Ao despertar hoje, minha alma se agitou em busca de ti, do calor que falta no lado direito da minha cama, onde teu corpo deveria repousar, mas apenas o vazio respondeu ao meu apelo.

É uma triste constante, tua ausência. O lado direito permanece gelado, uma testemunha muda do amor que pertence exclusivamente a ti.

Cada manhã, mergulho numa ilusão desesperada, na esperança de encontrar-te ao meu lado, apenas para ser confrontada pela dura realidade de que estás distante. Talvez seja essa a loucura que me consome, alimentada por sonhos que se desfazem como fumaça ao amanhecer.

Enquanto eu me afogo em sentimentos sombrios, imagino-te despertando nos braços de outra, alguém que possa rivalizar com a beleza que emana de ti, enquanto eu, um mero retrato de poesia, me afundo na tristeza e na melancolia que permeiam meus dias gélidos.

Ah, como anseio para que teus olhos sejam os meus, e eu possa ser as estrelas que adornam o céu noturno, esperando ser notada por ti em um momento de descuido, quando perceberás em mim a verdadeira essência da beleza, como um poeta que enxerga a magnificência nas coisas mais singulares.