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28 de fevereiro

Odeio ter que admitir, mas passei os últimos dias vegetando no meu quarto e evitando responder as mensagens do ''motivo'' de estar neste estado. Não é culpa dela, nem de ninguém além de mim mesmo que insisti em manter esperanças.

Como um doente, só precisei de um tempo de recuperação para voltar à ativa e, para haver esta melhora, é necessário se afastar do que tem te deixado enfermo. Não que eu não goste de estar com ela, porque, na verdade, eu amo. Porém, nestas circunstâncias, vê-la me machuca.

Minha mãe odeia me ver pra baixo. Ela tenta ao máximo não se intrometer. Seu máximo foi ontem.

- Filho? – chamou, abrindo de leve a porta.

- Sim?

- Está tudo bem? – indagou preocupada.

- Tô legal.

- Legal? – ergueu uma sobrancelha – Preciso ter uma palavrinha com você.

- Ok – bati de leve na cama lhe chamando para sentar.

- Não sei por que você anda assim ultimamente, mas se sua preocupação em ir morar com seu pai for uma das razões, peço que não mude sua decisão por minha causa. Obvio que sentirei sua falta, no entanto, estive pensando e acho que você precisa disso. Precisa de um tempo de mudanças e sem uma mãe pra fazer tudo que precisa – me abraçou com os olhos marejados – E não tente relutar.

- Muito obrigada, mãe. Eu te amo – disse apertando mais aquele abraço.

Ironicamente, por mais triste que seja, fiquei feliz por ela ter me dito isso. Facilitou um pouco minha decisão – já que praticamente me deixou sem escolha.

Apesar de tudo, Júlia merecia uma despedida – ou talvez eu precisasse – sem contar que ainda precisava lhe contar algo.

Quase liguei pra ela, mas lembrei que, provavelmente, estaria em uma aula então deixei uma mensagem de texto.

- Sei que é de última hora, mas vamos sair essa noite. Ok? Te pego em casa.

- Assim, do nada, numa quinta-feira? – respondeu alguns minutos depois.

- Sim. É importante.

- Tudo bem. Mas só porque parece ser sério!!!

Sete e meia eu já havia ido busca-la.

- Para onde vamos?

- Nada de especial. Nosso destino é a praça mais próxima. Já comprei o acompanhamento – ergui o pacote de cheetos que trazia na mão – Só quero um momento comum pra bater um papo.

- Okaaaay – falou prolongando a palavra – Esse vento ta tão bom, né? – comentou enquanto andávamos por uma rua.

Fiz que sim com a cabeça e prosseguimos em silêncio até um dos bancos de madeira.

- Ah! – pareceu lembrar de algo – Sabe a música Havana?

- Todo mundo sabe dessa música.

- Então, ouvi um cover perfeito dela na voz de um cara chamado Leroy Sanchez. Conhece ele?

- Acho que não.

- Eu te mostro – disse já procurando a música no YouTube.

- Eu achei que nenhum cover pudesse superar a Camila, mas essa mesclagem de inglês e espanhol deu ainda mais vida à canção.

- Eu sei!!! – exclamou empolgada – Sabia que iria gostar – completou orgulhosa.

- Também tenho escutado uma música esses dias – como escutei!

- Qual?

- Na sua estante da Pitty.

- Hummm... Essa eu não conheço.

Peguei seu celular – eu estava sem dados móveis – e busquei pela melodia acompanhada das palavras que tanto me descreviam naqueles dias de desilusão.

''E não adianta nem me procurar em outros timbres, outros risos. Eu estava aqui o tempo todo, só você não viu.

Só por hoje, não quero mais te ver. Só por hoje, não vou tomar minha dose de você. Cansei de chorar feridas que não se fecham. Não se curam (não) e essa abstinência uma hora vai passar.''

- Mi, o que você está fazendo ouvindo isso? Admito que é boa, mas já estou me sentindo depressiva – fez graça socando de leve meu ombro.

- É bem deprê mesmo – incrível como ela não fazia ideia da enorme referencia que acabo de mostrar – Tenho duas coisas pra te contar. E supus que pessoalmente seria melhor.

- Pode dizer – sua voz saiu engraçada por conta do salgadinho que mastigava.

- Eu falei com o Távio no sábado sobre aquilo.

- Ai meu Deus! – me encarou com os olhos arregalados – E então?!

- Em resumo, pode comemorar. Suas expectativas foram alcançadas – não precisei fingir estar feliz por ela, porque eu realmente estava.

- Aaaah!!! Eu não estou acreditando – Ju praticamente gritava de euforia – Obrigada, Mi. Muito obrigada por fazer isso por mim – apenas retribui seu abraço de gratidão, tendo em vista que seria desonesto dizer algo como 'não foi nada' ou 'foi um prazer'.

- E a outra coisa? – questionou, ainda exultante.

- Eu vou embora! – cuspi as palavras sem rodeios e vi seu radiante sorriso se tornar em uma linha reta.

- Ma- mas, como assim? É uma brincadeira?

- Não, Ju. Vou pra Porto Alegre.

- Quando?

- Amanhã.

- Amanhã, Miguel?! – reclamou se levantando e virando as costas para não me encarar – E por que não me disse antes? – sua voz saiu embargada.

- Não tinha certeza – tentei, inutilmente, parecer confiante.

- Certeza ou não, devia ter me contado. Não é justo você me falar tão em cima da hora – seus olhos agora fixados em mim, transpareciam uma alma injustiçada – Quem mais sabe?

- Só você e minha mãe – a tristeza foi maior que a raiva e ela abraçou-me de repente me fazendo sentir saudade antecipadamente.

- Ah, Miguel... Por que fez isso? – uma lágrima caiu por sua bochecha.

- Ei, não precisa chorar – que hipócrita. Eu mesmo chorava por dentro – Imaginei que seria um choque, mas não tão grande.

- Também, você não me deu tempo de preparar meu psicológico – riu fraco.

- Me perdoe. Realmente preciso dessa mudança.

- Se você diz...

- Pensei que a boa notícia amenizaria o impacto da ruim.

- Pensou errado. Agora vou sempre associar as duas lembranças – fez um bico involuntário.

- Olha só – segurei sua cabeça com minhas duas mãos – Quando chegar em casa, pense um pouco sobre o quanto é especial por ter ganho uma despedida e depois deixe isso de lado e foque na notícia mais importante desta noite. Agora vamos – conclui com um beijo em sua testa.

Amanhã, antes de partir, irei na casa do Gustavo. Ele também merece ouvir um adeus da minha parte.

Não quero que alguém pense que estou fazendo isso – me mudar – por uma pessoa qualquer, farei exclusivamente por mim! Até 72 horas atrás eu me encontrava completamente perdido, entretanto, finalmente entendi que as chances acabaram e é hora de mudar. Certa vez, uma grande amiga me disse que devemos lutar por um amor até o último fio de esperança e as minhas já se esvaíram.

Por pior que seja uma determinada fase da sua vida, sempre podemos extrair uma boa lição. Eu aprendi que existe uma linha que divide duas coisas normalmente chamadas de persistência e idiotice.

Eessa linha pode ser facilmente ultrapassada.

FIM
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É isso, pessoal😢😢
Mais uma obra concluída. Nem acreditooooo!!!
Esperavam por isso? Quem gostou do final? E quem odiou? Kkkkk
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Importante⚠
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Postei um vídeo no Igtv no @autoramichelem falando sobre umas coisinhas importantes. Passem lá, se possível❤
Também temos uma continuação dessa história chamada "Um mar de chances". Já está completa aqui no Wattpad 😘

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