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Hora 9


- Onde você estava? - Zion acaba de se levantar do sofá assim que chego em casa quando o sol já se pôs.

Tento agir normalmente. - Como se você ligasse! - Falo, deixando-o sem respostas imediatas.

- Não ligo, mas se quer se hospedar na minha casa precisa respeitar os horários. - Diz.

- Que eu saiba você nunca estabeleceu nenhum horário. - Respondo calmamente enquanto ele fecha os cadeados da porta da frente. Não sei ao certo se estou com medo ou com raiva dele por me esconder tantos segredos.

- Tudo bem. Chegue mais tarde da próxima vez e fique sem jantar.

- Isso é uma ameaça? - Pergunto.

- Entenda como achar melhor.

- Onde está K? - Pergunto o ignorando ao mesmo tempo em que pergunto a mim mesmo se K também tem outro nome.

- No quarto.

- Ela está bem? - Me preocupo. Não a vejo desde a hora em que morri.

- Melhor do que você. - Afirma. - Pra onde foi?

- Andar um pouco pra esquecer sua arrogância.

- Não precisa ficar aqui se não quiser. Ninguém está te obrigando. Se não gosta de mim te mostro o caminho de volta agora mesmo. - Zion fala. O ignoro e ando até a cozinha, encontrando outra sopa de legumes em uma vasilha bege funda. Levo-a até a mesa da sala de jantar e como enquanto Z me encara.

- Amanhã vamos comer carne. - Falo com a boca cheia.

Ele sorri. - Acho que está me desafiando demais. - O encaro até que ele ria novamente. - Vamos ver o que você consegue trazer de um dia de caçada.

- Não preciso de um dia inteiro para conseguir uma carne comestível. - Falo sorrindo para descontrair e voltar à minha ideia inicial: conquistar sua confiança.

- Não queria dizer isso, Aisle, mas a cada dia sua força de vontade me impressiona mais. Se continuar assim talvez eu deixe você casar com minha filha. - No momento em que ele conclui essa frase eu começo a tossir, fazendo com que ele ria.

Filha?! Filha?! A K é realmente sua filha ou ele esconde mais alguém por aqui? Espera! Se ele esconder mesmo uma filha aqui nessa casa ou nessa floresta esse pode ser o segredo que os policiais querem saber. Mas por que policiais estariam interessados na filha de um cara? E o que isso poderia oferecer a eles?

Não, não pode ser isso. Se ele realmente tivesse, em algum momento eu a teria visto ou escutado, a não ser que ela esteja...

Não, também não pode ser. Z não prenderia a própria filha.

Prenderia?!

- Você tem uma filha? - Pergunto assim que me recomponho. Ele respira fundo e encosta a nuca na cadeira.

- Digamos que sim. - Responde calmamente.

- A K é sua filha?

Ele ri. - Digamos que sim.

- Como assim "digamos que sim"? - Franzo as sobrancelhas. - Você é o padrasto?

- Digamos que sim.

Bufo alto. - Droga, me explica! - Elevo o tom de voz.

- E por que eu explicaria coisas da minha vida pessoal para um estranho? - Ele também se altera.

- Porque esse estranho pode ser seu genro, de acordo com você. - Falo na tentativa de nos acalmar, o que posso dizer que funciona.

Ele sorri. - Com o tempo você vai entender. - Ele diz, então respiro fundo e abaixo minha cabeça, voltando a atenção para o prato com sopa. - Não se preocupe, não vai levar muito tempo. Só preciso ter certeza de mais algumas coisas para te revelar uns... Digamos, segredos. - Ele fala com convicção, trazendo um ânimo tão grande pra mim como um viajante quando recebe água no deserto. - Mas como o nome diz, são segredos. Precisa jurar pela sua vida que os guardará. Ou eu mesmo a tirarei.

Jurar pela minha vida. Minha própria vida.

Será que minha vida vale um caso desvendado? Será que sou capaz de morrer em função de uma missão? Os policiais confiaram em mim da mesma forma que Zion agora confia. Não conheço o Z para saber quais suas reais intenções, mas também não conheço nenhum daqueles policiais.

Devo guardar um segredo para salvar minha própria vida? E se esse segredo valer a vida de outras pessoas? Será que sou capaz de me sacrificar em função de outras vidas?

Sinceramente?! Não, não sou capaz.

Como em um flash de luz, lembro-me de uma história contada a mim por alguém, acho que uma moça, mas não lembro do seu nome nem da sua aparência, sei apenas que já ouvi. Quando Jesus foi capaz de entregar sua vida para salvar as outras pessoas. Nunca dei muito valor a isso, mas agora sei como essa decisão foi difícil, não é fácil escolher entre a sua única e preciosa vida para salvar pessoas que você nunca sequer viu e nem conhece.

O quanto alguém é capaz de amar a sua própria vida para ser tão egoísta em não se sacrificar por outros? E o quanto alguém é capaz de amar o outro a ponto de sofrer para salvá-lo? Não é lá uma decisão que eu possa ou tenha mesmo que tomar agora. Isso é uma questão que se leva dias, semanas e até meses para ser enfrentada. E se eu sofrer? E se eu não morrer rápido, mas for uma tortuosa e dolorosa morte, assim como a de Jesus? Será que ainda vale a pena?

Eu sei o meu valor, sei que sou um bom rapaz. Inteligente, esforçado, trabalhador, divertido, nobre. E entregarei mesmo a minha vida por tantas pessoas erradas, violentas e cheias de desamor? Nunca consegui pensar o quão dolorosa foi essa decisão para Jesus. Mas agora eu sei exatamente o que ele sentiu.

É mais que um peso, mais que uma carga, é como se o mundo inteiro dependesse apenas de você.

Tudo bem, pode parecer loucura, mas se o Zion for tão perigoso assim a ponto de policiais estarem fazendo buscas por ele muitas pessoas estão em minhas mãos agora, inclusive a K.

Na minha mente eu seria capaz de fazer qualquer coisa para salvá-la e tirá-la do Z, mas agora, sabendo que posso até mesmo morrer por isso eu me pergunto: será que sou capaz de amar tanto alguém assim, como Jesus amou? Alguém que não conheço, e dar minha própria vida por ela?

- Vai me contar agora? - Pergunto a ele, tentando esconder o tremor em minhas mãos.

- Não, já disse que preciso te avaliar mais antes. - Ele diz, levantando-se da mesa e me fazendo soltar um grande suspiro de alívio. - Lave o prato com a água que há dentro de um balde na cozinha. Não destranque as portas. Boa noite, e cuidado com o que vai fazer aqui dentro. - Ele ordena e afirmo com a cabeça, ainda nervoso.

Se há algum motivo pelo qual eu vim parar justamente aqui, conhecer o Zion e encontrar aqueles policiais, recebendo uma missão, é por isso que devo lutar. Se a vontade de Deus for me sacrificar por outras pessoas, então estou aqui. Ainda não decidi se entregarei mesmo a minha vida, mas enquanto isso vou prosseguir.

Eu sou corajoso, eu sou capaz, acredito nisso. E também sei que há outro alguém que acredita. Só preciso continuar.

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