n o v e
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— Oiii. – digo com um sorriso enorme no meu rosto por estar vendo minha amiga pela tela do notebook.
— Oiii, piriguete. – Ana diz me fazendo revirar os olhos pelo apelido "carinhoso". — E esse pedaço de mal caminho ai? – ela observa Dylan, que está sem entender nada que a gente fala logo atrás de mim.
— Esse é Dylan. – chamo Dylan com um aceno e ele chega perto. — Dylan, essa é minha amiga, Ana. – falo em sua língua e ele a cumprimenta com um aceno. Percebo Ana com um sorriso enorme nos lábios.
— Tá fluente, em? – Ana diz sorrindo. — Como vão as coisas por ai? – posso ver a curiosidade estampada em seu rosto.
— Bem, só sentindo falta de vocês mesmo. – digo, um tanto dramática.
— Minha filha, você tá em Olandale, Estados Unidos da América, pelo anjo. Aproveita, garota, é seu sonho. – sorrio com seu exagero.
— Cadê o Jony e o Mateo? – indago.
— Jony disse que viria conversa com você, mas não chegou ainda. – assim que Ana fecha a boca, ouvimos alguém batendo na porta de seu quarto. — ENTRAA. – Ana grita e Dylan faz uma careta pelo escândalo e eu gargalho, vendo o garoto sentado na cama novamente.
— Ela é assim mesmo. – digo para ele.
— Ela é bem bonita, né?! – Dylan diz olhando para a garota do outro lado, eu logo fecho a cara.
— O que vocês estão falando ai? – Ana chama minha atenção.
— Eii, Mell. – Jony diz assim que expulsa Soph da cadeira. — Que saudades que eu estou de você, pequena. – ele diz. A, se eles soubessem a saudades que estou deles também.
— Eu também estou com muitas saudades. Achei que nem iria vir. – digo e ele lança um olhar estranho para Dylan que o olha do mesmo jeito.
— Quem é esse cara? – Dylan pergunta, voltando a ficar perto de mim.
— Melhor amigo da Mell, e você? Quem é? – Jony responde Dylan.
— Jony, esse é Dylan, filho do casal que me acolheu e Dylan esse é Jony, meu melhor amigo. – apresento os dois e os mesmos assentem. Ouço Sophia dizendo que é injustiça ela não entender o que nós falamos. Jony soube responder Dylan pelo fato dele ter morado um tempo com sua mãe fora do Brasil.
Continuamos conversando por mais um tempo, Jony diz que Mateo tinha viajado para a casa da mãe dele e que voltaria daqui uma semana. Eles disseram que meus pais reclamam de saudades todos os dias e que eles estavam achando ruim o fato de eu não passar o meu aniversário com eles.
Jony disse também que está namorando, e eu fiquei muito feliz pelo meu amigo, mas ele teve que ir embora logo e eu conversei um pouco mais com Ana. A mesma me perguntou sobre o fato do "gostoso do Dylan", palavras dela, estar no meu quarto e eu disse que a gente tava próximo e tal, ela acabou entendendo tudo errado e disse até que shippava a gente.
Como Dylan não entendia nada da nossa conversa, decidiu ficar deitado na minha cama olhando para o teto. Minutos depois, me despeço de Ana e volto minha atenção para Dylan que está largado em minha cama.
— Mas é folgado, em?! – digo e ele me olha sorrindo. Me levanto da cadeira e me deito ao seu lado.
— Porque você saiu daquele jeito da piscina ontem? – ele pergunta pegando em minha mão e a observando.
— Nada. – digo um pouco nervosa por pensar nele com a menina.
— A, qual é, Mell? – ele se senta na cama e me puxa para sentar também. Ele me encara e eu não ouso corta o nosso olhar. — Vai, Mell, o que foi? – ele ergue suas sobrancelhas.
— Já disse que não foi nada. – reviro os olhos, já perdendo a paciência.
— Tem que ter um motivo, oras. – ele insiste e eu não me seguro.
— Eu não sou obrigada a ver você se esfregando naquela menina. – digo já alterada.
— Eu não estava me esfregando em ninguém. – ele diz com a maior calmaria do mundo.
— A não? Não estava? – pergunto e ele nega. — Se aquilo lá não for se esfregar em alguém eu nem sei o que é. – bufo irada.
— Você viu que não foi bem assim, Mellanie. Foi ela quem estava se insinuando. – Dylan dá de ombros.
— Pode até ser, mas se você não estivesse gostando, você teria a afastado. – me altero novamente e ele me olha sério.
— O que é isso, Mell? – o olho confusa com a pergunta. — Por que a revolta? – questiona.
— Eu não sei, tá legal? – me sinto uma boba por toda aquela situação. — Eu só acho isso uma falta de respeito. Bem desnecessário. – respiro calma.
— Eu não gosto quando você fica aqui no seu quarto com o Tyler. – ele diz por fim.
— E o que isso tem haver, Dylan? – pergunto. — Ele é só meu amigo e a gente estava converando sobre você. – deixo escapar.
— Converando sobre mim? – tento negar, mas logo assinto sem jeito. — O que era? – em seus lábios surge um sorriso de canto.
— Ele só me disse que você estava gostando de uma menina. – Dylan me olha atento. — E o que eu achei mais incrível é que além de você estar gostando de uma menina, você não dispensa a oportunidade de estar com outras. – jogo tudo para fora.
— Mell... – o rapaz tenta fazer, mas eu o corto.
— Não Dylan. Não tem mas. – sinto meus olhos marejarem.
— Mell, se acalma. – ele diz tocando meu rosto com carinho. — Eu estava incomodado com a presença delas aqui, até porque a única menina que eu gosto e queria por perto, já estava comigo. – lhe encaro sem entender. — Eu não poderia mandar elas irem embora do nada. – me acalmo um pouco.
Ele está bem perto da minha pessoa, seus olhos me olham fixamente, sua mão ainda continua em meu rosto e a outra segurando minha mão que se encontra um pouco trêmula. É a segunda vez que toda a irritação por ele passa por conta da sua proximidade.
— Eu não entendi sobre a menina que você gosta e queria por perto já estava contigo. – confesso baixo.
— Eu estou querendo dizer que essa menina é você, Mell. – ele diz baixo também e eu demoro um tempo para assimilar o que ele diz. Dylan se aproxima mais de mim e eu apenas fecho os olhos. — Eu gosto de você, Mell. – ele sussurra.
Eu esperei alguém entrar no quarto, esperei algo nos atrapalhar, o telefone tocar ou alguma coisa do tipo, mas a única coisa que realmente aconteceu foi Dylan selando sua boca na minha. Seus lábios são macios e posso dizer que dentro de mim está havendo uma explosão.
Eu não sabia que queria tanto esse beijo até ele acontecer.
Ele continua com a mão em rosto e a outra segurando a minha. Com a minha mão livre, levo ela até a sua nuca. Ele pede passagem com sua língua e eu dou. O beijo é calmo, cheio de sentimentos talvez. Se fosse para eu definir ele em uma palavra, seria mágico. Ele faz movimentos calmos e leve. Paramos o beijo por falta de fôlego.
Dylan encosta sua testa na minha e posso ver um sorriso em seus lábios vermelhos. Ele me olha e sinto meu rosto queimar.
— Você é tão linda. – ele sussurra enquanto me observa. Com certeza estou vermelha. Quando eu vou dizer algo o celular dele toca. — Eu vou atender. – ele diz me dando um beijo na bochecha e logo saí do quarto.
Ainda me sinto um pouco boba pelo que acabou de acontecer. A menina que o Tyler ia citar na nossa conversa era eu. Agora tudo faz sentido. Depois do ocorrido, eu percebi que o sentimento é recíproco. Eu não fiquei irritada com Dylan atoa, era ciúmes. Eu apenas não quis enxergar isso. Como sou tapada.
Pensei muitas coisas, até na possibilidade dele ser gay, mas não na hipótese dele gostar de mim. Até Ana percebeu e eu não, agora entendi o porque do "parar de ser trouxa" dela e também do "eu achei que você era mais esperta, Mell" do Tyler.
Fico mais um tempinho sentada na cama á espera de Dylan, mas o mesmo não aparece. Saio do quarto e bato na porta do seu quarto e ninguém responde. Desço as escadas em seguida, e procuro no andar de baixo, mas não encontro ninguém, começo a ficar preocupada, mas a preocupação some quando vejo Dylan descendo as escadas todo arrumado. Ele deveria estar no banho quando bati na sua porta.
— Mell, eu vou ter que dar uma saidinha. – assinto sem jeito. Ele passa por mim e deposita um selinho breve em meus lábios e sai me deixando com uma cara de boba.
Me sento no sofá após pegar meu celular e fico um bom tempo mexendo nas minhas redes sociais. Ouço alguém tentando abrir a porta, penso que talvez possa ser o Dylan, mas assim que ela é aberta, vejo Jon.
— Boa noite. – Jon me cumprimenta.
— Boa noite. – respondo com um sorriso no rosto.
— Não tem ninguém em casa? – ele pergunta com calma.
— Ani chegou um tempinho depois que o Sr. saiu, dizendo que a Mia estava na casa de uma amiga, creio que ela deve ter ido busca-lá. Dylan saiu faz mais ou menos uma hora. – ele assente.
— Ani me disse que amanhã é seu aniversário. – ele sorri para mim.
— É sim. – declaro.
— Nós vamos jantar fora amanhã para comemorar. – arregalo os olhos com sua declaração.
— Não. Não precisa Sr. Jon. – seu sorriso se alarga mais ainda.
— Vamos sair às 8 horas da noite. – ele diz já indo em direção ao andar de cima da casa. Continuo sentada no sofá á espera de Dylan e pensando no beijo e nessa família maravilhosa.
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