academia, eles mandaram a resposta e disseram que iriam ver qual academia na Coréia precisa de um professor, vão ligar hoje ou amanhã. — respondeu.
— Espero que consiga, vai ser um excelente professor. — com certeza vai.
— Você comeu? — Hongjoong perguntou mudando o assunto. — Tenho certeza que não, vai comer Seonghwa.
— Quando eu voltar é para estar com esse mesmo sorriso no rosto. — falou se levantando.
— Prometo nada. — Park olhou bravo para o menor. — Tá! Chato.
Saiu do quarto, na cozinha todos ainda estavam sentados apenas conversando.
— Ele comeu? — Mina perguntou para Park.
— Sim, já está melhor. — a mãe respirou aliviada.
— O que ele tinha? — Ji-ae curiosa perguntou.
— Complicado explicar. — Park não iria contar que estava em processo de mudança.
No quarto Hongjoong atendeu o celular quando tocou, madame Alonso.
— Sim, não quero ir para Paris madame. — respondeu. — Quero novos ares na dança, viver para sempre na academia fazendo o mesmo é cansativo.
Estava em pé próximo à porta de vidro, Park entrou no quarto e ficou sentado na cama esperando Hongjoong encerrar a ligação.
— Tudo bem, vou parar de insistir. — Madame falou. — O diretor falou comigo, pessoalmente entrei em contato com as academias e tem três precisando de alguém como você.
— Qual o nome delas? — estava eufórico, sua professora falou o nome de todas. — Mas essas são academias renomadas, por que me querem?
— Deveria confiar mais em si mesmo pequeno cisne, você é o melhor bailarino da nossa academia e teria um futuro excelente como um dos maiores do mundo, mas como não pretende seguir nessa carreira, você está com a minha carta de recomendação, de todos os professores, e um professor da França que viu sua apresentação do quebra-nozes ano passado. — Hongjoong não acreditou que isso estava acontecendo. — Ele até perguntou se não quer ser professor lá, mas você não fala francês então seria difícil.
— Muito obrigado madame, estou muito feliz. — Park sorriu ouvindo o amigo falar com sua professora. — Quais as cidades da Coréia são as academias?
Ouviu com atenção o nome das cidades, Hongjoong disse que ligaria de volta para dar a resposta, vai ver qual é melhor para ele.
Seonghwa se assustou com o grito que Kim deu ao desligar o celular, assim como Mina e Ji-ae que estavam na porta tentando ouvir.
Entraram para ver se estava tudo bem, só encontraram Hongjoong pulando e Park assustado na cama.
— O que está acontecendo o canguru? — Ji-ae perguntou para o sobrinho.
— Eu consegui. — os três ainda confusos. — Eu vou ser professor de ballet em alguma academia renomada.
— Parabéns, filho. — Mina abraçou o filho. — Sua mãe está muito orgulhosa de você, na primeira apresentação dos seus alunos estarei lá para ver o excelente trabalho que fez.
Foi bajulado pela mãe e tia, disseram que iriam fazer seu prato preferido no almoço, saíram para ir comprar o que seria necessário.
— Parabéns Joong. — Park abraçou o amigo, Hongjoong puxou o cheiro do perfume que amava. — Sempre soube que você iria longe, hyung.
— Obrigado Seong. — não queria soltar o mais alto. — Finalmente lembrando que sou seu hyung, sou mais velho que você.
— Apenas três minutos, Hongjoong, isso não é suficiente para ser meu hyung. — Park contestou rindo.
— Três minutos é muita coisa, tenho três minutos a mais que você no mundo. — soltou o devagar seu amigo. — Sou seu hyung sim.
— Claro. — ganhou um tapa no peito pelo deboche.
— Mudando de assunto, preciso conversar com você. — Kim falou sério.
— Sobre o quê? — Seonghwa perguntou.
— Sobre nós. — o coração de Park por uns segundos, não bateu direito.
O mais velho se sentou na cama e chamou o outro, que sentou quase morrendo, já estava criando mil possibilidades sobre o que Hongjoong iria falar.
— Quero te fazer uma pergunta, e é para responder com sinceridade eu não vou ficar chateado. — Park estava ficando pálido, que merda Hongjoong vai falar?
— Faz logo a pergunta Joong, estou morrendo se não está vendo. — Kim riu do desespero do amigo.
— Para de ser doido, mas responde com sinceridade por favor. — respirou fundo. — Você realmente quer ficar afastado de mim, morando em New York? Se a resposta for "sim" eu não vou ligar.
Mentira, assim que Park sair ele chora em posição fetal.
— Lógico que não, tirou isso de onde? — Seonghwa quer se afastar dos sentimentos, não de quem causa eles.
— Da minha cabeça fértil, isso tem a ver com que vou falar. — se preparou. — Uma das academias que me quer como um professor é em New York.
A boca de Park abriu, não sabia o que falar.
Mesmo mudando para outro país o destino olha para Park e debocha, vai ficar junto a Hongjoong sim, não tem outra opção.
— Como é? — queria ter certeza.
— A melhor academia dos Estados Unidos me quer como professor, em New York. — falou. — Se você falar que pretende seguir sozinho eu escolho uma das outras opções, tem a do Japão e uma aqui, eu pedi só na Coréia, mas madame disse não devo ficar escondido aqui que preciso ser revelado ao mundo.
— Ela tem razão, se você quiser tentar esse novo caminho sendo professor em New York vou te apoiar, e será ótimo ter você comigo. — falou.
Atirei pedra na cruz certeza, onde quer que eu vá o destino coloca ele lá, Park pensou.
— Perfeito, vou mandar a resposta. — Hongjoong estava muito feliz que não iria se afastar de Park. — Eu queria aceitar na hora, mas quis ver primeiro com você, vai que você pretendia seguir seu caminho sem mim, seria rude eu não perguntar sua opinião, tem certeza né Seonghwa? Após eu mandar a mensagem não tem como retroceder.
— Lógico que vou querer você lá Hongjoong, pode aceitar a de New York. — não vou me arrepender disso, pensou com firmeza.
Não vai mesmo, ainda faltam três dias para o Natal.
[...]
Após o almoço as gêmeas arrastaram os dois para frente da televisão jogar o jogo de dança, Park com Arin e Hongjoong com Ayun.
— Vencemos! — os dois Kim's fizeram highfive.
— Não é justo, você é bailarino maninho. — Arin falou.
— Você que escolheu ficar com Park. — Hongjoong falou.
Continuaram jogando até cansar o idoso Park, ele não é nada acostumado a dançar, se exercita em academia não fazendo coreografias difíceis.
— O velhinho cansou meninas, vão achar outra vítima. — Hongjoong falou, riu ao olhar Park quase morrendo no chão.
— Sang e Yuyu. — saíram gritando pela casa.
— Vem, vamos beber água. — estendeu a mão para Seonghwa, levantou e os dois foram para cozinha.
— Conseguiram uma vítima a mais. — Park falou olhando a sala, Mingi foi arrastado também.
— Que dó deles. — Kim falou.
Após beberem água foram cada um para seu quarto tomar banho, tirar o suor do corpo.
Hongjoong lavou seu cabelo, a cada lavada ele clareava mais, achava ótimo ao chegar em Seul vai ficar ruivo, a madame quer um cisne ruivo.
Saiu com um conjunto moletom preto, secou e escovou o cabelo porque deixar secar naturalmente o incomoda, desligou o secador a tempo de ouvir batidas na porta.
— Entra. — guardou na mala com a escova, sentou na cama para calçar as meias.
— Sua mãe está chamando para começar a montagem das casinhas. — Park falou.
— Só um minuto. — ao terminar calçou as pantufas, saiu acompanhando Seonghwa para cozinha, já estava toda arrumada para começar.
Quatro mesas para não ficarem perto, Hongjoong arrastou Park para uma próxima à porta da varanda.
— Silêncio por gentileza. — Mina pediu. — Nesse ano temos Mingi e Park que não participaram, não sabem como funciona.
— Cada dupla/trio vai montar uma casinha, a que as gêmeas acharem melhor vai ser a vencedora. — Ji-ae falou, as duas estão na sala assistindo desenho. — Normalmente não ganha nada.
— Mas resolvemos dar um incentivo, quem ganhar cada um da dupla terá o novo iPad. — as duas irmãs mostraram as caixas.
— E se nós ganharmos? — Yeosang perguntou falando de seu trio.
— Não se preocupe, eu compro outro. — a mãe falou.
— Vamos começar. — as duas irmãs ficaram juntas, seus maridos juntos, o trisal, e Hongjoong com Park.
— Deveria ter escolhido outro para ser sua dupla, sabe que sou péssimo com isso. — Park resmungou.
— Não é, seu espírito competitivo vai me ajudar. — Kim falou. — Agora vamos decidir o principal, qual sabor da casinha?
Começaram decidindo tudo, depois colocaram a mão na massa, literalmente.
— Agora que todas as massas estão no forno, vamos pegar os doces para enfeitar. — muitos doces em cima da bancada para quem for usar. — Esse ou esse?
— Vermelho. — Park respondeu.
Pegaram todos necessários que usariam, voltaram para própria mesa separando para quê usariam cada um.
— Pega nossa massa, já está pronta. — Hongjoong falou, Park foi até o forno e tirou com a ajuda da luva, colocou sobre a mesa.
— Enquanto esfria fazemos o quê? — o mais novo perguntou.
— A cola. — Kim bateu um pouco, depois passou para Park.
— Não sabia ser assim que fazia uma casinha dessa. — comentou sem parar de bater.
— Aqui nós fazemos assim, tem gente que compra a casa pré montada e só decora. — Hongjoong explicou. — Eu prefiro assim, é mais legal.
Começaram a erguer a casinha, Park posicionava e Kim passava o que manteria em pé até o Natal, devagar eles conseguiram terminar a base.
— Só falta decorar. — Park falou. — A parte mais difícil.
— É a mais fácil, para de drama Seong. — calmamente começaram a colocar cada doce em seu lugar, às vezes Park roubava uma bala. — Se comer mais uma eu corto seu dedo.
— Você é ruim! — voltaram a fazer sem ligar de como estavam as outras casinhas, não perceberam Mina tirando fotos deles.
Ou Yeosang ameaçando matar os namorados se eles quebrassem as paredes da casinha.
— Segura para eu passar a cola. — Hongjoong entregou a bengala para Park, ele segurou e o menor passou a cola com todo cuidado. — Coloca na parte de cima ao lado da outra, isso. — pegou doce, M&M's. — Vou passando a "neve" e você vai grudando eles.
— Sim, senhor. — ficaram bem próximos para não errar, Seonghwa tomando cuidado para não estragar a casinha.
Não notaram como seus rostos estavam próximos, ao virarem juntos para se olhar as duas bocas se tocaram, se afastaram com os olhos arregalados.
— Pega as balas coloridas. — Hongjoong sentiu perder a voz por um instante, Park passou para ele, se concentrou na entrada da casa fazendo o caminho de balas.
Seonghwa balançou a cabeça afastando os pensamentos e voltou ajudar Hongjoong, os dois fingindo que não aconteceu nada.
Kim estava surtando por dentro, mas por fora pleno se fazendo de sonso.
— Falta algo? — Park perguntou.
— Deixa eu ver. — se afastou da casinha, analisou tudo. — Não, terminamos.
— Terminaram? — Mina perguntou.
— Sim, nós terminamos mãe. — Hongjoong respondeu.
— Sang, só falta a de vocês. — falou com o sobrinho.
— Só mais essa bala. — colocou no lugar. — Pronto.
— Arin e Ayun. — Mina chamou as filhas, vieram correndo.
— Uau. — falaram juntas.
— Agora decidam qual vocês acharam mais bonita. — as duas foram de mesa em mesa avaliando.
— A sua está torta Sang. — Arin falou para o primo.
— Deixa minha casinha torta. — falou.
— Qual é a vencedora? — Ji-ae perguntou.
Hongjoong estava pensando mais em sua boca ter encostado na de Park como um selinho que vencer, no mundo da lua.
— A do maninho com o Seongie. — Ayun falou.
— Puxa saco. — Yeosang falou com as duas, que mostraram a língua para ele e saíram correndo.
— Hongjoong, Terra chamando. — Mina passou a mão na frente do rosto do filho.
— Quê? — voltou para à Terra.
— Você e Park venceram. — falou, entregou o prêmio para eles. — A casinha de vocês ficou perfeita.
— Sim, eu e Park arrasamos. — fez highfive com o maior.
Após todos ajudar a limpar a bagunça e guardar as casinhas, evitar que alguma formiga intrometida venha comer.
Jae-in pediu pizza, comeram conversando sobre a nova conquista de Hongjoong, ele estava feliz por conseguir o que almejava e que Park estaria lá, assim como ele estaria por Park.
— Mas qual cidade é a academia que você vai ser professor? — Mingi perguntou.
— Eles deram algumas opções, ainda não decidi qual vou aceitar. — mentiu, se sua mãe souber ser fora do país morre na hora.
— Uma pena que não tem aqui em Busan. — Mina se lamentou. — Pode ser alguma cidade perto.
Park e Hongjoong: bixa muda.
— Não vejo a hora de chegar às férias de verão, vou ir à academia que o maninho vai ser professor. — Ayun falou empolgada, começou a tagarelar com a irmã.
Cada um foi para seus devido quartos, menos Hongjoong e Seonghwa que estavam na varanda olhando mais uma vez a neve cair.
— Sua mãe vai surtar quando descobrir que vai para os Estados Unidos, só espero que ela não pense que te influenciei escolher New York. — Seonghwa comentou.
— Ela não estaria tão errada. — Kim falou, colocou a mão para fora do coberto, sentir algum floquinho em sua mão.
— O que disse? — perguntou, estava espantado com certas atitudes de seu amigo ultimamente.
— Que ela não estaria errada. — confirmou, Park deu uma leve tossida só para disfarçar a cara de besta apaixonado. — Lógico que eu também queria isso, mas você tem uma parcela de "culpa" na minha escolha.
— É, esse será o último Natal que passarei aqui, sua mãe não vai querer ver minha cara tão cedo. — falou.
— Para de ser dramático. — puxou a mão ao sentir frio, colocou no bolso da calça.
— Por que eu influenciei na sua escolha? — agora Hongjoong tossiu.
— Porque... — não deu tempo de terminar, ouviram a voz de Yeosang gritando para os quatro ventos. — Até que demorou.
— O quê? — Seonghwa não entendeu o motivo de Yeosang estar gritando.
— Esqueço que esse é o seu primeiro Natal com a minha família maluca, Yeosang acabou de brigar com um dos namorados. — explicou sem se importar. — Antes era só o Yunho a vítima, agora tem o Mingi.
— E o motivo deles brigarem? — perguntou.
— É sempre algo bem idiota, amanhã ele já vai estar grudado neles de novo, nem se importe. — continuaram ali por um tempo.
— Vamos entrar, está muito frio aqui, pode pegar um resfriado. — Park arrastou Kim para dentro, só Ji-ae na sala com a irmã as duas tricotando e fofocando.
— Boa noite para vocês. — falaram.
— Boa noite! — entraram no corredor.
Hongjoong voltou para pegar água e Park seguiu para seu quarto. Kim entrou no corredor bebendo um pouco da água, ao abrir a porta do quarto veio a surpresa.
— Só pode ser brincadeira. — resmungou olhando seu primo esparramado dormindo. — Parece assombração, misericórdia.
Pegou seu celular e voltou para sala.
— Tem um sem vergonha na minha cama, mãe. — falou.
— Sim, ele disse que se recusava dormir com Yunho e Mingi, parece que eles falaram que Sang estava insuportável algo assim. — Mina falou.
— Eles brigam e eu que fico sem cama? Onde vou dormir? — perguntou.
— Com o Sang? — sugeriu.
— Não vou dormir com alguém que poderia participar de filme um de terror, ele está de olho aberto mãe. — um pouco assustador.
— Então dorme com o Park. — dormir com a assombração pareceu interessante agora.
— Esse sofá me parece uma delícia. — já estava caminhando na direção do sofá.
— Nem pense mocinho, vai logo dormir com Park, esse sofá vai acabar com suas costas. — Mina jamais permitiria isso.
Saiu da sala e foi se arrastando para o quarto de Park, estava quase morrendo na porta.
— Respira fundo é só o Seonghwa. — resmungou isso várias vezes. — Só o Seonghwa, nada de mais.
Bateu á porta e ouviu a voz do amigo permitindo a entrada, ele entrou com seu copo de água em uma mão e o celular na outra.
— O que precisa Joong? — estava com seu notebook no colo olhando quem acabou de entrar.
— Posso dormir com você? — Park não entendeu. — Sang está na minha cama dormindo de olho aberto.
— Claro, pode deitar. — Hongjoong foi até a cama secando o copo, colocou na mesinha com seu celular e deitou. — Por que ele está na sua cama?
— Porque o idiota briga com os namorados e eu que fico sem cama, disse que se recusava dormir com eles. — Kim detesta quando pegam algo que é seu, mesmo sendo temporariamente. — Já vou dormir, boa noite!
— Boa noite Joong! — Park falou.
Kim ficou de costas para o amigo, estava tentando ficar tranquilo com isso de dormir na mesma cama de quem você gosta, sem fazer nada.
Seonghwa desligou o notebook e colocou para carregar, deslizou na cama se deitando também, ficou de barriga para cima encarando o teto.
Nunca foi tão estranho dormirem juntos, aquele clima levemente pesado por não saber o que falar.
— Já dormiu? — Park perguntou.
— Não, por quê? — Hongjoong perguntou se volta.
— Nada. — Kim se virou para ele, ele também ficou de frente para o menor.
— Seus olhos parecem ter duas galáxias. — é o único lugar que Hongjoong está encarando, Seonghwa ficou sem saber o que falar. — Talvez um dia alguém faça elas brilharem.
Voltou ficar de costa para Park, dessa vez ele realmente dormiu.
— Já tem alguém que faz elas brilharem. — Park sussurrou para o Kim, sabendo que ele estava em sono profundo.
Mina e Ji-ae planejavam o próximo passo na sala, Yeosang fingir uma briga com os namorados deu certo, agora precisam de algo bem interessante.
Só restam dois dias para o Natal.......................
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