Capítulo Cinco
Oi galera,só queria avisar q temos a música do capítulo! O nome é My Songs Know What You Did in the Dark do Fall Out Boy.
Beijão da Belll
............................................................................
Me forcei a não respirar. Estávamos deitados naquela escada pelo que poderiam ser segundos, minutos ou horas. Ouvimos sons de passos se distanciando vagarosamente do beco onde estávamos, e finalmente deixei que o ar voltasse a entrar em meus pulmões.
Espiei lá fora e vi uma HighStar estirada no chão em um ângulo estranho, com uma poça de sangue a sua volta.
Eu me levantei, ainda um nível abaixo do chão, protegida pelas sombras que o prédio criava àquela hora da manhã.
HighStar era uma droga, que fora feito para melhorar a qualidade de vida de pessoas que necessitavam de antibióticos. Eles foram criados para repor os ribossomos celulares humanos que alguns antibióticos atacavam, para que a síntese proteica continuasse em pleno funcionamento. Todavia, quando pessoas que não usavam antibióticos se apropriavam da droga, ribossomos começavam a ser produzidos em uma quantidade exorbitante, fazendo com que os mesmos requeressem cada vez mais proteínas para serem sintetizadas, lisossomos atacavam os ribossomos, digerindo-os, mas alguma coisa na droga fez com que os lisossomos também criticou começassem a ser sintetizados, assim como todas as outras organelas. Dessa maneira, as células eram destruídas aos poucos. O pior era que, quando os ribossomos quebraram a barreira de celulose protetora do DNA, grandes mutações e problemas garantiam insanidade, canibalismo e uma morte certa em três dias.
A mulher jazia convucionando, com o corpo ainda eletrizado pela bala de choque elétrico que ela levará na cabeça. Percebi com desgosto que aquela cena nunca sairia de minha mente.
Eu olhei ao redor, para ter certeza de que não havia mais ninguém no beco, e de que o atirador estava longe a essa altura. Foi então que eu vi, em uma janela do prédio à frente, uma silhueta. Não era possível de distinguir quem era, mas parecia estranhamente familiar
-O que está acontecendo? -Sussurrou Theo que assim como Sarah, ainda estava sentado na escada, esperando o meu veredicto do que havia ocorrido
-HighStars, devemos ir, mais deles devem estar por perto e com certeza virão procurar por essa.-Digo, me voltando para meus companheiros.
-Isso se não tiverem morrido no caminho.-Disse Sarah, antes de se levantar e ajeitar a mochila em suas costas.
Olhei para a rua e não havia ninguém. Acenei para Theo e Sarah virem atrás de mim. Olhei mais uma vez o corpo da mulher que havia parado de tremer
Sarah e Theo estavam atrás de mim e andavam, vagarosamente. Saí da sombra do prédio e fui em direção a rua. Não havia ninguém no espaço até onde eu podia ver. Aproveitei que o Solário não havia se erguido totalmente e corri, com meus parceiros no meu encalço. Olhei uma ultima vez para aquele beco, onde a mulher não mais estava, já havendo sido pulverizada.
E a sombra na janela continuava lá. Parecendo sempre a me observar. Foi então que me perguntei a identidade daquela silhueta. Não poderia ser ele o assassino da mulher de cabelos castanhos empapados de sangue que havia sumido na ar haviam alguns instantes. Eu tinha mais do que certeza de que ele não seria indiscreto o suficiente como a HighStar foi. Ele não deixaria rastros.
Naquele momento, não contei a Theo e Sarah sobre aquela sombra, visto que estávamos próximos demais do lugar onde eu o vi, e que provavelmente havia um bando de HighStars loucos atrás de nós, do assassino e da mulher que morreu.
Eu afastei todos aqueles pensamentos da cabeça, olhando para o caminho que seguíamos, que levava para fora do Centro da Cidade, direto para o subúrbio, onde a dominação SpikeWater era menos intensa.
Os SpikeWaters tinham duas preferências de locais. Bairros altamente comerciais e descampados. Podem parecer preferências estranhas e completamente opostas a primeira vista, mas faziam um absurdo sentido quando se começa a entender a essa espécie.
Eles pretendiam dominar as cidades uma por uma, isolando os moradores a uma única área. Para uma dominação menos destrutiva, eles primeiro coagiam os líderes, que normalmente estavam no Centro da Cidade, onde não haviam muitas moradias e sim muitos prédios comerciais.
Mas os SpikeWaters não eram como nós. Eles eram animais, predadores. E como todo animal, SpikeWaters tinham tocas. Eles não moravam em apartamentos de luxo feito de obsidiana, ou casinhas simpáticas de cimento queimado.
SpikeWaters viviam embaixo da terra, em um emaranhado complexo de construções feitas de aço inoxidável e prata pura. Eles tinham de shoppings a postos de saúde em um mesmo local, em milhares de níveis abaixo da terra, onde moravam e viviam suas vidas ridiculamente assíduas para uma espécie tão mortífera.
Eles autodenominavam aquelas tocas de CIMSW. Complexos Interrelacionais e Multifuncionais de SpikeWaters. Popularmente chamados de gimbras.
Nós andamos por mais alguns metros, antes que o Solário ficasse alto no Teto Azul e nós tivéssemos que por nossos óculos escuros, para nos misturarmos com a massa de SW's que começava a surgir de suas casas para tocar o terror nas vidas humanas,
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro