Capítulo Três
Nathaniel Zurich, alemão, de trinta e cinco anos, perdeu a licença permissiva para experimentos em corpos humanos, após sentença judicial, com provas de má conduta apresentadas pelo FBI.
O cientista planejava algo que ele mesmo chamava de "Projeto Frankenstein", utilizando de todos os meios necessários para trazer pessoas de volta à vida. A investigação foi dada depois de um sequestro de um paciente terminal de câncer que permanecia em estado vegetativo já havia um ano, com as máquinas que faziam-no permanecer vivo prestes a serem desligadas.
O corpo corrompido pela doença foi levado até o laboratório de Zurich, onde ele tentou um transplante de cérebro para um corpo recém morto e saudável. O procedimento ia bem até a invasão policial no estabelecimento.
Alguns estudiosos indagam que havia alguma possibilidade de eles ser bem sucedido naquilo, mas que as consequências eram inimagináveis.
A investigação também flagrou a violação de corpos mortos não autorizados. Alguns deles tinham transplantes robóticos recém fabricados por Nathaniel Zurich.
Sendo um gênio em muitas áreas científicas e já tendo sido o mais jovem a faturar o Prêmio Nobel da Física, sua licença de experiências em seres humanos foi retirada, mas ele tem atuado em outras importantes áreas desde o episódio.
Seu projeto mais recente envolve o meteorito Quimera, que atingiu a Terra na quinta-feira da semana passada na região do Deserto do Atacama, Chile.
Segundo o físico, biólogo, astrônomo, químico e médico Nathaniel Franz Zurich, o meteorito viajou cerca de mais de dois milhões de anos luz antes de atingir a Terra, contendo informações de extrema importância para maior compreensão do universo.
Por isso, ele e um time dos melhores astrônomos, químicos, físicos, biólogos e teóricos do mundo inteiro, se reuniram no observatório chileno para estudo aprofundado do material que compõe o meteorito. Eles se denominam "Os Aviadores".
"Assim como os primeiros inventores dos aviões no passado, nós teremos uma nova perspectiva do mundo abaixo e dos tantos outros acima de nós." Diz Zurich, em entrevista para jornal americano.
Alguns dos cientistas que estudarão com Zurich, como o prodígio russo de dezenove anos Yuri Jakov, dizem que a descoberta do meteorito pode fazer a tabela periódica ter mais cinco elementos completamente novos e que as chances de encontrar pistas sobre a vida extraterrestre é muito grande.
A Banco Mundial anunciou ontem que irá financiar o projeto, construindo o mais novo laboratório High Tech, M.O.E.D.L (Multiple Out-of-Earth Discoveries Laboratory*), na Sibéria, Rússia.
Novas informações serão imediatamente reportadas por nós, imprensa do The New York Times. O mundo têm grandes expectativas quanto a um futuro brilhante!
∆
Aquela notícia era definitivamente risível. Gordon não acreditou na maneira como eles mudavam de tom e assunto em apenas um segundo, como se não fosse nada.
Deixar o futuro do mundo nas mãos de um sádico como Zurich era assustador. Pelo menos, deveria ser.
-Eu não entendo como ele só perdeu a licença, mesmo de todas as acusações e provas.-falou o investigador, enojado.
-Alguns dizem que o juiz, talvez a própria investigação e a equipe responsável, tenham sido comprados.-Natalie diz.-Eis aqui o meu plano. Nós temos pouquíssimos dias até a inauguração do M.O.E.D.L. toda a equipe que está ajudando Zurich é de fanáticos como ele. Não há quase nenhum confiável. Um dos poucos é o outro citado na entrevista, Yuri Jakov.
-Você pretende entrar em contato com ele?-perguntou Gordon a olhando.
-Para falar a verdade, eu já contatei, mas ele ainda não me respondeu. O senhor Jakov é um dos melhores astrônomos teóricos do mundo, mesmo com apenas dezenove anos. O cara é um prodígio.-falou ela, olhando para Tracy.
O homem se mexeu em sua cadeira.
-Ele deve ser um cara ocupado, eu já entendi.-ele olhou para a notícia mais uma vez.- Você já pensou em perguntar a opinião de estudiosos de fora sobre o assunto? Eu tenho alguns contatos nessa área. Me dê duas horas e eu coloco o Steven Hawking na tela do seu computador.
A senhorita Kirano arregalou os olhos, piscando várias vezes.
-Isso era para ser uma piada?-ela perguntou, calmamente.
-Não. Eu falo sério.-respondeu ele, abrindo o próprio leptop, encostado num canto.
-Então, por favor, faça isso.
Gordon sorriu, com um certo brilho nos olhos castanhos. Seus contatos eram uma das coisas das quais ele podia se orgulhar livremente.
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