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o n e

2000's

          Os romances clichês dos anos 2000 marcaram a infância e adolescência de Soobin, ele assume. Até chega a gostar de assistir aos filmes com humor ultrapassado e roteiros previsíveis, porque é divertido assistir a coisas que não acontecem na realidade — como os populares da escola que mandam em tudo, os jogadores do time de basquete ou futebol americano que são sempre super bonitos e sarados e todos querem namorar. Bem, pelo menos essas coisas sempre estiveram bem longe de acontecer na realidade dele de jovem sul coreano. Um outro clichê que ele sempre achou curioso por aparecer em absolutamente todo e qualquer filme clichê desse século, são as festas. Mas, não são festas comuns, não! São as festas em que acontecem as brigas mais importantes da trama, onde os personagens se conhecem — ou até morrem —, e onde os casais quase sempre acabam se formando. Particularmente, Soobin acha esse clichê a pior parte, ainda mais quando alguém é ''forçado'' a ir para uma dessas festas, porque fala sério, ninguém é forçado a se vestir e sair de casa para um lugar que não quer ir.

          E é por desprezar esse tipo de personagem, que ele se sente um completo idiota ao entrar no tal do ''melhor pub de Hongdae'', que seria o último lugar que ele gostaria de estar no momento. Exatamente como um protagonista de filme teen dos anos 2000, ele foi convencido pelo melhor amigo a ir até o último lugar que ele gostaria de ir hoje.

— Lá é incrível, é sério — Beomgyu dizia mais cedo, uma animação de dar inveja. — É grande e ninguém é obrigado a grudar em ninguém, porque eu sei que você não gosta de lugar assim, mas esse é o melhor, tô te falando.

          Honestamente, Soobin não consegue associar a palavra ''incrível'' a nenhum lugar que tenha pessoas desconhecidas aglomeradas e com intuitos duvidosos — encher a cara, arrumar alguém para transar, ou seja lá o que essas pessoas fazem para se distrair. Outra coisa que ele também não consegue, é ser um amigo ruim.

          Beomgyu finalmente passou para a faculdade, depois já ter se formado na escola há quase dois anos, e o garoto quer comemorar nesse tal pub de todo jeito, então como Soobin poderia dizer não quando ele até mesmo pensou em um lugar com mais espaço e menos gente?! Seria a maior desfeita da vida dele. Foi por isso que ele pesquisou no YouTube alguns vídeos de baladas em Hongdae para ter mais ou menos uma ideia de como as pessoas se vestem — isso depois de ele vestir uma calça preta e um moletom preto e perceber, com extremo horror, que estava se vestindo exatamente igual a qualquer protagonista chato e sem sal que tem uma personalidade tirada diretamente das páginas de emos do início da internet — e até tentou se animar, para não ficar reclamando no ouvido do amigo dizendo que quer ir embora já antes de chegar ao local da comemoração.

          O tal pub não fica em uma zona estranha — perigosa — de Hongdae, então isso já alivia o coração apavorado de Soobin. O lugar é realmente grande e não é superlotado, mas sem dúvidas todos estão bêbados — ou estão fingindo estar, porque a única pessoa que Soobin conhece capaz de fazer tantas esquisitices estando sóbrio, é Beomgyu.

          As luzes coloridas e fortes passam rápido pelo ambiente barulhento e deixam Soobin um pouco perdido e desconfortável, dançando meio desengonçado e sem ritmo uma música que ele sequer conhece — como assim não tocam K-Pop nessas baladas?

— Tá gostando, hyung? — Beomgyu pergunta gritando mais alto que a batida forte da música eletrônica, um sorriso imenso nos lábios e os cabelos totalmente bagunçados.

— Sim — Soobin mente com a melhor expressão de felicidade que ele é capaz de fingir, erguendo os braços pateticamente e os movendo ao som da música. Pelo menos Beomgyu parece acreditar, porque ele dá um grito satisfeito e puxa Soobin para mais perto do bar.

          E as circunstâncias só colaboram mais para que a vida dele se torne uma cena clichê de um romance meia boca, porque essa é a hora em que ele aceita beber para agradar o amigo, mesmo achando todos os gostos de todos os drinks péssimos demais. Mas, o que Beomgyu não pede sorrindo que ele não faz chorando? Não, espera, o ditado é mesmo assim?

          A única coisa que falta pra eu ser um total clichê agora, ele pensa enquanto Beomgyu o puxa para uma rodinha de dança com pessoas bêbadas, é eu trocar olhares com alguém desse lugar e acabar me apaixonando. Mesmo sem interesse ele olha ao redor, avaliando os pretendentes a entrar nesse clichê com ele, e não é preciso muito tempo para chegar à conclusão que não enxergaria nenhum deles nem se quisesse com a baixa iluminação, pois é míope e achou que usar óculos seria muito fora do estilo falso e descolado que ele quis criar para essa noite, então saiu cego mesmo.

          Toda essa gente bebendo ao redor dele o assusta um pouco. Não é acostumado a beber e é muito fraco bebendo álcool, e se sente quase indefeso em meio a tantos bêbados depravados e já treinados. Beomgyu é um desses bêbados, cantando num inglês que só ele entende e abraçando todo mundo, e Soobin ri, porque a felicidade do amigo é tanta que ele não consegue se conter. Se Beomgyu está feliz, Soobin também está feliz, não importa se eles estão num pub com pessoas desconhecidas, bêbadas e suadas — Soobin até arrisca apostar que algumas estão drogadas, mas pode ser tudo coisa da cabeça dele.

          Com um suspiro profundo e uma golada no drink rosa fluorescente que custou metade de um rim, Soobin decide entrar de cabeça nessa comemoração. Já se vestiu todo para a ocasião e chegou até ali, então agora é a hora de fazer jus ao esforço pessoal que dedicou e ao amigo feliz pela conquista, e comemorar com ele sem se importar muito com todas as coisas ao redor dele.



          As horas passam como minutos e Soobin nem se lembra mais se estava usando algum relógio — e bêbado demais para pensar em olhar as horas no celular. O tempo é a última coisa que importa quando tudo o que ele consegue fazer agora é se equilibrar sobre uma das plataformas do pub para dançar, abraçado junto a Beomgyu e outro garoto que ele sequer sabe o nome — o rapaz até tentou dizer, mas ele não escutou e apenas sorriu e continuou a falar coisas sem nexo alto demais.

— Vocês tão muito mal — o garoto diz, rindo junto a eles.

— E olha que ele só tomou três! — Beomgyu gargalha, vendo o jeito que o amigo quase perde o equilíbrio e por pouco não cai em cima do pequeno público que eles atraíram com a incrível dança.

          ''Só três'' na verdade é muita coisa para Soobin, que bebeu o terceiro shot quase vomitando tudo em cima do melhor amigo. Depois do terceiro ele perdeu a consciência dos próprios atos e tudo a partir daquele momento foi só ladeira abaixo, vergonha atrás de vergonha — e com muita sorte ele não se lembrará de nada no dia seguinte. A pior parte é que ele passa vergonha com um sorrisinho no rosto, porque mesmo bêbado ele é gentil e isso deixa tudo ainda mais patético.

— Cara, de verdade — Beomgyu diz um pouco embolado, mas conseguindo se equilibrar o suficiente para segurar Soobin pelo braço e fazê-lo parar de girar ao redor do ferro do pole. Soobin para, sorrindo para ele e quase fechando os olhos. — Acho que cé tá malzão mesmo.

— Tu que tá — Soobin fala de um jeito fofo, sorrindo para o amigo e se apoiando nos ombros dele.

          O que não dá muito certo, porque ambos estão bêbados, e o corpo bêbado e mais pesado dele despenca sobre o magricela de Beomgyu, que dá um gritinho durante a queda, mas está bêbado demais para não rir da situação engraçada.

— Vocês não acham melhor ir embora? — um dos amigos de Beomgyu os ajuda a levantar, e Soobin sorri para ele, os olhos se fechando.

— Achamosss — ele responde também de forma fofa, e Beomgyu dá um abraço apertado no amigo.

— Manda mensagem aqui pro meu irmão? Não tô conseguindo digitar.

          O amigo pega o celular de Beomgyu para mandar a mensagem, enquanto Beomgyu agarra Soobin em um abraço apertado e desajeitado, os dois murmurando coisas desconexas e quase tombando para os lados, sem equilíbrio algum.




          Soobin sequer se lembra de ter se despedido de alguém e ter saído do estabelecimento, porque de repente ele está abraçado a Beomgyu, sentados no chão sujo da calçada em frente à balada, cantarolando músicas de K-Pop por cima do som abafado das músicas lá de dentro.

— Você gostou, hyung? — Beomgyu pergunta, agarrado ao amigo e com a cabeça no ombro dele.

Just a loooser, oetori sangcheo...

— Hyung?

Hum Hum... Oh...

— Soobin hyung, para de cantar...

          Mas Soobin está metade dormindo e metade bêbado demais para falar qualquer coisa coerente. Beomgyu ri, sem acreditar.

— Você ficou bêbado com três — ele gesticula um três com os dedos bem em frente ao rosto sorridente do mais velho — copos, hyung. Nem eu fiquei tão bêbado assim.

          E por até ser verdade que Choi Beomgyu não está tão bêbado quanto Soobin, mas também está muito longe de estar sóbrio, porque no minuto seguinte está cantando alto junto a Soobin, com toda a alma e potencial vocal que eles têm.

— Eu não acredito nisso — a voz ríspida de um homem os assusta e faz Soobin dar um pulinho da calçada, mas por estar totalmente alcoolizado acaba caindo por cima de Beomgyu pelo que deve ser a sexta vez na noite.

— Caraca, que susto — Beomgyu reclama com um bico ao perceber que o homem é o meio irmão. — Me ajuda a levantar, Yeonjunie hyung?

          Com um puxão, Beomgyu está de pé novamente.

— Eu não acredito nisso, Beomgyu — Yeonjun fala, olhando acusador para o garoto mais novo que mal consegue parar em pé. — Anda, entra no carro — ele vai empurrando o irmão mais novo na direção do veículo estacionado perto deles, se irritando com os tropeços que o garoto dá no caminho. — E você, vai pra casa — ele fala com o pobre Soobin por cima do ombro, mas o garoto está muito mal e só consegue sorrir fofinho para o mais velho, mal abrindo os olhos.

— Eu fiquei responsável por ele — Beomgyu dá meia volta e gesticulando meio torto. — Os pais dele não podem ver ele dessa forma!

— E desde quando você consegue ser responsável por alguma coisa? Aish — Yeonjun começa a perder a paciência, colocando os cabelos para trás para enxergar melhor os dois garotos idiotas.

          Beomgyu ignora o garoto mais velho e se abaixa na direção de Soobin, que pensa que está sendo abraçado e enrosca os braços ao redor do pescoço do amigo com um sorriso imenso, e a tentativa de Beomgyu de levantá-lo do chão termina nos dois caindo abraçados, de novo.

          Yeonjun bufa com a visão dos dois garotos, sem acreditar que foi tirado de casa no meio da madrugada para lidar com Beomgyu e os amigos bêbados dele. Com toda a paciência que ele não tem, pega os dois garotos pelos braços e os puxa até o carro, ignorando as reclamações de Beomgyu por causa da brutalidade e os resmungos de Soobin que ele não consegue entender — e, a essa altura, nem quer também.

— Entrem logo ou vou deixar os dois no meio da rua — ele ameaça depois de tentar empurrar Beomgyu para dentro do carro e o garoto (por alguma razão imbecil, só pode ser) resiste. A ameaça é eficaz, porque em um segundo Beomgyu está se apressando para entrar no carro e puxando Soobin, o garoto completamente abobado, junto a ele.

          O Choi mais velho dá a partida no carro e arranca com tudo, sem nem pensar se os garotos estão de cinto ou se vão dar de cara no vidro da frente.

          Ele não aguenta mais as irresponsabilidades de Beomgyu. Já estava dormindo desde as onze da noite porque tem um compromisso importante hoje, dentro de quatro horas, mas teve o sono interrompido pelo celular vibrando com um monte de mensagens e ligações do número de Beomgyu, que quando finalmente abriu os olhos para ver do que se tratava, descobriu ser Lee Heeseung, um amigo em comum deles pedindo para Yeonjun ir buscar o Choi mais novo, porque ele mal conseguia digitar uma mensagem. Yeonjun, é claro, xingou o irmão de quarenta nomes antes de perguntar se Heeseung não poderia dar uma carona para ele, e quase bateu a cabeça na parede quando leu a mensagem do garoto. ''Também tô bêbado, foi mal.'' Choi Yeonjun não se lembra de ter dirigido, nunca na vida dele, com tanta raiva quanto a que usou para dirigir até Hongdae.

— Você tá fodido na minha mão, Beomgyu — ele ameaça o garoto entredentes, mas este sequer o escuta, ocupado demais em discutir com Soobin.

          Além de ter o cheiro de álcool fortíssimo impregnado dentro do carro, Yeonjun também tem que aturar a briga dos dois no meio do caminho, falando coisas sem sentido e tentando se bater.

— Eu namoro ele sim.

— Nãoooo... Nah...

          Yeonjun não move um músculo para tentar impedi-los, respirando fundo para não virar o volante com tudo e jogar o carro da ponte que atravessam. Eles que se batam e se xinguem, porque Yeonjun não pode fazer isso no momento por eles.

          Pelo menos Soobin não é um completo desconhecido para Yeonjun, porque se fosse ele seria obrigado a ter o trabalho de ainda levar o garoto até a casa dele. Eles estiveram na mesma escola por poucos meses, mas nunca tiveram contato, Yeonjun apenas sabia que Soobin era amigo de Beomgyu — e, para ter aceitado ir àquela balada com o irmão, só pode ser um dos amigos mais malucos e sem noção também.

          Quando o carro preto estaciona em frente à casa dos Choi, a vizinhança está em completo silêncio.

— Sem gritos ou escândalo, porque se vocês acordarem alguém...

— Shh — Beomgyu coloca um dedo sobre os lábios dele, e Yeonjun fecha os olhos e conta até três para não amassar a cara do mais novo.

          Os dois garotos saem completamente tortos e trôpegos do carro, e Soobin ainda segue murmurando alguma coisa que Yeonjun percebe ser uma canção infantil de ninar. Beomgyu é burro o suficiente para perturbar ainda mais o irmão mais velho e ir direto deitar no sofá da sala — todo sujo e fedido — assim que passam pela porta de entrada, e o mais velho segura os dois garotos pelo braço, novamente, e os arrasta até o quarto de Beomgyu, no andar de cima.

          Yeonjun os empurra até a cama, sujos mesmo, e apenas tira a jaqueta fedida de Beomgyu e a blusa podre dele, forçando o irmão a deitar no canto da cama para o outro rapaz caber. Ele acha melhor não tocar nas roupas do garoto que mal conhece, apenas o força a ficar deitado na cama também, o que milagrosamente não é tão difícil, porque Soobin não para de sorrir como um bobo e já até parece estar metade dormindo.

          Com pressa o garoto alto sai do quarto e vai em busca de um balde ou uma bacia, qualquer coisa para os dois bebuns vomitarem dentro no meio da noite, porque ele duvida muito que Beomgyu vai se levantar da cama para vomitar e sabe que ele vai vomitar, porque Beomgyu é fresco e fraco.

— Isso aqui é pra vocês vomitarem dentro — ele tenta avisar assim que volta ao quarto, dois baldes diferentes em mãos. — Se sentirem vontade de vomitar, vomitem aqui — ele tenta sinalizar aos dois o que está fazendo, mas eles continuam jogados na cama, gemendo coisas desconexas e já praticamente dormindo.

          Yeonjun suspira novamente, profundamente, e vai para o próprio quarto.




          Soobin acorda com a cabeça doendo como o inferno e sentindo um cheiro terrível. Ele tenta abrir os olhos, mas isso parece fazer a cabeça doer ainda mais. É só quando ele escuta Beomgyu murmurar alguma coisa, que se dá conta. Beomgyu? Por que raios ele ainda está com Beomgyu? Ele abre os olhos rapidamente e dá de cara com a situação horrível e nojenta dos lençóis azuis completamente vomitados e Beomgyu ao lado dele, sem camisa e com resquícios de vômito no canto dos lábios. No meio do nojo e do horror de estar deitado nessa cama, as lembranças da noite anterior começam a passar pela mente dele como um flash, porque é claro que ele lembraria. Claro que ele lembraria de dançar para toda a boate ver, de abraçar todos os conhecidos e desconhecidos da balada e até de dizer ''eu te amo'' e ''tô muito orgulhoso de você'' continuamente para um garoto aleatório achando que era Beomgyu. E é claro que ele se lembra de ser carregado de forma humilhante pelo irmão completamente irritado e incomodado do melhor amigo até ali.

          De alguma forma, a situação do vômito até parece menos pior agora.

2000's

plot 122 by @PotatoJams no livro ''story ideas''

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