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Olho na tela do celular e o relógio marca 06:12 da manhã. Me remexo na cama e sinto alguém ao meu lado, pisco demoradamente e me viro, encontrando Dylan deitado com a cabeça do lado dos meus pés, as pernas para fora da cama e com os braços cruzados, dormindo. Sorrio. Fico feliz por ele não ter me deixado só.
Reparo bem nele e o mesmo parece bem mais lindo do que a primeira vez que o vi dormir, as únicas coisas que parecem estar iguais são; seus cabelos caídos na testa e sua boca um pouco aberta.
Fico o observando por mais um tempo até que resolvo me levantar. Vou até o banheiro, faço minha higiene matinal e volto para o quarto, já com outra roupa que peguei no closet antes de entrar no banheiro.
Me sento na cama, ao lado de Dylan e volto a observar-ló. Em nenhum momento ontem ele me julgou por ter feito o que fiz, ele simplesmente permaneceu ao meu lado e se mostrou super carinhoso.
— É estranho ser encarado enquanto dorme. – saio dos meus devaneios quando ouço sua voz. Sinto meu rosto queimar e me viro, não deixando o mesmo me ver. — Bom dia. – ele diz.
— Bom dia. – digo, me virando e o encarando novamente.
— Como você está? – ele me pergunta se sentando na cama e me olhando com carinho.
— Bem. – lhe observo. — Obrigada. – falo sorrindo.
— Pelo que, Mell? – Dylan me olha confuso.
— Por ter me escutado ontem, ter ficado comigo e não ter me deixado só em nenhum momento. – ele sorri e pega na minha mão, fazendo um pequemo carinho nela.
— Eu sempre vou estar aqui, Mell. – sorrio. — Você nunca vai estar sozinha. – assinto. Acabo lhe abraçando por não ter o que falar, sinto a vibração de seu corpo assim que ele dá uma risada. Quando me separo do abraço, nós ficamos nos encarando por um tempo até ele voltar a falar. — Acho melhor eu ir para o meu quarto. Se precisar, é só me chamar. – Dylan diz e me dá um beijo demorado na minha bochecha e sai do quarto me deixando com o rosto quente e um sorriso nos lábios.
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Dia 31 de Janeiro é o aniversário do meu pai e esse ano eu não pude passar essa data com ele. Hoje é dia 2 de Fevereiro, 1 mês após a minha chegada aqui. Posso dizer que esse 1 mês pareceu um ano, de tão longo que foi, mas tudo tem sido tão maravilhoso que eu fico encantada a cada dia que se passa.
— Ei, você é pesada, em?! – ele diz assim que saímos do seu quarto comigo em suas costas. Lhe dou um tampa e o mesmo resmunga. Desde o dia em que eu contei a Dylan sobre meu irmão, a gente tem se aproximado bastante.
— Larga de ser chato, rum. – Dylan sorri. Assim que chegamos no início da escada, vemos Tyler e Ryan sentados em um sofá e duas meninas sentadas no outro. Desço das costas de Dylan, lhe olho sem entender nada e assim que dou o primeiro passo para descer as escadas, me desequilibro e imediatamente fecho meus olhos e me preparo para cair, mas a queda é evitada por Dylan que me segura.
Assim que ele me puxa de volta, com seus braços em volta do meu corpo, nós ficamos bem próximos, posso até sentir sua respiração se misturando com a minha e Dylan parece tenso. Seu olhar desce para minha boca e volta para meus olhos e só nos afastamos quando alguém lá em baixo se pronuncia.
— Estamos atrapalhando? – olho para os meninos e eles estão nos olhando com um sorriso travesso no rosto.
— Não. – digo, rapidamente, me desvenciliando de Dylan. Descemos as escadas, com cuidado, e quando chegamos no andar de baixo, Tyler se levanta do sofá e me cumprimenta com um "oi", seguido de um beijo na bochecha. Ryan, como sempre, se limita em acenar. Vejo que Dylan não está com uma cara muito boa, que com certeza tem haver com o cumprimento do Tyler comigo. CIÚMES.
— Então, cara, essas aqui são Emma. – Tyler diz, chamando a atenção de Dylan e aponta para a menina morena que sorri. — E Sarah. – ele aponta para a outra que olha para Dylan da mesma forma que a primeira. Dylan as cumprimenta com um beijo na bochecha e elas aproveitam e acabam tirando uma casquinha. Elas o puxam para se sentar no sofá e o mesmo se senta no meio. Eu, que estava em pé até agora, me sento ao lado de Tyler e Ryan.
Tyler diz alguma coisa, mas eu não presto muito atenção pois a mesma está voltada para as três criaturas no outro sofá. Dylan parece meio incomodado a cada vez que elas conversam com ele, passando a mão em seus braços, e até na perna. Quanta vulgaridade.
Continuo olhando para o mesmo até seu olhar se cruzar com o meu, só então desvio rapidamente olhando para outro lugar.
— Você me ouviu? – Tyler pergunta, estralando os dedos na frente do meu rosto, percebo que me perdi no tempo e apenas assinto. — Então o que eu disse, Mell? – ele pergunta e fico envergonhada. — Nós estamos indo para a piscina, você vem? — percebo que estamos só nois dois sentados no sofá, Dylan, as meninas e Ryan estão saindo da sala. Assinto novamente.
Quando passamos pela porta que dá passagem para a piscina, vejo que as meninas estão tirando a roupa e ficando apenas de biquínis, bem pequenos por sinal, e Dylan está na borda da piscina. Me pergunto o porquê dos meninos terem as trazido para cá. Coragem, porque noção não tem.
Tyler tira a camiseta e a bermuda, mostrando seu corpo totalmente branco e escultural. Ele se joga na piscina e eu apenas me sento na espreguiçadeira e os observo. Dylan nem presta muita atenção no que a garota ao seu lado está dizendo, Tyler está aproveitando a piscina e Ryan está com a outra garota. Eles conversam e sorriem a todo momento, pelo visto, ele não é tão tímido assim.
Por fim, Dylan entra na piscina e a garota que até então estava conversando com ele, se joga no mesmo, praticamente se esfregando nele. O que mais me dá raiva é o fato dele parecer incomodado com a situação, mas não se pronunciar ou não reclamar. O auge.
Irritada, me levanto da espreguiçadeira e sigo em direção a porta. Piso o mais forte que posso no chão, tentando chamar a atenção para mim, mas nada acontece. Cara idiota. Só escuto Tyler chamar meu nome, mas não me viro.
Calma Mell, calma. Você nem tem motivos para estar assim. Ou tem?
Chego no quarto e me jogo na cama tentando me acalmar. Bufo assim que ouço alguém bater na porta e quando estou pronta para mandar a pessoa ir embora, ouço uma voz.
— Sou eu, Tyler. – reviro os olhos e bufo novamemte.
— Entra. – a porta é aberta e por ela passa um Tyler preocupado. — Hum. – afundo meu rosto no travesseiro.
— Está tudo bem, Mell? – ele pergunta.
— Estou, porque não estaria? Tenho motivos para não estar? – indago grossa.
— Você saiu lá da espreguiçadeira bufando. – reviro os olhos. — Fiquei até com medo do chão rachar pelo quão forte você estava pisando. – ele faz uma pausa, mas logo continua. — Mellanie, dá para você me olhar enquanto eu falo contigo? – sento na cama o olhando, pois até então estava deitada, com a cara no travesseiro.
— O que foi, Tyler? – pergunto já sem paciência.
— Tudo isso ai é por causa do Dylan? – ele pergunta apontando para mim. — Se for, eu não trago mais meninas aqui. – ele dá de ombros.
— Você nem deveria ter as trazido hoje. Sem noção. – digo, mas logo vejo a cara de safado que Tyler fez. — Quer dizer, o que você tá falando, oxi. – reviro os olhos. — Por causa do Dylan, aiai. Não tenho culpa dele ser tão idiota. – digo por fim.
— Se eu te conhecesse bem, diria que você estaria com ciúmes. – arregalo os olhos. — Mas, não posso dizer nada, é apenas a segunda vez que nós nos vemos e conversamos
— Sensato. – sorrio.
— Eu vi o clima entre vocês quando nós chegamos. – clima? Que clima, meu pai do céu? Era só o que me faltava. Respiro fundo e encaro Tyler.
— Tyler. – o chamo e ele me olha. — Senta aqui. – bato no colchão ao meu lado e ele se senta. — Eu tenho uma coisa para te contar. – ele assente. — Então, eu estou percebendo umas coisas e cheguei à uma conclusão. – respiro fundo, mas sou interrompida.
— Para de enrolar, Mellanie. — ele me apressa.
— O Dylan é gay e ele gosta de você. – solto de uma vez, e a primeira reação de Tyler é arregalar os olhos e me olhar espantado, a segunda vem logo em seguida, ele começa a rir escandalosamente e eu fico constrangida. — Para besta, eu estou falando sério!! – digo irritada.
— E como como chegou à essa conclusão? — Tyler me pergunta, ainda rindo.
— Uai, no primeiro dia que eu o conheci, ele meio que soltou uma possibilidade de chegar em casa com um cara aqui. – digo e Tyler me olha travesso. — E também teve aquele dia que ele te expulsou daqui do quarto, era ciúmes de você ,Tyler. – revelo com convicção e ele segura o riso. — Hoje, quando você me cumprimentou, ele fechou a cara na hora. – Tyler tenta se intrometer, mas eu falo mais rápido. — E você percebeu em como ele ficou incomodado com aquelas meninas? Está tão na cara, Tyler, não sei como você não percebeu. – digo como se isso fosse óbvio. Ele começa a rir novamente e fica um bom tempo assim.
— Ok. – ele diz, recuperando o fôlego. — Mell. – o ouço com atenção. — Eu conheço o Dylan à quase 17 anos e ele é o cara mais hetero que eu conheço. – dessa vez, eu tento o corta, mas ele continua falando. — Eu achei que você era mais esperta, Mell. – Tyler faz uma cara de sapeca e eu fico sem entender.
— O que você quer dizer com isso? – pergunto.
— O Dylan gosta de uma menina. – assinto incomodada.
— Que menina? – pergunto mesmo não querendo saber quem é, mais por curiosidade.
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