A primeira aventura com Você
Doncaster
Bar da Quinta Avenida
8:30 P.M.
*Harry*
Estacionou o carro e agora caminhava em direção a árvore da qual Louis o dissera para ir. A cada passo que Harry dava, na sua cabeça ele se perguntava o que estava fazendo ali ou porquê queria se envolver nos problemas do Louis.
Afinal o que ele poderia fazer por aquele garoto?
Ele parou antes de se aproximar do local marcado e decidiu que era melhor dar meia volta e deixar esse assunto de lado.
- Você veio! – Ouviu aquela voz familiar atrás de si, Harry virou-se para encarar Louis – Eu achei que não levaria a sério o que escrevi no no bilhete, ainda mais depois de ficar te esperando por tanto tempo. – Começou a tagarelar – Mas você está aqui! – Ele sorrir.
- Estou. – disse encarando Louis – O que tem pra me dizer?
- Primeiro, quero que veja uma coisa.
Louis passou pelo Harry que continuou parado.
- O que foi? – Fitou Harry, que permaneceu calado – Relaxa eu não vou fazer nada com você. Só confie em mim! – Louis estendeu a mão.
Harry a encarou depois ao Louis, estava receoso porém as palavras da Jade ainda ecoavam na sua mente:
“Seja um pouco paciente com o Loeh, sei que ele está agindo com um temperamento inapropriado mas eu o conheço bem para lhe dizer que esse lado oculto dele não dura muito.”
O maior sentiu algo forte dentro de si dizendo que ele deveria dar essa oportunidade do pequeno se explicar, por mais que estivesse com raiva da forma como o Louis o tratara, sabia que todos merecem uma chance de se explicar, talvez o garoto pensava isso quando o chamou para o encontrar ali naquele lugar.
- Harry? – Chamou-o – Você vem?
Sem dizer nada, Harry interlaçou sua mão na de Louis que assentiu calmamente. Em seguida puxou o mesmo, andaram por alguns segundos passando por algumas quadras até chegarem na frente de um teatro.
- O que à em um teatro fechado? – Harry soltou a mão do Louis.
- Não vamos ficar aqui fora para descobrir! – Louis andou até a porta do teatro.
- Você está louco.? O lugar está fechado! – Harry sussurrou olhando para os lados.
- Eu sei.
- E também tem o segurança.
- Sim, afinal alguém precisa vigiar o lugar. – Louis disse naturalmente.
- Eu não vou entrar aí! – Harry cruzou os braços.
- Ué, por que não? .
- Não parece óbvio? – Harry apontou para o local ao seu redor.
- Não. – Louis afirmou em seguida suspirou. – Olha eu já entrei aqui dentro várias vezes, sei o que estou fazendo!
- Ah você sabe? – Harry segura a vontade de rir – Isso soa tão irônico, não acha?
- Para de ser chato e entra logo! – Louis entrou no teatro.
Harry, que estava lá de fora sentiu que se deixasse o Louis se encrencar a culpa seria dele, assim ele não viu escolha a não ser, entrar e tentar convencer o jovem a voltar.
Suspirou e entrou em silêncio no local vazio.
- Louis? – Chamou em voz alta.
- Shiii! – Louis apareceu ao seu lado e apontou para o velho dormindo na cabine da bilheteria. – Vem vamos lá para dentro!
- O quê? – Harry indagou – Vamos embora!
- É rápido. – Louis correu para a sala teatral.
- Caramba que garoto teimoso. – Harry resmungou andando em passos rápidos atrás de Louis.
Quando passou pelo salão principal, ele se deparou com a sala vazia e o palco logo ao seu lado. Harry observou o lugar fascinado, ver o teatro vazio de um outro ângulo era bem diferente.
Ele subiu a escada que levava direto ao palco, assim que colocou os pés nele, encarou os bancos vazios imaginando uma plateia com os olhos atentos onde ele estava. Uma cena maravilhosa que projetará na sua mente.
- É lindo não é? – Louis apareceu atrás do Harry que deu um pulo assustado – Desculpa, não era a minha intenção assusta-lo!
- Como descobriu esse lugar?
- No inicio desse ano.- Louis ficou ao seu lado.
- Você tem alguma coisa para me dizer? – Harry encarou o garoto.
Louis suspirou tristonho e andou para o centro do palco e sentou no chão.
- Na primeira pra segundo semana de dezembro do ano passado, vi minha mãe falecendo por conta da Leucemia que a atacou por todo o corpo. – Louis encarou as cadeiras – Eu não consegui aceitar que ela tinha partido de forma tão sórdida, sabe, eu perdi alguém que amei durante anos. A única pessoa com que eu fazia de tudo! – Louis fungou.
Harry sentiu-se sensibilizado e comovido com o desabafo do Louis. De vagar ele se aproximou do menor e sentou ao lado dele.
- Eu passei os últimos dias do ano passado, sem vida, preso com a minha dor. Fiquei depressivo e quase fui internado em uma clínica por causa disso.
- E o que o fez mudar tão de repente? – Harry perguntou.
- Tive um sonho com ela antes do ano novo. Nele a minha mãe dizia que era muito cedo pra mim acabar com a minha vida tão rápido. Ela disse que eu tinha que dar a volta por cima porque ela ainda me observava e tudo o que queria era me ver feliz de novo. – Louis deixou algumas lágrimas escorrerem pela sua face – Foi bom conversar com ela, pela última vez. Talvez eu até tivesse precisando daquela troca de palavras com a mamãe porque foi por causa dela que eu voltei a “viver novamente”. – Sorriu triste.
- Eu sinto muito pela sua mãe! – Harry suspirou – Mas eu não entendo porque está compartilhando isso comigo. Mal nos conhecemos!
- É exatamente por isso, agora você sabe porque eu faço as coisas sem pensar. Conhece uma parte de mim que ninguém mais sabe! – Louis o encarou olho a olho – Minha mãe me mostrou que para viver, não precisamos de rótulos, sem que as regras que a vida nos impõe possa impedir que sejamos felizes como queremos.
- Não entendo! – Harry balançou a cabeça confuso.
- Vou te mostrar!
Louis limpou as lágrimas e entrou por detrás das cortinas, Harry levantou-se e ficou olhando para as cortinas vermelhas cintilando no escuro. Em seguida uma luz se acendeu em cima dele.
- Agora faça uma coisa que nunca fez antes! – Ouviu a voz do Louis no alto falante.
- Nem pensar! – Harry se negou.
- Vai ser divertido. Experimente! – Louis insistiu.
- Eu já disse que não!
- HARRY! – Gritou – CANTE UMA MÚSICA!
- Louis vai acordar o segurança. – Harry bravejou.
- CANTE HARRY! – Ignorou-o.
Vendo que o jovem estava o provocando e que continuaria até que ele cedesse, Harry ficou desesperado e não podia deixar que o Louis colocasse eles em uma enrascada.
- Está bem, eu canto! – disse derrotado.
- Estou esperando!
Harry fez uma careta e bufou. Fechou os olhos e pensou em algum música, a que lhe veio a mente foi aquela que tocará no seu casamento, (Love on the Brain), deixou aquela lembrança lhe dominar e aquela canção sair pelos seus lábios suavemente.
Ele estava tão envolvido que soltou sua voz, liberando aquele sentimento dentro de si, Harry abre os olhos e vê o Louis andando pelas poltronas onde a plateia ficava, o jovem sorria como também dançava conforme eclodia a melodia.
Harry rir mas continuou mantendo seu tom de acordo com a música, Louis subiu no palco e acompanhou Harry, cantando com ele. Segurou sua mão e o puxou para uma dança com giros, risadas e passos sem jeito.
Acontecia ali um entretenimento do qual ambos não imaginavam que aconteceria aquela noite, estavam saboreando um pouco da felicidade que tinham perdido no decorrer do tempo.
Chegando o fim da música, Harry girou Louis em seguida o puxando para perto de si. Ambos encararam um ao outro com um sorriso sincero e verdadeiro.
- Hey, vocês não podem ficar aqui! – O segurança apareceu com uma lanterna em mãos.
Os dois encararam o homem na mesma hora.
- E agora? – Harry indagou assustado.
- Corre!
Louis correu por entre os assentos, Harry o acompanhou enquanto o velho corria atrás deles. Eles desviavam do mesmo, em meio a risadas nervosas, correram até conseguirem alcançar a saída.
- E não voltem mais! – Gritou.
Assim que chegaram na outra quadra, pararam na frente de um apartamento velho.
- Caramba, eu achei que...ele fosse chamar a polícia! – Harry comentou ofegante.
- Devia ter visto a sua cara quando ele agarrou seu casaco. – Louis caiu na gargalhada.
- Isso não foi engraçado, imagina se ele conseguisse me pegar um cara de vinte nove anos fazendo coisa de adolescente! – Harry disse nervoso.
Louis continuou rindo, dessa vez mais alto. Harry viu quanto estava sendo ridícula, fazendo sermão, depois de ter se divertido e viu como Louis reagia a isso. Então ele também começou a rir.
- Essa foi a maior loucura que fiz na minha vida! – Harry cessou a risada.
- Ela não precisa ser única. – Louis o encarou.
- O que quer dizer com isso?
- Ah muita coisa que você pode fazer. Basta você dizer que quer fazer isso, essa noite e nos próximos dias.
- Louis olha pra mim! – Harry apontou para si mesmo.
- Estou olhando. E sabe o que eu vejo? – O jovem se aproximou dele.
- Um cara de vinte e nove anos?
Louis negou com a cabeça.
- Vejo um cara que se restringe demais e por causa disso, ele se torna reclusa e não sente prazer em viver o lado bom da vida. – Louis falou – Por que não deixa ele se libertar?
Harry encarou Louis, pensando o que aquele jovem achava que estava falando. Porque ele não se restringia como o jovem descreveu. Ou ele estava errado? Será mesmo que seu eu se cobrava demais e por conta disso o Theo se cansará dele?
Possivelmente a resposta poderia ser, sim. E se ele mudasse, será que o Theo poderia voltar atrás?
Para que isso acontecesse, Harry teria de confiar no que o Louis mostraria a ele, porém na sua cabeça se passava uma série de contradições, afinal o Louis era apenas um jovem que ainda se preparava para aprender com a vida, já ele, era um homem feito e vivido.
Aquela combinação poderia ser absurda, divergentes mas também criaria um elo forte do qual suas diferenças pudessem ajudar um ao outro, Harry a mudar sua personalidade e o Louis a conviver com as suas dores.
Poderia ser loucura mas na cabeça do Harry era uma grande ideia, afinal a noite de hoje foi a prova disso, a sua insegurança com a coragem do Louis formaram uma dupla e tanto.
- Pra onde vamos agora? – Ele sorrir.
- Atrás da sua felicidade.
10:35 P.M.
Entraram em uma loja do posto de gasolina e desenharam com chantilly no rosto um do outro, com a participação do balconista entediado. Cantaram e dançaram em frente a câmera de segurança. Nessa brincadeira acabaram ganhando dois refrescos de graça, pois o dono do posto acabará tendo um fim do dia mais animado.
11:20 P.M.
Harry e o Louis estavam sentados em cima do capô da caminhonete, com uma caixa de pizza e duas garrafas de refrigerante em mãos. Encaravam o céu nublado, dentro de uma rodovia com trens abandonados. Eles conversavam os momentos vividos de horas atrás.
- Sabe o que eu mais gosto quando encaro o céu nublado? – Louis falou, agora deitado no capô encarando o céu.
- O quê? – Harry faz o mesmo que ele.
- A beleza das nuvens amontoadas umas nas outras, sabe, as pessoas são hipócritas em achar que o céu tem que estar bonito apenas quando as estrelas e a lua sobre ele ou quando o sol aparece emitindo o azul atrás de si. – Começou – Mas o belo não é apenas a imagem em si, na verdade ele é apenas um adjetivo que foi feito para completar o substantivo. Porque nós não fazemos a beleza, como essas nuvens. Quando os raios colidem e os trovões explodem ambos acabam nos trazendo uma explosão de “fogos” do céu, como se tivesse uma festa ali em cima. Entende?
Harry observou aquela tese do Louis com fascínio.
- Admiro essa sua forma de enxergar as coisas! – Comentou encarando Louis que fez o mesmo, esboçando um sorriso largo logo em seguida.
- Algumas pessoas me chamam de louco por pensar diferente. Mas vem algo na minha mente que diz: “Se o Aisten tivesse dado ouvido aqueles que o chamavam de louco por não ter um pensamento ‘normal' como deles, não teríamos energia hoje!”
Aquele comentário fez Harry soltar uma risada gostosa que Louis se viu obrigado a acompanhar.
- Então. – Pigarreou – Quem é a pessoa que lhe presenteou com isso?! – Louis apontou para a aliança no dedo do Harry.
Ele encarou a mesma e viu que teria escolha, para falar sobre o começo do fim de um relacionamento que durou apenas cinco anos.
- Na verdade essa pessoa não ver mais sentido em me ver usando essa aliança! – Falou se lastimando.
- Relacionamento turbulento? – Indagou o menor.
- Pra ser específico, estamos colocando um ponto final nele.
- Mas você ainda ama essa pessoa e não está preparado para dar esse passo devastador. Estou certo?
- Que tipo de pessoa é você afinal? – Harry disse risonho.
- Ainda estão trabalhando para descobrir isso. – Louis pisca para ele – Mas falando sério agora. – Ele sentou-se – Quem é essa pessoa?
Harry fechou os olhos e suspirou.
- Conheci uma cara chamado Theo James, à seis anos atrás, nos casamos depois de um ano de namoro mas isso chegou ao fim quando o peguei aos beijos com uma das convidadas na noite de ano novo. – Explicou resumidamente.
- Você ainda o quer de volta?
- Como?
- Eu posso ajuda-lo se quiser, quem sabe vocês reatem mais rápido do que imagina!
- Você não entende, nosso relacionamento chegou ao fim. – Harry comentou.
- Isso só acontecerá quando os dois deixarem de amar um ao outro. – Louis sibilou.
Ele repetiu as mesmas palavras que o Theo lhe dissera na sua casa, momentos antes deles resolverem dar um tempo um para o outro.
Isso chegou a assusta-lo.
- Vou te dar um tempo para pensar no assunto!
Ficaram em silêncio logo em seguida, Harry olhou no seu relógio que marcava 11:38 da noite, já era hora de voltarem pois o dia seguinte teriam de ir pra universidade.
- Obrigado pela noite incrível! – Harry mordeu os lábios.
- Obrigado você por compartilha-la comigo. – Louis acariciou sua mão.
Harry encarou-as juntas em seguida sorrir.
00:30 P.M.
24 de Janeiro
Na estrada no trajeto pra casa
Harry dirigia sua caminhonete com Louis no banco ao seu lado, o jovem encarava a paisagem da cidade silenciosa pelo cair da noite, mantendo apenas como o som o pingar da chuva batendo em pequenas gotas no teto do carro, nela lavava o ontem para que o hoje nascesse mais glorificado. Louis estava exausto e vagarosamente foi fechando os olhos. Não demora muito até ele pegar no sono, Harry que estava distraído nem notara que o garoto tinha adormecido em um longo sono profundo.
O sinal fechou e ele para o carro, aguardando o sinal verde abrir.
- Quer que eu o deixe na frente ou atrás da universidade? – Harry olhou para o lado e viu que Louis dormia – Louis? – Chamou-o mas tudo que ganhou foi um suspiro cansado como resposta.
Harry o observou atento, imaginando o quão aquele garoto tinha se tornado pra ele em apenas um dia, era algo inacreditável. Quando o sinal abriu, Harry mudou de direção, resolveu ir para casa e levar o Louis com ele.
Assim que chegou e parou o carro no estacionamento interno do apartamento, ele pegou Louis no colo e o carregou até o elevador, entrou em casa e colocou o menor na sua cama tomando cuidado para não acorda-lo. Chegou a se perguntar se era certo permitir que um de seus alunos passasse a noite na sua casa porém também não viu problema pois não tinham feito nada demais.
Ele cobriu o Louis e foi até o seu closet para pegar um cobertor, estava exausto, o dia foi bem agitado e cansativo para ele. Harry caminhou até a sala e deitou no sofá, fitou o teto pensando na proposta do Louis, uma ideia prepotente, absurda se brincasse mas que poderia funcionar afinal o garoto tinha uma mentalidade muito sábia para lidar com as coisas.
Mas o Harry achou melhor descansar e deixar essa ideia de lado por enquanto, o hoje era um novo dia e ele estava ansioso pelo que aguardava.
*Louis*
Naquele mesmo dias
Horas mais tarde
6:00 A.M.
O estrondo do céu foi tão forte que fez com que Louis despertasse, ele abre o olhos lentamente e encara o cômodo ao seu redor notando logo de cara que aquele não era seu dormitório. Levantou sonolento e colocou o tênis nos pés, abriu a porta e caminhou pelo pequeno corredor, até chegar na sala onde viu Harry encolhido no sofá. Ele sorrir ao lembrar de horas atrás no quanto viu Harry feliz, sua ideia de ajuda-lo estava indo muito bem e isso o deixará orgulhoso.
Ele foi à cozinha encantado com a beleza e a comodidade do lugar. Então logo vem a sua mente que ele tinha pedido para o Niall acoberta-lo e em como o loiro estaria preocupado com a sua pessoa, se já não tivesse comunicado a sua irmã. Louis tinha que ir embora mas não poderia deixa-lo preocupado quando acordasse o não visse o Louis ali.
Ele fez então algo formidável, preparou um café da manhã com direito a Walffes, suco de laranja, café bem fresco, torradas e uma bela salada de frutas depois escreveu um bilhete que dizia o seguinte:
“Fizemos coisas incríveis ontem à noite. Acredito que tenha sido uma experiência nova para você, certo?
Espero fazer isso mais vezes, meu novo amigo!
P.S. Aproveite o café da manhã e considere ele como uma forma de agradecimento por tudo.
Seu Sincero, Louis T.”
Deixou sobre a mesa e para que o Harry não acordasse depois que tudo esfriasse, ele colocou o despertador na pequena mesa de centro da sala marcando nele para despertar às sete horas. Logo depois, ele foi embora.
O táxi parou de frente para a universidade, Louis pagou o taxista e correu para dentro da mesma, para sua sorte, apenas havia alguns alunos no corredor e que o reitor só chegaria à cinco minutos para fazer a vistoria. Ele passa por umas três portas e entra na de número 28 , fechando em silêncio para não acordar o amigo. Mas isso não fez diferença já que o mesmo estava sentado na sua cama encarando Louis com um olhar furioso.
- Eu devia te dar uns tapas Louis Tomlinson. Aonde o senhor estava? – Niall bravejou do outro lado.
- Desculpa Nini, mas eu acabei perdendo a hora ontem à noite. – Louis se jogou na sua cama.
- É bonitinho, você não sabe o sufoco que eu passei ontem quando o George resolveu especionar os quartos! - Niall praguejou.
Louis segurou a vontade de rir.
- O que você fez?
- Eu tive que correr pro banheiro, ligar o chuveiro e deixar tocando Backstreet Boys no ultimo volume. Disse que você era um tipo de pessoa que toma banho ouvindo música e que não gostava de ser incomodado.
- E funcionou?
- Depois que ele me interrogou com várias perguntas sobre você, sim.
- Então não tem porquê dar chilique! – Louis colocou as mãos sobre a cabeça e encarou o teto.
Até sentir um baque forte do travesseiro batendo no seu rosto, Louis encara o Niall no mesmo instante.
- Você diz isso nessa tranquilidade toda mas nem imagina como eu estava preocupado com você, enquanto fazia sua estripulias!
- Eu estava com o Harry! – Falou para que seu amigo parasse de lhe dar bronca.
- Como? – Niall pergunta boquiaberto.
Louis sorrir.
- Passamos.à noite juntos ontem, foi tão bom que nem vimos a hora passar. – Falou lembrando de tudo.
- Não me diga que vocês fizeram aquilo...Louis seu safado! – Niall começou a rir.
- Não teve nada disso seu pervertido! – Louis jogou de volta.
Louis revirou os olhos.
- Rolou uns amaços então?
- Também não. – Louis balançou a cabeça. – Nós invadimos o teatro e fizemos um pouco de bagunça com o balconista do posto. Por fim sentamos no capô do seu carro, comemos um pouco e conversamos muito. – Explicou.
- E depois vocês se beijaram? – Niall disse malicioso.
- Não teve beijo loira, mas que coisa! – Louis resmungou.
- Então porque você demorou a voltar?
- Quando estávamos voltando começou a chover e eu acabei dormindo porque estava cansado. E hoje acordei no quarto do Harry e antes que você venha com saliência, nós não dormimos juntos porque o Harry dormiu no sofá!
Niall ficou o observando atentamente, como se tivesse procurando algo no Louis.
- O que foi? – Louis perguntou.
- Você não está gostando do Styles, está? – Niall perguntou.
- Pela milionésima vez, não quero nada com o Harry, apenas tenho uma grande afeição amigável por ele. – Louis disse tedioso – Tudo que criamos um com o outro é a amizade, nada à mais e nada à menos! – Ele se levanta e caminhou até o banheiro.
- É pela amizade que o amor surge! – Niall comentou.
- Pai amado! – Louis rolou os olhos – Por que é tão difícil de entender que a proximidade entres duas pessoas nem sempre significa que elas se envolvem uma com a outra?
- A uma controversa meu amigo, pois quando essas duas pessoas e exalam uma química, como você e o Harry, aí não tem como não shippalos! – Niall comentou.
- Nossa que convincente! – Louis disse com sarcasmo – Só uma pergunta! – Ele fica entre a porta.
- Diga!
- No momento do seu desespero, você não comunicou a Perrie sobre o meu “sumiço” ?
- O quê? – Niall indagou – É claro que não! – Ele olhou para os lados nervosamente, Louis encarou o amigo desconfiado.
- CADÊ ELE? – Perrie entrou quase arrombando a porta.
Louis lançou um olhar reprovador para o Niall.
Sua irmã, que estava desesperada seguiu o olhar do loiro e parou, fitando seu irmão.
- Loueh! – Ela correu o abraçando fortemente. – Por Deus, aonde você estava? Você está bem?
- Estou bem. Eu só fui dar uma volta e perdi a noção do tempo! – Explicou calmamente.
- Caramba, você me deixou preocupado, eu achei que tivesse lhe acontecido algo. – Perrie o abraçou novamente.
- Calma, não precisava ficar alarmada. Tenho certeza que o Niall deve ter feito tempestade no copo d’água, sem motivo.
E foi as palavras errados para o momento errado pois sua irmâ começou a ficar vermelha.
- Louis William Tomlinson! – Ela bravejou.
- Qualquer coisa eu estou na cantina. – Niall saiu às pressas, batendo a porta em seguida.
Perrie cruzou os braços e ficou o encarando com um olhar sério e furioso. Louis suspirou.
- Por favor não venha com sermão porque o do Niall já foi o suficiente! – Ele caminhou até sua cama.
- Pois é exatamente isso que eu vou fazer. E não me olhe assim rapaizinho, não tem ideia de como eu passei a noite pensando em você! – Perrie apontou na sua direção – Você sabe muito bem que agiu de maneira errada, poxa, se ao menos tivesse avisado o Niall ou a mim onde estava.
- É exatamente por isso que eu não queria, que soubesse de nada. Olha como está nervosa! – Louis fechou a cara.
- E com razão não acha? – Perrie alterou o tom de voz – Louis, você não pode agir de modo imprudente toda a vez e achar que isso é certo. Se o Niall me comunicou é porque tanto ele como eu ou qualquer um dos seus amigos, nos preocupamos com você. – Ela anda de um lado para o outro – Nós já perdemos nossa mãe, Deus me livre se algo ruim acontecesse com você, não sei do que seria capaz Loueh, eu te amo muito e por te amar quero sua segurança!
Louis viu que a sua irmã estava certa e bravejava com ele, tendo razão.
- Desculpa Pe, eu não queria ter causado essa confusão, só achei que se saísse um pouco seria bom. – Abaixou a cabeça.
Perrie suspirou e sentou do seu lado.
- Tudo bem. Vem aqui! – Ela puxou-o pata um abraço e beijou o topo da sua cabeça – Promete pra mim que não vai me dar um susto desses outra vez, está bem?
- Eu prometo.
Louis fungou e abraçou a irmã novamente.
- Então vai me dizer aonde estava?
- Fui ao teatro com um novo amigo. – Comentou deitando sua cabeça no colo da Perrie.
- Eu o conheço? – Ela fez um cafuné nele.
Louis sabia que se escondesse a verdade da sua irmã, o Niall ia fazer isso por ele.
- Foi com o Harry! – Suspirou.
- LOUEH! – Ela solta um grito e o encara com um olhar malicioso.
- O que foi? – Louis perguntou com um ar de inocência.
- Não se faça de desentendido mocinho! – Beslicou-o.
- Ai! – Louis fez careta - Não estou entendo do que fala?
- Fingido! – Perrie balançou a cabeça – Você está pegando ele né?
- O quê? Não. – Louis indagou – Qual é o problema de sair com o Harry?
- Ah nenhum, ainda mais se tratando do novo professor gostoso, vulgo, Styles, que combina com você e ambos tem uma química forte! – Disse ela com ironia.
- Lá vem! – Louis rolou os olhos e levantou pegando sua toalha logo em seguida.
- Estou mentindo por acaso?
- Sim! – Comentou – Você fica aí criando histórias das quais não existem. – Entrou no banheiro – Eu não quero nada com o Harry. Vê se acorda pra vida!
- Louis William Tomlinson pode parando de ser rude!
- Não tem como, desculpe! – Falou dentro do box.
- Quando eu te der uma voadora, você vai falar direito!
- Tenho que tomar banho porque a aula já vai começar! – Ligou o chuveiro fechando o box.
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