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7- Reconciliação


— O qu-- O que disse, noona? – JungKook inquiriu piscando várias vezes, nervoso.

HeuNa suspirou apoiando-se no parapeito da varanda. Contemplou a paisagem ao longe, cheia de casas e prédios minúsculos sob um céu azul-nublado.

— Meus pais sempre trabalharam muito e eu optava por passar temporadas na fazenda com meus tios, os pais do Jin, a ficar sozinha. Minha mãe passava seis meses no Brasil e seis meses aqui na Coreia cuidando para que nosso restaurante crescesse e chegasse onde chegou. Meu pai voltava tarde do Jornal e aproveitava as folgas e fins de semana para ir à fazenda me ver e também visitar o próprio irmão. Até tudo se ajustar mais, nós três vivíamos mais distantes do que juntos um do outro. Assim, o Jin e eu somos como irmãos e desde pequenos sonhávamos em ter um negócio de gastronomia... Eu via sempre a satisfação e empenho da minha mãe e o Jin, dos pais dele com as produções de morango. Tenho esta lanchonete e ele é meu sócio. Nos ajudamos bastante até hoje.

JungKook estava boquiaberto. Não imaginava que isso fosse possível e reconhecia que bancara o idiota, mas por pura imaturidade e ciúmes. Tudo teria corrido bem desde o início se tivesse expressado seus sentimentos honestamente.

HeuNa, sentindo o vento refrescante em sua face, fechou os olhos satisfeita e leve como há uns bons meses não se sentia e sorriu. Continuou:

— Conheço os Bangtan Sonyeondan mais de perto do que você imagina, Kookie. O Kiji-- Bom, o Jin oppa sempre conversa comigo das próprias dificuldades e também alegrias. Fala de como ama a forma como vocês todos convivem... E de como você está crescido e tendo suas próprias conquistas. Ele realmente se preocupa com você, Kookie.

JungKook saiu de seu torpor:

— Sim, Jin hyung sempre cuidou de mim. – JungKook deu uma pausa - Os hyungs já lhe conheciam?...

— Conheciam, sim, porque acompanhei o Kiji uma vez em seus shows logo após o debut. Mas nunca fomos apresentados devidamente e--

JungKook interrompeu HeuNa sem perceber, imerso em pensamentos:

— Oh! – Exclamou ele aproximando-se de HeuNa na varanda – Estranho, porque desde a primeira vez que te vi na lanchonete senti algo diferente... Seu rosto sempre me foi familiar, mas não me lembro de você antes disso...

HeuNa sorriu encarando-o.

— A primeira vez que você me viu não foi na lanchonete, Kookie.

— Não?... – JungKook inquiriu reticente lembrando-se vagamente de algo que ainda apresentava-se embaçado em sua memória.

HeuNa explicou:

— Eu vi você ainda com seus 14 anos, quase 15, algumas vezes que vim na Big Hit a pedido do Kiji para repassarmos algumas coisas sobre nosso negócio, nos intervalos. Nesta época eu não havia ainda completado meus 17 anos, mas já estávamos nos preparando bem sobre isto. Minha mãe me ensinava algumas coisas e me ajudava enquanto organizava também seu restaurante no Brasil e eu passava tudo para o meu primo-irmão, o Jin.

Uma luz clareou JungKook e este lembrou-se:

— A linda noona. – Falou pensativo em meio à memórias distantes.

— Isso! – HeuNa abriu um largo sorriso – Você era ainda tão novo... Era assim que me chamava quando me via.

— Hey, mas eu lembro que sussurrava isto somente para o Jin hyung!

— Kiji oppa me dizia e... Repetiu algumas vezes: "O maknae gostou de você".

Ambos sorriram.

JungKook parecia surpreso e incrédulo e depositou um beijo suave nos lábios de HeuNa sussurrando em seguida:

— Linda noona.

— Esperei você todo este tempo, JungKook. – Confessou HeuNa – Nunca assumi isto nem para mim mesma, mas no fundo sabia que era você e mais ninguém. Enganei a mim mesma muitas vezes.

Aquilo o comoveu e algo reacendeu em seu íntimo.

Lembrou-se como flashes que ele a esperava para apenas poder vê-la e admirá-la ao longe, mas ela não mais apareceu na empresa. Aos poucos, então, o tempo levou de sua memória aqueles belos traços, mas um sentimento ficara adormecido por todos estes anos. Só não sabia identificá-los; reconhecê-los.

Tentou algumas vezes encontrar a raiz daquele sentimento espelhando algo que não sabia ao certo em outras garotas, mas em nenhuma delas encontrava o que procurava, mesmo às cegas.

— Me desculpa, noona, por toda a besteira que fiz. – Iniciou JungKook sério – Eu não agi como deveria, fui imaturo e egoísta.

HeuNa olhou-o calmamente e estendeu sua mão afagando o rosto do rapaz. JungKook, então, segurou a mão da garota e meneou a cabeça para o lado beijando-lhe a palma.

— Mas, - JungKook agitou-se procurando preencher as lacunas – então por que Jin hyung nunca me falou nada?

— Kiji nunca soube do meu sentimento por você. – HeuNa parecia um tanto envergonhada ao ouvir-se expondo finalmente aquilo que passara anos guardando. Preferiu, durante este tempo, que as coisas fossem assim. Ainda eram muito jovens. Acreditava ser uma paixão adolescente, passageira e optou por dedicar-se aos seus negócios que aos poucos prosperavam.

Mas enganou-se: a garota foi crescendo e não esquecera do maknae e seus profundos e brilhantes olhos em sua direção; dos sussurros tímidos ao Jin espiando-a de esguelha... Mas, a verdade é que não sabia HeuNa se teriam chances um com outro. JungKook era muito querido por todos e logo esqueceria daquela admiração que, julgava ela, ser também passageira. Logo ambos encontrariam alguém.

Não sabendo se o maknae sentia o mesmo por ela, abriu mão daquela terna paixão que desabrochava e seguiu sua vida tranquilamente, mas nunca se interessara por ninguém como por JungKook; apenas dois anos mais novo que ela, dono de um caloroso sorriso e misterioso olhar. Aquele menino que a olhava de esguelha e sorria tímido, que tentava aproximar-se, porém sem coragem... Até que os holofotes a ofuscaram das vistas do garoto e tudo mudou.

HeuNa refletindo, falou por fim:

— Foi difícil para mim a cada vez que o Kiji conversava comigo pelo celular estes dias, dizendo que estava preocupado com você por estar... Agindo estranho. Ele desconfiava de que estivesse passando por isto por alguém e aquilo me entristeceu... Mas senti que ficaria tranquila pela sua felicidade. Porém, você me deixou confusa! – HeuNa exclamou fazendo JungKook assustar-se com um sorriso sem graça no canto da boca – Simplesmente não entendia por que havia se aproximado de mim. Quando passei a perceber que eu era o motivo, quis conversar, explicar, mas você fugia de mim! – Empurrou o peitoral do rapaz com um sorriso entre divertido e indignado.

Eu fiquei confuso, noona! – JungKook enfatizou a primeira palavra segurando as pequenas mãos de HeuNa – Você só sabia falar do Kiji-- do Jin huyng! – Ainda sentiu algumas gotas de ciúme.

— Ele é meu primo, aigoo! – Defendeu-se HeuNa empurrando novamente JungKook que sorria.

— Mas eu não sabia!

— Claro!

— Como "claro"?!

— Você não me deixava falar!

— Eu nunca iria imaginar que era o Jin hyung! – Argumentou debilmente.

— Você tem que aprender a ser mais paciente, Kookie!

— E você acha que não fui, noona?! – JungKook agora segurava sua vontade de rir de tudo aquilo.

— O quê você quer dizer com isto?! – HeuNa tentava atingir Jeon, que defendia-se com os braços. A garota tinha o olhar aceso, divertido, instigando-o a falar.

— Passei já quase cinco meses te ouvindo tentar falar do Kiji, sempre Kiji!

— Falou bem. Tentando! Espera: você ainda sente ciúmes, JungKook? – HeuNa agora sorriu abertamente apoiando uma das mãos na própria cintura, pendendo a cabeça para o lado.

— Eu? – JungKook apontou para si – Claro que não. - Pareceu relutante. As maçãs do rosto tornando-se vermelhas.

— Seu bobo! – HeuNa o observava e JungKook pôde novamente mergulhar em seus belos olhos castanho-acinzentados dando alguns passos à frente, aproximando-se.

— Bobo, eu? – O alto rapaz inquiriu em um tom grave e com uma expressão misteriosa, sustentava seu olhar profundo e atento em HeuNa.

JungKook crispava e umedecia os lábios ansiosamente.

— Sim. Bobo. – HeuNa repetiu calmamente dando um passo para trás.

JungKook deu mais um passo à frente e HeuNa tentou correr, sem sucesso. Ele a segurou pela cintura a tempo e girou-a em seus braços pondo-a frente-a-frente com ele, segurando-a firme. Viu que, mesmo com os olhos fechados, HeuNa se divertia e depositou um beijo apaixonado diretamente nos delicados lábios da sua noona respirando todo aquele embriagante aroma.

HeuNa abriu os olhos. Seu coração palpitava e não evitaria seus sentimentos. Apoiou uma das mãos no largo tórax do rapaz enquanto, com a outra, tocava na nuca de um maknae que direcionava-se para seu pescoço, imergindo por entre seus cabelos. A garota passeava com suas mãos pelos fios de JungKook desgrenhando-os e lhe causando agradáveis arrepios.

Ela pôde sentir a intensidade de Jeon e uma onda de energia percorreu-lhe todo o corpo, fazendo seu coração descompassar ansioso. Segurou o rosto de JungKook com ambas as mãos afastando-o de seu pescoço, encarando-o por breves segundos. Ele estava com a respiração rasa, irregular, as pupilas dilatadas deixavam seus olhos escuros ainda mais profundos e pareciam poder enxergar algo mais além, entregues em meio à sentimentos e admiração.

Com a pressa de quem muito sente, tendo apenas palavras soltas em um quebra-cabeça que não estaria disposta em decifrar, HeuNa beijou-o, com precisão e JungKook, que gravava em sua memória cada traço dela, aguardando seu próximo passo, correspondeu sem pensar duas vezes, envolvendo-a com firmeza, colando ambos os corpos. 

Sem afastar seus lábios, HeuNa puxou JungKook pela camisa conduzindo-o para uma das confortáveis cadeiras presentes naquela varanda.

Tudo era silêncio e a tarde caía como um véu sobre ambos.

Quiçá as batidas dos dois corações pudessem ser ouvidas.

JungKook soltou um sonoro suspiro encarando sua noona à frente. Sentia-se ansioso, nervoso, agitado e condenou-se por isto. Com HeuNa, ele se via exposto, transparente, à mercê dos seus sentimentos mais genuínos, então, compreendendo o que ela pretendia, apenas aguardou com o coração retumbante e um sorriso bobo. A garota sentou-se com cada uma de suas pernas em uma lateral do rapaz e inclinou-se beijando-o sem pressa, contradizendo as batidas do próprio coração e mais uma vez, ambos compartilhavam dos mesmos sentimentos.

— Noona... – começou JungKook sem fôlego – Eu... Acho que te amo. - Seu tom era tímido e temeroso pela resposta. Temeroso por parecer precipitado, apesar de tudo. 

HeuNa parou observando-o surpresa, não esperando tais palavras, mas não evitou em pensar que aquilo a deixava ainda mais apaixonada.

JungKook retomou a palavra:

— Todo este tempo eu procurei por alguém, por uma pessoa especial em que eu pudesse confiar e expressar tais palavras e esta pessoa, na verdade, sempre foi você. - Confessou baixo olhando-a nos olhos.

— Sabe, eu também acho que te amo. - HeuNa sorriu repetindo as palavras do mais novo, levando-o a sorrir sentindo-se o homem mais feliz.  

JungKook puxou-a para si novamente unindo seus lábios com breves selares enquanto passeava seus dedos por sobre as costas macias de HeuNa que, a cada toque gentil, movimentava-se em reflexo sobre o colo do rapaz envolta no conforto dos braços alheios.

Por sua vez, JungKook sentia-se envolto pelo coração de HeuNa e pelas sensações agradáveis que ela lhe proporcionava, com seus beijos gentis e movimentos suaves. Logo sua respiração estava novamente ofegante, enquanto ardia em desejo neste amor antes reprimido e perdido pelo tempo.

Impensadamente, HeuNa passeou com suas mãos pequenas e quentes pelo abdômen e tórax de JungKook, seguindo uma trilha calma e imaginária por debaixo de sua camisa e este simples gesto o fez respirar pesadamente.

— Noona... - JungKook proferiu com a voz grave e entrecortada pressionando a cintura de HeuNa. Ele estava a mercê das reações do próprio corpo.

A garota beijava-o aleatoriamente imersa neste momento enquanto passeava com suas mãos do tórax do Jeon à sua cintura, em uma lenta descida, fazendo-o suspirar com a boca entreaberta, não evitando a rouquidão que escapou da sua garganta. JungKook mantinha os olhos semicerrados, sentindo os nítidos sinais de seus traidores hormônios. 

— Noona... – Sussurrou pela terceira vez com a voz entrecortada – Podem... Nos surpreender aqui. – O jovem finalmente verbalizou.

- Tem razão! - HeuNa olhou-o com ternura tocando seu rosto e esboçando um sorriso suave. Porém, logo ficou rubra só em imaginar o SeokJin aparecendo ali novamente.

- Ainda teremos muito tempo juntos. - JungKook afirmou observando-a enrubescer e sorriu sentindo-se tão feliz como nunca antes. 

Então, ele acomodou-se na acolchoada cadeira, reclinando-se na mesma e puxou, em seguida, a HeuNa para si, deitando-a sobre seu corpo, deixando transbordar a proteção que desejava oferecer-lhe e a calma que sentia ao tê-la em seus braços.   

Então, quase que inaudivelmente, Jeon iniciou lentamente uma canção. Soprava os versos com doçura aos ouvidos de HeuNa, em um tom límpido e envolvente enquanto a acariciava:


O eu de quinze anos que não tinha nada

O mundo era tão grande e eu tão pequeno

Eu desenvolvi sentimentos, eu me tornei eu mesmo

Você me faz começar...


HeuNa ouvindo-o entregou-se àquela voz suave e hipnotizante. Respirava tranquila recostada confortavelmente sobre JungKook, afagando-lhe os fios. Beijou-o uma última vez demorada e calmamente e endireitando-se encarou-o e mais uma vez as palavras não lhes eram necessárias.

Fora a vez de JungKook em ficar rubro com tal ato e suas orelhas arderam como era de costume quando sentia-se cheio de sentimentos. Ele tinha o olhar embriagado diante da HeuNa e não acreditava que estava com seu amor de infância ali em seus braços, este amor por tantos anos adormecido. Havia se apaixonado duas vezes pela mesma pessoa que sempre estivera tão perto e ao mesmo tempo, tão longe. Aquilo parecia irreal e sentia-se renovado por ter finalmente a HeuNa consigo. Por ser  a HeuNa ali consigo. JungKook estava feliz e irradiava isto.

Não podiam saber quanto tempo desde que Jin havia saído passaram juntos e decidiram ir falar com demais. Assim, tudo estaria claro para todos e poderiam então, pensar nos próximos passos referentes aos dois e também à empresa.

— Devemos uma explicação ao Kiji oppa. – HeuNa ponderou levantando-se sem antes JungKook roubar-lhe um rápido beijo, em um misto de timidez e travessura, fazendo-o voltar no tempo, para quando era apenas aquele garotinho que sonhava em roubar este beijo da noona a qual era apaixonado. HeuNa sentiu seu coração pulular agitado com tal gesto, tão doce. Custava a acreditar que aquele seu antigo amor havia crescido e a procurava; que todo o tempo em que viveu com este amor guardado para si, sabendo que ele encontrava-se ali tão perto, estava finalmente sendo vivido. Este amor que parecia impossível.

— E aos demais. Eles com certeza estão muito curiosos. – JungKook completou ainda com a pele avermelhada. Um sorriso, desta vez tímido, desenhava-se em seu rosto, assim como quando tinha ainda seus 14 anos.

Entrelaçando suas mãos, ambos se entreolharam encorajando-se e rumaram para este desafio em assumir aquela, antes, paixão do maknae. Agora, um amor redescoberto.


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