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14| Netuno em Aquário

HORÓSCOPO DO DIA PARA VIRGEM

Imprudência nunca fará parte do seu vocabulário, mas a vida as vezes pedirá por esse tipo de aventura. Você está arriscando e sendo corajoso, não tenha medo do futuro, orgulha-se, pelo menos no futuro terá histórias para contar.

No lado profissional, você pode enfrentar desafios, mas mantendo os pés no chão e sabendo como resolver conflitos, você não terá problemas. Cuidado com relações interpessoais, elas podem te distrair do que realmente importa.

Jeongguk chegou na empresa 2 horas atrasado, era algo incomum vindo justamente dele, mas ninguém pareceu e importar com ele, isso porque o escritório estava um pandemônio, vocês sobressaindo sobre os outros, Jeongguk deu um passo para trás na porta surpreso quando um papel voando diante dos seus olhos e pousou no chão, juntando-se a vários outros.

O escritório era sempre um lugar tranquilo e silencioso, mas naquele dia estava uma bagunça de informação, hesitante Jeongguk entrou e desviando da confusão chegou até a mesa de Hoseok, o amigo nem ao menos levantou o olhar com sua chegada, segurando um telefone entre o ombro e o ouvido enquanto digitava sem parar no computador, ele parecia afoito demais para se importar.

— Mas o que... — murmurou confuso olhando em volta perdido.

— Jeongguk! Finalmente chegou! — Jeongguk deu um sobressalto com um grito  desesperado de Jinyoung, não houve nem tempo de resposta quando uma pilha de pastas fosse jogadas nos seus braços. — Junhoe está surtando e está levando todos a loucura também.

 — O que aconteceu? — perguntou tentando equilibrar as pastas com dificuldade. Jinyoung suspirou cansado, inda era cedo, mas era como se tivesse começado o trabalho na primeira hora do dia.

— A campanha daquela marca de carros que iria ser lançado na próxima semana vazou, outra empresa apresentou para o cliente antes da gente e acabaram conseguindo o contrato. Já colocaram no ar essa manhã, está em todos os canais.  

Jeongguk praguejou.

— Como isso aconteceu? O cliente não acompanhou todo o processo? Como diabos eles conseguiram tudo já feito? — Jinyoung olhou em volta para ter certeza que ninguém ouviria, então curvou-se e sussurrou.

— Junhoe desconfia que tenhamos um intruso entre nós vendendo nossos clientes para a concorrência. É apenas uma desconfiança, mas é a única coisa que faz sentido. — Jeongguk franziu a testa.

— Onde você ouviu isso? Junhoe falou? — Jinyoung sorriu amarelo.

— Não com todas as letras, mas eu ouvi ele conversando com a Hyoyeon e ele falou ‘tem um rato andando pelos lugares através do encanamento’.

— Ele poderia estar falando realmente de um rato — Jinyoung suspirou frustrado com Jeongguk. Jeongguk finalmente relaxou e sorriu — Você não deveria se preocupar com isso, dê duro no seu trabalho e se realmente tiver alguém causando problemas, uma hora a verdade virá a tona.

Jeongguk sabia onde Junhoe estaria e foi lá que o procurou como esperado, o homem estava sentado no fundo da sala de reunião, a sala estava escura, apenas o brilho do projetor no teto era o que permitia que Jeongguk visse alguém lá dentro, Junhoe estava lá, de cabeça baixa  olhos fechados. Jeongguk pensou duas vezes se era uma boa ideia incomoda-lo agora, mas antes que pudesse desistir, Junhoe levantou a cabeça e o viu.

— Jeongguk? — Jeongguk forçou um sorriso.

— Incomodo, sunbae?

Junhoe se recompôs rápido, passou as mãos nas roupas abarrotadas e nos cabelos desgrenhados, mas ele fez o possível para disfarçar sua situação.

— Não, eu só estava... — respirou fundo — Só estava precisando de um tempo sozinho. Hyoyeon não me dá sossego, o departamento acha que eu já tenho todas as respostas e soluções para tudo, eu fui pego de surpresa tanto quanto eles.

Jeongguk entrou completamente na sala e cautelosamente se aproximou.

— isso foi inesperado, mas agora precisamos saber como saiu daqui, é um problema interno que precisa ser resolvido — Junhoe assentiu concordando, Jeongguk encostou-se na mesa pensativo — Você tem algum suspeito?

— Acha que é um dos nossos? — perguntou apreensivo.

— Você já não pensou nisso? Todas nossos projeto são protegidos por um contrato de privacidade entre o cliente e a empresa, alguém de fora não teria acesso.

Junhoe suspirou exausto com esse assunto de repente, quando acordou naquela manhã não imaginou que teria um problema tão grande jogado nas suas costas e teria tantas pessoas  querendo sua cabeça caso não resolva. Ele não costumava ter tanta paciência para lidar com tantas pessoas lhe dando ordens e dor de cabeça, mas talvez ter se tornado um líder de um setor inteiro tenha lhe dado uma tolerância acima da média. 

— Não quero desconfiar de alguém da equipe, nem apontar um dedo sem provas — Jeongguk acenou concordando.

— Está certo, mas Hyoyeon tem que pensar na possibilidade de investigar, foi a primeira vez que isso aconteceu, mas a chance de acontecer de novo se deixarem isso passar é grande.

Junhoe pensou nas suas palavras por um momento então se levantou, parou em frente a Jeongguk com um sorriso ameno.

— Já perdemos o cliente mesmo, não há nada a fazer sobre isso, mas eu ainda vou entrar em contato com eles e tentar descobrir algumas coisas. — Jeongguk abaixou a cabeça pensando que a empresa por trás disso não daria o nome do ‘rato’ tão fácil assim, ele estava concentrado nos seus pensamentos que não previu o movimento de Junhoe ao esticar a mão e pegar a sua distraidamente pousada na mesa, o reflexo de Jeongguk foi puxa-la para longe do outro, mas Junhoe segurava com tanta firmeza que restou para Jeongguk fingir tranquilidade — Ainda bem que temos você, Jeongguk, alguém como você, se outra empresa decidisse te roubar, estaríamos perdidos.

Jeongguk se remexeu desconfortável, se Junhoe notava, ele preferia ignorar ou interpretar do seu próprio jeito. Quando Junhoe deu um passo a frente e o encurralou, Jeongguk começou a sentir uma camada fria de suor se  acumular nas suas costas. Ele sempre andava em linha bamba com Junhoe, sempre tentando não ofendê-lo porque possuía forte apresso por ele, mas momentos como aqueles o fazia pensar se não estava causando um mal entendido muito grande, para ser consertado mais tarde.

Ele não sabia como agir então apenas sorria educadamente, Junhoe mordiscou o lábio inferior incerto, então sorriu.

— Quando toda essa confusão acabar, eu quero te pagar uma refeição.

— Por que? Eu nem te ajudei em nada.

Jeongguk fingiu não vê-lo quando ele olhou todo seu rosto e sorriu ladino.

— Então usarei isso como pretexto.

Junhoe estava cada vez mais ousado e Jeongguk cada vez mais assustado. Não era como Taehyung o encurralando no corredor e seu ar sufocando de maneira quase atraente e estimulante, ali com Junhoe era sufocante e desconfortável, Jeongguk não se sentia bem em ter seu espaço invadido, e não se sentia livre para negar a investida porque não era qualquer pessoa ali.

Por fim, ele apenas sorriu nervosamente e pigarreando decidiu falar alguma coisa.

— Posso perguntar uma coisa, sunbae?

Os olhos de Junhoe brilharam instantaneamente. Ele balançou a cabeça concordando ansiosamente e com obvia esperança em receber o que queria ouvir. Jeongguk por outro lado, encarava as mãos juntas imóvel, tentou buscar dentro de si algum sentimento de nervosismo e agitação com o contato, mas única coisa que passava pela sua cabeça era que nada parecia certo. Ele pensou no que diria, mas indo contra a tudo que Junhoe desejava, Jeongguk apenas perguntou:

— Quem estava encarregado desse projeto?

Junhoe engasgou quando teve suas esperanças pisadas sem dó, Jeongguk lhe encarava alheio aos sentimentos de decepção em seu coração, Junhoe abriu a boca querendo dizer alguma coisa, mas desistiu antes mesmo de verbalizar a primeira palavra, para o rapaz restou apenas fingir que não esperava nada demais e pigarrear para acordar. 

— Eu- — coçou a garganta então recuou com as mãos deixando Jeongguk finalmente livre, ele deu um passo para trás afastando-se como se fosse o único a ficar desconfortável ali. Houve um minuto de silencio enquanto ele recolocava os pensamentos no lugar e tomasse coragem para voltar a encarar Jeongguk. — O responsável pelo projeto era Seokjin.

O mundo de Jeongguk parou por um momento e de repente aquele problema já não era apenas de Junhoe, mas também dele, havia uma suspeita dentro da empresa e Seokjin ser a pessoa a frente e a única ciente de cada passo colocava ele em primeiro na lista de suspeitos.

Jeongguk saiu apressado da sala sem dar chances para Junhoe falar algo mais, Jeongguk entrou no escritório já percorrendo todo o lugar a procura de Seokjin, mas ele não estava em lugar nenhum.

— Ele não veio para a empresa e nem atende o telefone. — Junhoe falou nas suas costas, Jeongguk não teve tempo de ficar surpreso com a sua aparição nem com ele vindo correndo atrás. — Eu sei que ele é seu amigo, mas...

Jeongguk virou-se de supetão surpreendendo Junhoe com sua expressão séria.

— Ele não é o culpado, Seokjin trabalha nessa empresa há mais tempo que eu e você, se vocês não conhecem o caráter de alguém que está aqui há tanto tempo, então não podem confiar em mais ninguém. — seu tom de voz decidido e sua expressão ousada fez Junhoe se calar imediatamente não  querendo discutir. — Você falou que não apontaria o dedo nem acusaria ninguém sem prova, mas Seokjin já estava na sua mira, é o primeiro da lista.  

— Ele quem estava a frente do projeto, é natural que a desconfiança caia sobre ele primeiro, Jeongguk- — Junhoe tentou defender seu ponto de maneira quase desesperada, sua expressão aflita e a imbatível de Jeongguk começava a chamar atenção de alguns colegas.

Jeongguk praguejou baixo, quase revirando os olhos.

— Que conveniente.

Jeongguk nunca falou um tom mais alto com Junhoe, nunca faltou com respeito nem demonstrou aversão a qualquer coisa que ele já fez ou falou, mas Junhoe pela primeira presenciou como era Jeongguk irritado e frustrado quando desconfiou do caráter de um dos seus bons amigos.

Jeongguk deu as costas sem mais palavras deixando Junhoe parado no mesmo lugar pensando no que tinha dito de errado para estarem naquela situação de repente, seu relacionamento com Jeongguk sempre foi harmonioso e próximo — não tanto como ele gostaria —, mas nunca houve um momento de impasse tão grande ao ponto de Jeongguk lhe olhar completamente decepcionado. Seja lá quais eram suas intenções com o seu hoobae, não estava indo no caminho certo.

Hoseok estava distraído com seu trabalho quando sentiu alguém parar ao seu lado silenciosamente.

 — Onde está seu namorado? Toda essa confusão acontecendo e ele some. — Jeongguk falou impaciente, Hoseok olhou surpreso com o tom irritado do amigo, algo lhe dizia que a irritação não era com Seokjin, mas não era momento de tentar entende-lo.

— Eu também queria saber onde está meu namorado. — murmurou com um suspiro —  Ele não me responde, o celular só dá desligado, quando eu ver aquele idiota, ele vai ver só. E agora todos os trabalhos vão atrasar, porque vão querer investigar cada pessoa nessa sala.

Jeongguk soltou os ombros em desânimo, com as mãos no quadril ele olhou em volta, todos estavam concentrados em seus próprios trabalhos.

— Principalmente Seokjin. — falou baixo apenas para Hoseok ouvir.

Hoseok se levantou em um pulo.

— Você também não acredita que ele seja o culpado, não é? Ele é um idiota e eu tenho minhas pendências com ele, mas eu sei que aquele imbecil não seria capaz de algo assim.

— Ele pode não ser o culpado, mas alguém é e ele pode ajudar a descobrir quem — Hoseok olhou preocupado.

A equipe se apoiava constantemente, viviam se ajudando e pedindo ajuda para seus próprios projetos, todo mundo sabia o que o outro estava planejando, isso significava que qualquer um ali dentro poderia conseguir informações e passar para outra empresa sem problemas e sem levantar suspeitas.

Seria difícil descobrir quem era a toupeira entre eles.

Desanimado de repente, Jeongguk deu um tapinha no ombro do amigo e foi para sua mesa onde muito trabalho o aguardava, ele olhou para suas mãos, havia uma pequena queimadura no dedo indicador feita naquela manha durante o desjejum em um momento de distração.     

Ele achava que sua única preocupação naquele dia seria ter agido como um adolescente cheio de hormônios e inconsequente que perde tempo pensando em namoricos escondidos aos invés de prestar atenção nos afazeres, tão entregue que nem prestar atenção em simples infusão de chá conseguiu. 

Taehyung era bom em ocupar sua mente sem fazer esforço, mas nem ele poderia prever que teria algo mais para se pensar, Jeongguk suspirou frustrado, ainda havia Sangmin, um encontro estava marcado para aquela noite, mas não tinha mais certeza se teria cabeça para isso, não enquanto Seokjin não desse as caras.

— Encontrei! Encontrei! — Hoseok surgiu de repente ao seu lado segurando o celular no ouvido — Eu sei onde ele está!

— Como? — Confuso, Jeongguk o olhou de cima a baixo analisando a situação, então quando pareceu entender praguejou surpreso — Você colocou alguém pra seguir ele?

Hoseok arregalou os olhos se sentindo injustiçado.

— O que? Não! Que tipo de pessoa você acha que eu sou?

— O tipo que acha que o namorado está traindo e pra provar poderia fazer algo assim? — Hoseok ponderou.

— Eu poderia mesmo... — murmurou pensativo, então lembrando-se repentinamente do foco da conversa balançou a cabeça — Mas eu não fiz! Eu só pedi pra alguns amigos me avisarem se vissem ele por aí.   

— Se você diz... — murmurou, Hoseok revirou os olhos. 

— Vamos encontrar ele ou não? — perguntou impaciente, Jeongguk franziu a testa confuso.

— Por que eu preciso ir junto? É bom que vocês fiquem sozi-

— Nem pensar, estou evitando confronto por enquanto, quero ter provas concretas antes de qualquer coisa. Você precisa me apoiar, Jeongguk, você será o apaziguador.

— Esse é o papel do Jimin. — resmungou, Hoseok respirou fundo sem paciência, ele agarrou os braços de Jeongguk e o puxou para fora da cadeira.

— Acho que ele pode ceder pra você por algumas horas... — Jeongguk ainda lutava para se manter sentado no seu lugar quando Hoseok voltou a falar — Ou prefere ficar aqui e lidar com ele?

Jeongguk olhou para a direção que Hoseok apontava e viu Junhoe entrando e olhando em sua direção, quando Jeongguk o viu se aproximar tomou a decisão rápido ao se levantar e sorrir desesperado para Hoseok.

— Você tem razão, um bom amigo deve apoiar um aos outros a todo momento, eu vou estar lá com você... — Hoseok sorriu ladino, mal acreditando na cara de pau.

— Você é um ótimo amigo, Jeongguk. Não sei o que faria sem você. — Jeongguk entendeu o tom irônico, apenas não se importava.

Junhoe estava se aproximando rápido, mas antes que ao menos pudesse abrir a boca e começar a falar, Jeongguk agarrou os braços de Hoseok e sorrindo amarelo para Junhoe se apressou em dizer:

— Estamos saindo por algumas horas, Hoseok tem uma pista de onde Seokjin pode estar — Junhoe queria dizer alguma coisa, mas Jeongguk não deu chances — Qualquer coisa me ligue, sunbae.

Antes que Junhoe pudesse reagir, Jeongguk já estava puxando Hoseok para longe. Junhoe ficou parado no meio do escritório olhando para a porta por onde os dois passaram completamente imóvel e perdido.

30 minutos depois os dois rapazes estavam dentro do carro em uma avenida movimentada parados em um lugar estrategicamente posicionado para se ter uma visão perfeita da loja do outro lado da rua onde Seokjin entrara há quase 10 minutos, uma loja de joias. Jeongguk precisou segurar Hoseok antes que ele decidisse sair do carro  encurralar o namorado.

— Eu tenho certeza que tem uma explicação simples pra isso e não é nada do que você está pensando — Jeongguk tentou aliviar a tensão do amigo.

Hoseok olhava pela janela silenciosamente, mas Jeongguk tinha certeza que ele estava a um passo de surtar porque ele mantinha o braço apoiado na janela e mordia o punho como se tentasse se controlar. Quando ouviu isso soltou um riso amargo.

— O que estou pensando? Eu não estou pensando em nada. — embora dissesse isso, ele rangia os dentes — Mas estou começando a pensar em algumas coisas que me faria perder o réu primeiro.

Não era dois dias, nem dois meses de relacionamento, Seokjin e Hoseok namoravam há anos, mais do que a média que estereotipam entre casais homoafetivos, eles nunca colocaram alianças no dedo um do outro nem tinham essa vontade, mas a relação costumava ser forte e duradoura. É irreal que Seokjin estivesse fazendo algo pelas costas de Hoseok.

Mas Jeongguk uma vez leu em algum lugar que nunca conhecemos completamente uma pessoa, você não está na cabeça dela, não sabe o que se passa lá. Sabe-se lá o que pode estar na mente de Seokjin?

Jeongguk queria garantir mais uma vez que Hoseok não precisava se preocupar quando seu celular apitou, Hoseok lhe olhou ansioso enquanto abria a mensagem. Assim que terminou de ler, respirou fundo.

— É o Junhoe, ele marcou uma reunião com Hyoyeon e Seokjin, pediu que passássemos a mensagem. — Hoseok parecia ainda mais aflito depois de ouvir isso.

— Ainda tem isso... — resmungou, ele olhou para cima prestes a fazer uma prece — Eu não mereço isso, sabe Deus? O Senhor não me faria ter que carregar o fardo de ser corno e ainda por cima por um canalha, não é? Olha, eu não sou santo, mas também não pequei tanto assim.

Jeongguk esperou que Hoseok acabasse seu surto, ele até deitou a cabeça no assento e observou em silêncio o monólogo sem demonstrar qualquer reação.

— Para de bobagem. — falou em fim em tom de diversão, ele olhou além de Hoseok e se ajeitou no banco — Ele saiu.

Um silêncio profundo se perdurou enquanto observavam Seokjin se despedir da atendente na porta e sair segurando uma pequena sacola com o nome da loja em dourado, seguiram ele com os olhos até o momento que ele parou entre as pessoas para atravessar na faixa de pedestres, mas mesmo que houvesse dois pares de olhos observando cada passo, foram capazes de perde-lo de vista quando a multidão atravessou e ele não estava no meio.

Os dois se entreolharam um mais confuso que o outro.

— Pra onde ele foi? — Hoseok indagou aflito, ambos olhavam em volta tentando encontra-la, mas estavam numa rua importante da cidade, quase toda a população passava ali diariamente, o trânsito era complicado, os pedestres pareciam formigas, é fácil perder qualquer um de vista.

Jeongguk começava a acreditar eu Seokjin tinha evaporado no ar inesperadamente quando dois toques na sua janela fez com que os dois jovens quase adquirissem problemas cardíacos ante do 40. Ali estava Seokjin olhando para dentro com os as sobrancelhas arqueadas e um sorriso ladino como se soubesse que eles estavam aprontando.

— Seokjin! Que surpresa você aqui! Uma grande coincidência, nós dois parados exatamente no lugar em que voc- — Jeongguk exclamou exageradamente ao abaixar o vidro, ele ria nervosamente e de maneira muito suspeita como alguém que não tinha talento nenhum para mentiras. Ele tateava o braço de Hoseok cegamente a procura de ajuda, e continuaria a falar coisas sem sentido se não tivesse sido interrompido.

— Jeongguk! — Hoseok rangeu os dentes, quando Jeongguk o encarou, ele apenas fez um gesto sutil para que se calasse, Jeongguk obedeceu porque era incapaz de atuar em um momento como aquele — Nós estamos indo para a empresa agora, você é idiota ou o que? Não sabe que todos estão tentando falar com você desde manhã? Esqueceu que tem trabalho? Esqueceu que tem um nam- rum, esquece.

Hoseok virou a cara para o lado contrario se negando a encara-lo mais, Seokjin teve que se voltar para Jeongguk, na esperança de receber uma luz, mas Jeongguk se sentia em um fogo cruzado. Ele sentiu que tinha alguma coisa errada imediatamente e mesmo que Hoseok não tenha dado passe livre ocupou o banco de trás e se enfiou entre os dois bancos.

— Eu deixei o celular no carro, deve estar descarregado, me desculpe, querido. — a bajulação de Seokjin ao tentar beijar o ombro de Hoseok não funcionou, Hoseok o afastou com uma carranca, ele olhou perdido para Jeongguk esperando por explicação. — O que eu fiz dessa vez?

Felizmente Jeongguk foi empático ao suspirar cansado e desbloquear o celular para que ele visse a campanha publicitária que rodava a cidade toda e todos os canais de comunicação desde manhã. Por cerca de 3 minutos Seokjin não esboçou reação alguma até o momento de finalmente explodir.

— Que filhos da puta! — gritou com raiva, ele quase deu um soco na parte de trás do assento de Hoseok no impulso, mas foi parado a tempo pelo olhar imbatível no retrovisor, restou apenas sorrir amarelo e extravasar sua raiva puxando os próprios cabelos. — Sr. Korosowa acompanhou etapa por etapa, cada ideia que eu tinha passava por ele, ele estava ciente que cada traço desse projeto vinha de mim e ele deu carta branca a cada uma delas. Então alguém pode me explicar por que aa minha campanha está no ar com a assinatura de outra pessoa? Ah aquele velho caquético! 

Nenhum dos dois sabia como responde-lo.

— É o que todo mundo quer saber. Junhoe e Hyoyeon querem uma reunião com você ainda hoje. — Jeongguk explicou rapidamente, Seokjin ainda encarava sem acreditar para o celular, ele tinha meios de provar sua inocência, tudo que fazia era protegido pelos direitos autorais e apenas ele poderia dar os direitos para outra empresa usar seu conteúdo, e era por isso que ele era o principal suspeito.

 — Eles querem me culpar, eu estava a frente, é esperado.

Hoseok tentava soar indiferente, mas pelo retrovisor ele olhava constantemente para Seokjin, estudando suas expressões e sentindo o quanto ele estava frustrado, mas orgulhoso demais para demonstrar que estava ao lado dele nessa confusão, era obvio que Hoseok acreditava na sua inocência, seus problemas pessoas não tinha nada a ver com esse assunto, mas demonstrar ainda era difícil mesmo que não fossem desconhecidos, então ele apenas pigarreou e murmurou olhando para longe.

— Junhoe e Hyoyeon não são injustos, se você não tem culpa, não precisa se preocupar em ser mal entendido — o duplo sentido e o tom indiferente fez com que Seokjin e Jeongguk se entreolhassem, o tom ácido poderia corroer aço, Seokjin pensava que seu mal humor dava-se ao fato de não atender suas ligações, não passava pela sua cabeça a possibilidade de ser algo mais grave.

Ou ele era muito sonso ou muito ingênuo, era o que Jeongguk pensava ao assistir a trama de perto, Seokjin novamente se voltou para ele, mas recebeu apenas um dar de ombros de abstenção, uma vez tentou ajuda-los a se resolverem, não deu certo, ele não se intrometeria novamente.

Jeongguk olhou para trás onde Seokjin roía suas unhas preocupado, ninguém saberia dizer se sua aflição era pelo problema no trabalho ou o mal humor do namorado, Jeongguk também queria demonstrar seu apoio, dizer que acreditava na sua inocência, mas a sacola pequena ao lado do rapaz captou a sua atenção. Ele olhou para Hoseok e pensou que se fosse com ele também desconfiaria.

Entretanto não foi preciso averiguar, Seokjin notou seu olhar e sem hesitar ou demonstrar qualquer tipo de receio ele pegou a sacola e suspirou tristemente ao retirar a delicada caixa de veludo vermelho, quando ele abriu, Jeongguk pode ver um colar banhado a ouro com um pingente pequeno de coração azul brilhante.

— Bonito, não é? Eu encomendei há dois meses.

Hoseok checou o retrovisor curioso e ficou surpreso ao vê-lo mostrar o objeto sem qualquer medo, se fosse um presente para alguém suspeito ele não teria essa coragem, a não ser que ele soubesse que tinha sido descoberto e não fazia sentido mentir. Pensando nisso Hoseok não falou nada, mas se atentou a tudo que falavam.

— Muito bonito mesmo... — Jeongguk olhou para Hoseok, o rapaz mandou uma piscadela disfarçadamente e Jeongguk logo entendeu —, fico imaginando quem vai receber um presente tão caro e bonito.

Seokjin sorriu tristemente.

— Minha mãe. — Seokjin respondeu rapidamente sem ao menos hesitar, Hoseok se virou rápido para Jeongguk quando sentiu seu olhar. — É seu presente de aniversário, eu ia pra casa hoje pra ver ela, mas eu acho que vou ter que adiar.

Jeongguk crispou os olhos para Hoseok, mal acreditando na situação quando Hoseok sorriu amarelo e desviou o olhar para longe não querendo ter que explicar por diabos ele não saberia sobre o aniversário da própria sogra, nem que ele estava com tanto ciúmes e maluco com a possibilidade de estar sendo feito de idiota que esqueceu desse pequeno detalhe. Seokjin estava alheio a tudo enquanto olhava desanimadamente para o objeto, não poder ver sua mãe em seu aniversário era triste, mais um motivo para querer o responsável de tudo isso se revelando. 

— Tudo vai se resolver, você é precavido, não deixaria suas coisas expostas pra qualquer pessoa pegar e vazar, essa pessoa fez escondido e com má intenção. — Jeongguk falou, Seokjin soprou um riso.

— Má intenção é o que eu vou ter assim que colocar as mãos nesse desgraçado que quer me ferrar. — rosnou irritado, então balançou a cabeça cansado dessa conversa. Seokjin sempre parecia um cara descontraído, despreocupado e bem-humorado, mas naquele momento havia uma nuvem negra sobre sua cabeça e uma fina linha vermelha abaixo dos olhos. — Eu vou pegar meu carro, ele está ali na frente. Nos vemos na empresa.

Ele se curvou e deixou um beijo na bochecha de Hoseok, uma ação tão rápida que não houve tempo para que o Jung se esquivasse ou reagisse, assim que ele se tocou no que tinha acontecido Seokjin já tinha partido.

Hoseok e Jeongguk se entreolharam, então finalmente Jeongguk pode deixar um aperto doloroso nos braços alheio, Hoseok se afastou gritando, mas não ousou dizer mais nada quando viu a expressão já irritada de Jeongguk, ele apenas pigarreou:

— Tudo bem, dessa vez eu estou errado, mas não quer dizer que não tenha alguma coisa suspeita acontecendo. — falou soando irredutível, convicto do que acreditava.

Jeongguk revirou os olhos, sentindo-se exausto por estar no meio do fogo cruzado, ele apenas afundou o rosto nas mãos e respirou fundo porque sentia que aquela confusão estava longe de terminar. De um lado tinha Hoseok, um aquariano orgulhoso e decidido sobre o que pensa, se ele colocou na cabeça que há algo errado, Jeongguk duvidava se poderia mudar seu pensamento, do outro havia Seokjin, um sagitariano despreocupado, mas que possui pouca tolerância, um dia ele se cansará de toda essa estranheza de Hoseok e o estrago será ainda maior.

Serem dois signos compatíveis e iguais não faziam deles alheios a problemas de convivência, eles tinham seus defeitos e estava obvio que chegaram naquela fase de ter que lidarem com eles. Pensando nisso, Jeongguk só podia desejar sorte aos amigos porque eles precisarão.

Jeongguk não só queria cancelar o encontro daquela noite como também queria estar ao lado de Seokjin na reunião, mas ninguém ficou ao seu lado nessa decisão, principalmente quando souberam que ele iria encontrar alguém, Hoseok até mesmo se ofereceu para deixa-lo no lugar marcado e Jeongguk aproveitou a oportunidade para defender seu lado até o último minuto, Hoseok não aguentava mais.

— Qual seria a diferença se estiver lá ou não? Vai persuadi-los a inocentar ele piscando seus olhos brilhantes? — Hoseok zombou — Talvez com Junhoe funcione, não tenho tanta certeza sobre Hyoyeon.

Jeongguk ignorou a insinuação obvia.

— Estou falando sério, Hoseok. — resmungou.

— Eu também — exclamou exageradamente —, nem mesmo eu vou poder acompanhar a reunião, só nos resta esperar e ver no que vai dar. Não adianta se remoer, faça o que tem que ser feito, eu te deixo informado.

Jeongguk pensou por um momento, mas no final precisou admitir que Hoseok estava certo, então acenou mesmo a contragosto.

— Promete me ligar se algo acontecer? — Hoseok revirou os olhos, mas ainda assim sorria.

— Prometo, quer fazer promessa de dedinho também? — brincou realmente erguendo o dedo, Jeongguk resmungou já saindo do carro sem dar qualquer resposta ao rapaz. — Algum de nós tem que se dar bem essa noite, aproveite por mim.   

Jeongguk atravessou a rua e chegou diante a um restaurante temático, seu slogan era um sombrero com os dizeres “mata el hambre, revivir el alma”, todo o lugar possuía detalhes verdes e vermelhos, até mesmo os funcionários usavam roupas da região, assim como a música ambiente. 

Um lugar peculiar para um encontro, mas Sangmin garantiu que iria surpreende-lo e definitivamente Jeongguk estava surpreso. O garçom foi gentil ao recebe-lo na entrada e logo perguntando se havia reserva, Jeongguk precisou parar por um momento para se lembrar.

— Acho que está no nome de Song Kangmin — o rapaz procurou na lista em mãos então sorriu.

— Eu te acompanho até lá, senhor.

Jeongguk seguiu o garçom até uma das mesas mais afastadas do restaurante, alguém já ocupava a mesa quando se aproximaram, o rapaz os avistou e rapidamente se levantou passando as mãos na lateral das calças em um gesto obvio de nervosismo.

— Você chegou. — Jeongguk reconheceu a voz grave imediatamente, parado ali estava um rapaz alto de quase 1,82, vestia uma suéter vermelho e estampado com as mangas sobradas até os cotovelos deixando a vista as tatuagens no antebraço esquerdo, no seu rosto, ele esbanjava uma charmosa covinha quando sorria parecendo muito feliz por ver Jeongguk. — Pra falar a verdade, eu estava começando a achar que você não viria.

Jeongguk precisou de um momento tentando ligar aquele homem parado na sua frente ao rapaz que conversou pela internet, suas fotos no aplicativo não eram reveladoras, na verdade estavam longe disso, ele tinha fotos de lugares que visitou, países distintos e vestimentas peculiares, parecia um aventureiro nato, Jeongguk teve que fingir surpresa porque ele sabia como aquarianos eram.

Na sua frente, entretanto, Sangmin passava uma imagem quase normal e simples demais, ele tinha 31 anos e sua aparência provavelmente condizia com sua idade, não se passava por mais novo, mas também não aparentava ser mais velho, era definitivamente a imagem de um homem bem resolvido aos 30 anos, ele não demonstrava insegurança, olhava Jeongguk nos olhos sem hesitar, Jeongguk se sentiu tímido de repente, até agora Sangmin havia sido o mais maduro e experiente entre os encontros.

Lembrou-se dos flertes que trocaram por mensagem e ligação, Jeongguk não era tão desenvergonhado assim para lidar com isso de maneira tranquila e cotidiana, era sua primeira vez saindo em encontros, primeira vez flertando, primeira vez tendo um caso sem compromisso, primeira vez em tudo, quase um virgem e não estamos falando do seu signo.

— Por que? — perguntou depois de finalmente terminar sua análise.

Sangmin o guiou até a mesa e ainda fez questão de puxar a cadeira para que ele sentasse.

— Demorou tanto pra esse encontro acontecer, sempre que eu tocava no assunto você não parecia disposto — ao dizer isso, ele riu tranquilamente completamente despreocupado e não querendo que Jeongguk se sentisse desconfortável com a insinuação. — Acho que pensei demais, depois entendi que provavelmente você estava sendo cuidadoso, normalmente eu também não sou tão impulsivo, mas é que...

Jeongguk arqueou as sobrancelhas curiosamente quando Sangmin se aproximou cauteloso e a uma distancia segura sem toca-lo ele sussurrou:

— Eu realmente me senti atraído por você e queria te conhecer — Jeongguk ficou sem palavras. Sangmin soprou um riso quase envergonhado — Direto demais?

Jeongguk piscou rapidamente, conviver com Taehyung vem o preparando bem para esse tipo de personalidade, por isso que quando Taehyung agia assim Jeongguk se sentia eufórico, temeroso e sem saber como reagir, Sangmin sendo tão direto apenas arrancou uma risada de Jeongguk, nada além disso. Talvez devesse agradecer a Taehyung por ajuda-lo a criar imunidade a homens com bocas espertas e sorrisos charmosos.

— Não, é bom que se sinta assim, sinal que queria de verdade estar aqui — o sorriso de Sangmin congelou um pouco como se não entendesse do que ele estava falando, mas Jeongguk também não estava disposto a explicar que a maioria com quem teve encontros não parecia muito dispostos e animados, exceto por Soonyoung era bom que alguém estivesse ansioso por aquilo tanto quanto ele e estivesse ali unicamente e principalmente por ele, sem qualquer desejo oculto. 

Sangmin fez questão de se sentar na cadeira ao seu lado, então quando ele começou a folhear o cardápio animadamente, Jeongguk conseguia ver tudo, o garçom estava parado a postos apenas esperando para anotar os pedidos, mas Sangmin parecia tão entusiasmado que estava confuso sobre o que pedir.

— São tantas opções, esse cochinita pibil, do que é feito? — o rapaz perguntou com a língua enrolada tentando pronunciar o nome corretamente, o garçom respondeu com um sorriso.

— Carne de porco temperado com laranja, cebola roxa e molho achioto. — Jeongguk soprou um riso quando Sangmin o olhou e com olhos surpresos umedeceu os lábios.

Pelos próximos cinco minutos o pobre garçom recitou todos os ingredientes de dezenas de pratos que Sangmin perguntava curiosamente, quanto mais exótico, mais Sangmin se animava e voltava a perguntar, Jeongguk já estava vendo o exato momento que o garçom perderia a paciência e chamaria o chefe para que ele mesmo respondesse as inúmeras perguntas ao mesmo tempo que já pensava na gorjeta que daria a esse funcionário paciente e trabalhador. 

Não tinha muito o que Jeongguk pudesse falar, ele só ficou ali no seu canto ouvindo tudo e sorrindo quando Sangmin mostrava animação e curiosidade sobre algo, em qualquer momento ele não teria muita paciência e surtaria com a enrolação, mas Sangmin estava se mostrando tão intrigante e interessante que ele não se importou. Sangmin parecia gostar de descobrir coisas novas e se sentia animado com elas, Jeongguk não queria ser estraga prazeres então se manteve em silêncio até que o garçom perdesse a paciência por todos.

— Parece delicioso, e esse... chilli com carne?

— Feijão e molho de tomate com pimenta malagueta. — Sangmin soltou um riso nervoso.

— Parece picante... — sussurrou, então virou-se para Jeongguk — Você gosta de coisas picantes?

— Eu não sou um grande admirador, mas eu não tenho problemas com pimenta.

Ele se voltou para o garçom com uma determinação estranha de repente.

— E-eu vou querer esse, parece gostoso e eu amo pimenta. — gabou-se, Jeongguk franziu a testa, mas não contestou.

— Eu acho que vou provar esse cochinita, parece ser gostoso. — o garçom soltou um suspiro aliviado quando Jeongguk respondeu de imediato, morrendo de medo de ser outro falador que começaria outra rodada de perguntas.

O garçom saiu rapidamente fugindo de Sangmin e de suas perguntas tal como o diabo fugindo da cruz, ele não percebeu, entretanto, ele se virou sorridente para Jeongguk decidido a dar toda a sua atenção ao seu parceiro de jantar dessa vez.

— Então, Jeongguk-ssi, gostou do lugar? — perguntou curioso, Jeongguk olhou em volta e assentiu.

— Eu não sabia que tinha um restaurante mexicano por aqui, como conheceu esse lugar? — Sangmin deu risada.

— Foi uma recomendação e como eu nunca provei achei que seria legal te trazer aqui, estava torcendo para que você também nunca tivesse provado porque ai seria os dois tendo uma primeira experiência juntos.

— Você viajou por tantos lugares, nunca foi para o México? — Sangmin soltou um muxoxo.

— Eu não fui tão longe, mas está na minha lista de desejos. Não tenho viajado muito por conta do trabalho, isso está me matando. — murmurou dramaticamente, Jeongguk riu.

— Isso é uma pena.

— Com certeza. E você? Viaja muito? — Jeongguk pensou por um segundo.

— Não muito, eu viajo as vezes a trabalho, mas eu acho que isso não conta, eu mal saio pra olhar os lugares.

— Isso é ruim, você deveria aproveitar as oportunidades que a vida dá.

Jeongguk sorriu, mas não falou mais nada sobre isso, ele não gostava muito de viagens porque isso significava sair da rotina, refazer seus planos e desfazer de outros, era um trabalho inútil que ele não gostava de ter. Sangmin parecia gostar dessa correria, ao contrário dele.

A comida chegou e eles comeram enquanto se conheciam, Jeongguk descobriu que Sangmin era corretor de imóveis, morava sozinho em Seul e não tinha parentes próximos, seu último relacionamento foi há um ano e terminou por diferenças de personalidade e visões futuras, exatamente como Jeongguk. Jeongguk se identificou rapidamente e engataram em uma conversa sobre isso porque concordavam que essas coisas deveriam ser discutidas no processo de conhecimento, não quando já tivessem em um relacionamento, era um erro comum que Jeongguk sempre cometia, mas prometeu não cometer novamente.

 Sangmin programou uma noite de experiência para os dois, ele tirou uma caderneta onde tinha uma pequena lista de lanchonetes, cafeterias e barraquinhas de rua que ele queria provar as comidas. Quando saírem do restaurante mexicano, foram para mais três lugares diferentes, Jeongguk sentia que não aguentaria sentir cheiro de comida na manhã seguinte, Sangmin não parecia satisfeito, bastava a comida ter um nome ou uma aparência engraçada que ele pedia para provar, no quarto lugar Jeongguk decidiu que apenas faria companhia.

Ele só deu o braço a torcer novamente quando estavam andando pelas ruas e se depararam com uma barraca de rua onde vendia bebidas quentes, Jeongguk aceitou que Sangmin lhe pagasse um copo e tomaram enquanto passeavam lado a lado.

— Eu já fui noivo... — Sangmin confessou depois de um tempo de conversa, Jeongguk arqueou as sobrancelhas em surpresa, o rapaz deu risada — Por que parece surpreso com isso?

— Eu não estou... — Jeongguk olhou para o lado e viu o olhar desconfiado de Sangmin, não viu alternativa a não ser admitir — Estou um pouco, você parece tão... livre, tão desapegado. Você realmente cogitou se casar.

Sangmin soprou um riso, ele colocou as mãos para dentro do casaco e respirou o ar frio da noite antes de responder.

— Eu posso ser “livre”, mas eu sempre tive um sonho de ser “livre” com alguém do meu lado. Sempre me imaginei me aventurando com a pessoa que eu amo, eu sou bem romântico, pode não parecer, mas eu sou. — Jeongguk riu.

— E por que não deu certo?

— Ela era exatamente o que eu procurava, ela combinava comigo em tudo, adorava as mesmas coisas que eu e sempre tínhamos coisas a se fazer juntos. Mas ao contrário de mim, ela queria ser “livre” sozinha, dois meses antes do nosso casamento ela chegou pra mim e falou que achava que tinha se enganado, que não era o que realmente queria e que precisava de tempo pra pensar e colocar a cabeça no lugar pra ter certeza sobre o que sentia. — ele suspirou e sorriu conformado antes de voltar a olhar para Jeongguk — Foi ali que eu percebi que nem sempre ficar com uma pessoa igual a você é uma boa ideia.

Um silêncio se pendurou por um tempo, Jeongguk pensou nessa questão por mais tempo que o necessário porque era exatamente o que ele estava tentando fazer, encontrar alguém compatível é igual a você. Ele não sabia mais o que realmente estava certo nisso tudo, com Sangmin não pareceu dar certo estar alguém igual a ele, como Jeongguk tinha certeza que com ele seria diferente?

— O encontro é nosso, eu não deveria estar falando da ex, me desculpe, Jeongguk — murmurou culpado finalmente despertando Jeongguk de seus pensamentos, o Jeon apenas sorriu e negou.

— Tudo bem, eu não acho legal ignorar o passado, faz parte da experiência e pode explicar a pessoa que você é hoje. — falou sinceramente — Eu não tive boas experiências no passado, mas eu não sei se apagaria elas da memória se pudesse.

— Faz sentido, são aprendizagens. — os dois se olharam e sorriram quando sentiram que uma sintonia havia sido sentido ali.

O restante do encontro foi tranquilo, durante a caminhada Sangmin tentou segurar sua mão despretensiosamente e Jeongguk reprimiu o reflexo de se afastar, ele queria saber como seria a sensação então permitiu que o rapaz entrelaçasse seus dedos e caminhasse sem preocupações em meio às pessoas. Um de seus ex namorados não gostava de andar de mãos dadas em público, Jeongguk achava na época que era apenas autopreservação, mas depois que envelheceu começou a perceber as bandeiras vermelhas.

Por causa dele Jeongguk também começou a temer demonstrar afeto em público, mas naquela noite ninguém pareceu se importar, talvez fosse porque estava escuro ou talvez porque Sangmin transmitiu segurança, Jeongguk deixou-se guiado como se fossem realmente um casal e deixou-se inundar com o sentimento.

Estava sendo tudo tão bom e tranquilo que Jeongguk quase se esqueceu Sangmin era um desconhecido, conversaram sobre família, sobre os empregos de ambos, Jeongguk não gostava de falar de si mesmo, mas se abriu um pouco, falou o mínimo possível e dando as informações mais genéricas possíveis, mas ainda assim era uma evolução em tanto.

— Tem mais algum lugar que queira ir? — Jeongguk perguntou curioso, Sangmin pegou a cardeneta e deu uma olhada, ele se atrapalhou um pouco para abri-la porque não queria soltar a mão de Jeongguk para isso.

— Tem um último lugar, é uma cafeteria, eu estou um pouco cheio, mas eu acho que deveríamos encerrar com um café, tudo bem pra você? — Jeongguk deu de ombros.

— Por mim tudo bem... — murmurou, não falou que não tomava café, era capaz de Sangmin fazê-lo tomar até ele gostar. O pensamento o fez rir, o encontro todo Sangmin defendeu a ideia de que se nunca tentar nunca gostará, toda experiência conta.

Jeongguk estava tranquilo com as ideias mirabolantes de Sangmin até o momento que reconheceu o caminho que estavam tomando e avistou a fachada da cafeteria bastante conhecida por si, pela janela ele pôde ver Taehyung atrás do balcão conversando com uma garota, a garota parecia rir dele e ele revirava os olhos a cada meio segundo. Jeongguk se desesperou, nem ele sabia dizer o porquê e empacou fazendo Sangmin parar e olhá-lo confuso.

— Tudo bem?

— Sim, eu só... você tem certeza que quer entrar aqui? Eu conheço um lugar melhor.

— Mas já estamos aqui, se não gosta do lugar podemos pedir pra viagem — respondeu todo atencioso, Jeongguk praguejou baixinho quando começou a ser puxado para dentro do lugar.

Foi como imã, assim que Jeongguk passou pela porta os olhos de Taehyung o encontraram automaticamente, então ele abaixou os olhos e viu as mãos entrelaçadas, ele encarou por dois segundos antes de voltar para seu rosto e sorrir quando eles se aproximaram do balcão.

— Boa noite, no que posso ajudar vocês hoje? — Jeongguk nunca se sentiu tão travado na vida, era desconfortável estar com um cara diante de uma pessoa que ele estava beijando até seus lábios incharem na noite passada, Taehyung agia com naturalidade como se não fosse nada demais, mas Jeongguk não sabia ser tão casual assim.

— Dois americanos pra viagem, por favor. — Sangmin pediu, Taehyung olhou diretamente para Jeongguk e arqueou as sobrancelhas em confusão.

— Dois? Cafés? — Jeongguk pigarreou e desviou o olhar, então não viu quando Taehyung sorriu ladino — Dois americanos, anotado chefia. Podem esperar um pouquinho? Não vai demorar mais que cinco minutos.

Sangmin concordou, e guiou Jeongguk até uma das mesas, infelizmente o local escolhido deixava Sangmin de costas para o balcão e Jeongguk com toda a visão. Ele viu quando a garota ao lado de Taehyung começou a rir como se tivesse ouvido uma piada muito boa e foi fazer os pedidos depois de Taehyung dizer algo baixo no seu ouvido. Taehyung ficou no balcão, ele tinha um pirulito na boca e chupava aquela coisa enquanto olhava para a mesa do casal sem qualquer vergonha. Sangmin comentava sobre o quanto a cafeteria era bonita e aconchegante, mas Jeongguk não ouviu nada porque estava mais focado em tentar não devolver o olhar.

Mas a sua luta foi em vão, o olhar de Taehyung o queimava e ele sentia que só pararia se devolvesse o olhar então o fez. Taehyung sorriu satisfeito, arqueou as sobrancelhas e acenou disfarçadamente.

Foi os cinco minutos mais longos da vida de Jeongguk, Sangmin estava sendo perfeito do começo ao fim, mas foi só Taehyung surgir de maneira não proposital que tudo em sua mente pareceu ter virado pó.

Isso não poderia acontecer, Jeongguk não podia se distrair dessa maneira, pigarreou e desviou o olhar novamente para Sangmin, o recebendo com um sorriso atencioso e concordando com tudo que ele dizia sobre o lugar. Mas Taehyung não pareceu gostar desse desvio de atenção, quando os pedidos ficaram prontos, não foi a garota que veio trazer a eles e sim Taehyung, Jeongguk nem precisou olhar para saber quem estava parado ao lado da mesa, a presença forte e o cheiro gostoso e conhecido lhe entregou.

Taehyung colocou os copos na frente deles propositalmente deixando que as costas da mão tocasse nas de Jeongguk, o Jeon se afastou como se tivesse recebido um choque e era quase isso que tinha sentido.

— Aproveitem o café. — Sangmin sorriu gentilmente.

— Obrigado.

Taehyung sorriu de volta, Jeongguk mal podia acreditar na cara de pau quando ele passou atrás de sua cadeira e disfarçadamente deixou que seus dedos deslizassem por suas costas como uma mensagem apenas dos dois, Jeongguk arqueou as costas sentindo o arrepio incomum e precisou sorrir nervosamente quando Sangmin o olhou confuso. Taehyung voltou para atrás do balcão bastante satisfeito com o seu feito.

Jeongguk agradeceu quando Sangmin não tentou fazê-lo ficar ali, ele pagou pelos cafés e saíram, Jeongguk ainda enviou um olhar significativo para Taehyung através da janela, mas recebeu apenas uma piscadela em resposta.

Jeongguk andou por um bom tempo ao lado de Sangmin segurando aquele copo sem saber o que fazer, Sangmin já estava na metade do líquido e lhe olhou se perguntando por que ele não estava tomando também, Jeongguk sorriu e colocou o copo na boca apenas para fingir, mas se surpreendeu quando o gosto doce tocou sua língua, ele abriu a tampa do copo e se surpreendeu quando não encontrou café e sim chá.

— Algum problema? — Sangmin perguntou notando seu olhar, Jeongguk estava estufetado com aquilo, mas ainda assim fingiu normalidade para o rapaz.

— Nenhum, é que... — olhou para o copo e sorriu emocionado — O café ‘tá muito bom.

Já era quase 2h da manhã quando Sangmin deixou Jeongguk em casa, ele o levou até porta do prédio e se despediu com um beijo no rosto, aquele final de encontro deixou um gosto de inacabado, era uma mensagem implícita que ambos queriam um segundo encontro. Jeongguk estava feliz porque tinha sido a primeira vez que sentiu realmente vontade de encontrar alguém uma segunda vez e já haviam até combinado quando seria.

Jeongguk passou todo trajeto até sua porta com um sorriso satisfeito no lábio, até o momento que estava mexendo na fechadura e ouviu a porta da frente se abrir e revelar um Taehyung de cabelos desgrenhados, olhos de sono e óculos de descanso no rosto, ele cruzou os braços e se encostou no batente da porta enquanto observava Jeongguk silenciosamente, era um olhar tão intenso que Jeongguk pigarreou.

— O que está fazendo acordado tão tarde? Não me diga que estava me esperando? — inicialmente era apenas uma provocação barata, mas Taehyung assentiu.

— Estava, mas você demorou tanto. — sua sinceridade deixou Jeongguk sem palavras.

— Por que? — Taehyung umedeceu os lábios provocadamete.

— Primeiro me diga como foi o encontro. Vocês estavam tão bonitinhos de mãos dadas. — provocou, Jeongguk revirou os olhos.

— Foi ótimo, ele é um bom homem. E combinamos outro encontro... — gabou-se, Taehyung assoviou impressionado.

— Finalmente um passo pra frente. — ele saiu da porta e veio lentamente em sua direção, Jeongguk sabia que seria encurralado, era sempre assim, então facilitou as coisas se encostado na própria porta apenas esperando a aproximação do outro. — Mas sabe de uma coisa?

Ele sussurrou parando na sua frente, tocou sua cintura e sorriu quando Jeongguk enrijeceu sob seu toque.

— O que?

Taehyung curvou-se, mas não aproximou o rosto do outro mais do que o necessário.

— Eu achei ele interessante, mas senti falta de algo, um sal talvez? Um tempeiro? Ser um bom homem é ótimo, mas é só isso que você tem a dizer sobre ele?

— O que mais você quer ouvir? Que achei ele gostoso? Que senti vontade de beijar ele o encontro todo? — sussurrou de volta, Taehyung encostou os lábios na sua bochecha superficialmente.

— Só se for verdade. Se você não consegue ver seu parceiro dessa maneira, então alguma coisa está errada.

“Que maneira?” Jeongguk pensou, “da maneira que eu estou vendo você nesse momento?”

Taehyung sabia o que estava fazendo quando esfregou o nariz na bochecha alheia então encostou os lábios na mandíbula, sentindo-se satisfeito quando Jeongguk arqueou a cabeça querendo que os lábios fossem para seu pescoço, mas Taehyung não o fez, ele fingiu que iria beija-lo e quando finalmente tocou os lábios se afastou completamente deixando um Jeongguk parado estético na porta sem saber o que tinha acontecido.

— Mas talvez você consiga ver ele assim mais pra frente, talvez precisem se conhecer mais e criar uma conexão. — terminou, Jeongguk piscou atordoado e o olhou indignado, Taehyung fingiu que não notou, enfiou as mãos dentro do bolso do pijama porque sentia que não aguentaria deixá-las longe de Jeongguk se não as prendesse. — Sobre o que eu ia falar, você lembra do convite que eu fiz há algumas semanas?

— O que? — perguntou perdido, ele ainda precisava se situar de onde estava e o que estava acontecendo, Taehyung soltou uma risadinha.

— O aniversário da minha irmã mais nova? Lembra? — Jeongguk pigarreou.

— A-ah sim, sim.

— Bom, eu estou indo pra casa dos meus avós amanhã, vou ficar o fim de semana todo lá, volto na segunda. O convite ainda está de pé, eu queria muito que você fosse. — Jeongguk abriu a boca para rebater, Taehyung sentia que viria uma recusa e foi rápido em voltar a falar — Eu sei que fui um pouco impulsivo quando fiz o convite, nem éramos assim tão próximos. Mas agora faz sentido, não faz? Somos amigos, não somos? E eu sempre apresento meus amigos pra minha vó, a opinião dela é valiosa, se ela ir com a sua cara então eu sei que devo te manter na minha vida.

Jeongguk deu risada.

— E se ela não gostar de mim? — Taehyung deu de ombros.

— Então infelizmente terei que continuar te beijando na surdina pra ela não descobrir.

— Idiota. — Rindo, Taehyung voltou a se aproximar, dessa vez ele o abraçou pela cintura.

— É impossível ela não gostar de você. — murmurou, Jeongguk suspirou depois de um segundo em silêncio apenas olhando nos olhos. Percebendo de repente que tudo em Taehyung era charmoso, até mesmo seus olhos, poderiam facilmente hipnotiza-lo para fazer o que ele quisesse apenas com uma olhar.

Ele precisou desviar o olhar para longe para conseguir pensar um pouco então coçou a garganta.

— Eu preciso ver, está acontecendo algumas coisas na empresa, eu não sei se posso me ausentar assim. — a expressão de Taehyung murchou um pouco, mas ele foi rápido em disfarçar e sorrir compreensivo.

— Eu vou entender se não poder ir, mas eu adoraria que fosse. — sussurrou, Jeongguk quase derreteu. — Eu vou sair às 10h caso mude de ideia.

Jeongguk acenou, Taehyung sorriu mais uma vez antes de fazer exatamente o que Jeongguk esperava que ele fizesse, finalmente o beijou, Jeongguk desmanchou facilmente no primeiro contato, o impacto foi direto, urgente, como se ambos soubessem exatamente o que queriam. Taehyung segurou a nuca de Jeongguk com firmeza, puxando-o para mais perto enquanto os lábios se moviam em um ritmo quase coordenado.

O beijo não era suave, embora lento, era cheio de intensidade. Jeongguk inicialmente resistiu ao impulso ao ceder completamente, mas logo se viu correspondendo com a mesma fome. Suas bocas se encontravam com força, e as mãos de Taehyung desceram para a cintura de Jeongguk, puxando-o mais contra si, como se quisesse eliminar qualquer distância entre eles.

Os movimentos eram rápidos, quase desesperados. Jeongguk sentia o gosto ligeiramente adocicado da boca de Taehyung, misturado ao som abafado de suas respirações entrecortadas. As mãos de Jeongguk subiram pelos braços de Taehyung, pressionado os ombros enquanto suas bocas não se separavam nem por um segundo.

Jeongguk deveria estar preocupado em estar fazendo algo assim em um lugar tão propício a serem pegos, mas ao invés de temer ele se empolgou um pouco. A intensidade do beijo deixava tudo em volta meio desfocado, mas ao mesmo tempo, ambos estavam conscientes da presença física um do outro — o calor, o que, a pressão dos corpos conectados. Jeongguk aceitaria ir para qualquer lugar com Taehyung se ele fosse sempre beijado assim. Quando os lábios finalmente se separarem, eles estavam ofegantes, mas nem um pouco arrependidos, Jeongguk guardou bem no fundo da mente o remorso por estar beijando alguém depois de ter acabado de voltar de um encontro incrível.

Quanto a Taehyung, ele parecia querer garantir que naquela noite Jeongguk não pensasse em ninguém além dele, não importava se Sangmin havia sido perfeito, ele não deixaria que outro tomasse conta de seus pensamentos. E ele foi muito eficaz quanto a isso. Ao se afastar, ele deixou um último selinho nos lábios inchados e sorrindo ladino completou.

— Talvez isso ajude a se decidir. Boa noite, Jeongguk.

E voltou para o próprio apartamento sem olhar para trás com um sentimento de dever cumprido, Jeongguk ficou sozinho no corredor tentando voltar a si, então ele praguejou baixinho, bagunçou os cabelos e jogou a cabeça para trás contra a porta. 

No bolso, o celular vibrava incansavelmente, mensagens de Sangmin o agradecendo pelo encontro e dizendo o quanto estava ansioso para a próxima, mas Jeongguk nem ao menos se lembrou de checar naquela noite.

 •••

Esse capítulo não teve muitos momentos de casal, mas em compensação no próximo é 100% deles, os humilhados estão sendo exaltados!!

Muito cara de pau da minha parte aparecer aqui depois de meses sem postar como se nada tivesse acontecido kkkkk desculpem, estou sem computador e eu não sou muito proativa escrevendo em celular, inclusive postei morrendo de medo de estar lotado de erros, desculpe se tiver muitos!

Até a próxima!

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