Perdição e Motivos
25 de Maio
10:10 A.M.
Dormitório dos Universitários
*Harry*
Aquela manhã fria de sabado, Harry dirigiu agoniado, tudo o que o impedia de prosseguir viagem lhe causava euforia, lembra-se de ter xingado algumas pessoas no trânsito, contudo nada e nem ninguém ali, sabia os seus motivos de agir de tal forma.
Louis William Tomlinson?
Harry estava maluco, se perguntando por onde andava seu pequeno namorado estava tudo nos conformes entre eles, sem desentendimento, as aulas que o jovem tinha, segundo Jade, iam normalmente, o relacionamento do mesmo com os amigos não mudara.
Então o que o motivou o seu desaparecimento?
Talvez a resposta seja óbvia, hoje era o aniversário da sua falecida mãe, Harry sabia o significado que a Johannah tinha na vida do Louis, não só por ser a mãe do Louis, mas por ser a mulher pela qual o pequeno amava, sua melhor amiga.
Tudo bem, Harry entendia, mas porquê fugir? Desaparecer? Sem dar notícias e deixar as pessoas preocupadas?
Louis tinha o seu jeito estranho de lidar com as coisas, isso é mais que um fato, as vezes ficava vazio e silêncioso no seu canto, era complicado compartilhar a história do seu passado com o Harry, isso não o incomodava, Harry entendia que se o fato do mais novo não querer lhe dizer nada, seria devido a um assunto intimo seu. Também não insistiria para que ele falasse, relacionamentos, como o deles, deveria ter respeito, paciência, carinho, amor e confiança. Harry confiava em Louis, tinha a esperança de algum dia seu namorado se abrisse com ele lhe contasse as coisas, mas e se não, ficaria normal.
Seu amor falava mais alto, afinal, ninguém é perfeito ou precisava ser, Harry amava Louis do seu jeito, se apaixonou pelo jovem daquela forma que era, agora não seria diferente.
Assim que Harry abre a porta, encarando Perrie e os outros no quarto, a mesma, assim que o viu, correu para abraça-lo. Molhando seus ombros com as lágrimas que escorriam pela face.
-Eu quero o meu irmão Harry! - Pedia soluçando - Não posso perder o Lou….não quero perder mais alguém que amo.
-Pe, não pensa assim! - Harry apertou a mesma contra si, afagando seus cabelos, tinha que agir calmamente, transparecer isso para quem estava aflito na sua frente, embora por dentro, estivesse enlouquecendo - O Lou está bem...eu sei que está! - Falou engolindo seco, encarando Jade que estava abraçando o próprio corpo.
-Oi! - Ela falou.
-Oi! - Harry sorrir amarelo - Pe, vamos sentar. - Puxou a loira, sentando-se ao lado dela na cama em que Louis dormia. -Niall à que horas você acordou?
-E-Eu acordei umas seis da manhã...virei para o lado e bem, ele havia sumido. - Niall apontou para o cômodo, seus olhos azuis estavam apagados e fundos, como se tivessse chorado por um bom tempo.
-Eu não entendo...Por que fugir? - Camila indagou abraçando Niall de lado.
-Para ele poder ficar sozinho, ter seu próprio tempo...afinal, hoje é um dia que mexe tanto com ele quanto a Perrie. - Harry pensou alto.
-Mas a Perrie não fugiu. - Niall argumentou.
-Com o Louis é diferente….meu irmão sempre foi sentimental, apegado a mamãe, perdê-la foi um baque muito forte para ele. - Perrie funga, explicando aos presentes.
-Temos que comunicar a policia! - Camila disse.
-Não vai adiantar. Temos que esperar vinte quatro horas para comunica-los, até o Louis pode aparecer. - Harry foi direto.
-Ele é teimoso, não consigo ter paciência para isso não. - Zayn, pela primeira vez, se pronuncia seriamente - Tantas vezes que conversamos com o Louis, tentamos ajudá-lo e ele se nega….parece que ele não se importa com quem se importa com ele.
-Olha...é a primeira que sai algo sério de você Zayn, mas eu prefiro as noias que fala do que essas merdas que se refere ao meu irmão! VOCÊ NÃO SABE O QUE ESTÁ SE PASSANDO COM ELE. - Perrie levanta mas Harry a segura pela cintura.
-Por favor, brigar não vai nos ajudar a encontrar o Louis caramba! - Jade bravejou.
-Ela está certa. - Harry concordou - Encontrar o Louis agora é mais essencial, não sabemos em que estado ele se encontra, ou como ele está nesse momento.
-Como faremos isso? - Niall perguntou.
-Vou pegar o meu carro e rodar cada canto dessa cidade, façam o mesmo aqui pelas redondezas da universidade e da cidade. Não deixem escapar nenhum detalhe. - Harry selou seus lábios na testa da Perrie ficando de frente para a mesma - Vou achar seu irmão, não vou descançar até que eu o traga para nós. - Apertou a mãos da Perrie que se emociona ainda mais, vira-se para Jade - Cuida dela, não saia de perto até que…
-Eu sei Hazza, vou cuidar da minha princesa! - Jade o interrompe sorrindo e ficando ao lado da Perrie.
Harry assentiu e se levantou.
-Não vou voltar sem o Louis, eu prometo! - saiu batendo a porta.
“28 de Fevereiro de 2017
4:25 P.M.
Apartamento do Harry
Deitados na sala, assistindo uma comédia romântica que Harry escolheu, ‘Diário de Uma Paixão’ , Louis não curtia muito aquele gênero de filme mas não questionou ao namorado, estar com ele era o que importava, assim também pensava o Harry, ele sabia que Louis não estava tão focado na história e sim no próprio.
Ele sorrir e se vira para encarar ao pequeno.
-Amor...sei que sou irresistível, mas se continuar me encarando assim, não sei, vou acabar me constrangindo! - Harry lhe toca na face, Louis rir e sela seus lábios.
-Não tenho culpa se você é um cara lindo, charmoso e extremamente sexy. - comentou entre os lábios do Harry.
O mais velho o pega pela cintura e desliga a TV. Inicia um beijo calmo e preciso para aquele momento, deitando-se no sofá e puxando Louis para ficar sobre seu corpo.
-Eu não acredito que me fez mentir para o George, dizendo que eu o levaria no hospital para ficar com um parente que só saíriamos de lá as escuras. - Harry massageia a sua cintura, mordendo o lábio inferior do pequeno.
-O mais inacreditável é saber que o meu querido Reitor caiu numa desculpa tão forjada, convenhamos à parte! - Louis sibilou friccionando seus sexos e arrancando gemidos do Harry.
-Você tem que parar de provocar minha ereção! - Aperta a bunda do menor.
-NÃo posso, é tentador estar contigo e não ser capaz de esquentar o clima entre nós. - Louis começou a se despir, ficando sem camisa.
Harry vê o jovem ficar de pé e ligar o som, escolhendo Wrong da Ally Hills, dançou passando a mão no corpo sorrindo, Harry mordeu os lábios tentado a tocar no jovem mas se conteve para não acabar com o show que Louis fazia, sentou-se e o observou, Louis rebolou e devagar retirou sua calça - no ritmo da música - jogando a mesma na direção do Harry.
O mais velho estava admirado com o que o Jovem lhe fazia, não aguentando mais, Harry levantou-se abruptamente do sofá, agarrando Louis e enterrando sua língua na boca do pequeno, cambalearam pelo cômodo, caindo sobre o sofá, Louis retira a calça do Harry, fazendo como de costume o mesmo com a sua cueca e Blusa.
Desça vez, Harry o deixou deitado, beijando sua barriga até chegar no membro ereto do Louis.
-Hoje quem brincará com você, serei eu babe! - Arranca sua cueca box e a joga em algum canto da sala.
Umideceu os lábios e molhou o canto da perna do Louis assim que a beijou. Tocou no membro do pequeno e chupou seu saco escrotal, largando após fazer um estalo com a boca.
-Hazza...hum… - Louis agarrou-se no próprio cabelo, agoniado pela demora do mais velho. - Ande de uma vez com isso!
Rindo, Harry lhe da um tapa da bunda.
-Não seja um garoto malvado para o seu Daddy! - Segura o membro do Louis - Se não as consequências não serão as melhores! - Sorrir.
-Ohh!
Harry coloca sua boca no membro do Louis , movimentando a para cima e para baixo, deliciando-se com cada parte do Louis, o Jovem finca suas unhas nas costas dele, arranhando-a com força, assim como também jogava a cabeça para trás, chamando o Harry. Contraiu-se inumeras vezes, até o momento em que ejacula na boca do maior.
Harry subiu lentamente para selarem seus lábios, passeou com a mão por cada canto do Louis, pressionando os dedos na cocha do pequeno, mantendo seus sexos encostando um no outro. Desceu seus beijos pelo pescoço do jovem, chupando cada parte daquela região.
-Hum...que delicia! - Louis contraiu os glúteos e a ponta dos pés.
-Vou cuidar de você! - Harry sussurrou.
Virando Louis de bruço, tocou no seu membro e movimentou suas mãos no membro do jovem, pegou sua camisinha, colocou-a em seguida roçou seu pênis na bunda do Louis, arrancando mais gemidos do pequeno. Com cuidado, Harry o penetra calmo e lentamente.
-Oh babe...é tão apertado…..estou enlouquecendo dentro de você.
Harry morde o ombro do Louis, apreciando suas estocadas calmas e precisas. Movimentando-se com cuidado que sempre tinha para não machucar o garoto, Louis arfava apertando o travesseiro abaixo dele, inclinando cada vez mais seu corpo para trás.
-Caramba oohh…..Harry faça isso ser melhor! - Louis resmungou.
-Você está achando isso ruim? - Harry bateu na sua bunda com força e levantou-a - Vai se arrepender Tomlinson!
Aumentou as estocadas, segurando os cabelos do Louis puxando sua cabeça para trás.
-SÓ ISSO QUE TEM A ME OFERECER? - Louis gemeu em alto som. - EU TE FODERIA MELHOR STYLES! - O jovem sorrir debochando.
Harry acaba sendo motivado a entrar com tudo dentro do Louis, encontrando o final da sua entrada, aumentou mais e mais sua penetração. Desceu seus lábios para as costas do Louis, labendo-a e lhe deixando chupões por cada canto.
Depois de alguns segundos, ele sai de dentro do Louis, pegando o jovem no colo, se beijaram enquanto Harry caminhava para a mesa do seu escritório, com o braço o maior derruba todas as provas e objetos da mesa, colocando Louis sobre ela.
O jovem interlaça sua perna na cintura do Harry, arranhando suas costas a cada movimento involuntário que o maior fazia.
-Agora vamos brincar de escolinha? - Louis toca no seu queixo com um sorriso entre dentes.
-Claro babe….você é o aluno desobediente e eu o professor que irei castiga-lo! - Harry entra na onda.
-Oh Daddy, estou louco para ser punido por você! - O jovem toca no seu membro o levando até sua entrada - Por que não me pune?
Harry sorrir malicioso e volta a entrar dentro do Louis, arrancando mais gemidos do pequeno. Apoiou sua mão na cintura do jovem, indo para frente e para trás, suando a cada estocada devido a chama que ardia por todo seu corpo, em seguida toca no membro do Louis e por si só, passa a masturba-lo, fazendo o jovem ir a loucura.
Depois de minutos, acabaram por ejacularem novamente, pela primeira vez juntos.
(.....)
Assim que terminaram o banho, o segundo daquele dia, Harry preparou um chá para ambos, afinal o dia esfriou muito rápido, ele e Louis foram para a sua varanda, Harry estava sentado no banco de balanço que tinha, enquanto Louis estava com a cabeça deitada no seu colo, ambos enrolados no cobertor ouvindo a melodia melancólica das músicas clássicas que Harry colocou para apreciarem.
-Temos que ser mais discretos para não desconfiarem dos nossos encontros! - Harry falou após terminar de beber seu chá e deixar a xícara na mesinha de vidro a sua esquerda.
-Eu sei….mas ficar sem poder te tocar ou manter a distância, faz a voizinha na minha cabeça dizer para mim não deixar com que isso nos atrapalhe, acabando por ela falar mais alto e não consigo me conter, a não ser fazer o que ela pede! - Louis ergue sua xícara e Harry a pega colocando ao lado da sua.
O maior sorrir achando aquilo fofo.
-A minha diz o mesmo amor. Contudo sempre tem aquela que está dizendo, ‘Faça o certo, há perigos!’, é uma bosta mas infelizmente essa segunda voz, está certa. - Harry começou a fazer um cafuné na cabeça do jovem - Nosso relacionamento já é bem delicado, odiaria que alguém daquela universidade descobrisse e nos separasse! Entende por que temos que ser mais cautelosos?
Louis fechou os olhos e assentiu.
-Eu enlouqueceria se isso viesse a tona. - Interlaçou seus dedos e beijou a ponta de cada um.
-Lindo! - Harry sela seus lábios na testa do jovem.
Permanecem alguns instantes em silêncio, observando a bela imagem de Doncaster sobre a nebulozidade do tempo que escondia alguns prédios e o viaduto.
Harry fechou os olhos, imaginando uma vida sem o Louis, não entendia porquê pensar naquilo, as imagens não lhe vieram, porque não haveria nada se ele não tivesse o Louis, vázio, tristeza e solidão era o que lhe restaria.
-Posso te confessar uma coisa? - Louis quebra aquele silêncio. Harry abre os olhos para encara-lo.
-Pode.
Louis ajeitou-se para o lado.
-Eu nuna imaginei que algum dia poderia gostar de fazer sexo ou falar sobre tal assunto, sem me incomodar. Sabe? - Comentou.
Harry levantou a sobrancelha um pouco confuso com o que o garoto disse.
-Por quê diz isso? - O perguntou.
Louis permaneceu em silêncio.
-Lou? - Insistiu o maior.
-Não é nada amor….só que nunca tive boas lembranças em relação ao sexo. Eu sentia vergonha ao pensar nele. - Explicou baixinho - Mas depois que o conheci, de alguma forma eu já não tenho desconforto em falar sobre ele, não sei se é pela forma da qual me trata quando estamos fazendo amor ou o fato de eu estar apaixonado por você, a única coisa que tenho certeza é de que me passa conforto e confiança.
Aquela conversa estava muito estranha, não por ela abordar o tema relacionado ao sexo, e sim pelo fato do Louis usar tais palavras como se tivesse vivido algo no passado. Talvez não fosse isso, coisa da sua cabeça porém o jeito triste que o jovem falou, só o deixava imaginar algo ruim.
-Tem algo para mim contar?
-Não a nada, de verdade. - Louis sorrir o olhando nos olhos.
Mesmo assim, Harry não havia dado por vencido. Decidiu então abordar esse assunto de uma outra forma.
-Quando eu tinha mais ou menos, sete ou oito anos, acho, minha mãe me deixava na casa da minha tia quando ia resolver seus problemas ou trabalhar, eu acabava ficando com meus dois primos, Walter e Philip, ambos eram cinco anos mais velhos que eu. E bem, quando minha tia nos deixava sozinhos em casa, eles dois me levavam para a sala e me colocavam na frente da TV, ligavam o DVD e me deixavam assistindo pornô. - Harry começou, engolindo seco, afinal tinha vergonha dessa parte do seu passado, mas continuou - Eu não sabia o que aquilo significava, então ficava lá, até hoje lembro deles se aproximando de mim e dizendo ‘Vamos fazer isso? Harry vamos brincar que você é o noivo do Walter, e vão fazer essa cena!’, dizia o Philip. - Harry fechou os olhos lembrando de tudo.
Suas mãos começaram a tremer, era complicado falar sobre aquilo mas iria prosseguir.
-Eu fazia, não sabia se era algo ruim, eu fazia, eles tiravam a minha roupa e beijavam meu corpo, chegavam a encostar o membro deles em mim, assim como me colocavam para chupa-los e masturba-los. Isso se repetia ao longo dos anos, até quando eu completei dez anos, então eles passaram a avançar, tentando penetrar em mim, mas eu já estava sabendo dessas coisas, então neguei e passei a não ir mais lá ou ficar sozinho com os dois. - Harry suspirou - Eu não tive uma infância inoscente como as outras crianças, eu apenas fingia ter, a verdade é que sentia nojo de mim por isso, me olhava no espelho me perguntando porquê passar por aquilo.
Agora Louis se levanta, encarando ao namorado bastante atento e surpreso com a sua confissão.
-Cheguei a ter nojo do meu corpo, da minha pessoa. Achava que podia ter uma vida aonde, você vai chegar a certa idade e seus pais vão conversar com você sobre sexo e te explicar o que fazer, depois eu encontraria a pessoa ‘ideal’ para descobrir cada sensação quando se relaciona sexualmente. Mas não foi! - Uma lágrima escorre no seu rosto, pois ainda lhe doí - Eu aprendi e vi coisas aos sete anos de idade, o que me magoa é saber que foi por causa dos meus primos, meus parentes….ainda nos falamos, mas é bem pouco, não os odeios apesar de tudo, embora esse assunto seja revoltante, mas eu odiei demais as pessoas e isso só me fez mal, apenas tento deixar pra lá e seguir a minha vida.
Harry passou o dedo no rosto limpando suas lágrimas, não tinha como falar daquilo sem se emocionar, ele mesmo sabia que o passado não pode ser apagado e que sempre olharia para os primos e relembrando de tudo o que passou.
Louis estava ao seu lado, emocionado, tanto que não hesitou em abraça-lo fortemente e molhar seus ombros.
-Eu sinto muito por isso. - Falou, enterrando seu rosto no pescoço do maior.
-Tudo bem amor….já foi, não a nada que eu possa fazer mais. - Harry afagou seus cabelos - Mesmo que seja dificil, procuro não olhar para o passado e viver refletido nele.
Com os olhos inchados, Louis toca na sua face e sela seus lábios, lhe dando beijos atrás de outros.
-Você é incrível ta bom? - Fungou o menor - É a pessoa mais forte que já conheci, mesmo com um passado traumatizante, não deixou se abalar. - Louis morde os lábios e depois sorrir.
-Queria ter te conhecido muito antes, eu sou a pessoa mais sortuda em tê-lo na minha vida! - Harry arrumou a franja do menor - Promete pra mim que aconteça o que acontecer faremos tudo em nome do amor?
Louis pegou a coberta e enrolou os dois ainda mais nela, tocando sua mãozinha no rosto do Harry.
-Eu prometo.”
6:00 P.M.
-Com licença, vocês viram esse garoto por aqui? - Harry perguntou, mostrando a foto do Louis para as duas adolescentes, que negaram. - Okay, obrigada mesmo assim!
Se afastou, olhando frustrado para relógio, já era quase fim da tarde, nada de encontrar o Louis, nem mesmo se quer ele pensou em comer ou parar, a gasolina do seu carro já estava no vermelho mas ele não ligava, se ele parasse sequer um segundo, poderia perder alguma pista sobre onde Louis estava.
Harry já havia procurado pelo jovem no Teatro que foram pela primeira vez, no Zoológico, Pista de Patinação, Cemitério, até mesmo naquela cabana que o Jovem o levou - devido a ajuda da Perrie que lhe explicou o caminho.
Mas nada…
Nem mesmo os amigos do jovem o encontrava, isso de certa forma aumentou o desespero da Perrie, que já não estava muito bem, mas Harry falou com a Jade para dar um calmante para a jovem que acabou por dormir - aquilo não iria mantê-la a calma por muito tempo porém a deixaria menos nervosa.
Enquanto Harry, procurava dos lugares mais improváveis quanto os prováveis pelo Louis. Ele tinha medo do que o jovem pudesse estar fazendo ou ter feito, se alguém tivesse o pegado….pensar só piorava o estado crítico que Harry se encontrava.
O mesmo caminha pela rua, onde havia lojas, comércios e bares, entrando em um pequeno bar e tentar conseguir extrair alguma informação. Entrou no recipiente, sendo encarado por alguns bêbados de canto de olho, ele procurou não se importar, aproximou-se do barman que limpava o balcão.
-Com licença, pode me ajudar com uma coisa? - Perguntou esboçando a foto do Louis na tela do seu Iphone - Você por acaso viu esse garoto?
O homem barbudo encarou o aparelho, expremendo os olhos para enchergar a imagem.
-Vai comprar uma bebida? - Indagou.
-Como? - Harry balançou a cabeça confuso.
O homem rola os olhos.
-Vai comprar uma bebida? - Repetiu.
-Não, eu vim aqui….
-Então eu não posso ajuda-lo com o que, quer. - O cara balança os ombros e volta a fazer o serviço de antes.
-Você não sabe o quão desesperado eu estou, por que não colabora? O que custa? - Harry o questionou indignado.
O homem suspirou nada contente e o encarou desgostoso.
-Me custa tempo e dinheiro. Se eu lhe der a informação você ganhará o tempo que procura, mas eu perderei com a finança do meu negócio.
-Essa espelunca já está falida pela imagem que passa lá de fora! - Harry bateu o punho no balcão, um tanto exasperado.
-Sinto muito então rapaz, não terá sua resposta, nesse caso.
Harry não acreditava no que ouvia, sua vontade era de espancar aquele velho na sua frente, mas não podia perder mais o controle que tinha, precisava de respostas e quem sabe aquele cara tinha, desperdiçar não era uma opção agora. Ele enfia a mão no bolso e tira uma nota, batendo a sobre o balcão.
-QUERO UMA BEBIDA!
-Aqui não é uma espelunca? - Indagou o outro.
-Muito bem, você não queria que eu comprasse uma bebida? Cá estou eu, mas peço que olhe bem pra mim agora, não estou muito contente e odiaria perder o controle nessa merda de lugar! - Harry disse raivoso- Que por sinal está cheio de problemas, com encanamento e higiene, caso não queria que eu chame os fiscais para fazer uma vizitinha nesse lugar, irá me trazer a bebida e me dirá o que tanto quero. Então….como vai ser?
O homem arregala os olhos.
-Isso é uma ameaça?
-O que acha? - Harry trava o maxilar.
-Ãn….Whisky? - Perguntou o outro.
-Pode ser.
Harry viu o rapaz pega o copo e encher um dedo, em seguida lhe entrega o mesmo.
-O garoto que procura está sentado bem ali! - Apontou para a mesa no canto, onde estava Louis e mais três caras.
O menor estava com os olhos fundos, cabelos amaçados e roupas amarrotadas. Esboçava o estado de embriaguês, nas mãos dele estava um cigarro do qual tragava, Harry cerrou os punhos na mesma hora, não acreditava no que via.
Ele se afasta, esquecendo da bebida.
-Ei….não vai beber? - Perguntou o barman.
-Enfia ela na sua bunda que vai ser mais útil. - Harry grunhiu andando em passos pesados.
Se aproximou do grupo que gargalhava alto, Harry os encarava seriamente, na mesma hora, Louis o fita, semicerrando os olhos e sorrir.
-Ai está o Harry, meu fotógrafo favorito! - Apontou para o mais velho.
-Homão da porra! - Disse um ruivo que rodava o braço no pescoço do Louis, fazendo com que Harry ficasse desconfortável.
-Tu é bonito mano. - Disse o de cabelos negros, olhos acizentados.
-Louis vamos embora, Agora! - Harry ordenou, ignorando todos ali.
-Ta poxa, esse é o seu pai? Porque está parecendo. - Gargalhou o de pele parda, cabelos encaracolados e olhos verdes que estava na frente do Louis.
-Não disse que era sozinho no mundo Loueh? - O ruivo perguntou, com o rosto bem próximo do pequeno.
-Pois é...acho que essa belezinha fez efeito! - Louis levou o cigarro na boca, tragando-o de vagar.
-LARGA ESSA MERDA! - Harry gritou, puxando o cigarro da mão do jovem, que se assustou com a sua atitude.
-Calma aí cara, ele só está fumando….
-Cale a porra da boca, meu assunto é com o Louis. - Harry apontou na direção do de cabelos negros e em seguida olhou para o Louis - Vamos embora! - Puxou o jovem na mesma hora.
-ME LARGA HAROLD, EU NÃO VOU A LUGAR NENHUM! - Lutou para se soltar.
-Ah mais você vai! - Harry apertou seu braço.
-Solta ele maluco! - O moreno o empurra, socando Harry no canto dos lábios.
O mais velho, cambaleou pelo local, caindo sobre a mesa na sua frente, de imediato levantou-se, tocando na ferida que sangrava, o homem dentro dele gritou, começando a quebrar tudo o que tinha na sua volta. Harry fechou o punho, indo para cima do mesmo que lhe socou, acertando-o no estômago três vezes, sendo puxado pelos outros dois, que lhe esmurraram no maxilar, um pouco tonto, Harry pega a cadeira de madeira quebrando nas costas do ruivo e chutando-o na perna, quebrando a na mesma hora.
Quanto ao outro, ele pegou pela gola jogando-o no chão com bastante força, os miliantes ficaram se contorcendo de dor, na posição que Harry os deixara.
O mais velho encara Louis, que estava quieto e encolhido no seu canto.
-Comigo, agora. - Foi tudo que disse apontando para a saída.
-Não vou, já di….
Antes que continuasse, Louis e carregado pelo Harry, que o colocou no ombro e saiu do estabelecimento sendo xingado pelo dono, mas o mesmo não deu ouvidos.
-HARRYYYY….ME PÕE NO CHÃO AGORA...HARRYYYYY! - Louis batia nas suas costas.
Harry o ignorou até chegarem no seu carro, o maior destrava e abre a porta, colocando Louis sentado no banco e o prendendo com o cinto.
-Se ousar sair desse carro vou fazer coisa bem pior com você, ouviu bem? - Olhou de modo ameaçador para o jovem.
Louis permaneceu calado e de cara fechada, Harry deu a volta no carro e entrou, deu partida e seguiu estrada.
-Você não devia ter batido nos meus amigos daquele jeito! - Louis resmungou, cruzando os braços acima do peito.
-Eu devia ter feito muito pior com eles, isso sim. - Harry vira a esquerda lembrando-se que tinha que colocar gazolina no carro - Como consegue chamar pessoas que conheceu apenas um dia de “amigos”? Ainda mais aqueles que estavam te fazendo fumar tabaco?
-Eles sabem o que estou passando, se importam de verdade comigo, contrariando algumas pessoas falsas da minha vida. - Louis disse naturalmente.
Harry foi ficando cada vez mais impaciente e com raiva, aquele garoto não se parecia com o Louis que conheceu a um mês atrás.
-Você tem amigos Louis, todos eles estão na universidade, preocupados pelo seu sumiço, inclusive a sua irmã que não parou se quer um minuto de chorar, pedindo para Deus que não tivesse levado você dela. - Harry bateu com o punho no volante - EU PORRA, PASSEI METADE DESSE DIA PROCURANDO POR VOCÊ, TAMBÉM PREOCUPADO, ACHANDO QUE SE NÃO O ENCONTRASSE HOJE, NÃO ME PERDOARIA EM DIZER PRA SUA IRMÃ QUE NÃO FUI CAPAZ. - Encarou Louis furioso.
-Não grita comigo, eu odeio isso! - Louis chorava no banco.
-Odeia isso? - Harry rir com ironia - PORRA, VOCÊ POR ACASO PENSOU NO IMPACTO QUE CAUSARIA FAZENDO ESSA IMPRUDÊNCIA? NÃO SE ESQUEÇA QUE AS PESSOAS SE IMPORTAM COM VOCÊ LOUIS, ELAS SOFREM QUANDO FAZ MERDAS E ESTÁ POUCO SE FODENDO PARA OS SENTIMENTOS DELAS! - Ele acelera mais um pouco o carro - NÃo diga que ninguém se importa com você, porque é mentira. Deve lembrar que no momento o único que não se importa com nada é você mesmo.
As palavras duras saíram da sua boca, Harry estava puto, portanto não se importou ao dizê-las. Louis calou-se virando o rosto para o lado e apoiando a cabeça no vidro do carro.
Harry para o carro assim que chega no posto de gasolina, o frentista logo o atende e depois de paga-lo, volta para a estrada.
-Pra onde vai me levar? - Louis perguntou sem encara-lo.
-Pro meu apartamento. - Harry disse por fim.
Permaneceram novamente em silêncio, durante todo o percurso.
[.....]
Quando chegaram, Louis saiu do carro sem dirigir a palavra ao Harry, assim como o mesmo fazia com ele. Entrando no seu apartamento, Harry fez com que Louis entrasse no banheiro e fosse tomar banho, batendo o pé o jovem foi, xingando Harry de vários nomes.
O maior o ignorou indo para a sala, pegou o seu celular e discou o número da Jade, falando para ela que estava tudo bem e que o Louis estava com ele, não detalhou o modo como achou o jovem, muito menos a briga, apenas falou que Louis estava em um bar.
—Ta...diga para a Perrie que vamos encontra-la na sua casa….sim, eu tenho o endereço gravado no GPS do carro….fala pra ela ficar calma que assim que eu e o Louis terminarmos de nos arrumamos vamos para lá….certo...Você também...Tchau. - Ele desliga a chamada.
Caminha até sua geladeira, pegando sua garrafa d’água, mantém sua concentração no copo ao enchelo, em seguida o leva na boca, sentindo uma pequena ardência no corte que estava no canto dos seus lábios. Ele passa a língua na ferida que ardia fazendo careta logo em seguida. Liga a torneira e faz concha com a mão, assim que a enche de àgua, passa a no machucado e sobre o rosto.
Agora que a sua raiva havia se passado, ele conseguia perceber o quão duro foi com o Louis no carro, mas também compreendia sua atitude para cima do jovem, ele estava com raiva e ouvir asneiras do garoto embriagado só piorou as coisas.
Harry costumava perder a cabeça nessas ocasiões.
Após alguns segundos, ele se encontrava no sofá, pensando em muita coisa, logo ouve um ruído e o barulho da porta do banheiro sendo destrancada. Louis sai de lá com uma imagem um pouco melhor que horas atrás, o jovem usava uma calça jeans justa, blusa branca que tinha listras vermelhas horizontais no auto do peito, usava uma jaqueta jeans porém com um tecido mais azulado, seus cabelos estavam jogados para o lado e ele calçava seu vans preto.
Roupas que ele deixara na casa do Harry por frequentar bastante lá.
Louis estava de cabeça baixa e mordia os lábios como se estivesse querendo dizer alguma coisa. Harry o encara sério, acompanhando a caminhada do jovem até o sofá, mantendo sua pose rígida.
Silêncio, nunca imaginariam que ele seria tão desconfortável nas suas vidas.
— Ainda está bravo comigo, posso imaginar! - Louis comenta bem baixinho.
— Seu leite está quase pronto, assim que o microondas apitar, beba-o e coma o sanduíche que preparei. - Apontou para a comida sobre a mesa — Deixei um remédio para dor de cabeça, suponho que esteja, afinal passou o dia bebendo. - Levantou-se caminhando até o banheiro.
— Harry… - Louis o chamou baixinho.
Mas o maior o ignorou, após bater a porta do banheiro. Tirou sua roupa e entrou no box, deixando a àgua quente liberar as impurezas do seu corpo como também acalmar seus ânimos.
Harry estava bastante chateado com Louis, após ouvir suas palavras afirmando que ninguém se importava com ele, sabia que o jovem agiu com imprudência, e muitas vezes quando havia bebida no meio, as palavras simplesmente saiam sem intensão ou como um desabafo, muitas vezes não tinham significado mas outras já não podia-se dizer o mesmo.
Harry balançou a cabeça, queria não pensar muito e só tentar relaxar, por mais que estivesse chateado estava feliz por Louis esta com ele.
Termina o banho, enrola a toalha na cintura, entra no seu closet, vestiu a cueca, escolheu sua calça preta justa, vestindo a depois de passar o creme, secou os cabelos com a toalha, largando ela em cima da cadeira que tinha ali, depois caminhou até a ala das suas blusas, encarando as para decidir qual vestir.
Nesse momento ele sente duas mãos o abraçando por trás e lábios molhados beijando suas costas nuas. Levou um pequeno susto mas supôs quem era.
— Me perdoa! Eu fui muito errado contigo….eu não devia ter agido estupidamente! - Louis selava seus lábios fazendo trilhas de beijos pelas suas costas.
Harry fechou os olhos e tirou as mãos do Louis do seu corpo, virando-se para encarar ao jovem.
— Louis não estou com raiva só pela sua falta de consideração comigo, mas também por não valorizar as pessoas incríveis que tem na sua vida, por se entregar daquela forma para o cigarro e a bebida, achando que elas irão apaziguar essa dor que sente aí dentro devido a perda da sua mãe. - Harry solta um longo suspiro ao ver os olhos do pequeno se encherem, mesmo que sua vontade naquele momento era abraça-lo, ele se segurou pois precisava terminar aquela conversa — Não imagino como seja essa dor, mas tem que por uma coisa nessa sua cabeça, drogas, bebidas, fugir…..não vai fazer com que se alivie ou livre dela, nada pode resolver isso, tudo o que você pode fazer é enfrentar esse momento ou qualquer outro de forma consciente, chorar se for preciso, dividir o que sente com alguém que o ama, você sabe que pessoas não faltam. - Harry umidece os lábios — Louis, você já não é mais um garotinho de cinco ou sete anos, para ficar agindo sem pensar, tem que se lembrar que é um rapaz de vinte anos, prestes a terminar uma faculdade. Você é maduro, eu te conheço a pouco tempo mas em relação a isso, eu posso afirmar com toda a certeza. Da próxima vez que for agir assim, pense e repense nos seus atos, porque não se trata apenas de você mas de todos que fazem parte da sua vida.
Louis fungou de cabeça baixa novamente, cruzando seus dedos e os apertando fortemente um no outro.
— E-Eu sei...me desculpe por isso. Você está certo, eu agi sem pensar, a verdade é que eu só venho fazendo merdas durante a minha vida. - Louis lamentou — Mas não vou ficar me fazendo de vítima, porque não é a ocasião, quero dizer, não à ocasião para agir com imaturidade. - O pequeno limpou as lágrimas e encarou ao Harry — Desculpa. - Em seguida virou-se.
Harry umidece os lábios e vai atrás do jovem.
— Olha pra mim! - Pega Louis pelo braço, o jovem fita seus olhos — NÃo faça mais uma porra dessas, ouviu bem? - Harry se aproxima do mesmo — Eu estava maluco….
— Eu não vou, prometo a você e em nome do nosso amor. - Louis tocou nos seus lábios. — Só não fica com raiva de mim, porque esses poucos minutos acabaram por me destruir ao ver que a pessoa mais incrível de todas não conseguia me dirigir a palavra ou me encarar. - O jovem deixa as lágrimas escorrerem pelo seu rosto - Eu não quero perder você Hazza, senti que isso aconteceria hoje e eu fiquei tão vazio, por favor.
— Amor, por mais que eu estivesse chateado com você não sei se seria capaz de cometer essa loucura. - Harry selou seus lábios demorando para desvencilha-los.
Louis o abraçou e foi retribuído na mesma hora.
— Eu te amo, eu te amo muito! - Louis repetia enterrando seu rosto no pescoço do Harry.
— Eu também te amo anjo. —O maior selou os lábios na testa do pequeno.
[....]
7:00 P.M.
Harry terminou de se arrumar e foi dirigindo para a casa do Louis, sentia-se melhor agora que haviam feito as pazes e conversado o suficiente sobre os atos do Louis. No caminho, o mais velho deixou tocando no som, HomeTwon Glory, ao menos para ficar tudo mais leve dentro do carro.
Embora Louis estivesse bastante nervoso e inquieto no banco.
— Tudo bem amor? - Harry tocou na mão do pequeno sentindo o quão gélida estava.
— Sim, só estou bem cansado. — Louis sorrir.
— Se quiser, ficamos lá um pouco e quando quiser voltamos. — Harry propôs.
Louis balançou a cabeça agradecido.
Não demorou até que estaciona o carro atrás de mais dois na sua frente, um ele reconheceu por ser da Jade. Harry destrava o cinto e Louis faz o mesmo. Ele abre a porta para sair.
— Amor! — Louis o chamou e ele o fita — Promete que não vai sair de perto de mim, nem se quer um segundo?
Harry arqueou a sobrancelha.
— Por quê?
— Só me prometa! — Pediu.
— Ta bom, eu não vou. — Harry o beija calmamente e acaricia sua nuca. -Vamos?
— Vamos.
Eles saem do carro interlaçando suas mãos, o jovem olhava para os lados e colava-se cada vez mais em Harry. Sem entender nada, o maior para de frente para Louis.
— Lou, me diz o que tanto te deixa aflito?
— É que…. — Louis começava a dizer quando a porta é destrancada por um homem alto, de cabelos castanhos e curtos, olhos negros, lábios semicerrados e postura rígida. Praticamente poucos centímetros menor que Harry e maior que Louis.
O pequeno abraça Harry na mesma hora, como se tivesse com medo.
— Olá Louis! - Sorri o mesmo.
⚓⚓⚓
Desculpem os erros :-)
Vem mais dois cap.
Shsuhauahs
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