O preço a se pagar
Narração Jhonny/Andras
Humanos, criaturas deploráveis e insignificantes. Deus fez o primeiro a sua imagem e semelhança. Adão, um homem que deu as costas a Deus por uma mulher burra e facilmente manipulável.
Os humanos agem da maneira que querem blasfemando contra o seu criador, mas Deus mesmo assim os ama demais, tanto que deu a vida do seu único filho por eles.
Porém os humanos tem a tendência de cometerem o mesmo erros outra vez. Não digo que o sacrifício de Jesus seja em vão, muito pelo contrário, várias pessoas encontrarão o caminho da luz e salvaram as suas almas do inferno.
As pessoas ainda não tem o verdadeiro conhecimento do que faz uma pessoa ir para o céu e outra para o inferno. Muitos acham que é apenas ir para a igreja que as almas estão salvas…. Pobres iludidos….. de pessoas assim, o inferno está cheio.
Eu como um dos marqueses do inferno faço a minha parte, engano e atraio o número de almas que posso para o inferno, outras eu levo na marra, essa é a gíria que os humanos usam, né? Que seja. Não me interesso por isso.
Entretanto a uma humana na minha frente que me interessa bastante. Consigo sentir o cheiro do seu medo, e eu amo isso.
— Você sabe tudo que tem que fazer, né Muriel? — falo no meu tom de superioridade. Meus demônios sabem que eu não tolero erros.
— Sei sim, Lorde Andras.
— Enquanto eu estiver nesse corpo meu nome será Jhonny. Faça o seu serviço e te vejo novamente quando eu voltar. — falo dando as costas para ela e indo em direção a saída.
— E isso irá demorar? — ela me pergunta.
— Não muito. Não irei enrolar mais. — Respondo sem olhar para trás e saindo do banheiro.
“Você não pode fazer isso com ela!” ouço a voz chorosa de Jhonny na minha cabeça. Eu podia sentir o pavor dele que me divertia.
— Já estou fazendo, Jhonny. Começou com o Lucas, agora ela é a próxima.
“Por favor não faz isso” a súplica dele começa a me entediar.
— Cale a porra da boca. Antes que eu mate o David, aquele lixo desprezível que você insisti amar! — falo autoritário.
”Por quê você faz isso? Só me fale o porquê”
— Eu faço isso porque: posso e quero. Agora fique quieto e observe o show grátis que acontecerá. — começo a rir pensando na cena maravilhosa que ficará para a história do colégio…
Narração off
Passos rápidos e objetivos. Era assim que alguém poderia descrever os passos de Gabrielle. As pessoas que a viam não poderiam desconfiar do que estava prestes a acontecer.
A mesma olhava para as paredes dos corredores do colégio. Olhava para as pequenas televisões que eram usadas quando o diretor, ou alguém, queria dar um recado para os alunos.
Ela tinha um recado para dar os alunos. Então, a mesma foi até a sala de vídeo. Chegando lá ela bateu na porta e esperou ser atendida. Ela deixou a garrafa com o conteúdo duvidoso ao lado da porta, que logo foi aberta por um garoto.
— Tu-tudo bem? O-o quê v-você deseja? — perguntou o garoto. Gabrielle ou Muriel como preferir chamar o encarou da cabeça aos pés. Diogo, o nerd da escola que todos zoavam.
Ele seria o garoto que está abaixo do padrão de beleza imposto pela sociedade. Usava óculos de tampa de garrafa e tinha a típica espinhas de adolescentes. Usava uma blusa de um anime qualquer.
“Se ele se cuidasse poderia ser um dos garotos mais bonitos da escola” pensou Muriel enquanto o olhava da cabeça aos pés.
— Estou bem e digamos que eu estou com uma coceira e preciso de ajuda para coçar. — falou sorrindo maliciosamente para o maior a sua frente.
— Como? — ele perguntou confuso fazendo Meladriel revirar os olhos e o empurrar para dentro, fechando e trancando a porta após passar.
Diogo a olhava sem entender nada, a mesma continuou olhando com um sorriso malicioso.
— Eu não estou te entendendo. — perguntou ele.
— Não precisa entender, apenas relaxe. — respondeu ela indo até Diogo e o empurrando fazendo o mesmo cair sentado na cadeira.
Ela se ajoelhou na frente dele e levou as suas mãos até a calça do mesmo. Abriu o cinto e a calça. Ele a olhava estático não acreditando no que a grande líder de torcida estava prestes a fazer.
Ela tirou o membro do garoto das calças e começou a massagear o mesmo lentamente com a mão. Diogo arfou quando foi tocado em uma região que nunca fora tocada por alguém que não fosse ele.
Sentiu um pequeno choque naquela região e deixou ser levado ao prazer. A garota em sua frente não tardou em colocar o membro do maior em sua boca, começou com os movimentos de vai e vem, fazendo Diogo ir a loucura.
O mesmo nunca tinha sido tocado de uma maneira tão íntima antes por nenhuma garota, as mesmas mantinham distância dele, dizendo que ele era um nerd feio e esquisito. Ele nutria uma paixão secreta por Gabrielle Fonseca, e ter a mesma ali, o fazendo ter essas sensações era um sonho se realizando, mal sabia ele que a sua amada estava gritando para o demônio parar de fazer aquilo, parasse de usar o corpo dela para tal ato.
Os gemidos de Diogo eram baixos, pois ele não queria que ninguém ouvisse e atrapalhasse o momento dele que ele sentia que estava prestes a acabar, pois o ápice dele estava chegando.
— Ga-Gabrielle está ahh — Não conseguiu terminar de falar, porque o ápice dele chegou e ele despejou toda a sua essência dentro da boca da garota em sua frente.
Diogo ficou ofegante por um longo tempo. Ainda não acreditava no que havia acontecido. Ele olhou para a garota em sua frente que o olhava com um pequeno sorriso no rosto.
A mesma se levantou e antes que ele pudesse dizer algo, cuspiu todo o gozo do maior na blusa e rosto do mesmo. O mesmo a olhou sem entender nada.
— Acho melhor você ir ao banheiro e limpar essa sujeira — falou Gabrielle com um sorriso no rosto. Diogo se levanta rapidamente da cadeira e vai em direção a porta a destrancando, logo saindo em direção ao banheiro mais próximo. — Esses virgens. — falou revirando os olhos e indo em direção a porta e pegando a garrafa que havia deixado do lado de fora, depois fechando a porta e trancando a mesma logo em seguida. O plano estava prestes a começar…..
Narração Dianna
Estou no meu lugar na sala de aula. Tempo vago, ou seja, tenho que ficar aqui atoa até o próximo tempo de aula. Todos os meus colegas de classe estão conversando e de divertindo.
Vocês já sentiram que todas as pessoas tem os seus grupos e suas conexões, mas você não faz parte de nada daquilo? Bom, eu sinto isso quase sempre…
Tem uns garotos aqui metido a cantores, eles estão fazendo uma espécie de medley. Tem hora que eles cantam músicas que eu conheço e tem horas que não, mas de qualquer forma, as vozes deles não são muito boas, mas quem sou eu para julgar?
Olho para a carteira vazia na minha frente. O lugar da garota mais popular da escola, Gabrielle Fonseca. Reviro os meus olhos só de pensar naquela garota fútil. Eu não odeio ela, apenas a acho ridícula.
Decido parar de ficar pensando naquela garota e volto a pensar nas coisas que está acontecendo em minha volta que realmente importam.
Tem algo acontecendo. Não consigo dormir direito desde o dia em que eu recebi um possível aviso. “O lobo usa a ovelha como um disfarce perfeito" fico pensando no verso que ficou se repetindo várias e várias vezes.
Esse trecho se enquadra em várias coisas. Será que alguém próximo a mim está sendo usado? Mas usado em qual sentido? São tantas possibilidades que a minha cabeça está prestes a explodir.
Apoio a minha cabeça na mesa tentando não pensar naquelas coisas. “Vamos, Dianna. Pense em outras coisas, tipo as provas de fim de ano, a formatura, o baile.” penso enquanto tento esquecer esse assunto. Dá certo por um tempo, mas a cantoria ao lado faz o meu corpo tremer da cabeça aos pés.
“He promised forever, but she never knew the price. “
( Ele prometeu o para sempre, mas ela nunca soube o preço. )
Congelo naquela posição enquanto ouço o garoto repetir e repetir aquele verso. Essa música é a mesma que tocou naquele dia. “Que merda! The Wolf and Sheep está me perseguindo!” penso enquanto levanto a cabeça devagar.
Quando olho em volta, tudo parece estar em câmera lenta, as pessoas, tudo. Sinto um frio subir pelos meus pés e se espalhar por todo o meu corpo, junto com uma sensação apavorante.
Minha respiração começa ficar ofegante. Isso não é normal “tem alguma coisa errada” penso olhando para as pessoas que continuam em câmera lenta. “Será que isso é um outro sinal?” começo a pensar, mas logo sou tirada de tal quando a televisão que fica na parede ao lado do quadro liga.
Gabrielle aparece na tela. Todo mundo da sala para o que está fazendo para prestar atenção na televisão e por incrível que pareça, tudo parou de ficar em câmera lenta.
— Caros alunos do colégio Alda Bernardo. Estou aqui para me despedir de vocês.
Gabrielle começa a falar e os alunos começam a cochichar entre eles algo que eu não conseguia entender. Decido ignorar eles e prestar atenção nela.
— Mas antes de tudo eu queria dizer o porquê de eu tomar essa atitude. Eu amei um garoto, amei muito. Ele me deu esperança, disse que me amava. Eu acreditei nele. Ele traiu o namorado dele comigo. — nessa hora ela começou a chorar. Algo dentro de mim gritava e mandava eu ir atrás dela, porém eu sentia que as minhas pernas estavam coladas. — David Alves, é o nome dele. Ele me usou de todas as formas possíveis e depois me largou como se eu fosse lixo. Ele ficou comigo e com o namorado dele ao mesmo tempo. Nem eu e o Jonas Santos mais conhecido como Jhonny merecíamos isso.
“QUE PORRA É ESSA? DAVID TRAIU O JHONNY COM ELA?” penso enquanto olho para a televisão com um misto de raiva e decepção. Jhonny não merece passar por algo assim.
— Eu só quero pedir perdão a todas as pessoas que eu magoei e principalmente ao Jhonny. Eu amava tanto o David que me submeti a isso. Me desculpe, Jhonny. Você não merecia isso. — Ela fala a última frase abaixando a cabeça. Finalmente consigo me levantar. Decido ir para a sala de vídeo para acabar com essa palhaçada.
Ao sair da sala vejo que ela transmitia o vídeo para todas as televisões da escola. “Isso está sendo um show e tanto" penso enquanto ando em direção a sala que a Gabrielle está. No meio do caminho acabo esbarrando com Misty.
— Você viu essa loucura? — Ela me pergunta apontando para umas das pequenas televisões que ficavam no corredor.
— Acho que a escola toda está vendo isso. — Respondo.
Ao olhar para a televisão vejo que Gabrielle está com uma garrafa verde na mão. Misty arfa e coloca a mão na boca e eu arregalo os olhos. Misty como eu deve ter reconhecido aquela garrafa. Ácido muriático, um ácido corrosivo quando entra em contato com a pele humana. Se Gabrielle pretende fazer o que eu estou pensando.
Eu e Misty nos encaramos por um breve segundo. Logo começamos a correr em disparada em direção a sala de vídeo. “ Gabrielle não pode fazer o que eu estou pensando “ penso enquanto corro.
O caminho até lá não foi muito demorado, tinha apenas algumas pessoas nos corredores e todas elas prestavam atenção nas televisões. Algumas olhava para a tela chocadas, e outras apenas riam da situação.
Chegando lá, vou em direção a porta e tento abrir ela, mas está trancada. Consigo ver Gabrielle através do vidro. Bato na porta.
— Gabrielle abra essa porta. — falo enquanto bato na mesma. Olho para o lado e vejo Misty olhando para dentro através do vidro que tinha do lado da porta. Ela olha chocada para lá.
Vou para o seu lado e olho para dentro.
— Eu aprendi que o amor é como um tijolo, você pode usá-lo para construir uma casa, ou afundar um corpo morto. — Gabrielle fala olhando para a câmera. Depois disso os olhos dela vão de encontro a mim e Misty.
Ela dar um pequeno sorriso antes de abrir a garrafa de ácido muriático. A mesma leva a garrafa em direção a boca. “Não, não pode ser” penso.
— GABRIELLE NÃO FAZ ISSO!!! — Grito enquanto bato no vidro. Misty está do meu lado, ela não reage é como se estivesse petrificada, mas ela logo tem um choque de realidade e começa a bater no vidro, gritando para a Gabrielle não fazer aquilo.
Gabrielle não nos escuta. A mesma começa a beber o conteúdo da garrafa na nossa frente.
— GABRIELLEEE!!!! — Eu volto a gritar, batendo com todas as minhas forças no vidro. Pelo o meu conhecimento o ácido que ela está ingerindo irá corroer todos os seus órgãos internos levando ela a morte.
Estou completamente desesperada, não sei o que fazer. As lágrimas começam a molhar a minha face. Eu não acredito que ela prefere terminar assim. Vou em direção a porta e começo a chutar a mesma em uma tentativa desesperada de abri-la.
Ouço os gritos dos outros alunos. Muito em breve aqui estará cheio de gente. Chuto a porta com todas as minhas forças, enquanto eu fico suando frio. Misty continua batendo no vidro. Eu nem quero imaginar como deve está a situação de Gabrielle.
Depois de mais alguns chutes a porta cede. Entro totalmente desesperada e o que eu vejo me deixa sem chão. Gabrielle está jogada no chão soluçando enquanto uma gosma com sangue sai da boca dela.
Eu vou até a mesma e me sento ao seu lado, colocando a cabeça da mesma no meu colo. Ela me olha com lágrimas nos olhos. Não consigo me segurar e volto a chorar.
— Por quê você fez isso? — a pergunto.
Ela começa a escrever algo no chão de madeira com os seus dedos em carne viva e corroídos. Ela usava o próprio sangue como tinta.
“Jhonny“
Fico sem entender nada quando leio. ‘Por quê ela escreveu o nome do Jhonny? “ penso enquanto olho para o nome no chão. Sinto como se algo gelado saísse do chão e passasse por mim. Olho para a Gabrielle desesperada, mas a vida já tinha deixado o seu corpo. Gabrielle Fonseca se fora…..
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N/a: Hi, meus leitores 👻
Então, tô muito feliz pq o nosso Jhonny ficou em segundo lugar na categoria "melhor vilão" no concurso da editora Sapeca. Espero que estejam gostando da história até aki ❤
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