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Changbin já havia estapeado tanto seu braço que tinha certeza que a mãozinha dele deixou uma bela marca enorme ali.

Estavam no elevador sozinhos, uma vez que liam decidiu que subiria cinco andares de escadas. Chan não disse, mas aquela atitude o fez questionar se a sanidade mental da mulher era boa mesmo.

A cada novo andar que eles subiam, changbin resmungava cada vez mais e lhe batia com força. Xingando e reclamando como uma senhora de idade desocupada. E chan não negava que seria até bonitinho se ele não estivesse tentando arrancar seu braço.

— da pra parar? — pediu olhando para o azulado. Ele estava vermelho de raiva, desde as bochechas até a pontinha da orelha. Fofo, pensou, mas lá estava mais um soco sendo desferido em seu braço. — marrentinho, eu não sou saco de pancadas!

— por que você aceitou jantar com a gente, seu estúpido? Meu deus, eu juro que vou te jogar do último andar desse prédio!

— qual o problema?

— o problema é que eu não trago pessoas estranhas pra minha casa.

— sua mãe não me considera uma pessoa estranha. Sou seu amiguinho agora, lide com isso.

— amiguinho de cu é rola, pode ir parando com essa palhaçada.

— sua mãe não ia gostar de te ouvir falando essas atrocidades. — fez um barulho irritante com a boca que deixou changbin ainda mais puto. — você tem uma boquinha muito suja, sabia?

— e daí?

— e daí que eu vou ter que fazer algo a respeito disso.

— não se atreva, seu merda.

Chan sorriu determinado, esfregando a manga do moletom no rosto de changbin com cuidado. A intenção não era machucá-lo e sim deixar o azulado piradinho de raiva, porque, cá entre nós, ele era gracinha puto da vida.

O menor conseguiu empurrar o australiano quando o elevador parou e uma senhora e quatro homens enormes entraram. A dupla foi empurrada até o cantinho, onde chan foi bruscamente prensado na parede por changbin, já que os homens traziam mochilas de acampamento. Não entendia, aquele elevador estava subindo, pra onde eles estavam levando tudo aquilo? Changbin quis gritar e afastar todo mundo, odiava lugares apertados, não por ser claustrofóbico, mas pela invasão do seu espaço. Chan notou o jeito que changbin respirava forte perto do seu rosto, ele mantinha as mãos de cada lado do corpo do ruivo, lutando contra a mochila do homem barbudo e careca que empurrava ele para cima do bang.

— porra, eu deveria ter ido de escada. — changbin resmungou com o rosto virado, sem a menor vontade de ficar encarando o australiano.

— não reclama, podia ser pior.

E ficou pior.

No penúltimo andar que eles estavam indo entrou uma mulher e duas crianças, uma de colo e outra de aproximadamente seis anos. Changbin desta vez não conseguiu se apoiar nas paredes, acabando com o tórax colado no ruivo. Chan riu e moveu os braços para frente, tentando se apertar mais no cantinho para que changbin tivesse espaço para respirar. Só mais um andar, o ruivo repetiu em sussurro para tranquilizar o menor, mas parecia que ele estava cada vez mais irritado. Decidiu assim tentar outra tática. Com um braço livre, ele enlaçou o corpo do azulado e encostou a cabeça dele no seu ombro, afagando os fios da sua nuca.

Para sua surpresa, changbin não fez birra e nem reclamou, apenas apoiou o queixo no seu ombro e continuou respirando com força, o peito dele se movia contra o seu por conta da respiração pesada. Quando pensou que ficaria ali para sempre, seu andar chegou e eles saíram das profundezas do elevador e escaparam da súbita morte. Liam os encarou descabelados e suados, erguendo uma sobrancelha sugestiva a changbin, que apenas revirou os olhos, entrando no apartamento deles.

Comparado a sua casa, a residência do seo era simples e bonita. As paredes eram um rosa pastel bem fraquinho, com janelas duplas em algumas direções. Havia quadros pelas paredes, não só de desenhos mas também de fotografias. O australiano notou que eles gostavam muito de tirar fotos de paisagens, pelo menos três dos cinco quadros que viu logo na entrada eram semelhantes a isso. A sala era pequena e acomodava um sofá branco de três lugares, havia almofadas azuis em cima e um gatinho preto dormia em cima do estofado. Na televisão passava um canal de culinária, e um cheiro delicioso vinha da cozinha. Havia plantinhas nos cantos, alguns jarros grandes e outros menores, mas sempre tinha algum espalhado pela residência. Chan desamarrou o tênis e o deixou perto do tapete da porta, caminhando ao lado de changbin. Estava tão acanhado que nem mesmo sabia onde deixar as mãos, apertando os dedos quando se sentia ansioso demais.

— Estela? — liam chamou e a mulher da lanchonete surgiu da cozinha usando um avental amarelo. Ela foi até a platinada e a abraçou pelos ombros, por ser maior, o rosto de liam encaixou perfeitamente no pescoço dela. As mulheres se abraçaram e em seguida o próximo alvo da loira era changbin, que facilmente a abraçou e sorriu tímido para as duas.

O cérebro de chan demorou para entender tudo. Liam e Estela eram um casal? Elas eram as mães de changbin? Parecia que sua cabeça tinha parado de funcionar, e então voltou como um computador sendo reiniciado. Talvez seja por isso que ele não queria que eu aceitasse o jantar? Pensou consigo mesmo, olhando para cena de Estela sorrindo para changbin. Tinha um tipo de carinho materno no olhar dela que fez o ruivo sentir falta da sua própria mãe, no entanto, pensar naquilo apenas tornaria as coisas mais difíceis de suportar, então balançou a cabeça e sorriu embaraçado quando o trio fitou ele.

— eu lembro de você. — estela disse. — ele não foi lá na lanchonete um dia desses? — mirou em changbin desta vez e ele assentiu vagamente. — não sabia que vocês eram amigos. Se bem que o jeito que o nosso bin olhou para você indicava alguma coisa. — liam soltou um risinho quando o azulado enterrou o rosto nas mãos, tentando se esconder daquele constrangimento. — sou Estela, é um prazer te conhecer direito dessa vez. — ela apertou sua mão tão delicadamente que chan ficou com medo de devolver o cumprimento com muita força e machucá-la.

— christopher. — disse rápido e tímido, escondendo as mãos dentro do casaco depois do cumprimento.

— você vai ficar para jantar, christopher?

— ele vai sim. — liam respondeu antes que changbin tentasse novamente enxotar o bang da residência.

— vou colocar mais um prato na mesa então. — a loira sorriu gentil. — liam, você pode me ajudar na cozinha? — a outra mulher prontamente assentiu, segurando em sua mão. — binnie, se comporte. — o azulado sorriu forçado, tendo sua bochecha apertada por ela. — fique à vontade, chris.

Assim que elas sumiram, changbin puxou o australiano pelo pulso até um corredor que continha três portas. A última no meio do corredor entre as paredes, era o quarto do seo, ele empurrou chan lá dentro e encostou a porta devagar para não fazer muito barulho.

— nem vai esperar o jantar? — changbin o encarou com a testa franzida. — não sabia que você era tão apressado assim, marrentinho.

— você não tem medo de morrer?

— de uns anos pra cá, não. Nem um pouco. — ele sentou na cama de solteiro do azulado, que olhou para ele com desprezo e depois decidiu ignorá-lo.

O cômodo era pequeno e frio, parecia um covil do mal. As paredes eram em um tom de azul escuro com cartazes de banda grudados a cada centímetro. Se perguntou se eles tinham algum tipo de obsessão por aquela cor, já tinha visto três coisas azuis pela casa e uma delas era o cabelo chamativo do baixinho que andava pelo cômodo fingindo que o australiano era uma mancha na parede. Fora as paredes azuis, os cartazes e a janela de persiana ao lado da cama, o quarto abrigava uma escrivaninha com um notebook em cima, a cama de solteiro ficava encostado no canto, os lençóis eram brancos e tinha uma pelúcia esquisita em cima do travesseiro do azulado, tal qual o bang esticou o braço e pegou, girando a coisa cheia de tentáculos preenchido de espuma pelas mãos.

— que coisa horrível é essa? — indagou com uma careta.

— horrível é você, não fala assim do senhor polvo. — tomou a pelúcia esquisita das mãos do ruivo, deixando no lugar de antes.

— isso é tudo menos um polvo.

— você parece uma anta e ninguém critica, então deixa meu bichinho em paz.

— toquei no seu ponto fraco? — provocou, observando changbin deixar a mochila pendurada no gancho atrás da porta, se voltando a ele com uma cara de quem era capaz de jogá-lo pela janela sem pensar duas vezes.

— eu vou tocar no seu ponto fraco e te mandar pro inferno. — deu ênfase no começo, nitidamente ameaçando o australiano, mas ele apenas riu, como se tivesse sido uma piada boba.

— olha gatinho, eu realmente tô precisando que alguém toque no meu ponto fraco nos últimos dias.

— você é nojento. — enrugou o nariz com nojo, e chan riu mais um pouco.

Vendo que andar para lá e pra cá não faria chan sumir, o baixinho sentou ao seu lado, num espaço enorme de distância. Estava praticamente na ponta da cama, pelo menos uns cinco ou seis palmos de distância do outro.

— eu não mordo. — chan disse apoiando as mãos no colchão macio, inclinando um pouco as costas.

— mas eu sim.

— sério? — indagou com um sorrisinho.

— será que você não pode ficar calado por um segundo? Parece um corvo irritante. — chan apenas sorriu mais uma vez. — o que você quer pra ficar quieto o restante da noite até a hora de ir embora?

— não sei se você vai gostar do que eu vou dizer.

— não tenho dinheiro, nem peça.

— gatinho, eu tenho emprego.

— ah, é? Quer um troféu?

— ignorante. — resmungou fazendo bico. O menor revirou os olhos.

Finalmente o silêncio se sobrepôs no ambiente. A única coisa que chan escutava além da própria respiração, era a televisão ligada lá fora e as vozes de liam e estela, elas riam e conversavam em inglês, com tanta naturalidade que chan se sentiu em casa por um momento. Seus pais raramente falavam em coreano em casa, sempre mantendo a tradição do antigo país onde moravam. Eles eram tão barulhentos na época. Chan sentia tanta falta deles às vezes. Esperava que eles estivessem bem, fazia tanto tempo desde a última ligação que vagamente lembrava a voz da sua mãe.

— você é canadense? — chan perguntou, quebrando o silêncio.

— meio, também sou coreano.

— mas elas não são de lá?

— são.

— então?

— eu sou adotado. — chris balançou a cabeça notando o quão retraído changbin ficou com o assunto.

— desculpa.

— tudo bem, só esquece isso.

Ele ficou de pé e foi até a porta, mas não saiu, apenas segurou na maçaneta e se virou até o australiano.

— você não sabe andar sozinho? Vem logo, anta. — voltou apenas para puxá-lo pelo pulso como uma boneca de pano, arrastando o ruivo até a sala.

O jantar foi agradável e divertido. Fazia tempo desde a última vez que ficou tão à vontade assim na presença de outros adultos — adultos de verdade, não seus amigos. Além de que, jantar com outra pessoa era bem diferente do que comer sozinho no chão da sua sala enquanto via documentário sobre a vida animal. Liam e Estela sempre estavam conversando e rindo, de forma espontânea e divertida. Changbin comia de cabeça baixa, mesmo respondendo todas as perguntas das mulheres presentes. Elas até mesmo engajaram o bang em suas conversas, lhe enchendo de perguntas e elogios, seja sobre sua futura profissão, seu sorriso bonito ou a cor do seu cabelo.

— ele não é bonito, filhote? — estela indagou a changbin, com um sorriso amável.

O azulado fitou o australiano do seu lado, e chan sentiu uma enorme pressão no peito, junto de um arrepio que percorreu todo seu corpo. De repente, seu coração maltratava sua caixa torácica, arrancando dele o ar ligeiramente. Changbin o encarou desde seu cabelo vermelho com as laterais pretas até sua roupa, um conjunto simplório de moletom preto e calça da mesma cor, e no fim, deu de ombros.

Não negou que ficou um pouco decepcionado, mas entendia, não se achava tão bonito como as mães dele diziam. Para chan, ele era normal. Nada mais que isso.

O assunto não se encerrou ali, mas elas entraram em outro tópico. O nome da 3rd Eye chegou aos lábios delas por seungmin, uma vez que o menino fez questão de espalhar para todos que changbin faria parte de uma banda. Liam disse que ficou feliz quando soube que o menor faria parte de algo tão legal como um concurso de talentos, afinal confiava no potencial do seu filho na bateria, já que foi ela quem incentivou o garoto a fazer isso ao invés das aulas de ballet que estela queria. 

Chan se voluntariou a ajudá-las a lavar a louça, o que foi aceito por liam, já que era a vez dela limpar a cozinha enquanto Estela e changbin assistiam televisão. Depois de um tempinho conversando com a platinada, o bang sentia aquela densidade sumindo ao olhá-la, na verdade, a mulher se tornava bastante gentil e calorosa depois que você pegava um pouco de intimidade. Talvez changbin fosse assim também, mas ele era um muro difícil de escalar e às vezes o ruivo sentia que ele não queria ser seu amigo, e tudo bem, ele disse isso com todas as letras, mas sentia que poderiam ser tornar bons amigos se o azulado baixasse a guarda pelo menos uma vez e deixasse que chan mostrasse que era bem mais do que um cara perturbado que tinha um sério problema envolvendo sua falta de paciência.

— então você está no último ano da faculdade. — liam chamou sua atenção, entregando a ele um copo que tinha acabado de levar. — já sabe onde vai trabalhar?

— vou voltar a estagiar no próximo mês.

— oh, você já faz estágio? — o ruivo assentiu.

— sim, sim. Há dois anos, eu acho.

— e essa coisa de banda, é só um hobby ou você vai querer levar mais pra frente?

— é um hobby entre amigos. — ele explicou. — fiquei com medo de acabar me afastando deles depois de entrar na faculdade, então montamos uma banda.

— oh, entendo. Parece divertido. — ele continuou seus afazeres em silêncio, parecia tomar coragem para dizer alguma coisa. — christopher, posso te pedir algo?

— claro. — ele parou o que estava fazendo para prestar atenção na mais velha, estranhamente ansioso com aquilo.

— eu odeio me meter na vida do changbin, porque você deve entender como é, os filhos odeiam que os pais façam esse tipo de coisa. — o ruivo assentiu. — mas eu me preocupo com ele, e sabe, o fedelho não é tão social e amigável. Na verdade, ele é bem rude e cabeça dura, parece um cavalo às vezes. — eles compartilharam de uma breve risada. — eu fiquei realmente feliz quando seungmin nos contou que ele tinha entrado para uma banda, e que finalmente está fazendo amigos. Quando morávamos no Canadá, ele era bem anti-social, dizia que todo mundo odiava ele, porque, bom, como você vê, não somos exatamente uma família tradicional. E isso afetou muito o crescimento social do binnie. Nós mudamos pra cá porque além de ser o país onde ele nasceu, talvez ele pudesse fazer amigos que falassem sua língua. Você deve conhecer o seungmin, ele mora aqui do lado e ele e o bin são inseparáveis desde o ensino médio, mas ele nunca trouxe ninguém além do minnie pra cá. Você ter vindo hoje me deu esperança que ele possa finalmente esquecer um pouco todo esse peso que carrega desde a infância por ser filho de duas mulheres lésbicas e ter uma vida boa, com muitas pessoas ao seu redor. Se não for pedir demais, não desista do nosso menino, ele pode ser rude e frio às vezes, mas na verdade é gentil e carinhoso, só tem medo de mostrar isso a alguém e ser deixado de lado depois.

Chan escutou ela em silêncio, notando que liam parecia emocionado ao falar sobre tudo àquilo. Não conseguia imaginar o quão difícil era para ela ver o próprio filho ser excluído desde criança por ter sido criado por duas mulheres. Ele sentiu seu peito doer apenas de pensar em tudo que changbin deve ter passado por ter contato com pessoas preconceituosas desde muito novo.

Não teve oportunidade de responder, pois o azulado entrou na cozinha, percebendo o clima que se apossava do cômodo. Ele intercalou o olhar entre sua mãe e chan, erguendo uma sobrancelha.

— o que tá rolando aqui? — ele indagou desconfiado.

— nada demais, filho. — liam respondeu com um sorriso ameno. — apenas estava comentando com christopher sobre ser tarde e convidando ele pra dormir aqui hoje.

Tanto chan quanto changbin olharam para mulher confusos. Ela sorriu para os rapazes e prosseguiu.

— você tinha aceitado meu convite, certo? — mirou em chan. Logo atrás, changbin quis gritar para ele dizer não.

— sim. Com toda certeza. — devolveu o sorriso a liam.

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