Remendas
23 de Maio
7:30 A.M.
Dormitório dos alunos
*Louis*
Como descrever a semana que se passou?
Louis sentia falta do seu amigo e irmã, por eles serem mais próximos e compartilharem as coisas como irmãos. Estava sendo muito duro continuar indo para as aulas do Harry, olhar em seus olhos e não esquecer das palavras dele na noite da formatura. Apesar de ter doído, Louis sabia que fora a escolha certa, mas a decisão errada. Pelo menos era assim que se sentia. Ambos passaram a não ter muito contato, todas as vezes que tinha dúvida de alguma coisa Louis perguntava e recebia respostas curtas do professor.
Esse clima estranho o dilacera a cada segundo que o relógio bate e os segundos passam, foram três meses de namoro, intenso e emocionante. Mas Louis havia estragado, por causa de um maldito passado, por não conseguir se abrir para quem ele ama, as coisas poderiam ter sido evitadas, simples, mas não foi isso que aconteceu, e agora, todas as noites quando ele estava todo encolhido na cama, ele colocava os fones de ouvido e chorava abraçado ao pombo que Harry lhe deu de presente. Porque era inevitável não chorar de saudade, do cheiro masculino do Harry, das mãos quentes dele abraçando seu corpo e sua respiração passando pelo seu pescoço, arrepiando todos os pelos do seu corpo. Das risadas que davam juntos, de quando faziam amor em cada cômodo do apartamento do maior, os passeios, a primeira que se trobaram e Louis viu seu mundo girar e tornar somente um.
Da qual agora já não fazia mais parte, ele sabia que estava ali por mérito dele mesmo, que a dor foi motivada pela sua atitude, mas ninguém iria entender que tudo lhe causava medo, a vida inteira fora tudo escondido por debaixo de um tapete e por lá ficou. Lembrar de coisas que lhe machucaram antes o destroçava por dentro. Ele queria conseguir se abrir, ele gostaria de ser diferente, mas de que iria adiantar? O que as pessoas iriam poder fazer por ele? Tudo já passou e nada que fizesse agora, mudaria o que aconteceu no seu passado.
Talvez aqueles pensamentos sejam os mais mesquinhas e orgulhosos, contudo não deixava de ser verdadeiro. Sua mãe sempre lhe dizia que não importa o que tenha acontecido, o foco de uma pessoa na vida é olhar para o agora, andar na sua própria linha e algumas vezes você vai se desiquilibrar, a ponto de cair, isso é normal quando o vento bate contra seu corpo, porém você pode se levantar e continuar o trajeto, preparado para os próximos ventos que lhe derrubaram e que terá que levantar novamente, assim se segue sucessivamente. Louis guardou cada conselho dela como um objeto precioso, ele queria tanto que ela tivesse ali, para lhe dizer o que fazer, lhe explicar porque as coisas na sua vida saiam errado e porque ele agia de modo errado.
Seu coração agora estava mais pequeno e apertado, seus olhos permaneciam inchados e sua cabeça doíam, por passar noites pensando em Harry, na maior burrada que fizera na sua vida.
Imaginou o que Alicia diria diante aquela situação embaraços a que ele se encontrava. Ele visualiza a mesma andando na sua direção com uma cara fechada e ao mesmo tempo cheia de tédio, em seguida lhe dando um tapa na cabeça e Falando: “Louis, você é um idiota ou quê? Você sabe o que tem que fazer, você sabe exatamente como deve consertar essa situação, levante essa raba linda que Deus te deu e vai logo atrás do seu amor!”
De certa forma ele sentiu esse pensamento ser mais real do que seus mais medonhos sonhos, Louis sentiu até mais disposto para a aula de hoje, com aquele espírito que teve quando conheceu o Harry, ele pela primeira vez sabia o que fazer e tomou a decisão correta. Por mais que tenha agido de modo imprudente ele estava disposto a ter Harry de volta, faria as coisas aos poucos, não se deve desistir de alguém que ama, ainda mais quando ela é importante na sua vida a ponto de você ter medo de perde-la.
Não importa quantas estações passem, enquanto o amor estiver queimando ali, dentro de você, ele não vai acabar.
Sorridente com a conclusão que chegou, Louis sai do banheiro, arrumando seu moletom cobrindo os dedinhos como de costume, Niall estava sentado na sua cama, mexendo no celular com o ânimo mais baixo do que ele costumava apresentar.
— Então vamos? — perguntou encostando as costas na parede.
Niall o encara atento e largando o celular na cama.
— Você está diferente.... — Ele expreme os olhos — O que aconteceu? Seus olhos estão brilhando e mais alegres. Não me diga que...
— Não voltei com o Harry. — Louis soltou um suspiro triste mas sorri em seguida — Só acordei disposto hoje.
— Hum, sei não. — Olhou para o pequeno desconfiado.
— Ei vamos logo, para de ficar achando as coisas. — Puxou o loiro da cama e o arrastou até a porta.
xXX
Ouvir Niall xingando Louis não foi tão ruim, afinal o jovem estava bastante empolgado com a ideia que teve pela manhã, poderia não funcionar, isso é uma das suas probabilidades, mas ele tinha tentar, assim como o Harry, o garoto o amava. Ele sentia que essa chama ainda não se apagou, rezava para que não.
Depois de tomar seu café da manhã no refeitório, Louis foi para a aula de fotografia envolvido pelos braços do Niall, seu coração estava batendo tão rápido que ele sentia que fosse sair pela sua boca, a ponto de fazê-lo entrar em um colapso nervoso. Louis chegou a pensar que estava por agir igual a uma garota prestes a ver seu amado pela primeira vez. Sua positividade era tão grande que ele não conseguia conter o sorriso bobo que saia dos seus lábios. De longe avistou seus amigos conversando na pequena rodinha que sempre faziam, agora dando por falta de dois indivíduos que ele tanto amava.
— Cheguei com o meu brilho para iluminar o dia de vocês. — Niall solta os braços do Louis para erguer a mão para cima e fazer uma dancinha estranha.
— O que deram para ele no café da manhã? — Mike indagou, passando a mão nos cabelos loiros.
— Eu realmente não sei. — Louis balançou a cabeça.
— É a química do cabelo gente, se esqueceram?! — Luke rir, abraçando fortemente Louis — Tá cheiroso hum! — Sussurrou no ouvido do pequeno, que sorri sem jeito.
— Olha que o Mike vai te bater em... — Morde a ponta da língua, se afastando do loiro.
— Calem a boquinha de vocês, eu sei que estão todos com inveja! — Niall senta próximo do Justin que tirava uma foto.
— Lou meu bolinho de carne assado! — Camila pula no colo do garoto que rir, retribuindo com mais carinho o abraço.
— Mila! — Ele beija a bochecha da mesma — Como está? — Se afastaram com um sorriso sincero nos lábios.
— Maravilhosamente, depois te conto o que a Lolo fez pra mim. — Sussurrou a mesma, juntando os braços um do outro. — E você Boo, como se sente?
Louis sentia muitas coisas naquele momento, só não sabia como explicar essa explosão de sentimentos que o consumiu pela manhã. É provável que ele tropece com as palavras na hora de falar algo sobre, tudo o que ele fez foi sorrir para a amiga que parecia um tanto preocupada com ele.
— Estou com saudade da coisa Ervada e da maluca da minha irmã. — Disse puxando os lábios para o lado — Mas ficarei bem, afinal, ainda sobrou o bêbado do Justin pra nós fazer rir e o Niall com esse brilho todo dele.
— DEZ CONTO PRA TIRAR UMA FOTO COMIGO JUS, ACHA QUE É BARATO FICAR MOSTRANDO MEU BELO ROSTO NAS REDES SOCIAIS?! — Niall gritava, enquanto seus braços lutavam para agarrar o celular do Justin — ME DA ESSA MERDA, SE NÃO VOU ENFIAR MEU PÉ NA SUA BUNDA E ABRIR UM BURACO MAIOR NELA! — pulou o loiro mas foi o mesmo que nada.
O grupo de amigos começaram a rir em alto som, porque a cena estava muito engraçada.
— Que bom saber que meus alunos acordam com humor em plena manhã de terça-feira! — Aquela voz rouca e grossa do Harry, ecoa atrás de Louis, um tanto próximo dele.
Foi como entrar em choque, Louis não conseguia se mexer, da ponta dos seus dedos do pé até o último fio na sua cabeça, ele formigou, queimando por dentro ao sentir os peitos do Harry bater contra suas costas. O jovem aspirou todo o ar que pode para se virar e encarar os verdes que fazia o mesmo com ele, logo veio aquela velha sensação de desejo e saudades de estar junto ao Harry, a mostrar para ele uma das suas concepções, de ter seus lábios pressionando os seus.
— Queriam pegar as coisas de vocês para iniciarmos a aula de hoje. — Com uma frieza incomum, Harry desvia o olhar dos seus.
Foi quando Louis sentia o vazio lhe consumir, mas tudo bem, o garoto assim como o resto da turma, caminhou até as caixas, puxando a câmera e voltando para as posições de antes.
— O que vamos aprender hoje? — Danielle pergunta ligando a máquina.
— Um pouco de artes visuais. — Harry caminha até uma mesa do jardim, encostando suas costas na beirada. — A arte é uma linguagem símbolica através da qual o homem desenvolve a sua capacidade de criar, expressar, representar e comunicar fatos, objetos, pensamentos e sentimentos que existem na realidade, mas que se encontram ausentes da forma como são e se apresentam naturalmente. — Ele passa o olhar por cada um — A fotografia se encaixa nesse meio como, registro químico dos raios de luz refletidos pelos objetos colocados diante da câmera. No século XIX quando fora inventada os antigos artistas, acreditavam que ela era um meio de poder para reproduzir automaticamente a aparência visual do mundo. Alguém aqui pode me dizer qual é o nome na arte moderna e contemporânea que se deu o aparecimento da fotografia?
— Misericórdia, antes eu achava que fotografia era só pegar a câmera e tirar umas fotos por aí, mas é um bicho que tem haver com tanta coisa. — Niall disse com preguiça na voz.
Louis rir da fala do amigo, assim como os outros.
— Tá amarrado, chega dói a cabeça esse trem aí. — Justin concordou a cabeça e a deitou no ombro do loiro.
Harry rir pelo nariz e balança a cabeça.
— Nada parece ser o que é minha gente. — Cita a frase do Liam. — Então alguém sabe?
Louis gostava muito de artes, na escola ele aprendeu muita coisa e guardou para sua vida, fora que mesmo não parecendo, Zayn lhe mostrou muito sobre essas coisas relacionadas a arte pois o mesmo pintava e grafitava Também. O pequeno esconde os dedos ainda mais no moletom, pensando sim ou não em falar.
— Foi no Impressionismo, pois ela abriu um novo espaço que se desobrigou de ser mera cópia da realidade. — Disse por fim.
Atraindo o olhar de Harry para ele, seu coração quase saiu pela boca, seu corpo entrou em chamas e suas bochechas ruborizado quando o olhar de Harry se manteve sobre ele. No fundo Louis gostou de receber sua atenção, embora soubesse que se tratava do modo como ele havia respondido. Por um instante, seus olhares pareciam perdidos um no outro, como antes quando ambos tinham que se concentrar um no outro e não perder o controle.
— Muito bem Louis, estou impressionado com o fato de saber a fundo sobre isso. — Comentou o maior, esboçando seu mais belo sorriso aquela manhã.
Dentro de Louis, as coisas começaram a pular e o seu eu gritar de felicidade pela atenção maravilhosa que ganhou e que pelo fato de não ter ganhando palavras curtas do mesmo.
— Eu amo arte, isso ajudou um pouco. — Falou ele, balançando o corpo.
Não sabia porque estava fazendo isso, sentia se um idiota, mas continuo com os movimentos, viu Harry colocar a sua câmera no rosto e tirar uma foto do Louis, que enfim conseguiu parar de se mexer, seus olhos permaneceram confusos depois da ação do mais velho.
— Essa foto que eu acabei de tirar do colega de vocês, foi algo espontâneo, mas consiste na utilização do corpo do artista como material artístico. Isso é uma arte, ela é chamada de Body art pois os antigos falavam que a O corpo constrói a arte. Ou seja, é mais capitada pela ação daquele que está presente, nesse caso da foto do Louis foi uma forma de descrever seu nervosismo após ter me respondido uma pergunta, pois o modo como seu rosto se encontra tenso, as mãos para dentro do moletom e o seu corpo balançando, lhe entrega o real estado. — Harry sorri olhando para o pequeno que se encolhe e morde os lábios pensando em uma forma de enfiar sua cabeça em algum lugar ali — É isso que quero façam hoje, mostrem como é o Body art de vocês diante a câmera, tem a permissão de irem para a praça da cidade, é claro com a minha companhia.
— Eita cacete, já gostei dessa ideia, vou mandar até uma mensagem pro ervardo do Zayn. — Justin levantou com um pulo.
— Vou tirar muitas fotos do Niall, quero assusta-lo quando estiver fazendo isso. — Camila cochicha no ouvido de Louis.
— Que amor. — Ele rir baixinho, andando pelo corredor.
— Ei professor! — Ouviu alguém chamar Harry, o maior parou sua caminhada assim como o resto da turma.
Louis olhou para trás vendo o Jake com uma câmera em mãos e ofegante assim que conseguiu os alcançar.
— O George me mudou de horário, dessa forma agora estudo junto com essa turma aqui na aula extra. — Explicou e Louis sentiu um arrepio na espinha.
— E por que chegou a essa hora? — Harry perguntou em um tom duro.
— O reitor disse de última hora para que eu viesse para cá. — Deu de ombros.
Harry soltou um longo suspiro e apontou para a turma, dando passagem para o garoto passar.
— Vai precisar pedir ajuda a um dos seus colegas, para que possa saber o que vamos fazer. — Falou.
Jake passou o olhar pela turma e sorri ao ver o Louis o encarando com os olhos arregalados.
— O Lou pode me fazer isso. — Jake se aproxima do pequeno e passa o braço ao redor do ombro do pequeno. — Oi!
— O que está fazendo? — Sussurrou Louis nada contente com os braços de Jake ao redor dele.
O outro apenas arqueou a sobrancelha, como se não estivesse entendido nada.
— Ué, estou apenas ao lado daquele que vai me ajudar com o que tem pra fazer hoje. — Explicou dando um beijo na bochecha do jovem.
— Eu espero mesmo. — Louis se afastou.
Não quis nem olhar para o Harry que provavelmente estaria com tanta raiva, ou que nesse momento possa estar desprezando o próprio Louis por causa do Jake. O garoto rezou para que a aula fosse normal e nada de confusão que pudesse envolver ele.
(...)
O vento forte em Doncaster faziam as plantas, árvores e flores balançarem contra a corrente, algumas pessoas passavam por ali, até mesmo havia umas crianças brincando no Playground, os donos passeando com seus cachorros ou apenas correndo sozinhos. Harry disse para a turma começar a explorar o lugar e fazer o possível para tirarem uma quantidade de fotos boa aquele dia. Sentindo se condenado a ter de ficar com seu ex-ficante, Louis o acompanhou para além da praça, aonde havia uma pista para as pessoas que corriam ali. Explicando para o Jake como fazer as fotos e um pouco da explicação que teve no início da manhã.
Logo ambos, começaram a tirar fotos diferentes, Louis capitou algumas aonde a dona de um Pastor alemão, corria atrás do mesmo que havia se soltado da coleira. Foi um pouco mais longe do grupo, podendo assim capitar um casal de pássaros nos ninho abrindo as asas enquanto o outro escondia o rosto o ninho. A imagem saiu melhor do que ele imaginava que ficaria, isso o deixou orgulhoso.
— AHH MAIS O QUE É ISSO? — O grito do Niall lhe chama atenção, ele olha para o lado vendo a posição estática do amigo, enquanto a Camila que estava escondida entre os arbustos, gargalhando alto — OLHA AQUI MILA, É MELHOR VOCÊ APAGAR ESSA FOTO, ANTES QUE EU TIRE UMA DA QUAL VOCÊ ESTARÁ SEM ESSE CABELO TODO AÍ! — Ameaçou a mesma.
— Ei, só estou fazendo a minha Body art, nela vou explicar o porquê da expressão de medo que você está na foto. — Camila rir com a mão na barriga, deixando a cabeça cair para trás.
Niall então pegou a câmera e tirou uma foto da mesma, que parou de rir.
— Mas o quê?
— Nessa imagem vou explicar como uma garota rir de modo que parece que está sendo exorcizada. — O loiro gargalha dando as costas para Camila.
— Nini, vamos conversar! — Camila corre atrás do mesmo.
Louis rir da cena daqueles dois, pensando em quão crianças eles pareciam.
— Saudades de ouvir essa risada. — Ouviu alguém falar, ele se vira assustado, olhando para o Jake que estava bem próximo dele.
— Céus, quer me matar de susto? — Falou com a mão no peito.
Jake apenas rir e fica o encarando. Aquilo de certa forma deixava Louis desconfortável, ele não gostava muito que as pessoas ficassem o observando, era como se estivessem estudando ele. Procurando uma forma de impedir seus movimentos, caso ele fosse fazer um. Era assim que o Mark fazia quando ele tentava fugir, isso lhe causou um arrepio no corpo da qual ele odiava sentir.
— Por que não está tirando fotos, é muito melhor do que ficar assustando os outros. — Comentou secamente e deu as costas para o mesmo.
— Desculpa, não foi minha intenção. — Jake o puxa pelo braço, fazendo o olhar de Louis cair sobre ele — Mas você sabe que é inevitável ficar longe de você Lou.
O garoto arregalou os olhos e sentiu uma pontada no peito, ambos apenas se beijaram algumas vezes mas Louis nunca lhe deu motivos para ser mais que aquilo, muito menos esperança para terem algo a mais.
— Jake...eu já te expliquei que nunca teremos algo, tanto que eu deixava bem claro que o tivemos não passaria de beijos e só. — Explicou tentando se soltar dos braços do outro que ainda o prendia ali. — Eu lamento muito que tenha visto as coisas com outros olhos. Mas pra mim você não significa muito. — Foi sincero.
Louis não queria ser grosso mas naquele caso era necessário, parecia que Jake estava agindo como cara obcecado. Aquilo também o assustava.
— Podemos....ser amigos? — Pediu, soltando um pouco Louis.
— Eu não sei, você pode acabar confundindo as coisas e eu não quero que acabe extrapolando os limites de uma amizade. — Louis coloca a mão no bolso da calça.
Jake baixou a cabeça, olhando para os pés.
— Mas eu não tenho culpa se me apaixonei por você Louis. — Uou, pensou Louis — Ninguém escolhe gostar de uma pessoa, me desculpe por isso.
Gostar de alguém não planejando, Louis sabia muito bem sobre aquilo, contudo no caso dele não se tratava de gostar, mas um amor forte que palpitava seu coração quando pensava no Harry. Agora, com essa revelação do Jake, sabendo que não sentia e nem sentiria o sentimento mútuo pelo garoto, lhe deixava culpado, porque tudo que não queria era ferir o sentimento de alguém, porque ele sabe o quão dói.
Ele olhou bem para aqueles pares de olhos quase acinzentados, pensando em alguma forma de dizer as palavras certas sem que destroçasse tudo dentro do Jake.
— Olha, você sabe que eu não posso sentir o mesmo que você.
— Por que não? — Ele é interrompido
“Porque eu amo o nosso professor de fotografia”
— Bem, porque eu ainda amo uma pessoa do meu passado, então eu não quero deixar de ama-la, porque ela significa muito pra mim ainda. — Mordeu os lábios — Eu sinto muito Jake, mas essa é a verdade.
— Tudo bem. — Ele baixou a cabeça e soltou um suspiro melancólico — Eu prometo que não tentarei mais nada com você, mas seja meu amigo? — pediu fazendo bico.
— Isso não vai te machucar mais? — Louis pergunta apreensivo a expressão que levava no rosto de Jake.
— Sempre dói, mas é melhor do que nada. — Deu de ombros — Só me arranje um cara gostoso e tudo pode ser resolvido. — Piscou com malícia para Louis.
O pequeno rir.
— Conheço muitos. — Louis pisca de volta — Amigos?
Jake sorrir de orelha a orelha.
— Amigos. — Balançou a cabeça — Um abraço?
— Não vai passar do limite? — Louis arqueou a sobrancelha.
— Não.
Louis se aproxima do maior e o abraça, sentindo seu corpo sendo pressionado contra o do outro com força, ambos se afastam sorrindo.
— É o Harry não é? — Jake sussurra perto do seu ouvido.
Louis tenta não ficar tanto tenso com o que o Jake lhe falou, para não transparecer a verdade. Porque ele sabia no que daria.
— Está maluco? Por que acha isso?
— Porque eu vigiava os dois. — Confessou — Fora que as crises de ciúmes que ele dava deixava as coisas mais explícitas.
Louis engoliu seco, pensando na maior encrenca que entrará.
— E-Eu...
— Tudo bem Lou, eu não vou entregar os dois para o reitor. — Falou sorrindo. — Mas em troca ao meu silêncio, quero que faça uma coisa!
Louis olhou para os lados e assente sem nem mesmo saber o quê era.
— Me apresente para o seu amigo de cabelos loiros, porque eu acho ele bem gostoso e ele não para de olhar para mim desde que chegamos. — Louis solta um suspiro aliviado, dando graças a Deus, pelo Jake não lhe pedir para ficarem juntos e tudo mais.
— Certo, no almoço de hoje, o que acha? — Sorri.
— Acho ótimo. — Jake belisca sua bochecha.
Ambos dão uma risada discreta após isso, embora Louis quisesse dá um murro na cara do mesmo.
— Louis podemos conversar? — Ouviu aquela voz rouca e familiar logo atrás de si, seu corpo se arrepia por inteiro, causando um pouco mais de histeria na risada do Jake e essa atitude lhe obriga a olhar feio para o mesmo.
De vagar ele se vira vendo o rosto do Harry extremamente serio e vermelho, ele estava com os braços cruzados e a câmera presa na corda em seu pescoço, Louis se derreteu por dentro e seu bom senso se esvai por algum lugar daquela praça.
— É...hum...podemos! — Falou em meio a tropegos.
— Vai lá Lou, nos falamos no almoço. — Jake se aproxima dele e deposita um beijo na sua bochecha — Não deem muita bandeira garanhão! — Sussurrou bem baixinho, somente para que Louis ouvisse, o garoto arregala os olhos para o outro, ganhando uma risada ainda mais estridente de Jake.
— Vamos! — Harry passa a mão na cintura do Louis, causando surpresa para o garoto, afinal fazia tanto tempo que não se tocavam.
Dando uma breve olhada para trás, ele vê Jake zoando quando abre a boca em um O e rir em seguida. A atenção de Louis logo volta ao Harry, já que o mesmo puxou sua cintura para mais para perto dele, no fundo o pequeno estava tremendo e nervoso, ao mesmo tempo explodindo de felicidade, porque eles estavam se tocando.
Louis anda um pouco disperso ao lado de Harry, parando logo em uma trilha isolada do grupo de amigos que estavam ocupados tirando fotos pela extensão da praça para notarem que os os dois se afastaram. De vagar, Harry fica de frente para Louis, mantendo suas mãos ainda na cintura do garoto.
— Então o-o que quer conversar? — Indagou o jovem, agradecendo por não gaguejar demais.
Harry manteve seu olhar sobre Louis, como se estivesse estudando o jovem, novamente Louis ficou incomodado e sem reação.
— Está com o Jake? — Sua voz sai mais grossa e dura do que das outras vezes.
— Oh... não, ele só queria almoçar conosco para se aproximar do Niall. — Explicou o jovem, disperso nos seus pensamentos agora — Somos apenas bons amigos agora.
— Hum... então ele não estava te atormentando? — Louis negou — Você está bem? — Harry soltou sua cintura.
Aquela pergunta foi como um mistério para Louis, afinal ele não sabia se Harry falava da situação em si ou do fato que ligava o relacionamento dos dois.
— Não e você? — Ele aperta seus dedos contra a palma.
— Não. — Harry olhou em seus olhos.
O que fazer agora? O que não fazer?
Era como se a palavra de Harry tivesse causado uma balburdia dentro da sua mente, Louis poderia sorri triste e seguir seu caminho de volta, mas ele sabia que não era isso que ele queria.
— Oi, meu nome é Louis Tomlinson, sou aluno de Literatura da universidade de Doncaster. É um prazer em conhecê-lo! — Esticou a mão para frente.
Harry franziu o cenho sem entender nada.
— O que está fazendo?
Nem mesmo o Louis sabia.
— Estou começando de novo. — Explicou buscando mais informações no seu interior.
Harry ficou parado olhando para a sua mão como se ela fosse algo estranho que ele já vira na vida. Louis ficou com medo de Harry virar e sair dali , pensando o quão louco o garoto era, rindo da situação que ele mesmo se colocou.
— Oi meu nome é Harry Styles, sou seu professor de Fotografia. O prazer é todo meu! — O maior aperta sua mão e eles sentem aquele choque quando entram em contato um com o outro, logo suas mãos se afastam e eles ficam se encarando assustados — Sentiu isso?
Louis assentiu, ainda tocado pela corrente elétrica na sua mão.
— Dizem que quando há um choque quando duas pessoas entram em contato com a outra, significa que elas estão predestinadas a ficarem juntas. — Louis umedece os lábios inferiores.
— Acredita nisso? — Harry o questiona.
— Não vejo porque não, como também não vejo porque sim. — Sorri entre dentes — As vezes sua hauria é carregada de muita luz e a minha também, e o choque tenha acontecido. — Supôs, sabendo que não fazia sentindo algum o que ele falava.
— Gosto da sua forma de pensar. — Harry repete a mesma fala quando eles estavam no capô do seu carro, meses atrás.
— As pessoas me acham loucos por pensar diferente, mas eu não ligo, gosto desse meio jeito louco. Afinal se Aisten tivesse dado ouvidos seus críticos, não teríamos energia hoje. — Imitou sua própria fala, arrancando um sorriso maior dos lábios de Harry.
— O que acha de sairmos para colocar mais o papo em dia, caro Louis? — Harry da um passo a frente, arrancando o ar que Louis tinha.
— Hum...eu aceito. Pra aonde iremos? — O garoto relaxa os ombros que minutos atrás estavam tensionados.
— O que acha de um parque de diversões? É bom pra você? — Perguntou, deitando a cabeça para o lado e sorrindo.
— É maravilhoso. — Louis pisca — Então, nos vemos a noite atrás da universidade! — Ele acena e se vira.
Harry agarra sua cintura, fazendo seus corpos colidirem um no outro, Louis fechou os olhos ao sentir a mão de Harry na sua cintura e suas mãos segurando os bíceps do maior, é como se não houvesse chão e nem espaço de tempo, apenas eram os dois e nada mais. Aquele perfume masculino de Harry com certeza estaria no seu corpo assim que eles se afastassem, Louis não queria se afastar, porque eles já ficaram tempo suficiente assim, tudo que ele queria era ficar daquele jeito e nunca mais sair dos braços do Harry. Foi por esse motivo que Louis abraça o mesmo, sentindo o nó na garganta se forma e suas lágrimas quase saírem, as mãos de Harry o apertavam com força e a cabeça dele estavam sobre seu ombro. Aquela saudade havia destroçado ambos, mas agora Louis sentia que ambos queriam remendar essa ferida. De vagar, Harry se afastou dele, mantendo suas mãos na cintura do Louis, fitando um ao outro, Louis piscou diversas vezes para espantar as lágrimas que se formavam, se perguntando porque Harry não o beijava logo e anestesiava a ele. Harry então se abaixou para que seus lábios se juntassem novamente, permitindo que Louis ficassem imóvel esperando pelo ato.
— Essa com certeza vai ser a minha Body Art! — Ouviram a voz do Justin e uma risada baixa do Niall ao seu lado.
Harry e Louis se afastaram na mesma hora, vermelhos de vergonha por terem sido pegos no flagra.
— Seu idiota, você devia ter esperado que eles se beijassem para poder falar. — Niall dá um tapa na cabeça do Justin.
— Ouch, se você ver bem, quase parece aqui na foto. — Justin ergue a câmera para Niall, que analisa a imagem assentindo. — Vou descrever essa imagem, falando que esses corpos ansiavam para serem beijados desde do dia em que se separaram, o quão tolos são por terem negado isso durante as duas semanas e meia que estavam afastados. O que acha loira?
Louis foi ficando cada vez mais vermelho com o comentário do seu amigo, como também sentindo uma vontade enorme de voar no pescoço dele.
— Eu acho que vocês devem sair daqui agora e terminar de tirar as fotos antes que o tempo acabe, pois se não tiverem tirado o suficiente, levaram uma nota bem vermelha. — Harry intervém, sorrindo agora da cara de indignação dos meninos.
— Aí nossa profe, pegou pesado agora. — Niall faz careta — Vamos Jus, esses dois querem fazer amor nos arbustos. — Jogou uma piada puxando o outro com ele.
Louis engoliu seco e olhou para Harry novamente.
— Acho melhor eu ir, antes que desconfiem de algo. — Ele sorri e se aproxima do Harry, selando seus lábios na bochecha do mesmo. — Nos vemos a noite!
Louis sai, sorrindo que nem um bobo.
(...)
— Então você também é gay ou Bi? — Niall pergunta olhando admirado para o Jake que estava ao seu lado.
— Eu gosto de pessoas. — Respondeu mordendo os lábios — E te acho um gato, porque tem um brilho maravilhoso Horan. — Piscou para o loiro, que pela primeira vez foi ficando vermelho.
— Eu quero você pra mim. — Niall dá um pulo para o colo do Jake. — Gente, ele enxerga meu BRILHO! — Beija na bochecha do Jake.
Louis olha para os dois assustado e se perguntando como aqueles dois seres combinavam, um por ser ousado e o Niall por ser direto. Bem, Jake também ia direto ao ponto, enfim, parecia que um era a casquinha da ferida do outro. Esse pensamento fizera o mesmo rir.
— Então Louis, você e o Styles estão juntos de novo? — Justin sorri malicioso.
Novamente Louis se encontrava timidamente vermelho no grupo de amigos.
— Não. — Balançou a cabeça — Mas também não quer dizer que não estamos. — Explicou.
— Hum....que lindo isso, já tava na hora do barco puxar a âncora de volta. — Camila deixa seu copo sobre a mesa.
— Se a Pe tivesse aqui, estaria orgulhosa de ouvir isso. E te daria um grito de ATÉ QUE ENFIM LOUIS. — Luke comenta, jogando os pés no colo do namorado. — Então, o que planejam?!
Louis morde os lábios, pensando se falava ou não sobre o fato dele e o Harry irem ao parque de diversões. Mas talvez fosse melhor manter esse segredo para tornar as coisas mais emocionantes e para manter a curiosidade dos amigos que torciam pelo casal. Era maldade da parte dele, mas Louis gosta de maliciar com as mentes insanas dos amigos as vezes.
— Eu não sei. — Deu de ombros.
— Dessa banda nós já ouvimos tocar. — Mike comenta com ironia.
— Que banda é essa que vocês fizeram e eu não participei. — Justin fala, largando o celular sobre a mesa.
Louis rir.
— Baixou o Malik no corpo do Bieber. Misericórdia! — Camila gargalha e acaba atraindo alguns olhares para a mesa.
— Verdade. — Louis concorda.
— Ficam rindo de mim, mas ainda estou inconformado por terem feito uma banda e não me chamarem. — Justin fez bico — Afinal qual era o nome e quem participava?
— Chamava-se One Direction, composta por mim, o Zayn, Liam, Louis e Harry. Não galera? — Niall brinca abraçando o pescoço do Jake, que parecia uma Iena rindo, pensava assim Louis.
Todos concordaram.
— A melhor banda do mundo. — Camila entrou na brincadeira.
— Arrasaram quando estavam cantando. — Luke fala.
— Uma pena que o Zayn, resolveu ervar e saiu da banda querendo ser uma garoto normal de vinte e dois anos. — Louis soltou um suspiro profundo.
— Aquele viado! — Niall concordou.
— Isso é sério mesmo? — Justin tossiu cuspindo um pouco do refrigerante.
Arrancando ainda mais a risada dos amigos.
— Eu era um Directioner, quer dizer, sempre serei! — Jake comenta com o ar da graça.
xXx
8:28 P.M.
Louis passa a mão no cabelo e corre mais um pouco para fora da universidade, tomando seus cuidados para não ser visto, como sempre fazia quando ia se encontrar com Harry. De longe ele já podia ver o carro preto estacionado é um ser cujo olhava impaciente para os lados. Parecia mesmo que tudo estava se repetindo, Louis gostava de lembrar de como eram no começo, as saídas sempre emocionante e que ambos acabavam por terminar o dia juntos e felizes. Saber que vão fazer isso novamente, deixava Louis contente.
Ele se aproxima de Harry que abre um sorriso ao vê-lo, o menor retribui assim que para na sua frente.
— Demorei? — Louis esconde as mãos no bolso da jaqueta.
Com humor, Harry olha para o relógio no seu pulso e faz uma expressão séria.
— Não muito, mas quem sabe da próxima eu não perdoe esse atraso. — Falou.
— Prometo que não vou mais enrolar. Então, podemos ir? — Louis aponta para o o carro do maior.
Harry segue seu olhar e assente, indo até a porta do passageiro e abrindo ara que Louis entrasse.
— Nossa, que cavalheiro. — O pequeno rir baixinho e senta no seu lugar, passando o cinto e se aconchegando no enorme banco do carro do Harry.
O viu arrodear o carro e logo se senta ao seu lado. Quieto no seu canto, Louis acompanhou o movimento do Harry, apreciando sua mão travando o cinto, não queria pensar besteira mas foi inevitável quando se pegou viajando com a cena de Harry deslizando a mão pelo seu corpo, chegando até suas nádegas e a apertando com força, de modo que de seus lábios saísse um gemido alto. Em seguida elas subindo para o caminho que a sua espinha dorsal levava até o alto da nuca. Não sabia como havia ficado tão malicioso nas coisas, ainda mais com Harry, todavia que Louis foi sentindo o volume ameaçar crescer entre suas pernas, o que não seria nada legal para aquele momento.
— Tudo bem Lou? Quer desistir disso? — A voz de Harry pode despertar ele de tais pensamentos.
Louis balançou a cabeça, pedindo ao seu interior para se comportar porque aquele dia era importante para ele.
— Estou. Não liga pra mim que eu sou estranho. — Rir afim de mostrar para o Harry que estava tudo bem.
— Ãn...okay.
Durante o trajeto, Louis não pode deixar de notar o quão os dois estavam tensos, aquele silêncio o deixava incomodado e bem envergonhado, ele esticou a mão para ligar o rádio, que começou a tocar All about You do MCFly. A música era bem animada e calma ao mesmo tempo e Louis lembrou que sua mãe costumava cantar para ele e as irmãs quando estavam numa manhã louca de natal. Isso o fez sorri por lembrar de tal momento, de modo que não pode conter a boca ao cantar um trecho da música.
— Yesterday you asked me something I thought you knew.So I told you with a smile, it's all about you. Then you whispered in my ear and you told me too. Said you'd make my life worthwhile, it's all about you! — Olhou para o Harry, sorrindo e sentindo aquele calorzinho consumir seu corpo.
(Ontem você me perguntou algo que pensei que você sabia. Então te disse com um sorriso "É tudo sobre você". Então você sussurrou em meu ouvido e me disse também. Disse "Você faz minha vida valer então é tudo sobre você")
— And I would answer all of your wishes. If you asked me to. But if you deny me one of your kisses. Don't know what I do. So hold me close and say three words like you used to do. Dancing on the kitchen tiles, it's all about you, yeah! — Harry entra na onda, mexendo os ombros no ritmo da música, enquanto Louis estalava os dedos.
(E se você me pedisse todos seus desejos de uma vez. Eu os realizaria.Mas se você me negasse um dos seus beijos.Não sei o que eu faria.Então, abrace-me forte e diga três palavras como antes.Dançando nos azulejos da cozinha é tudo sobre você).
E seguiu assim a viagem, mais descontraída com menos tensão. Estava tudo tão bem, tanto que chegaram rapidamente no parque. Ambos andam animados pelo estacionamento, Harry segura a mão do Louis o pegando de surpresa novamente, dessa vez não foi o choque, mas um calor gostoso de estar segurando a mão de quem gosta. Eles entram no parque movimentado, compram os ingressos para se divertirem. Louis insiste para que eles vão ao carrinho de bate-bate primeiro, Harry concorda rindo da forma como o jovem Implorou quase como uma criança, em seguida foram a casa monstro, montanha russa, da qual fez Harry sair com os cabelos em pés e Louis rir do próprio. Foram também no tiro ao alvo, do qual Harry conseguiu uma boa pontuação, dando ao Louis um urso colorido, que o mesmo apelidos de Rainbow Bear.
O único brinquedo que Louis negou-se a ir de pés juntos foi a roda gigante, porque ele tinha um pavor quando o brinquedo parava lá no alto, e nem mesmo Harry dizendo que estaria com ele, não funcionou. Louis estava feliz, como se tivesse ganhado na loteria, mas desconsiderou a possibilidade de ser isso, porque nem mesmo com tanto dinheiro seria feliz sem ter o Harry ao seu lado. Porque ele sabe que pode se ter tudo com o dinheiro, contudo se continuar infeliz, vai ser como se não tivesse nada.
Depois de comerem cachorro-quente e jogarem conversa fora, eles vão para próximos das pessoas que cantavam XO da Beyoncé. Louis puxou Harry para mais perto, podendo enfim ter uma visão melhor da pequena banda.
— Tenho que me acostumar ainda com o fato de que ama consertos da rua. — Sussurrou o mais velho no seu ouvido.
— Com três meses não pode fazer isso? — Louis pergunta com o Humor. — Saiba que isso é extremamente decepcionante para mim Harold. — Fez cara de indignação.
Harry rolou os olhos.
— Shiiiu vamos ouvir a música. — O mais velho Beliscou sua cintura.
“Seu amor é brilhante como sempre. Até mesmo nas sombras. Amor beije-me. Antes que apaguem as luzes. Seu coração está brilhando. E estou me chocando em você. Amor beije-me. Antes que apaguem as luzes. Antes que apaguem as luzes. Amor, me ame com as luzes apagadas.”
“Na noite mais escura. Eu procurarei no meio da multidão. Seu rosto é tudo que vejo. Eu lhe darei tudo. Amor, me ame com as luzes apagadas. Amor, me ame com as luzes apagadas. Você pode apagar minhas luzes.”
Harry pega na cintura do Louis e o vira, para que seus corpos colem um no outro, deixando apenas seus passos guiarem aquela dança. Nem mesmo as pessoas que estavam ali, fora mais importante do que estar perto do Harry.
“Não temos a eternidade. Amor a luz do dia está se acabando. É melhor você me beijar. Antes que nosso tempo se esgote.”
“Ninguém vê o que vemos. Eles só contemplam em vão. Amor leve-me. Antes que apaguem as luzes. Antes que nosso tempo se esgote. Amor, me ame com as luzes apagadas.”
Com a cabeça deitada no peito do Harry, Louis sentiu as lágrimas escorrerem pelo seu rosto.
— Me desculpe pelo que fiz, se te fiz sofrer quando acabei com tudo que vivemos juntos durante esses três meses. — Fungou — Eu sou complicado e muitas vezes vou agir fora de mim, com impulso. Meio jeitinho estranho acaba afastando as pessoas que mais amo de mim, quando vi que isso aconteceu entre nós, que estávamos distantes, eu chorei, ainda choro, porque Harry, você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Me perdoa por não agir corretamente, me desculpe pelos meus erros, mas eu tenho medo...medo de perder mais alguém para a morte. Porque toda vez ela tira alguém de mim, primeiro a Alicia, depois a minha mãe, E-Eu não quero que ela faça o mesmo com você.
Harry apertou mais sua cintura e olhou em seus olhos. Louis viu que ele também chorava.
— Eu também não devia ter buscado seu passado, sabe, devia ter ignorado aquela notícia. Mas eu não fiz...
— Ei, se eu tivesse contado talvez não precisasse mesmo clicar nela. — Louis balançou a cabeça.
“Na noite mais escura. Eu procurarei no meio da multidão. Seu rosto é tudo que vejo. Eu lhe darei tudo. Amor, me ame com as luzes apagadas. Amor, me ame com as luzes apagadas. Você pode apagar minhas luzes.”
— Lou, nós dois erramos, somos humanos e vamos fazer isso todas as vezes. Então tudo bem, isso não importa mais, porque sim, vai ter momentos que não vai querer me contar as coisas, haverá momentos em que eu vou fazer isso, como também não vai haver diálogo entre nós quando nos sentirmos distantes. Mas isso é normal, quando isso acontecer será nosso momento, mas tudo bem, enquanto eu te amar e você me amar, isso não será nada. Porque quando duas pessoas se amam, não importa o que aconteça, elas sabem que estarão naquele relacionamento por causa do amor que sentem uma pela outra. E eu amo você, amo você mais que a intensidade que essas estrelas no céu, amo você por ser quem você é, amo você porque você é o único com quem quero viver o resto da minha vida. — Harry envolve sua mão na nuca do Louis, o puxando para um beijo calmo.
Seus corações estavam acelerados, suas bocas tornaram-se somente uma e suas línguas que bailavam uma contra a outra era o que aumentava a chama daquele beijo. Eles ouviram aplausos das pessoas que estavam ali, continuaram a se beijar, porque era isso que ansiavam desde que deixaram de ficar juntos. Louis prometeu para si mesmo que não iria tomar uma atitude mais estúpida de terminar com o cara que ele mais ama e que é o único que está ali por ele, sempre o motivando a sorrir, porque mesmo que ele não queria conversar, Harry o chama para uma conversa e respeita seu tempo. Porque sim, Louis o ama pois Harry é o primeiro que lhe proporciona algo diferente. É o primeiro com quem ele deseja manter junto a ele.
“Eu amo como "beijos e abraços". Você me ama como "beijos e abraços". Você me mata garoto, "beijos e abraços". Você me ama como "beijos e abraços". Tudo que vejo. Dê-me tudo. Amor, me ame com as luzes apagadas. Amor, me ame com as luzes apagadas. Você pode apagar minhas luzes.”
“Na noite mais escura. Eu procurarei no meio da multidão. Seu rosto é tudo que vejo. Eu lhe darei tudo. Amor, me ame com as luzes apagadas. Amor, me ame com as luzes apagadas. Você pode apagar minhas luzes.”
— Eu amo você! — Louis falou entre os lábios do maior.
— Eu amo você. — Harry sorri e pega o anel que estava preso como um colar no pescoço do Louis, tirando o de lá e colocando no seu dedo de volta. Ambos interlaçam as mãos e voltam a se beijar.
(....)
25 de Maio
2:00 A.M.
Dormitório do Louis
Uma dor descompensada, emerge por todo o seu eu, Louis tenta abrir os olhos mais algo o impedia, tentava falar algo, mas sua voz simplesmente não saia. Ele estava agoniado querendo uma explicação para o que estava acontecendo, porque os aparelhos estavam apontando ao seu lado, ou porque a Perrie chorava ao seu lado, sendo abraçada por Jade. Ele queria gritar “ESTOU BEM, NÃO CHORE” , mas não podia, porque alguma coisa estava o impedindo.
Mas ele podia ouvir quem o cercava, ver mesmo com os olhos fechados. A porta é aberta e uma pessoa de branco entra com o rosto triste, como se algo não estivesse certo.
— Como ele está? — Ouviu o desespero na voz da Perrie.
— Amor, Acalme-se, deixe o doutor falar. — Jade abraçava a mesma por trás.
Doutor?
Mas que diabos era que Louis fazia naquele hospital, porque as duas choravam e de repente Louis começou a fazer o mesmo?
— Seu irmão ficará bem, não sofreu muito com o acidente. — Disse médico olhando para a prancheta em mãos.
Tudo confuso, novamente, que acidente era aquele que Louis não se lembrava? Harry...aonde estava seu namorado? Porque ninguém falava sobre ele?
— E o Harry? — Era como se Perrie tivesse o ouvido pedir por informações.
Louis olhou bem para o doutor que baixou a cabeça e soltou um suspiro melancólico, não, não, não, Louis chorava em desespero. Gritando para que aquele homem falasse alguma coisa e acabasse com aquela agonia.
— Harry infelizmente não sobreviveu, as ferragens destruíram seus órgãos e seu corpo por ter sido arremessado para fora do carro com brutalidade, o fez morrer de imediato. E-Eu lamento muito pelo amigo de vocês! — Falou.
Perrie correu até o irmão, chorando ainda mais.
— O que eu vou dizer para o Lou? Ele não vai suportar! — Ela aperta sua mão.
Louis chorava, querendo reagir de alguma forma, para que a sua irmã soubesse que ele estava ali, ouvindo tudo, negava profundamente por ver que perdeu seu namorado, ele queria o Harry, queria que ele abrisse aquela porta e o abraçasse, por que o mundo foi injusto? Por que levou seu grande amor embora?
Lagrimando, o pequeno abre os olhos, vendo que acabará de ter um pesadelo e o pior que teve. Fora tão real, seu coração estava apertado demais e tudo o que ele queria aquela noite era abraçar seu namorado para ter a certeza de que ele estava bem. Fazia dois dias que ambos retomaram ao namoro e Louis ficou tão feliz por tudo estar dando certo, contudo agora que teve esse maldito pesadelo, ele começa a ficar apreensivo.
Ao seu lado tocava seu celular, mostrando que na tela era o número de Harry, ele não esperou muito para puxar o aparelho e atender sua ligação.
— Alô!
— Louis! — Era a voz de Anne, ela chorava e soluçava.
Foi então que Louis sentiu seu mundo desmoronar, se perguntando porque sua sogra estava o ligando aos prantos, pelo celular do Harry. Com o nó na garganta ele pergunta desesperado.
— Anne, o que aconteceu com o Harry?
CONTINUA.....
XxxxX
Tá acabando :-/
Desculpem Qualquer erro
Gente, eu fiz uma playlist da Fanfic no Spotify:
https://open.spotify.com/user/madres98/playlist/0Ch4rjAlFRAX9rWtirkQgt
Meu nome tá Madres98
Eu não tinha ideia de nome é coloquei esse aí mesmo kkkkk
Clichê e engraçado 😂😂
Até o próximo capítulo 😘
@Yealing
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