t r e z e
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— Você não vai mais pra sua casa, Tiffany? – Jon pergunta enquanto todos nós estamos jantando.
— Pai. – Dylan o repreende.
— Que eu saiba ela está grávida de um filho seu, mas vocês não estão casados. – o pai rebate.
— Ainda. – Tiffany corrigi e todos presentes na mesa a encara.
— Eu não gosto dela. – Mia diz baixo, mas todos acabam escutando.
— O que você disse, fofinha? – Tiffany a olha e pergunta.
— Eu disse que não gosto de você e eu não me chamo fofinha. – Mia joga e todos seguram o riso, até Dylan, e o mesmo levo um beliscão de sua namorada.
— Eu acho que a Tiffany tem que ir para casa. – Ani se pronuncia pela primeira vez. — Já faz um mês que ela, praticamente, está morando aqui, acho isso super desnecessário. – Tiffany fica entrufada com a declaração. — Você já foi no médico? – Ani pergunta.
— Para que? – Tiffany pergunta após mastugar sua comida.
— Até onde eu sei, você está grávida e todas as grávidas fazem acompanhamento médico. – Jon diz.
— A, eu não fui não. – a moça diz parecendo incomodada.
— Ok, amanhã eu marco uma hora para você com uma amiga minha. – quando Ani termina de falar, Tiffany se engasga com a comida e atrai o olhar de todos na mesa.
— Não. – ela se adianta. — Não precisa. – reforça. Tiffany está tensa e totalmente vermelha. — É..é.. eu dou um jeito. – gagueja por fim.
— Pode ser, mãe. — Dylan se pronuncia e Tiffany o olha incrédula, mas ele não parece incomodado, com a garota. — O que? – ele pergunta. — Eu vou com você. – o rapaz diz por fim.
— Não precisa, Dylan. – Tiffany olha para o namorado nervosa.
— Lógico que precisa. Eu quero saber de quantas semanas meu filhão aqui está. – Dylan encara a garota e lhe oferece um sorriso.
— Você está de um mês, não é, Tiffany? – pergunto e ela me encara. — Pelo visto você não vai ficar com a barriga muito grande, já que eu não vi nenhuma nela. – confesso, sorrindo.
— É, hum. – ela engole em seco enquanto todo mundo a olha. — Não é.. – lanço um olhar cínica para ela. Eu realmente acho estranho ela não estar apresentado barriga ainda. Pode ser pelo fato dela ser magra, mas minha mãe também é bem magrinha e ela já me mostrou umas fotos dela grávida e em um mês já via sua barriga, pequena, mas via.
Tiffany sempre está na piscina de biquíni e seu corpo está igualzinho a sempre. Sua barriga super chapada. Nesse um mês de gravidez da Tiffany, eu não a vi com enjou e ela come de tudo sem reclamar, ela não reclamou nem se quer de tontura ou algo do tipo.
Continuo encarando ela, mas ela corta nosso olhar.
Dylan pergunta se ela está bem e ela assente. Por fim, eles se levantam da mesa e assim que saem da mesma, Tyler aparece.
— Boa noite. – ele diz. Ele me olha e me oferece um sorriso.
— Boa noite, Tyler, como você está? – Jon pergunta para o rapaz.
— Bem e o senhor? – pergunta e ele assente.
— Vai querer jantar querido? – Ani pergunta, dessa vez.
— Não, obrigado, só vim ver a Mell. – ele diz e Mia pigarreia e quando olhamos para ela, ela está com um bico. — E essa princesa aqui também. – Tyler cala, indo até a criança e lhe fazendo cócegas.
— Mãe, o Ty e a Mell podem me colocar para dormir? – Mia pergunta recuperando o fôlego. Ani nos olha, perguntando mentalmente se podemos, e assentimos.
— Claro. – respondo. Pego Mia no colo e vamos subindo para seu quarto conversando. Assim que abrimos a porta do ambiente, nos deparamos com um quarto com as paredes todas brancas, exceto pela de trás da cama, que é rosa. Tyler arruma a cama da criança e eu a coloco na mesma.
Observo o local, vendo uma pequena penteadeira rosa em um canto, alguns brinquedos em uma prateleira e um carpete lindo no chão.
Eu e Tyler tentamos contar alguma história, mas não deu muito certo, rimos mais que tudo, mas Mia estava muito cansada e pegou no sono bem rápido, nos fazendo suspirar aliviados.
Saímos do quarto em silêncio e entramos no meu, mas Tyler bate a porta quando a fecha.
— Shiuuu. – digo. Ele arregala os olhos, mas pede desculpas sorrindo e nós nos jogamos na cama.
— Você ainda não me disse o nome da menina. – após minutos de silêncio, pergunto.
— Você é muito ansiosa. – Tyler diz olhando para o teto de meu quarto.
— Ansiosa? – pergunto exasperada e ele assente. — Eu estou esperando á quase vinte dias, Tyler. — respondo. Levanto meu corpo e o apoio com o meu cotovelo na cama, olhando para o rapaz que sorri.
— Logo você conhece ela. – revela. Tyler me olha e fica assim por um tempo, até receber uma mensagem no celular. — Eu tenho que ir. – ele diz olhando para o aparelho.
— Mas já? – pergunto decepcionada.
— Já está ficando tarde. – se levanta da cama e me observa. Me levanto também e ele envolve meu corpo em um abraço, mas nos afastamos do abraço assim que a porta é aberta.
— Opa, quarto errado. – encaro Tiffany.
— A, sério Tiffany? Então você já pode dar licença, né?! – em passos rapidos sigo para a porta e lhe digo praticamente a empurrando para fora do quarto.
— Se eu bem conheço a Tiffany, todas as vezes que ela nos vê juntos, ela conta para o Dylan. – a voz de Tyler ecoa no quarto.
— Por que ela faria isso? – pergunto.
— Só para o arritar. – Tyler responde, calmo.
— Eu te levo até lá embaixo. – digo, após segundos em silêncio. Nós saímos do quarto e descemos as escadas, conversando coisas aleatórias, mas assim que chegamos no térreo, ouço alguém chama-lo.
—Tyler. – olhamos para trás e avistamos Dylan descendo as escadas. Em passos rápidos, ele se aproxima da gente e assim ele desfere um soco no rosto do rapaz ao meu lado.
Tyler cai no chão empurro Dylan, que estava próximo a Tyler.
— Você está maluco, Dylan? Qual o seu problema, seu idiota? – quando Tyler se levanta do chão, com minha ajuda, percebo um pequeno corte em sua bochecha.
Tyler vai para cima de Dylan, que estava um pouco atrás de mim, e eu tento separar eles.
— Parem. – grito. Entro no meio dos dois e, no mesmo instante, Dylan levanta seu punho fechado e eu só fecho os olhos, esperando ele descer sua mão, mas nada acontece. — Vai me bater também? – pergunto exasperada.
— Mell... — Dylan arregala os olhos e parece assustado.
— Saia daqui, Dylan. – peço, com minha respiração desrregulada e ele tenta se aproximar, mas eu o empurro. — Você está bem, Tyler? – pergunto me sentando junto a ele no sofá, mas ele não me responde. — Só um minuto. – digo.
Subo as escadas, vou até meu quarto e pego o meu kit de primeiros socorros e desço as escadas rapidamente. Me sento no sofá novamente, dessa vez mais perto de Tyler. Coloco a caixa no braço do sofá, ao seu lado, depois de pegar um vidrinho e um pouco de algodão.
— Isso pode doer. – ressalto. Não espero Tyler dar resposta, só passo o algodão no corte ele faz uma careta.
— Aii. — O rapaz resmunga. Limpo o sangue que está escorrendo pelo seu rosto, e faço um curativo no mesmo lugar. — Obrigado. – Tyler agradece e eu só assinto.
— O que aconteceu, Tyler? — Ani pergunta assim que entra em casa com Mia ao seu lado.
— Você tá dodói, Ty. – Mia diz tocando de leve no curativo.
Deixo os dois conversando no sofá e chamo Ani de lado.
— O que houve, Mell? – ela pergunta angustiada, parece já saber quem fez aquilo.
— Eu estava acompanhado Tyler até a porta quando Dylan desceu as escadas e desferiu um soco em Tyler. – respondo.
Ani apenas assente, vai até Tyler e se desculpa pelo o que o filho fez, rápido, ela e Mia se retiram do ambiente, deixando apenas eu e Tyler nele.
— Está melhor? – pergunto me sentando ao lado do garoto.
— Estaca na cara que uma hora ou outra isso iria acontecer, Mellanie. – Tyler não responde minha pergunta, mas ressalta. — Ele está com ciúmes. Ele está achando que nós estamos juntos. – termina. Tyler fecha os olhos com força e respira fundo.
— Tyler.. – coloco minha mãe em seu ombro, mas ele a pega e segura, abrindo seus olhos negros.
— Vai ficar tudo bem. – ele diz e nós gargalhamos.
— Vai sim. – deposito um pequeno beijo em seu ombro. — Obrigada por ser esse amigo maravilhoso. – digo.
— Por nada. – responde, apertando meu nariz de leve. — Já vou. – ele diz por fim. Nos despedimos e Tyler sai pela porta e, logo em seguida, ouço um barulho atrás de mim.
— Seu namoradinho já foi? – me assusto quando ouço a voz de gralha da Tiffany.
— Vai ver se eu estou na esquina. – digo, passando pela mesma e subindo as escadas, indo direto para meu quarto.
Decidi me deitar e descansar, pois minha cabeça estava latejando. Assim que acordei, olho no relógio e via que ainda estava cedo, peguei meu celular e respondi algumas mensagens, conversei com Jony, contei a ele o que aconteceu nesses últimos dias, e ele me disse que esse intercâmbio está saindo melhor que o combinado.
Me levanto da cama, sigo para o banheiro e tomo um banho e visto um short e uma camiseta. Por mais que eu queria ficar dentro do quarto, acho que não devo. Afinal, não viajei tantos quilómetros para ficar trancada dentro de um quarto o dia todo.
Assim que saio de meu quarto, passa na porta do de Dylna e, por um segundo, penso ter ouvido um choro. Me aproximo mais da porta, coloco minha orelha nela e, realmente, alguém está a chorar dentro do quarto.
Penso em entrar, mas não sei se é o certo. Dou um passo para longe da porta, seguindo meu caminho relutante, mas acabo voltando para a porta do quarto de Dylan e à abro.
O encontrando encostado na cama, me olhando com o rosto muito vermelho e inchado, um pouco assustado também. Não deixo ele dizer nada, apenas entro no quarto, sentindo meu coração bater totalmente acelerado, fecho a porta e sigo para seu lado.
Assim que me sento, eu o abraço, e percebo como eu senti falta desse abraço. Ele logo retribui, e ficamos assim, os dois quedrados, abraçados.
Ele afunda a cabeça no vão do meu pescoço e chora compulsivamente. Sinto seu corpo tremer sempre que ele respira e eu me sinto uma inútil, sem saber o que fazer. Percebo que estou chorando também, pois uma lágrima grossa desce por minha bochecha e para em minha boca e, então, posso sentir o gosto salgado.
Não sei quantos minutos se passam, mas Dylan se acalma um pouco, para de chorar, mas continua abraçado a mim.
— Me perdoa, Mell. – ouço sua voz sair abafada. — Eu juro que eu queria ter te contado tudo. – escuto tudo em silêncio, apenas passando minha mão em seus cabelos. Eu passo a mão em sua bochecha tentando secar as lágrimas e ele fecha os olhos. — Me perdoa. – diz por fim.
— Está tudo bem! – digo. Fico observando seu quarto, sua situação, nunca pensei que veria Dylan em um momento tão frágil assim, nunca pensei que o teria abraçado á mim chorando sem controle.
Só percebo que senti tanta falta de Dylan agora. Senti falta de estar ao seu lado, de tê-lo me abraçando ou me fazendo sorrir.
Acabo sorrindo por pensar em nossos momentos juntos.
Dylan levanta sua cabeça e me encara, com seus olhos ainda vermelho, ainda abraçado a mim.
— Você está bem? – pergunto, engolindo seco por ele estar tão perto de mim.
— Estou melhor agora. – responde, parecendo não ligar por estarmos quase grudados um no outro.
— Não, Dylan. – as palavras saem da minha boca e o rapaz me olha sem entender. Dylan me solta e passa a mão em seus cabelos, os levando para trás. — Eu quero saber se você está realmente bem com tudo o que está acontecendo. – ele assente, entendendo o que eu quis dizer.
— Para falar a verdade, não, eu estou péssimo. – ele responde. — Eu nunca pensei que passaria por isso, Mellanie. Eu não estou pronto para ser pai, ainda mais de um filho da Tiffany. — Dylan fecha os olhos com força e respira fortemente. — Na verdade, eu nem sei quando eu fiz isso acontecer. – encaro o rapaz que está exalando dor e toco seu ombro, tentando passar algum conforto. — Está tudo uma bagunça, sabe? A Tiffany está acabando comigo, ela faz de tudo para esfregar na minha cara que ela carrega um filho meu na barriga. Vira e mexe ela vem jogando na minha cara que você e o Tyler estão juntos. Eu não aguentei mais e acabei batendo nele ontem. Eu estava com tanta raiva. – ele me olha nos olhos, parecendo ver minha alma.
— Porque? – pergunto cortando nosso olhar.
— Você não percebeu que eu não gosto da Tiffany? – Dylan pergunta exasperado. — Eu não quero estar com ela, eu quero estar com você, mas... — com a voz embargada ele diz, mas faz uma pausa. Sinto meu coração bater fortemente que fico até com medo dele ouvir as loucas batidas. — Me desculpa. – ele pede, me observando. — Eu não deveria ter falado nada. – ele abaixa seu olhar para o piso.
— Está tudo bem, Dylan. Eu estaria mentindo se dissesse que não sinto sua falta e que não gosto de você. – começo a dizer. — Eu achei que por ter apenas sido um beijo, não seria nada de mais, mas agora eu vejo que a cada dia desse mês que se passou, eu senti sua falta. Isso doeu e dói tanto. – encaro o rapaz e vejo que eles me encara de volta, com uma mistura de dor e carinho. Seu olhar caí, rapidamente, sobre minha boca e eu respiro fundo, tentando não fazer nenhuma besteira. — Mas agora você está com a mãe de seu filho. – digo tentando não demonstra o quanto isso me afeta. Dylan suspira frustrado e se levanta e estende sua mão para me ajudar a me levantar.
— Obrigado por ter ficado comigo. – ele diz, assim que me encontro em pé a sua frente.
— Toma um banho e descansa um pouco. – ele assente enquanto eu me viro, saindo de seu quarto.
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