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    Pego meu celular e vejo que ainda são 05 horas da manhã e bufo irritada. Depois que Dylan saiu do meu quarto, eu pensei bastante em Nathan, o coração apertou de saudades, chorei, pois foi a única solução que achei viável.

    Se eu disser que dormi a noite inteira, eu vou estar mentindo, eu cochilava e acordava e assim sucessivamente. Eu andava o quarto inteiro, ia ao banheiro, entrava no closet, saia do closet e chorava. Chorava de dor, por Nathan não estar mais comigo, chorava por não conseguir dormir e por Dylan, que me chamou de estrelinha.

    Minha psicóloga disse que talvez isso viria acontecer depois de um tempo, mas não era para eu me deixar cair, era para eu mr lembrar de tudo que eu passei para estar aqui hoje e para pensar em como Nathan estaria triste se me visse sem forças novamente.

    Ela também me disse que se eu precisasse conversar, ela estaria á disposição, mas se à caso não fosse possível, eu devia conversa sozinha, com alguém que eu me sentisse confortável ou algo do tipo. Cogitei na possibilidade de ligar para Jony, mas à essa hora ele deve estar no serviço, meus pais também.

    Por fim, consigo pegar sono e só acordo com alguém batendo na porta.

    — Um minuto. – grito, com minha voz groge de sono. Me estico na cama, com meu corpo doendo por conta da noite mal dormida e passo a mão no rosto para disfarçar a cara de choro e de sono. — Entra. – grito, novamente.

    — Ei, princesa. – Dylan diz assim que abre a porta do meu quarto e entra, a fechando logo em seguida. Ele se senta na cama e me abraça, quando sinto seu abraço eu me desabo.

    Dylan fica em silêncio enquanto me abraça, parece que ele sabe do que eu, realmente, preciso. Com minha cabeça em seu peito, eu sinto seu coração a única coisa que escuto é sua respiração e meu choro, baixinho.

    Minutos depois, paro de chorar e então ele me pergunta se está tudo bem, eu apenas assinto, mas ele sabe que as coisas não estão muito bem. Me mexo na cama, ainda em seus braços e vejo que ele coloca a mão na minha coxa. Me afasto bruscamente dele e quando eu ia mandar ele ir embora por tal saliência, ele me pergunta com calma:

    — O que é isso, Mell? – sinto que sua mão ainda está na minha perna e quando olho sei do que ele está falando. Pelo fato do short do pijama não ser tão comprido, acaba mostrando as cicatrizes dos meus cortes. Rapidamente, puxo a colcha tampando minha perna,. Eu sei que ele sabe o que é isso, mas acabo entendendo sua pergunta. O olho nos olhos e Dylan está me olhando com uma mistura de preocupação e carinho.

    — Isso aqui é passado, é uma parte da minha vida. – digo, apontando para a colcha que agora cobre a minha perna.

    — E você pode me explicar o porquê de estar assim? – ele diz apontando para o meu rosto. — Toda triste, chorando. Não desceu para tomar café da manhã, nem almoçou. Eu não gosto de te ver assim. – Dylan leva a mão na minha bochecha e faz um carinho na mesma.

    — Não é nada, Dylan, é só uma indisposição mesmo. – ele continua me olhando preocupado.

    — Olha, Mell. – ele segura minha mão e faz uma pausa dramatica antes de voltar a falar. — Eu não vou te obrigar a me contar o que está acontecendo ou o que aconteceu. – com a outra mão ele aponta para a minha perna. — Mas quero que você saiba que eu vou estar aqui pronto para te ouvir. – ao terminar de ouvir Dylan, sinto uma lágrima rolar por minha bochecha, ele a seca com o polegar esquerdo e então me aconchega em seus braços.

    Dylan não ousou perguntar mais nada. Ele apenas me fez companhia e só. Acabamos cochilando e quando acordo, olho no relógio do meu celular e já são 17:45 da tarde, vou direto ao meu closet e pego uma roupa e sigo para o banheiro e o deixo no quarto, deitado em minha cama ainda dormindo. Tomo um banho relaxante, lavo meu cabelo e quando volto para o quarto, vejo que Dylan está com outra roupa e seu cabelo está molhado, assim como o meu, ele deve ter aproveitado e tomado banho também, e após alguns segundos, percebo que ele está com um porta retrato na mão. 

    — É ele? – Dylan me pergunta virando a foto para eu ve-la. — Era nele em que você estava pensando ontem a noite? – ele pergunta e eu acabo me lembrando de quando ele me perguntou se eu estava bem e eu disse que só estava pensando em uma pessoa. — É por causa dele que você tá assim?

    — Sim. – assinto e vejo o olhar triste de Dylan sobre mim.

    — Ele é seu namorado? – ele me pergunta, por fim, com o maxilar tenso.

    — Não. – ao dizer, vejo que seu corpo relaxar. — Ele é meu irmão. – Dylan me olha um pouco assustado, deve ser porque eu nunca disse que tinha um irmão ou algo do tipo.

    — Mas porque você tá assim por causa dele? É saudades? – ele deixa a foto na mesinha e se aproxima.

    — Sim, é saudades. – digo, afinal, não é mentira.

    — Se você quiser ligar para ele, pode usar o telefone da sala, Mell. – ele diz, como se tudo fosse tão facil.

    — Ele morreu, Dylan. – digo com os olhos marejados. O rapaz me olha sem saber o que dizer ou o que fazer, e eu apenas dou um sorriso triste.

    — Me desculpa, eu não sabia, Mell. Perdão. – ele me abraça novamente e eu retribuo. O abraço dele é tão maravilhoso que eu não me importaria em morar nele por toda a minha vida. Quando ele me solta, nós nos sentamos na cama novamente.

    — O nome dele é Nathan... – depois de um tempinho eu começo a falar, mas Dylan me corta.

    — Não precisa me falar se não quiser. – assinto. — Pode te fazer mal, não sei. – ele parece não saber o que dizer.

    — Tudo bem Dylan, vai me fazer bem, pode acreditar. – ele quem assente dessa vez. — Então, como eu estava dizendo, o nome dele é Nathan e hoje ele estaria com 21 anos. Na época ele tinha 17 anos e eu 14. Nós, além de irmãos, éramos melhores amigos, ele sempre fazia de tudo por mim e eu por ele. Nathan sempre me levava numa pracinha perto de casa para ver as estrelas, como você fez ontem, para nós conversarmos e o mais louco é que ele me chamava de estrelinha. - digo e ele me olha um pouco espantado. - Pois então, a gente passava a maior parte da noite lá, conversando, sorrindo. Teve um dia que a gente discutiu por conta de uma namorada dele, eu odiava ela, ela o fazia de trouxa, e o pior disso é que ele sabia, mas ainda assim gostava dela. Eu falei altas coisas para ele, só verdades. – Dylan da um pequeno sorriso e eu dou de ombro. — Mas ai acabamos brigando mais ainda. Nós nunca brigamos feio, era sempre aquelas brigar bobas e tals, mas essa tava indo longe de mais. Já tinha se passado 2 dias que ele não falava comigo e eu também não falava com ele, no terceiro dia em que a gente não se falava, ele saiu cedo de moto e já era á tardezinha quando o telefone da sala de casa tocou e minha mãe atendeu e do nada já começou a chorar e eu não estava entendendo nada, só peguei o telefone da mão dela e aí sim eu pude entender o porquê do choro. – faço uma pausa, respiro e continuo. — A pessoa do outro lado da linha me deu a pior notícia da minha vida. Naquele momento o meu chão desabou, ela me perguntou o que eu era do Nathan e eu disse que irmã, ai ela jogou a bomba, disse que meu irmão tinha sofrido um acidente de moto e que estava entre a vida e a morte e que ele queria porque queria falar com a Mellanie. Eu estava em choque, eu e minha mãe estavamos sentadas no meio da sala quando o meu pai chegou e só então fomos todos para o hospital. – Dylan me ecutava atento, segurando minha mão, e isso me dava um certo conforto para eu continuar. — Quando chegamos no hospital a enfermeira disse o número do quarto de Nathan e disse que apenas uma pessoa podia entrar de cada vez e que ele estaria pedindo para ver a irmã, vulgo, eu. Assim que abri a porta do quarto, eu encontrei o meu irmão ligado à um monte de aparelhos e, por incrivel, por fora ele não aparentava ter nenhum ferimento, ele sorriu para mim e eu me aproximei dele. Ele segurou na minha mão e deu um leve aperto junto à um gemido. Eu não conseguia me conter, eu estava chorando muito, a primeira coisa que ele me disse era que eu estava certa, ele também disse que sempre iria me amar. – sinto uma lágrima solitária cair no meu rosto e Dylan enxuga-lá. — Ele me pediu perdão, perdão Dylan. – agora rolavam várias lágrimas em meus rosto.

   — Não precisa continuar, Mell. – Dylan diz calmo.

    — Está tudo bem. – ele me olha com carinho e assente. — Ele disse que não era para eu chorar e que tudo iria ficar bem. Eu lhe pedi perdão e ele disse que não sabia o porquê daquilo, mas me perdoou. Quando eu lhe dei um beijo na testa, as máquinas apitaram. Rapidamente, entraram médicos e enfermeiros no quarto e eu nem tinha percebido que estava caída no chão chorando, pois eu sabia o que aquilo significava. Eu o tinha perdido. Tinha perdido o meu melhor amigo para sempre. – soluço. — Depois desse dia, eu me perdi. Na escola eu não fazia nada e só passei de ano por conta das notas dos 3 primeiros bimestres, em casa eu só ficava trancada, meus pais se entupiram de serviço para tentar fugir do que tinha acontecido. Eu já não tinha mais o meu porto seguro e sem ele eu estava afundando cada vez mais. Eu sofri todos os dias por ele ter partido. Isso doia e ainda dói. Foi ai que eu comecei a me cortar, ninguém sabia, lógico. Eu só ia me fechando, não conversava com ninguém, sofria calada. Até que um dia eu tentei me matar, tomei mais de quatro cartelas do comprimido mais forte que eu achei na bolsa da minha mãe e então me levaram para o hospital ainda com vida. Logo após á alta, meus pais me levaram á uma psicóloga e logo na primeira consulta, eu fui diagnosticada com depressão. Eu aguentei ir para a escola apenas na primeira semana de aula e nas outras eu já não conseguia ir mais, por conta dos remédios que eram bem fortes e também por que todos na escola me olhavam com dó. Eu ficava em casa o dia todo, a maior parte do tempo dormindo, e meus pais nem ligavam, eu acho. Só depois que minha psicóloga disse à eles que se à caso eu ficasse mais sozinha e isolada, isso poderia resultar em outra tentativa de suicídio e dessa vez poderia ser fatal. A ficha dos meus pais pareceriam ter caído aquela hora, minha mãe deixou o emprego dela, por nós termos uma boa condição financeira isso não seria problema, meu pai se aproximou mais, minha mãe se tornou minha melhor amiga. Quando dava, a gente ia para a igreja e minha mãe sempre pedia oração por mim, e com o tempo eu fui ficando melhor. O grande vazio que eu tinha no meu peito foi se ocupando, pelo meu pai, pela minha mãe e por Deus, mas o lugar do Nathan ainda está aqui. Eu ainda continuei indo para as consultas até que um dia a Dra. disse que eu estava liberada e que talvez eu poderia ter recaídas mas não era para eu me deixar cair, era para eu lembrar de tudo que eu passei para estar aqui hoje e para pensar em como Nathan estaria triste se me visse sem forças novamente. – Dylan me dá um sorriso reconfortante e continua me olhando. — Como já não tinha como eu voltar para a escola, porque já tinha pedido muita coisa, eu fiquei mais um tempo parada. Nesse tempo eu conheci Jony, Ana e Mateo, meus melhores amigos, que conheci na igreja na qual eu vou com meus pais. Meu irmão morreu no dia 24 de Outubro de 2015 e eu melhorei só em 30 de Julho de 2016. Acho que se não fosse pela força que Deus me deu, hoje eu não estaria aqui.

    — Olha Mell, me desculpa por ontem. Eu juro qu... – lhe corto.

    — Está tudo bem, não tinha como você saber. – ele assente. — Agora já passou, e eu só preciso descansar um pouco, o cochilo não cobriu quase a noite inteira sem dormir. – digo por fim.

    — Tá, eu vou estar aqui do lado, caso precise. – ele diz se levantando da cama e apontando para a parede que divido com seu quarto.

    — Dylan. – o chamo e ele me olha, parado no meio do caminho. — Fica. – peço. Ele parece surpreso, mas acaba assentindo. Dylan se senra ao meu lado e eu me acomodo em meio aos travesseiros, enquanto ele faz cafuné em mim. E assim eu consigo dormir, depois de um longo dia.

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Até o próximo capítulo 💕

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