Capítulo 1 - Que Os Seus Sonhos Possam Se Realizar
{Rapunzel}
Pelo o silêncio isso significava que mamãe não estava em casa, provavelmente foi buscar algo para o almoço e talvez não quisesse me acordar para ajudá-la a descer da torre.
Mas internamente eu torcia para que sua saída fosse para me fazer uma surpresa de aniversário, claro espero que ela se lembre de que dia é hoje. Mamães tem o costume de esquecer meu aniversário, mas tudo bem sei que é o jeitinho dela e ela não faz por mal.
Acho que depois de tantos anos convivendo só nós duas é normal que ela esqueça, mas por contrário eu jamais esqueço pois sei que hoje por volta das meia noite no céu surgiram milhares de lanternas flutuantes e elas são tão lindas. Um dia contei a mamãe quando criança que as vi na noite do meu aniversário na janela e ela disse que eram estrelas, mas eu não passei tantos anos observando o céu para não saber diferenciar uma estrela.
Aquelas não eram e meu sonho era saber o que eram, tocá-las eu precisava viver aquilo uma vez na minha vida.
Eu mantinha a casa arrumada e limpa enquanto ela estava fora, fazia a comida, limpava cada canto e assim wue me sobrava tempo eu me afundava nas histórias dos únicos três livros que eu tinha ou estava pintando as paredes dos corredores e do meu quarto com as poucas tinhas que me restavam.
Ao anoitecer minha mãe sempre confere se eu estou dormindo de fato, talvez seja preocupação para saber se eu estou descansando mesmo.
— Rapunzeeellll!!!!
Ouvi seu cantarolar.
— Já vou mamãe!— Grito descendo as escadas até a janela.
— Não me deixe esperando Rapunzel!
Prendo meu cabelo no ganho e solto o restante do comprimento que chegava até o gramado do final da torre e ainda sobrava. Meus braços estavam doendo por escova-los hoje mais cedo.
Puxo levantando a mesma do chão que se mantinha enroscada no mesmo.
— Rapunzel que bom que está acordada— Ajudo com a cesta em suas mãos.
Estava pesada isso significava que ela havia trazido muitas frutas dessa vez. Abro e verifico a variedade que havia dessa vez, muitas maçãs com toda certeza uma torta teríamos nos próximos dias.
— Mamãe...
— Sim Rapunzel?— Perguntou e respeitei fundo antes de começar
— Eu queria conversar uma coisa— pego a escova de cabelo que estava encima do balcão
— Fale minha flor— entrego a escova em suas mãos e me ajoelho no chão
— Isso deixe sua mãe de bom humor, pois estou tão cansada— sinto suas mãos deslizarem carinhosamente pelos meus cabelos— cante Rapunzel...
— Brilha linda flor...— Sinto os fios de meus cabelos esquentarem e logo se iluminarem— teu poder venceu. Traz de volta já o que uma vez foi meu, uma vez foi meu...
— Uma vez— sinto sua respiração encima de mim— foi meu...
Me viro eufórica e anciosa para a mesma que se mantinha relaxada aparentemente confortavél consigo. Essa era a minha a hora eu deveria tentar, são dezoito anos e eu nunca se quer senti a grama em meus pés, nunca soube o que era deitar embaixo de uma arvóre em fim de tarde.
Em uma unica vez na minha vida eu gostaria de saber como é o mundo fora da torre, além desses muros cobertos de altos pinheiros e vinhas.
Eu queria saber o que são aquelas luzes que aparecem no céu sempre na noite do meu aniversário. É até dificíl não saber que é meu aniversário, pois elas sempre aparecem e na terceira noite após e dessa vez não será diferente.
Seria estranho dizer que sinto que foram feitas justamente pensando em mim? Eu sei é tão estranho, mas algo me chama até elas isso eu não tenho como duvidar.
— Mamãe, eu queria pedir uma coisa a senhora.
— Desembuche Rapunzel você está enrolando desde que cheguei, diga logo o que quer— sinto meu coração acelerar, medo, ansiedade tudo ao mesmo tempo
— Então mamãe a senhora não falou nada e por essa razão eu gostaria de falar sobre o meu presente de aniversário...
A mesma finge não se importa o que faz meu coração doer ainda mais e voltar aaquela velha mágoa de todos os anos, ela esqaueceu e não se importa.
— Querida seu aniversário não ocorreu alguns meses atrás?— disse colocando as mãos em sua cintura
— Mãe é claro que não é hoje, entendo que a senhora pode ter esquecido, mas eu não esqueci é algo anual, certo?— pergunto
— Certo Rapunzel, você quer alguma coisa, não é mesmo?
Nem um feliz aniversário...
— Ahh...é sobre isso...— ando até a janela e coloco as mãos na borda me curvando e olhando para o céu azul que brilhava intensamente— mamãe eu quero ir ver as luzes.
— Que luzes Rapunzel?— sua voz ficará alta e ela parecia nada feliz com aquilo.
— As luzes flutuantes, aquelas mamãe que só aparecem depois de três dias do meu aniversário. Vamos, não finja que não sabe a senhora deve entender melhor do que eu já que vive tanto lá fora em outros lugares com outras pessoas— a encaro de volta tremendo com medo do que poderia vim
— Estrelas Rapunzel, são estrelas e você pode ver da janela.
— Mas mãe não são...,
— Chega Rapunzel— bate na mesa fazendo as frutas cairem— Não insista, você não vai sair desta torre nunca! Se por acaso você persisitir com esta história eu juro que farei bem pior que a ultima vez, dois dias passando fome não será nada.
Sinto os meus olhos arderem e seguro o choro para as lágrimas não descerem. Ela estava me protegendo apenas isso, ela só quer meu bem.
Se eu sei disso, por qual motivo me sinto tão...
Incompreendida
— Desculpa mamãe.
Abaixo a cabeça e ouço seus passos em minha direção. Suas mãos seguram meus ombros e continuo olhando para baixo.
— Minha florzinha, entenda o mundo fora daqui é cruel e horrendo eu estou somente te protegendo de ser machucada. Uma vez quase te perdi, não quero que nada te ocorra. Você entendeu?
— Sim mamãe— a abraço fortemente deixando com que acaricie meus cabelos— nesse caso a senhora poderia me trazer tinta branca e azul? Eu queria terminar de pintar o meu quarto.
— Ah Rapunzel, essas tintas só se encontram em um lugar que fica a três dias daqui— a vejo revirar os olhos em negação.
— Sem problemas, está tudo bem.
— Você me dá um trabalho, ainda bem que consigo passar despercebido. Prepare as minhas coisa irei sair em algumas horas— sorrrio quase satisfeita.
— Gostaria de ir, mas como não tem outro jeito.
— Rapunzel convenhamos, além de seu cabelo você seria um prato cheio para homens maldosos, cheinha desse jeito— Cruso os braços em volta da minha barriga e tento esquecer que havia de certa me machucado no fundo.
É só preocupação Rapunzel....
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