Doce Criatura
Jantar na casa dos Tomlinson
8:40 P.M.
25 de Março
*Louis*
-Olá Louis! - Mark sorriu para o garoto.
Louis estava com tanto medo, que não conseguia dizer nada, e não era atoa, já que seu padrasto o olhava cheio de malícia e assustador. De repente lhe veio à cabeça, todas as coisas que ele passou nas mãos daquele homem.
O pequeno aperta o braço do Harry, fincando as unhas nele, esquecendo de que estava “passando dos limites” com o mais velho.
-Lou...está me machucando. - Harry sussurrou, retirando a mãozinha do Lou e entrelaçando nas suas.
-D-Desculpa! - O pequeno sussurrou de volta.
-Não vai abraçar seu padrasto? - Mark intervir, fazendo careta para a cena que via.
Louis o encarou, sentindo nojo e uma ânsia subir a garganta.
-Louis! - Perrie passou pelo Mark, indo abraçar o irmão. - Meu Deus, aonde você estava? Por que sumiu daquele jeito?
-E-Eu fui dar uma volta...não sabia que causaria tanta, preocupação assim, me desculpe! - O jovem falou, agradecendo mentalmente pela sua irmã ter aparecido.
-Não faça mais isso, ou, se for fazer, ao menos deixe um recado. - Perrie mexeu na sua franja, Louis assentiu sorrindo de lado.
-Por que não entramos? Afinal todos estão lá dentro, não é mesmo? - Harry pigarreou.
-Tem razão! - Mark falou lá de dentro.
Louis voltou a dar a mão para o Harry, passando assim, pela porta, sentindo o frio na espinha dorsal, quando seu padrasto o encarou. Ele sabia, muito bem, o que aquilo significava, isso o fazia temer, querer dar meia volta dali com o Harry. Mas não podia, era tarde demais.
O pequeno gruda um pouco mais no seu namorado, ambos, caminham até a sala, onde se encontrava ali, suas irmãs e a Jade, que brincava com os pequenos.
-Hey Loeh! - Lottie levantou, indo na sua direção, esboçando o seu mais largo sorriso. - Tudo bem com você maninho? - Ela perguntou apertando o nariz do mesmo.
-Estou. E você? - Ele faz careta e afasta as mãos da irmã do rosto.
-Bem. - Ela logo encara ao Harry - Quem é o bonitão?
Louis sorrir, rolando os olhos.
-É meu namorado, Harry, essa é a minha irmã Lottie! - Apontou para a garota.
-Um prazer em conhecê-lo! - Lottie esticou sua mão.
-O prazer é todo meu. - Harry a cumprimentou, balançando a cabeça.
-Não to acreditando que o Lou, desencalhou. - Phoebe se aproxima junto com sua irmã gêmea Daisy.
-Pelo menos é um cara bonito. - Comentou a gêmea.
-Fato ou raro? - Perrie entrou na onda, rindo com suas irmãs.
-Vocês são idiotas, meu pai do Céu. - Louis fuzila cada um com o olhar.
-Olá gato, nossos nomes são Daisy e Phoebe! - As mesmas se aproximaram do Harry, eles se cumprimentam.
Louis olhou para o Harry, vendo que o mesmo estava mais, familiarizado com suas irmãs, e elas com ele.
-Lottie acho que deixei a torta queimar!- Fizzy apareceu tossindo devido a fumaça que saia da cozinha.
-Tu deixou a louca cuidando da nossa sobremesa? - Perrie gargalhou.
-Para de rir e vem me ajudar peste! - Lottie saiu correndo.
Harry solta uma risada rouca e abraça o Louis por trás.
-Sua família é um amor. - Beijou a bochecha do pequeno.
-Ela é engraçada, mas okay. Concordo. - Louis o puxou para se sentar no sofá.
-Lou, Lou! - Doris saiu dos braços da Jade, andando até o irmão.
Seus bens mais preciosos naquela casa eram suas irmãs e seus dois pequeninos irmãos, Ernest e Doris, por eles terem apenas quatro anos de idade, a atenção tinha que ser dobrada, porque eles ainda não entendiam o significado da morte da Johannah.
-Doris meu amor! - Louis pegou a mesma no colo, lhe enchendo de beijos dos quais a fazia rir.
-Que saudade. - Disse a pequena manhosa, brincando com a sua franja.
-Eu também estava meu amor. Como você está? A Lottie e a Fizzy estão cuidando bem de você e do Ernest?
A pequena balançou a cabeça, em seguida seus olhos encontram os de Harry, que deu um sorriso de lado.
-Quem é ele? - Apontou na direção do maior.
-Hum...ele é um amigo muito especial meu. O nome dele é Harry!
-Olá princesa! - Harry falou.
-Oi! - Doris disse timidamente após esconder seu rosto no peito do Louis.
-Oi Boo! - O garoto de cabelos loiros, se aproximou, dando um abraço forte e ele retribuiu. - Podemos jogar futebol hoje?
Louis sorrir.
-Claro, mas só se não terminarmos tarde okay? - O pequeno assentiu. - Agora por que os dois não voltam a brincar?
-Ta bom! - Andaram de volta para o canto onde tinham brinquedos espalhados pelo chão.
-Sabe o que eu pensei agora? - Harry passou o braço envolta no ombro do namorado, Louis apenas mordeu os lábios negando - Nós cuidando dos nossos futuros filhos, você mimando cada um e eu enchendo de carinhosos.
-Seria maravilhoso. - Louis sorrir - Mas ainda está muito cedo para pensar alto.
Harry arqueia a sobrancelha.
-Bem, se o que vivermos for bem forte, verdadeiro, por quê não? - Indagou o mais velho.
-Não é bem isso amor, é que nada dura pra sempre, então eu costumo viver o agora, só ele me interessa. - Explicou.
Harry fica o observando cuidadosamente, Louis ficou com medo de que ele o achasse pessimista sobre o relacionamento dos dois, mas infelizmente Louis não acreditava em “Sempre” ou que algo vá durar muito. Pensava assim da sua vida, contanto, que isso o motivava a aproveitar a cada segundo que tinha, como se fosse o último.
-Você me chamou de amor, pode falar de novo? - Harry massageou a sua mão.
-Amor, não achou ruim o que eu falei sobre nosso relacionamento? - Louis, discretamente passou a mão pela cocha do mais velho.
-Hum...claro que não amor. Respeito seu jeito de pensar. E está certo, temos que viver o agora. Ele é o que importa! - Harry se mexeu para disfarçar a tensão que seu corpo transmitia.
-O jantar está pronto! - Mark apareceu, esboçando a voz num tom seco. Cortando o clima entre o casal.
-Estamos indo. - Louis respondeu ríspidamente.
[....]
Assim que todos os pratos estavam sobre a mesa de jantar enorme, com as comidas que a Johannah adorava comer, ao lado, estava sua foto e duas velas acesas, cada um sentou, serviram-se de modo descontraído.
Mark encarava ao Louis, como um verdadeiro, pervertido, mostrando a malícia no seu olhar, isso era o que encabulava o jovem, pois ele não conseguia ficar bem, como todos estavam. Quando terminaram de se servir, mantiveram um minuto de silêncio, em respeita a Johannah.
Para o Louis, pareciam, longos e dolorosos minutos, a saudade que sentia, era tão fortee intensa que o machucava.
-Bem, antes de começar a degustarmos, quero agradecer a presente de mais dois convidados, Harry e Jade, obrigada por estarem apoiando as duas pessoas importantes na nossa vida! - Mark disse de pé, olhando assim, de longe, parecia que aquele homem era simpático como aparentava naquela noite.
Educados, Jade e Harry acenaram com um sorriso.
-Hoje é um dia especial, para uma pessoa especial, nós a amamos e sentimos falta a cada instante que se passa. A grande mulher da minha vida e mãe dos meus filhos, Johannah! - Mark ergueu a taça com vinho para cima, sorrindo, sentou-se no seu lugar.
Louis o encarou desgostoso, sentindo tanta raiva da falsidade do Mark, só ele sabia a verdade do que sua mãe sentia por aquele homem.
Flashback on.
“Hospital de Doncaster
Sala de UTI
07/12/2016
Louis não queria acreditar que estava mesmo acontecendo aquilo, fazia pouco tempo que tinha perdido a sua melhor amiga Alicia, agora sua mãe decretava, por fim a sua vida. Ele temia tanto que aquele dia chegasse, não queria que ela fosse.
Ele olhava para suas irmãs chorando em desespero, vendo no olhar delas, a dor e a “aceitação” do que estava por vir.
Por que Deus queria tirar a sua mãe dele?
Por que causar aquela dor?
Louis não entendia porquê, só sabia que doía, ele não culpava Deus por tudo, a culpa não era dele, por mais que fosse duro para Louis, ele entendia que era melhor que sua mãe descansasse do que estar sofrendo como estava.
Afinal, câncer, é uma doença que não escolhe a pessoa, ela se genera e se expalha como uma multidão atrás de dinheiro.
Louis suspirou longamente, colocando a cabeça entre as pernas, derramando suas lágrimas, ele estava sozinho, se isolou porque queria ter seu momento. Em seguida ergueu a cabeça ao ver o doutor aparecendo, com a cabeça baixa e olhos sem felicidade alguma, dolorasemente, Louis sabia o que significava.
-Ela vai ficar bem doutor? - Mark se aproximou do mesmo.
-Eu sinto muito senhor, mas a sua esposa tem apenas alguns minutos antes de ir. - O doutor suspirou triste, Louis viu suas irmãs caírem em prantos.
-NÃo podem fazer mais nada? Isso é falta de de profissionalismo! - Mark disse exasperado.
-Senhor, o câncer já se expalhou por todo o corpo dela, não podemos mais fazer nada, Johannah está num estado grave, perguntei a ela o que queria. - O homem coçou a nuca - Bem, sua esposa decidiu que seria melhor, parar com tudo, ela está fraca e respira com dificuldade. - Explicou.
Louis entendia muito bem, conhecia a sua mãe, a ponto de saber que a decisão dela foi correta.
-Ãn...ela deseja ver ao Louis primeiro, de quem eu falo? - O médico, chamado, Paul.
Engolindo seco, Louis levantou da poltrona.
-De mim. - Falou, soluçando.
-Me acompanhe por favor! - Abriu passagem para o pequeno passar - Johannah pediu para que os outros entrem depois.
Louis passou pelo médico, ambos entraram no quarto de UTI, foi a pior cena que Louis poderia ter visto, Johannah deitada, com olhos fundos, apagados, labios secos e rachados, sua pálidez era mórbida e triste. Seu corpo estava composto por tubos e a máquina respiratória, mostrando seus batimentos, de que ela ainda estava ali presente.
De vagar, ela o encarou, sorrindo fraco.
-Louis! - O chamou com dificuldade, quase com a voz falha.
-Mamãe! - Louis correu, abraçando-a com cuidado, liberando suas lágrimas que caiam em excesso.
Ele não viu, mas o médico lacrimejou, ao sair.
Johannah massageou suas costas, acariciando seus cabelos, chorando juntamente com o jovem.
-Meu amor….não chore, ta bom? - Ela o encarou, limpando as gotas que molhavam sua bochecha - A mamãe te ama muito.
-Eu também te amo, eu...eu só não queria te perder….
-Você não vai, porque enquanto me mantiver viva nas suas lembranças e no seu coração, eu estarei com você. Não importa como, vou estar! - Johannah tossiu em seco, depois de deixar respingos de sangue sair, Louis pegou um pano, limpando aquela região, sua atitude fez com que sua mãe sorrise - Querido, você me perdoa?
Sem entender nada, Louis franze o cenho.
-Perdoar o quê?
-Eu descobri o que o Mark andava fazendo com você e o motivo da morte da sua amiga Alicia. Meu filho, não sabe o quanto isso me machucou, e-u não queria que passasse por essa crueldade! - Louis não sabia o que dizer, apenas chorava - Meu amor, quando eu não estar mais presente, eu garanto a você que isso não vai se repetir, talvez demore um pouco mas antes de vir para cá, fiz uma coisa…. - Ela fechou os olhos, Louis tremeu imaginando o pior, mas ao tocar na mão da sua mãe e as sentiu quentes, respirou aliviado.
-Mamãe você não tem que me pedir perdão, a culpa não é sua. - Selou seus lábios na testa dela. - Eu vou ficar bem!
Johannah negou, deixando as lágrimas caírem.
-Eu devia ter sido mais presente, não podia ter permitido que ele morasse conosco tão rápido. - Lamentou - Mas eu prometo a você meu filho, que ele vai pagar! - Johannah apertou sua mão - Prometa pra mim que não ficará triste? Quando eu for…
-Vou tentar. Mas não será fácil! - Foi sincero.
Johannah assentiu.
-VOcê irá encontrar uma pessoa, que irá proteger você, o amará e completará sua metade. Serão felizes, mesmo que haja crise, sempre estarão juntos. - Ela sorrir.
-Mamãe….eu não ligo para isso!
-Mas eu sim. Vou continuar cuidando de você, farei entrar a pessoa certa na sua vida! - Disse com humor, eles acabaram sorrindo. - Agora eu tenho que me despedir da suas irmãs! - Intervir.
Aquelas palavras dilacelaram seu coração.
-Ah já ta doendo, por favor, não vai! - Pediu em súplica.
-Fica comigo, bem aí aonde está! - Ela interlaçou seus dedos - Jogue o pano branco em mim meu pequeno, depois siga em frente, por mais que doa. Promete?
Louis apenas beijou a bochecha da mãe, abraçando a, sentindo que mais uma pessoa que ele amava estava indo.
Flashback off.
-Eu e a Daisy, vamos ler uma pequena carta de aniversário para a mamãe! - Phoebe se pronunciou depois que a Doris e o Ernest cantaram, a música favorita de Johannah.
As gêmeas levantaram, abrindo a carta rosa com brilhos.
-Minha pequena preciosidade, seu olhar está em cada um de nós, sentimos sua falta, uma parte de mim se foi, uma mãe como a senhora nunca irá existir. - Phoebe passa o papel, para a Daisy, após terminar de ler.
-Hoje é o dia que Deus a trouxe para florescer o mundo com seus encantos, mamãe… - Daisy para um pouco, após ver que estava chorando, todos ali, com exceção do Mark. Phoebe a abraça de lado - Desculpem! - Fungou - toda vez que formos questionadas por saber quem era você, diremos que fostes a única e eterna mulher cujo falava com amor e via o mundo assim. Feliz aniversário mamãe, te amamos.
Os presentes aplaudiram, limpando as lágrimas que caiam sobre seus rostos, inclusive Harry.
-Bem, eu não tenho muito o que dizer, só que eu a amo, mas fiz uma coisa para você. - Fizzy retirou um bordado feito com o formato do rosto da sua mãe.
-É muito lindo, ela ia adorar mana. - Lottie e Perrie a elogiaram.
-Obrigada. - Fizzy deixou ao lado da foto e entre a carta das irmãs.
-Ãn...bem a mamãe, era mais que tudo para mim, acho que para qualquer um aqui. - Lottie sorrir - Eu, só quero dizer que você foi uma mulher guerreira mamãe, meus dias nunca serão mais os mesmo sem que não me acorde como fazia, ou ouvindo seus sábios concelhos. Bem...eu te amo muito.
-Você não foi a minha mãe que me trouxe ao mundo, mas isso nunca importou, você deixou isso bem claro pra mim, eu sou grata por me dar a oportunidade de conhecer pessoas incríveis e poder sentir o seu amor. Mesmo que….os testes digam não, eu sei, assim como você, que eu sou e sempre serei a sua filha! - Perrie se pronunciou bastante emocionada - Eu nunca serei capaz de agradecer pelo que fez, apenas, desculpa, eu te amo muito! - Caiu em prantos, sendo abraçada pela Jade.
Louis se levanta, sabendo que era a sua vez, Harry o encarou sorrindo e interlaçando seus dedos. O jovem o olhou agradecido.
-Sendo o seu primeiro filho, me ensinou o bastante e o suficiente para estar aqui hoje. Foi forte até o último momento, lembro das palavras que me disse, o quão emocionada estava, eu te amo mamãe, estão guardando elas como me disse. - Louis fez questão de encarar ao Mark - Você está preparando uma surpresa para nós, mesmo não estando aqui, me prometeu, eu confio na senhora. Eu te amo muito, Feliz Aniversário!
Desviou seu olhar para o Harry, que o encarava sorrindo.
-Isso que disse foi lindo amor! - Seu companheiro beijou sua bochecha.
-Obrigado Hazza.
[....]
Ainda jantando, eles conversavam e riam de algumas coisas que a Fizzy e a Perrie faziam juntas. Mark ainda ficava olhando de lado para o Harry e o Louis, sua expressão não era nada amigável.
-Então Harry, o que você faz? - Mark indagou, batendo o copo levemente na mesa.
-Sou fotógrafo. - Falou, depois de beber um gole de vinho. - Agora, estou dando aulas na Universidade.
-Hum...Como conheceu o Louis? - Perguntou.
Louis não acreditava no que ouvia.
-Bem, foi na rua, quando eu estava indo encontrar alguns amigos, mas conhecer de verdade, foi na universidade. - Harry encarou ao jovem.
-Mas não é proibido um aluno se envolver com o professor?
Louis rolou os olhos.
-O Harry está ali temporariamente, assim como eu que já vou me formar, não tem problema algum. - Louis fala secamente, ganhando um olhar feio do Mark.
-É, Louis está com o Harry, assim como eu e a Jade. - Perrie tossiu.
-Estamos seguro senhor, eu e o Louis somos felizes, prometo que vou cuidar dele.
-Você já faz isso amor. - Louis tocou no rosto do mais velho.
-Own, quem vê assim, pensa que o Louis é carinhoso! - Zombou a Lottie.
-Há, há, calada. - Louis apontou para a irmã.
Causando risadas envolta da mesa.
10:00 P.M.
Passou se o tempo, Louis brincou com seus irmãos pequenos, Harry também, foi mais divertido do que ele pensava. Outroras começaram a conversar sobre os momentos divertidos que viveram na sua casa, risadas não faltou entre eles.
Harry a maior parte do tempo, manteve-se junto ao Louis, lhe perguntando se queria ir embora, afinal ele tinha dito que assim que o jovem quisesse, eles iriam, mas Louis estava gostando de passar algum tempo com as suas irmãs.
Mark estava de cara fechada, na maioria das vezes.
-Amor, vou levar o Ernest para o quarto e quando eu voltar podemos ir para a universidade. - Louis levanta com o pequeno no colo.
-Hoje você vai dormir comigo. - Harry disse autoritário.
Louis gargalhou.
-Okay Daddy! - Deu as costas, entrando dentro da sua casa.
Com cuidado subiu as escadas, encontrando o corredor pequeno da sua casa, virou a direita entrando no quarto do pequeno, desviou de alguns beinquedos no chão, colocando o mesmo na cama, sorrir, em seguida deposita um beijo na testa do seu irmão.
O cobriu com o edredom azul bebê, com alguns desenhos das bolas de futebol. Ernest havia tornado uma criança que gostava do esporte. Devido a tempos que ficava apenas com Louis. O jovem sentia falta.
Suspirou e saiu, fechando a porta com cuidado
-Olá Louis! - Ouviu aquela maldita voz, seu corpo travou no mesmo instante sem saber o que fazer. - Vamos conversar um pouquinho. - Sentiu aquelas mãos duras e ásperas o puxar pelo corredor.
-Me larga, se não eu vou gritar! - Louis lutou para poder se soltar, mas sua tentativa foi inútil.
-Cala a boca Porra. - Mark fincou as unhas no seu braço - Quer ser castigado como antes?
Louis se calou, infelizmente, ele sabia que era fraco a ponto de não conseguir fazer nada, pois sabia das consequências.
Entraram no seu velho quarto, onde foi empurrado e caiu no chão, batendo o rosto com força. A porta foi trancada e de repente veio na sua mente, todas as atrocidades que o Mark fazia com ele.
-F-Fique longe de mim! - Louis arrastou seu corpo no chão.
-Eu só quero matar a saudade Louis, alguns segundos não vão matar. - Mark sorrir diabolicamente.
Louis fechou os olhos, sentindo as lágrimas escorrerem, chamou mentalmente pela sua mãe, para que ela o protegesse. Sentiu Mark o segurar pelos cabelos e os apertar com força.
-Vi que está de namoradinho, sabe o que eu acho? - Indagou desabotoando sua calça - Como você é uma pessoa complicada, introvertida e ninguém te ama, nem mesmo esse Harry.
-Você não sabe de nada….seu merda! - Louis xingou mesmo sabendo que aquilo pioraria tudo, mas ele estava com muita raiva, ódio e repugnância.
-Não sei? - Mark rir - Vamos brincar e veremos isso.
Mark começou a passar a mão no seu corpo, Louis lutava mas acabava ganhando uns tapas doidos, socos no estômago, ele já estava “entregue” como antes.
-Aaah me Larga! - Mark disse em alto som, após cambalear para trás e jogar o Louis no chão.
Desnorteado, o jovem ergueu o olhar para cima, vendo o Harry, batendo em Mark assim como o seu padrastp fazia com ele. Houve um momento em que Harry mobilizou Mark.
-Seu desgraçado, se eu te pegar fazendo aquela porra no Louis de novo, vou bater em você até que cante para o inferno! - O ameaçou, segurando Mark pela gola da camisa - Vou te dizer uma coisa seu merda, agora eu que estou com o Louis, não vou deixar nenhum filho da puta, como você machuca-lo.
Enquanto isso, Louis tossia seco, de tal forma que sua barriga começou a doer.
-Lou, vem! - Harry envolveu as mãos ao redor da sua cintura e o colocou no seu colo.
O jovem não conseguia parar de soluçar, estava com vergonha, pelo Harry ter presenciado aquela cena, imaginando que o mesmo sentiria nojo dele e terminaria. Ele não queria perder o Harry.
Contudo no momento ele procurou não falar nada, apenas chorar.
-Ainda não temos! - Mark falou assim que passaram por ele.
Harry já estava puto demais para aguentar piadinhas. Então ele se virou, deixando Louis encostado em um canto, esmurrando Mark no maxilar.
-Eu só não te jogo por essa janela, em respeito as suas filhas e aos pequenos. Mas vontade não me falta seu filho da puta! - Chutou a canela do mesmo, que gemeu de dor - Se você se acha mal, eu sou muito pior que isso.
Depois ele voltou a pegar o Louis no colo, saindo daquele cômodo. Desceram a escada, Louis escondia seu rosto no peito do Harry, fingindo estar dormindo para que suas irmãs não perguntassem o que aconteceu.
-O que houve? - Ouviu a voz da Jade.
-Ãn...ele estava dormindo junto com o Ernest. Vou leva-lo comigo. - Harry explicou.
-Tadinho, hoje foi pesado para ele. Quer que eu te acompanhe? - Perguntou.
-Sim, depois diga para as irmãs dele que tivemos que sair porquê o Lou dormiu e não tive tempo de me despedir. - Andou até a porta, apertando Louis contra seu corpo.
-Claro que digo. - Ouviu Jade abrindo a porta.
Harry se despediu dela rapidamente, entrando no seu carro e colocando o Louis no carona, deu a volta e entrou. Não disseram, apenas seguiram estrada deixando apenas que o som do motor do carro pairar entre eles.
10:40 P.M.
Louis estava sentado, com os braços envolta das pernas, balançando tristemente para frente e para trás. As lágrimas não viam, talvez já não tivesse forças para aquilo, ele assim que chegou, foi direto para o banheiro, tomou um longo e demorado banho.
Assim que chegaram, uma tempestade caiu, trazendo com ela o vento frio de 10°C, isso fez com que Louis vestisse seu moletom e se enrolasse no edredom na cama de casal do Harry.
O mais velho, havia preparado um chá quente para o namorado, assim que Louis saiu do banheiro, deixando o sozinho para ir tomar seu banho.
Louis não sabia o que veria pela frente, necessariamente sua insegurança estava falando alto, assim como também o medo, aquele maldito medo de perder mais alguém que ele ama. O pequeno ao pensar nisso, debruçou sua cabeça sobre a perna e encarou as gotículas da chuva, deslizando pela janela, pensando que até mesmo os céus choravam por ele.
Por um momento de desvaneio, pensou na possibilidade de ser a sua mãe, lá de cima, dizendo para ele que ela estava triste. Mas ele por dentro, agradeceu por ela ter mandado o Harry para ajuda-lo, porque se Mark o tivesse obrigado a fazer aquilo novamente, ele simplesmente, não saberia como iria sair daquele quarto.
Fungou, se perguntando, porquê sua vida tinha que ser assim, porquê, tinha a tendência de sofrer. Era muito frustrante, para ele mesmo, pensar nas respostas.
Sentiu seu lado cama afundar, depois que duas mãos envolveram sua cintura e um corpo quente encostar o seu. Ele queria sorrir, mas parece que sua alegria havia ido embora.
-Está melhor? - Harry perguntou beijando seu pescoço.
-Vou ficar. - Disse num tom seco.
Ouviu-se um suspiro melancólico da sua parte.
-Ele faz isso com você desde quando?
Aquela pergunta, Louis a temia tanto que ela acabou por vir e ele não queria dizer.
-Eu, não consigo falar sobre esse assunto. - Baixou a cabeça, bravejando consigo mesmo para dar um tempo para esse orgulho que o consumia.
Harry mexeu um pouco, para mudar de posição, em seguida, segurou os dedos do Louis, beijando cada ponta.
-Amor, quando estiver aberto para conversar sobre isso, eu estarei aqui para te ouvir. Está bem? - Harry o encarou - Não vou te pressionar porquê sei que deve te machucar.
-Obrigado, eu prometo que depois, quando tudo isso passar, que vamos conversar sobre o que quer saber. - Louis engoliu seco, mesmo que o seu namorado lhe fizesse carinhos, ele não conseguia acreditar que aquela noite acabaria bem.
Simplesmente não conseguia olha-los nos olhos, por sentir vergonha.
-Ei, não sei o que está se passando aí na sua cabecinha, mas saiba que aquela cena que eu vi, não significou porra nenhuma. Só fez com que eu, ficasse mais próximo de você. - Harry tocou no seu queixo, puxando a cabeça do menor para cima, conseguindo o encarar.
Louis não acreditava no que ouvia, estava surpreso.
-Não sente nojo de mim? - Indagou, tremendo os lábios.
Harry sorrir.
-Por que eu sentiria meu anjo? - Questionou.
-E-Eu não sei. - Louis escondeu suas pequenas mãozinhas atrás da manga do moletom.
-Amor, me dê sua mão! - Harry pediu gentilmente.
-P-Pra quê?
-Apenas faça o que pedi.
Louis assentiu e esticou sua mão, Harry beijou sua palma e levou-a até seu peito descorberto, o pequeno sentiu as batidas do seu coração acelerar.
-Se está sentindo isso, quero que saiba que o motivo é por sua causa. - Harry falou sorrindo - Desde que nos beijamos, esse carinha não parou de pulsar com velocidade quando meus olhos param diretamente em você. Porque Lou, você é meu tudo, me faz forte quando eu perco as esperanças, é a metade que me faltava. E não é apenas isso. - Harry mordeu os lábios, vendo os olhos do pequeno encherem - Eu Louis William Tomlinson, estou completamente apaixonado por você, eu te amo. - Harry agora era quem chorava.
Louis estava sem reação, nunca ouviu uma declaração de amor linda como aquela, seu “eu” passou a se aquecer. O jovem, subiu no colo do mais velho e o beijou, como se não houvesse amanhã, entregou ao sentimento que ardia no seu peito e falava mais alto que seu coração.
Harry abraçou sua cintura, molhando aquele beijo com as suas lágrimas assim como Louis fazia.
-E-Eu amo você Hazza! - Sibilou ofegante, colando suas testas.
-Baby, eu vou cuidar de você agora, não importa o que digam, eu vou ficar contigo. - Harry o deitou na cama, ficando sobre o Louis.
-Eu quero muito. - Louis acariciou o rosto do maior.
Harry voltou a beija-lo.
-Minha Doce Criatura. - Falou tocando na ponta do nariz do pequeno.
“VOcê irá encontrar uma pessoa, que irá proteger você, o amará e completará sua metade. Serão felizes, mesmo que haja crise, sempre estarão juntos.”
Louis lembrou do que sua mãe disse, agradeceu mentalmente por ela estar cuidando dele como prometeu, agora ela estava lhe dando como presente o Harry na sua vida.
-Amor….poço pedir uma coisa? - Louis parou o beijo.
-O que quiser. - Harry mostra suas covinhas.
-Faça amor comigo? - Pediu timidamente.
Harry ficou o fitando por alguns segundos, em seguida sela seus lábios.
-Eu faço amor com você anjo. - Deslizou a sua mão para as pernas do Louis, apertando as com delicadeza…...
Notas Finais
Desculpem os erros :-\
Não revisei
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