𝓘 𝓷𝓮𝓮𝓭 𝓽𝓸 𝓽𝓪𝓵𝓴 𝓽𝓸 𝓼𝓸𝓶𝓮𝓸𝓷𝓮!
13:45 p.m, Scotland Yard
— Não seja tolo Greg, é claro que eu gosto de você! — o meio ruivo declarava de modo buscado.
— Gostar não é o mesmo que amar Mycroft. —
Diferente de Mycroft, que transparecia uma calmaria irritante, Lestrade se encontrava exasperado. Faziam no máximo quase um mês que se assumiram apaixonados um pelo outro. Fazendo os mesmos quase um mês, que tormentas vinham com esse relacionamento.
Lestrade sabia que o Holmes mais velho não era fácil de se lidar, aliás, nenhum dos irmão era. Mais o grisalho gostava demais do agente do governo britânico, para desistir assim tão fácil.
Sabia que ele não era do tipo que se apegava as pessoas, que se importava facilmente, mais era um 'charme' que ele apreciava.
— Assim como se importar não é uma vantagem! — segurando seu costumeiro guarda chuvas em mãos, Mycroft se apoiava nele, enquanto observava atentamente qualquer parte do escritório do inspetor, que não fosse ele.
— Espera.....o que disse? — de uma face pouco calma, Lestrade mostrou sua insatisfação com o comentário do maior. — O que quer dizer com isso Mycroft? Por que se me lembro bem, noite passada conversamos tranquilamente sobre nossos sentimentos um pelo outro, e eu deixei bem claro que eu te amava, agora isso? — numa tentativa falha de tentar arrumar os cabelos, continuou. — Você não se importa comigo? Meus sentimentos em relação a você não te importam?
— Ambos sabemos que não foi o que eu quis dizer Greg! E...... — foi interrompido.
— Talvez pra você não. Mais quer saber? Conversamos mais tarde, tenho que trabalhar, e quando você resolver demonstrar seus sentimentos, conversamos melhor. — sem falar mais nada, o detetive inspetor pegou seu casaco e saiu da sala, deixando o governo alí, só.
{....}
Enquanto resolvia alguns assuntos na ala de necropsia, junto a Hooper, Lestrade se mantinha isolado das informações que a pequena mulher lhe passava. Tendo seus pensamentos sempre levados a Mycroft.
Ele não queria ter tido aquela briga, mais parecia que Holmes não levava aquele relacionamento tão a sério, quanto levava seu trabalho. Era cansativo, amava o maior, fazia questão de demonstrar o sentimento, mas no final, sempre acabava ganhando menos do que dava em troca.
Só naquela semana, já haviam discutido umas quatro vezes, e o assunto sempre era o mesmo, a falta de empatia, carinho e amor que o Holmes não lhe dava.
Tinha ciência de que ele não era muito afetivo, mas era como se ele não fizesse nada para mudar isso. Como se tivesse medo de se arriscar.
— Lestrade?.......Greg? — a ruiva chamava o colega, que ainda se encontrava absorto em suas idéias, logo tendo uma resposta.
— Desculpe Molly! — esfregou os olhos mostrando cansaço. — Podemos resolver esse assunto outra hora? —
— Claro, sem problemas! — sorriu levemente. — Se quiser conversar, eu.... —
— Obrigado, de verdade. — sabia ao que ela se referia, então depois de lhe dar um sorriso, mostrando que estava bem, saiu do laboratório, voltando para o distrito policial.
{....}
Sentado em sua enorme e espaçosa sala, atrás de uma mesa de madeira maciça, e com uma taça de whisky já vazia ao lado, Mycroft passava as mãos pelo rosto nervoso, encarava um ponto fixo aleatório, enquanto pensava no que havia feito.
Sabia que não usara as palavras certas com Lestrade, e que mostrara total desprezo no assunto, mas por mais que tentasse, não conseguia demonstrar seus sentimentos a ele.
Não confessaria para qualquer um, mais sentia pavor, ao se imaginar entregando seus sentimentos, mesmo sabendo que eram recíprocos.
Nisso tudo, havia outra verdade, na qual depois de assumir seu relacionamento com Lestrade, perdera seu respeito por todos do governo, onde trabalhava. Não que se importasse com os comentários difamatórios contra ele ser gay, mais era horrível ter de aguentar aquilo por Greg, pois o que falavam dele o fazia se sentir mal.
Poderia muito bem falar com senhora Hudson sobre esse assunto, a velha poderia ter um parafuso a menos às vezes, mais era muito esperta, seus pais estavam fora de cogitação, Sherlock sabia menos que ele sobre essa questão, então o único que lhe sobrou, fôra John Watson, que mesmo não confessando, Mycroft prezava tal companhia.
Eram quase 5:00 horas da tarde, e no conforto do flat do 221B da rua Baker, o Holmes mais velho se encontrava sentado na poltrona do irmão, — que não se encontrava em casa, — conversando com o ex soldado.
— Me encontrei com Lestrade hoje mais cedo......ele me contou o que aconteceu!— o loiro apareceu na sala, com uma bandeija que continha duas xícaras e um bule com chá.
— Então presumo que seu pensamento diante de mim é que........ — foi interrompido.
— Que você é tão idiota quanto Sherlock? Sim! É o que acho. — John lhe deu um leve sorriso e continuou. — É tão difícil assim pra vocês Holmes demonstrarem sentimentos? Por Deus!
Mycroft não pode deixar de fazer sua costumeira careta, de quando não está contente com algo, logo em seguida, soltando um suspiro fundo.
— Eu tento! Mais não é como se eu soubesse como fazer. — se serviu do chá que havia alí.
— Sherlock aprendeu, então creio que você também possa.
Foram necessárias poucas palavras, para que Mycroft entendesse a real situação, e se sentisse mais péssimo do que antes.
Depois de uma longa conversa com o médico, saiu por Londres sem rumo, tentou várias vezes ligar para o amado, mais sempre era rejeitado.
Lestrade andava de um lado para o outro, queria muito ir para casa e descansar, mais um novo caso, lhe tomaria mais tempo que o necessário. Ia aproveitar a deixa, para tentar evitar o Holmes, que insistia em ligar para sí, que tinha o único pensamento, esfriar a mente, e deixar que o ruivo viesse atrás dele desta vez.
{....}
Foram dois dias que o grisalho fazia o máximo de possível para evitar o agente do governo, na última briga que tivera com ele, não deixou claro que queria um tempo, mais o fato de que não atendia mais as ligações do agente, e evitava se esbarrar com ele, deixou as coisas mais nítidas.
Sentia falta de suas visitas em seu apartamento, não poderia negar. Sentia falta quando Mycroft o abraçava sem jeito, o que o deixava surpreso, sentia falta de seu cheiro......mais colocara em sua própria mente, que desta vez, não seria ele quem iria correndo atrás do amado, e que se o maior o amasse de verdade, ele o procuraria para resolver o assunto.
Nesses dois dias, Mycroft pensou muito, amava com todas suas forças o homem que lhe atraía em seus pensamentos, mais ainda era desesperador dizer tudo o que sentia. Perdera as contas de quantas vezes pegará o telefone e discara o número do menor, mais sempre desligando quando começava a chamar.
Mais um dia havia passado, e nada de Mycroft ligar, e nada de Lestrade aparecer.
A agonia era tanta, que ambos já estavam extressados com tudo a volta, até uma urgência, os ocuparem.
No 221B da Baker Street, Mycroft se encontrava com documentos em mãos, onde havia relatórios de um assassinato. Sherlock e John observava tudo de modo calmo enquanto o mais velho explicava. O assassino era procurado pelo governo britânico a mais de dois meses, mais havia sumido, agora de volta, precisavam de Sherlock e seu trabalho.
Passos fortes e desesperados, eram ouvidos pela escadaria do flat, e conforme os passos subiam as escadas, tinham a certeza de quem vinha para pedir socorro.
Não demorou para que Greg Lestrade aparece pela porta, ficando surpreso com a figura do ruivo alí.
— Greg.....! — Mycroft quando o viu ficou sem reação, seria aquele o momento para conversarem?
— Preciso de você Sherlock, mais um assassinato. O corpo foi encontrado jogado no rio de Westminster. Suspeita que seja o próprio assassino. Seria mais um suicídio. — disse eufórico, ignorando a presença do amado.
Ao julgar por seus atos, algo dizia que aquilo tinha haver com o caso que acabara de entregar para o irmão, então sem hesitar, Mycroft acompanhou o rumo até o local do assassinato.
Depois de horas, tudo estava quase resolvido, a noite estava mais fria que o normal, mais ninguém parecia se importar. De um lado Lestrade olhando a margem do rio enquanto o corpo era ensacado, do outro, Mycroft dando ordens, que quando terminou, suspirou fundo indo em direção ao grisalho que se encontrava desatento.
— Gostaria de falar com você se for possível. — por mais que amasse o maior, sempre iria odiar o tom que ele usava para conversas sérias. — Greg eu.....
— Eu não quero falar com você! Ao menos que esteja aqui, para dizer o que realmente quer e o que sente. Caso o contrário, vá embora. — sabia que estava sendo duro demais, mas queria um relacionamento onde tudo o que sentiam um pelo outro, fosse esbanjado, onde os sentimentos eram dados e recebidos na mesma proporção.
— Entenda quê.......não é fácil. — Mycroft suspirou fundo. — Eu.....eu gosto de você Greg, quero ter você pra mim, poder te beijar a hora que eu quiser, poder te abraçar..... você sabia que eu não era bom, ainda não sou bom em demonstrar sentimentos, mais eu quero aprender, aprender com você. Eu....eu te amo Greg! — nesse momento, Lestrade o olhava de olhos bem abertos. — Me desculpe se eu não soube me expressar, mais eu tenho medo! Medo que algo dê errado e.......
— Não! Não continue. — pediu para o maior. — Por Deus Mycroft, eu te amo tanto, nada daria errado entre nós, nosso sentimento é recíproco. — agora perto do Holmes, levou uma de suas mãos para seu rosto gelado. — Sei que vocês Holmes são difíceis de lidar, ainda mais quando se trata de sentimentos, foi um erro meu exigir demais de você sem te ajudar nisso. Também te peço perdão.
As mãos de Lestrade ainda permaneciam no rosto do agente do governo fazendo um leve carinho alí, não se importavam se estavam sendo observados por muitos, tudo o que eles queriam, era sentir um ao outro. Mycroft ao sentir a mão quente acariciar se rosto, suspirou profundamente, fechando os olhos e aproveitando o gesto.
Aquele carinho era tão bom, que não queria ter de abrir os olhos, e voltar a realidade. Mais não foi necessário abrí-los, já que sentiu a respiração quente em seu rosto, e uma mão se apoiar em seu ombro largo. Logo, sentindo a boca úmida e quente na sua que antes estava gelada.
O contato do quente com o gelado trouxe uma sensação inefável, que nem ambos sabiam explicar.
Para um maior contato, o Holmes mais velho puxou o grisalho para sí, o apertando em seus braços fortemente.
Era um beijo calmo, que demonstrava os sentimentos que ambos sentiam. As línguas quentes e úmidas travavam uma batalha no qual os donos, queriam que durasse por um longo tempo.
Infelizmente tiveram de se separar, o ar era rarefeito, mais se contentaram em poderem ficar se olhando, um nos olhos do outro, as vezes rindo dos comentários de Sherlock que gritava lá longe.
♡𝓚𝓲𝓼𝓼𝓮𝓼 𝓪𝓷𝓭 𝓱𝓾𝓰𝓼!♡
Bem.....espero que tenham gostado! 😅
Se tiverem gostado, ou tiverem alguma idéia, não hesitem em me contar.
Ps: Prometo que tentarei melhorar mais.
♡𝓚𝓲𝓼𝓼𝓮𝓼 𝓪𝓷𝓭 𝓱𝓾𝓰𝓼!♡
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