— NOIVOS? Vocês estão falando em noivados? – Bang PD não conseguia conter a surpresa.

— Nee, noivos. JiMin hyung e eu. – JungKook reafirmou olhando para JiMin, apreensivamente.

— Bang PD-nim, sabemos o quanto isto pode ser complicado para todos nós: empresa e grupo, mas não podemos abdicar de nossa vida pessoal todo o instante... – JiMin explicava tentando acalmar os ânimos do CEO.

— Nós não temos dúvidas do que estamos sentindo e precisamos dar este passo adiante. Esta também será nossa felicidade. – JungKook lembrava-se de HeuNa, seu amor de infância - Os Armys nos apoiarão... Com o namoro do JiMin hyung muitos apoiaram, por que seria diferente agora? – JungKook argumentava.

— Não é a questão em ser diferente ou não, Kookie, mas os Armys nem sequer sabem de você e HeuNa! Ela está preparada para toda exposição? – Bang PD ponderava - Será um tremendo choque para todos, o maknae anunciar de repente um noivado e você JiMin... Talvez todos já esperassem por isto mais cedo ou mais tarde. Porém, ainda assim, não será menos difícil.

O CEO Bang agia racionalmente pensando nas possíveis consequências.

— Bang PD-nim, me desculpe por mais esta situação para nós. – JungKook retratou-se cabisbaixo, preocupando-se ao sentir vestígios de uma possível reprovação.

Apenas os três conversavam. Os demais amigos planejaram participar mas, JiMin e JungKook ao final, resolveram que aquela conversa seria, inicialmente, em particular. Precisavam pensar calmamente e entenderem-se primeiro, chegando a um denominador comum.

— JungKook, - começou Bang PD agora mais tranquilo – deixe-me entender você. O que o fez tomar uma atitude deste nível, ainda tão jovem?... Quero dizer, você realmente ama a HeuNa?

— Amo. – Respondeu seguro – Sempre a amei, Bang-nim.

— Como "sempre"? — o corpulento e simpático CEO recostara-se na cadeira, em seu escritório, na própria empresa.

— Desde os quase catorze anos, o Kookie nutria algo pela prima do Jin hyung. Mas ambos se afastaram. Hoje os dois parecem realmente saber o que sentem e... – JiMin explicou tomando a palavra e encarando agora o amigo ao seu lado – E o que querem.

— Obrigado, hyung. Exatamente, simplesmente não há mais o que esperar. – JungKook aparentava estar calmo, mas remexia as pernas copiosamente.

— Se você está dizendo, JungKook, não impedirei suas decisões. – Bang PD dirigiu, então, o olhar para ambos os jovens à sua frente – Mas quero que saibam: não será fácil. Até o dia em que vocês ainda estiverem às vistas do mundo, vivendo a fama, um fardo bem maior recairá sobre vocês. Tudo vira notícia e especulações, meninos. Não quero que sofram com isto.

— Nee... – Ambos concordaram pensativos e agradecidos por terem os conselhos daquele homem sensato e muitas vezes atencioso como um amigo, não somente dono da empresa a qual os empregavam e chefe.

— Peço apenas algumas coisas, garotos, que julgo necessárias: Por favor, ponderem seus atos e palavras em qualquer situação, enquanto somos uma equipe, pensem também no conjunto, ok, e cuidem uns dos outros aconteça o que acontecer. Todos vocês são preciosidades para mim e para nossa empresa. Não poderei estar sempre por perto.

— Certo, Bang PD-nim. Por isto viemos até você e respeitaremos sua opinião. – JungKook pronunciou em um tom abafado pela preocupação com aquele futuro que em breve se apresentaria.

— Se isto os deixará felizes, vão em frente. – Bang PD pareceu animar-se – Mas lembrem-se que vocês continuam sendo os Bangtan Sonyeondan. Terão que saber conciliar o trabalho e as demais responsabilidades que lhes aparecem. A fama também tem seus pontos desfavoráveis.

— Sim, Bang PD-nim. Obrigado. – JiMin refletiu aquelas palavras do mais velho dando uma longa pausa – Bem, a família de Nana já está ciente do noivado e estamos todos muito animados com a ideia. Sobre o Kookie, Jin também sabe e concordou.

— Sem antes me ameaçar caso não cuide da noona. – O maknae falou com seus olhos esbugalhados e um sorriso apertado na lateral do rosto.

Bang PD e JiMin riram do mais novo ali, que aparentava ainda ter pensamentos turbulentos. JungKook precisava de um tempo para absorver o peso das especulações que estariam por vir. Observou como JiMin havia sido forte com Nana e assim seria também ele com sua garota HeuNa. Ela o inspirava e ambos apoiariam um ao outro.

— Bom, meninos, - retomou a palavra Bang PD, apoiando os cotovelos na mesa unindo ambas as mãos abaixo do queixo – nunca foi de meu desejo que vocês abdicassem de suas vidas. Gostaria de deixar claro que minha única preocupação é que não estejam prontos o suficiente para trilharem seus próprios caminhos; que não saibam conciliar... Eu temo, na verdade, que um dia o Bangtan Sonyeondan acabe. Nunca encontrarei garotos tão especiais assim como vocês.

JiMin e JungKook sorriram abrandados pelas palavras sinceras do CEO.

— Faremos nosso máximo para tudo dar certo, Bang PD-nim! – JiMin exclamou em resposta.

— Daremos sempre nosso melhor, trabalhando duro! – JungKook estendeu uma mão à frente fazendo os outros dois repetirem o gesto:

— BAN-BANGTAN! – Mestre e pupilos encorajaram-se em uníssono e mais um sentimento de esperança renovava-se em cada um.

***

— Hye! – Todos exclamaram causando um enorme alvoroço, levantando suas taças de vinhos, cevadas gaseificadas, soju e espumantes após mais uma rodada do Karaokê.

Todos já haviam jantado o que ficara a cargo do SeokJin. Havia sido realmente um delicioso banquete para no máximo vinte e duas pessoas. CEO, alguns dos staffs que ainda estavam na empresa, os Bangtan e as garotas comemoravam aquela nova fase dos dois casais de noivos que ainda não visualizavam ao certo o que estaria por vir, mas estavam juntos e com o apoio que precisavam. Isto era o suficiente.

— Estou muito agradecido pelo apoio de vocês, hyungs! – JungKook exclamou satisfeito - Bang PD-nim, kamsahamnida. – O mais novo curvou-se demoradamente para o CEO em sinal de respeito e agradecimento.

— Pare, Kook. – Bang abanou uma das mãos com um sorriso no rosto – O que quero é ver não apenas o grupo Bangtan Sonyeondan feliz, mas cada um de vocês, como pessoas.

JiMin olhou significativamente para o CEO em agradecimento e ambos sorriram à medida que faziam uma sutil vênia.

— Quem vai nesta rodada? – YoonGi inquiriu animado com o microfone em mãos.

— Olhem! Temos nas opções do Karaokê Attack of Bangtan! – Jin observou selecionando a mesma e imediatamente YoonGi começou, sendo acompanhado pelos demais: 

>>Leitores, play!<<

https://youtu.be/Rj6taIYY4lI

Mas, o que vai acontecer se BTS atacar?

Bang! Tan! So! Nyeon! Dan!

...

Você está pronto para enlouquecer?

Pronto para pular o tanto que consegue?
Aperte seu estômago e respire fundo
Você está pronto para enlouquecer? Pronto para pular o tanto que consegue?
Então grite agora

Quem somos nós? O BTS atacando

Lalala la lala lalala lalalalala para cima!

Aquela era uma mediana sala de Karaokê, porém, espaçosa o suficiente. Com dois sofás, uma mesa central e um pequeno palco à frente do telão. Todos se amontoaram no palco pulando e dançando juntos, com microfones e taças nas mãos. Fazia um longo tempo que não paravam para relaxar e sair daquela desgastante rotina.

A sala era acústica, mas se alguém adentrasse, o que ouviria não passaria de berros e uma enérgica gritaria com aquela música empolgante.

Bang PD e NamJoon cantavam desafinados esbravejando animadamente cada palavra da canção com microfones em mãos, enquanto alguns dos staffs os acompanhavam formando um pequeno grupo; outros se espalhavam pela sala ora cantando aleatoriamente, ora conversando bebericando vez ou outra. Os sete altos rapazes pulavam cantando animados e despreocupados em uma coreografia e, não contendo o riso, mostravam-se satisfeitos com aquele raro momento, apenas entre eles, desfrutavam cada segundo.

As duas garotas, HeuNa e Nana, acompanhavam a música cheias de energia, com suas taças e viam-se vermelhas por toda aquela agitação.

— Vamos, noona! - JungKook puxara HeuNa para si, segurando-a ao seu lado, dividindo o microfone com a garota que retribuiu o gesto abraçando-o.

Minutos se passaram até que a música acabasse e todos estavam vermelhos e cansados e assim, espaçadamente, uma a um retornou novamente aos sofás. Alguns staffs se despediram, agradecendo pelo jantar e diversão e dirigiram-se para seus aposentos conversando animadamente sobre a agradável noite com os rapazes que sempre cuidavam e ajudavam e também com o chefe que dificilmente saía de seu escritório, sempre com tantas responsabilidades na administração de toda a empresa.

A sala de karaokê esvaziava e apenas Bang PD restara com os Bangtan e as garotas.

— Acho que vou me recolher também, está ficando tarde e amanhã tenho uma pilha de papéis para dar conta! – Bang falou relembrando, porém sentia-se leve e tranquilo – Obrigado, rapazes. Precisamos planejar mais momentos como este. – Com um sorriso, o CEO curvou-se para todos batendo a porta atrás de si.

— Bem, - NamJoon iniciou com um suspiro verificando o celular – o Bang PD-nim tem razão, já está tarde. - Com uma pausa continuou:

— Estou feliz por vocês. – NamJoon complementou direcionando seu olhar para os casais do grupo.

— Estou realmente tranquilo por tudo ter dado certo na conversa com o Bang PD-nim. – HoSeok falou com um sorriso sincero.

Os casais se entreolharam igualmente felizes, baixando levemente a cabeça em agradecimento.

— Está sendo uma noite ótima. – YoonGi afirmou deitando-se em um dos sofás apoiando a cabeça com as mãos e as pernas estiradas em HoSeok e Jin sentados um ao lado do outro.

— Nós quem agradecemos por todo carinho, rapazes. Não posso acreditar que estamos todos juntos... – HeuNa pronunciou transbordando felicidade. Sentia-se realizada em poder viver aquele amor com o JungKook que estava igualmente realizado e radiante. Ela olhou-o ao seu lado e viu que Jeon esboçava um largo sorriso fazendo-a lembrar-se daquele garotinho que a conquistara tantos anos atrás. Apoiou levemente uma das mãos na perna do mesmo, próximo ao seu joelho e este, por sua vez, retribuiu afagando-a.

— Que tal a última rodada antes de irmos dormir, hyungs? – TaeHyung inquiriu curioso aguardando um voluntário para uma música que acalmasse mais seus ânimos depois de toda aquela festa.

— Por que não canta algo, JiMin? Serendipity é uma linda música. – Jin sugeriu.

— Nossa música... – JiMin referiu-se à Nana e em seguida apontou para a mesma recostada em seu ombro – Acho que ela dormiu, hyung. – Sussurrou com um sorriso desenhado nos lábios.

— Verdade! Leve-a para o quarto, JiMinah. Temos alguns quartos livres, de antigos staffs, no outro andar. – Jin observou.

— Certo, hyung, farei isto. Mas ela está tão quieta... – JiMin quis deixá-la descansar por mais alguns minutos antes de acordá-la - Kookie, por que você não canta sua música solo?

— Eu?! – JungKook sentiu-se arder. Aquela música dizia muito sobre ele e o fazia lembrar-se também de HeuNa, dos dois na varanda do último andar no dia anterior e da reconciliação. O coração do maknae palpitou.

— Hey! Está tudo bem? – HoSeok estalou os dedos à frente de JungKook chamando sua atenção.

— Está. É só que... Aigoo. – Sussurrou a última palavra.

— Não me diga que está tímido em cantar com a noona aqui, Kookieah. – TaeHyung foi certeiro na observação deixando o JungKook inquieto e ainda mais rubro.

— Não é bem isto, Tae. – Um leve sorriso desenhou-se no rosto de JungKook.

— Eu amo esta música, Kookie. – HeuNa falou em tom de pedido, com a voz manhosa e aconchegante.

— Vai lá, Kook! – YoonGi exclamou, ainda deitado, com sua voz grave levemente rouca de sono.

Todos sempre gostaram do timbre do maknae: suave e tranquilo e Begin havia sido um marco para todos, pois retratava os sentimentos daquele jovem rapaz de forma verdadeira e intimista. Aquela música de fato, caracterizava um JungKook ao qual sua aparência exterior não transparecer por completo.

NamJoon estendeu a mão para entregar o microfone à JungKook, mas logo levou-o à própria boca cantando o refrão à medida que apertava os olhos em uma careta:

— YOU MAKE ME BEGIIIIINNN... – A voz de NamJoon era rouca e estrondosa.

Todos riram alto inevitavelmente. Ver NamJoon cantar deste modo era uma verdadeira comédia sem contraindicações.

— Olhe, só, hyung! Você acordou a Nana! - JiMin falou entre risos enquanto a mais nova assustara-se esbugalhando os olhos, observando ao redor.

JungKook pegou o microfone do Karaokê e levantou-se determinado indo para a frente, começando sua música:

>>Leitores, play!<<

https://youtu.be/ZMyjA87RlrY

O eu de quinze anos que não tinha nada
O mundo era tão grande, eu era tão pequeno

Agora eu não consigo nem imaginar isso
Agora eu não consigo nem imaginar o eu
que costumava não ter essência...

...

Você me faz começar

Sorria comigo, sorria comigo

...

Eu não suporto
ver você chorando

Você me fez começar
Chore comigo, chore comigo
...

Você me construiu de novo
Voe comigo, voe comigo [...].

JungKook, a medida que cantava, dançava alguns passos de sua coreografia em um ritmo mais lento e compenetrava-se a cada palavra. Todos o olhavam dançar e cantar, acompanhando-o com a letra. YoonGi, deitado e de olhos fechados, batia palmas juntamente a Jin e HoSeok enquanto JiMin, Nana, NamJoon e TaeHyung meneavam o corpo de um lado a outro, percebendo a melodia.

HeuNa admirava o namorado à sua frente e este, por sua vez, cantava apenas para ela com um olhar profundo e apaixonado. Sentiu-se quente e ofegante à medida que seu coração acelerava ao encará-la ali tão calma e linda.

A voz de JungKook ecoava naquela sala e todos sentiram como se uma onda de leveza os cobrisse.

Tudo ficara quieto agora.

Menos aqueles dois corações que pulsavam intensamente.

— Bom, - HoSeok falou em um suspiro espreguiçando-se – já passa da meia noite, vamos dormir.

— Hey, cuidado com o YoonGi, Hobbi. – Jin apontou para o outro que caíra em um sono profundo.

Jin e HoSeok suspenderam as pernas de YoonGi para levantarem-se e rumaram a passos preguiçosos.

— Vamos, Nana? – JiMin chamou-a também espreguiçando-se para em seguida levantar-se – Levarei você para o quarto dos antigos staffs. A garota levantou-se e JiMin envolveu seus ombros depositando um breve beijo na mesma, fazendo-a encolher um tanto tímida por estar ainda na frente dos demais.

— Você... Quer tomar um ar, noona? – JungKook inquiriu depositando o microfone em uma mesa próxima ao telão.

— Acho que não sou eu quem preciso... – HeuNa brincou percebendo que JungKook estava quieto e parecia que algo o deixava pensativo – Vamos! – Respondeu disposta.

JungKook crispou os lábios sorrindo anasalado, observando o quanto HeuNa parecia conhecê-lo e estendeu uma mão entrelaçando seus dedos nos da garota dando alguns passos à frente sem antes falar:

— Nos vemos no dormitório, hyungs!

— Nee! – Responderam NamJoon e TaeHyung em uníssono - Não entrem muito tarde. – NamJoon recomendou.

O casal assentiu e se foi, rumando para uma praça próxima ao prédio.

O maknae precisava conversar e HeuNa era a única que o compreenderia e teria as palavras certas. Para ambos.

— O que será que aqueles dois têm para conversar, hyung? – TaeHyung inquiriu pensativo.

— Ah, Tae, certamente muita coisa... O Kookie ainda é muito novo e nunca levou nenhuma garota tão a sério como é com a HeuNa. Talvez tenha dúvidas ou esteja simplesmente apreensivo sobre o futuro dos dois e a carreira. – NamJoon deu de ombros – Mas não se preocupe com isto, Tae! Eles farão o melhor e nós também somos a família do Kookie, certo?

— Claro! – Tae deu uma pausa pensativo – Hyung.

— Oi...

— Kookieah foi corajoso. Me admira ver como ele amadureceu com tudo isto.

— Tem razão... – NamJoon, então, encarou o TaeHyung ao seu lado. Ambos ainda na sala de Karaokê conversavam enquanto o ronco de YoonGi tomara o lugar que antes era apenas de boas músicas aos ouvidos.

— Hyung.

— O quê, Tae? – Namjoon respondeu com veemência. Estava sentado com o corpo inclinado para frente apoiando ambos os braços em cada perna, com as mãos unidas. Ainda observava TaeHyung sentado ao seu lado recostado no sofá despojadamente.

— O que acontecerá se mais um de nós se apaixonar?... – TaeHyung perguntava sinceramente o que gostaria de saber. Sempre conversava com seus hyungs sobre alguns assuntos e dúvidas.

— Tae, com certeza uma conversa com o Bang PD-nim é indispensável, não é? Mas penso que os passos futuros são apenas do casal. É algo intransferível. Por isso, é importante pensar bem, porque se já pode ser uma dor de cabeça o fato de anunciar algo assim, imagina se é uma decisão impensada e-- Espera! – NamJoon exclamou interrompendo seu primeiro pensamento – Por que você está tão interessado nisto, Tae? Não me diga que...

— Aniii! Não! – TaeHyung inclinou-se para frente de súbito despertando de seus devaneios.

— Kim TaeHyung.

— Aish, hyung! – TaeHyung estalou a língua em um muxoxo – Não é ninguém... Quero dizer, só achei bonita, mas não nos vimos mais. Nem sei quem ela é. – Falou em um tom sério. Muito provavelmente não nos encontraremos mais.

NamJoon arqueou uma sobrancelha levantando-se e falou dando um tapa nas costas do outro:

— Não minta para nós, ok, Tae? Não banque o antigo JungKook. – NamJoon uniu as mãos à frente do rosto em rogativa, lembrando-se de como JungKook sofreu no início por não compartilhar suas aflições com seus amigos mais velhos.

— Pode deixar, hyung. Mas não se preocupe!

— Aigoo, já ouvi isso antes... – Mais uma vez, NamJoon lembrou-se de JungKook no momento em que YoonGi havia tentado conversar com o mesmo. Olhou então para YoonGi estirado no sofá ainda em seu sono pesado entre roncos e suspiros.

— Vamos deixá-lo, aí, hyung? – TaeHyung perguntou observando também YoonGi.

— Melhor acordarmos ele. Ele pode pegar um resfriado ou acordar dolorido... – NamJoon coçou a cabeça e sacudiu YoonGi, porém sem resposta. O outro apenas virou-se de lado, no sofá, dando as costas aos dois ali de pé.

TaeHyung levou uma mão à testa:

— Nem pense que vou carregá-lo, hyung!

— Aish, Tae! Você é mais novo, é mais forte. – NamJoon esboçou um sorriso largo.

— Isto é chantagem, hyung!

— É elogio.

— Aish! – TaeHyung tentou levantar YoonGi – Aigoo... Ele é muito pesado. Vamos deixá-lo aí!

NamJoon soltou um muxoxo em resmungo:

— Vamos! Pegue os braços dele; eu seguro as pernas.

— Porque ele não acorda?!

— Você sabe o quanto o sono do YoonGi é pesado. Ele mal consegue dormir, quando dorme é capaz de hibernar! – NamJoon explicou agitando-se.

— Ani. Sente-se na beirada e eu o coloco nas suas costas, hyung...

— Até que não é uma má ideia...

Os dois amigos continuaram calculando qual seria a melhor maneira de carregar YoonGi para o andar do dormitório.

Enquanto isto, um casal encontrava-se em uma compenetrada conversa em uma deserta praça nas redondezas de Seoul, próxima à BigHit, e o escuro véu daquela noite sem estrelas os encobria, testemunhando suas preocupações e atos.