Na tarde dourada de 2013, meu olhar se perde através da janela, e é como se todos os meus pensamentos se fundissem em um só: você.

Você, a dose de loucura que me faz considerar abandonar tudo e simplesmente seguir em frente.

Ainda sou tão jovem aos dezesseis anos, enquanto você já explorou metade da Europa em seus vinte e seis anos. Enquanto eu mal conheço os recantos da minha cidade, você já experimentou a entrega silenciosa sob o manto da madrugada. Querido Saturno, você conhece a emoção dos beijos quando o mundo dorme, enquanto eu ainda estou aprendendo os mistérios do amor.

Nossas vidas são como polos opostos, mas será que em outra vida nossos papéis se inverteram? Será que em outra realidade, foi você quem me buscou incansavelmente, enquanto eu me escapava de você? Ou será que simplesmente não existimos um para o outro em outras vidas? Mas o que importa é o agora, é o amor que sinto por você, é o calor que aquece minha solidão e a luz que ilumina minha escuridão.

Te amo, não apenas nos momentos felizes, mas em cada lágrima da lua e em cada nuvem que esconde o sol.
Te amo na chegada e na partida, no nascer e no pôr do sol.
Te amo antes mesmo do começo e além do fim, porque o que importa é que, nesta vida, meu coração é seu.

Te amo com toda minha solidão.
Te amo com toda minha alegria.
Te amo quando a lua se entristece.
Te amo depois do fim.