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Parte 5

Put your makeup on
Get your nails done
Curl your hair
Run the extra mile
Keep it slim so they like you
Do they like you?
Colbie Caillat (Try)

Narração: Bianca

Quer dizer que finalmente é a minha vez de narrar?

Quanta gentileza me deixarem para contar justamente a parte mais entediante e sem emoção de toda essa nossa história.

Isso não é justo.

Assim como não é justo eu ter sido obrigada a ir de carro com Carina até o jornal. Porque, eu preciso observar, andar de carona com a minha irmã realmente representou um atentado a minha vida. Ou, ao menos, a minha sanidade. Quero dizer, para alguém que possui uma fama tão vasta por ser brava e impiedosa, Carina dirige como uma senhora idosa com reumatismo. Eu poderia ir caminhando, de salto alto, e ainda chegaria ao jornal antes da minha irmã.

- Então, o que está rolando entre você e Petrus? - eu perguntei porque, sendo a irmã caçula, eu não conseguia ficar muitos minutos sem provocar Carina.

- É uma pergunta engraçada vinda de alguém que passou a noite na cama dele. - Carina continuou com os olhos atentos na rua, mas puder ver pela contração em sua mandíbula que aquilo a havia incomodado.

- Na cama dele. Não passei a noite com ele. - ressaltei, ainda que soubesse que Petrus já havia explicado o ocorrido para ela.

Eu também sabia que ele havia dedurado a minha embriaguez - aquele traidor -, mas naquele momento Carina não parecia se importar muito com aquilo. Ao ouvir minha declaração, seus ombros relaxaram quase que imperceptivelmente - eu não acreditava que os músculos da minha irmã poderiam relaxar muito mais do que aquilo, ela era uma pessoal naturalmente tensa -, e eu pude perceber que, ainda que ela já soubesse que não havia ocorrido nada entre nós, ela precisava ouvir aquilo de mim.

- Se você perdeu completamente a fé no meu bom senso, pelo menos saiba que o Petrus nunca faria isso com você. - comentei, de forma suave.

- Ele pode fazer o que bem entender com a vida dele. - minha irmã declarou com um descaso forçado.

Um sorriso travesso se insinuou em minhas expressões. Céus, como eu sentia falta de provocar a minha irmã. Desde que ela havia se mudado para o alojamento da faculdade, meus dias haviam ficado muito mais tediosos.

- Eu não sei não, a paternidade muda um relacionamento. - meu tom de voz era leve e eu não consegui esconder minha diversão em cada palavra.

Carina virou-se para mim com o cenho franzido, tentando entender o que eu dissera. A compreensão tomou sua face e, eu juro, a sombra de um mínimo sorriso cruzou seus lábios. Aparentemente, minha irmã não era totalmente desprovida de senso de humor, ela apenas fingia que era.

- Aquele gato é meu. - ela declarou após entender meu comentário - Petrus não vai ter nada a ver com ele.

Ela soava como alguém que decidira ser mãe solteira. Não tentei esconder a minha risada dessa vez.

- Você viu aqueles dois? - questionei, lembrando como Petrus havia entrado em nosso quarto abraçado com o animalzinho - Lamento, mas acho que vocês terão que discutir uma guarda compartilhada.

Silêncio. Ela sabia que eu estava certa.

- Quero que saiba que eu não julgo você. - falei, fingindo seriedade - Vocês estão em um bom momento para isso, os dois trabalham, já moram juntos... Um filho é algo natural nesse estágio da relação.

Minha irmã riu - ela riu! - das minhas palavras e balançou a cabeça como se pensasse que eu era uma causa perdida.

- O que você está fazendo aqui, Bianca? - ela perguntou por fim, cortando nosso momento quase fraternal.

Contraí os lábios. Havíamos chegado em um momento difícil da conversa.

- O que parece que estou fazendo? Visitando a minha adorável irmãzinha. - eu tentei.

Carina ergueu as sobrancelhas em completa descrença e fez uma careta de deboche.

- Certo. - me rendi - A verdade é que eu estava curiosa sobre a vida na faculdade. Estou há mais de um ano no cursinho para entrar em Administração, queria ver se todo esse trabalho vai valer a pena. - falei, observando pela janela do carro uma criancinha de patinete passar em uma velocidade maior do que a nossa - E vou te dizer que ainda não estou certa de que valha a pena, aquela festa ontem foi bem fraca.

Minha irmã ficou em silêncio por alguns segundos, absorvendo as minhas palavras.

- Você está mentindo. - ela decidiu, por fim.

Suspirei, movendo minha atenção de um senhor que caminhava com o auxílio de uma bengala - e ainda assim seria um forte concorrente se estivéssemos em uma corrida entre ele e nosso carro - para olhar para Carina.

- Eu te conheço, Bianca. - ela declarou, com a voz firme - Você é fútil. - ela deu uma pausa intencional em seu discurso apenas para me provocar - Mas nem você pode ser tão fútil a ponto de pensar que o valor de um ensino superior pode ser medido pela qualidade de suas festas.

Que péssimo momento para minha irmã começar a demonstrar sua fé em minhas capacidades intelectuais.

- Ok. - comecei, me rendendo - Vai ter um desfile de apresentação de um novo estilista aqui na cidade, o cara é incrível. E eu quero tentar entregar meu portfólio para ele. - eu disse todas as palavras rapidamente para não ter a chance de ser interrompida por comentários revoltados de Carina.

Para a minha surpresa, ela apenas acenou em compreensão.

- E por que você não avisou ao papai? - perguntou ela - Ele estava preocupado com você.

- Você sabe como papai é, mesmo eu já tendo dezoito ele faria um longo discurso sobre os perigos da cidade e provavelmente me trancaria no quarto logo depois. Como dizem por aí, é mais fácil pedir desculpas do que permissão. - respondi com sinceridade - Quando você falou com papai? - perguntei, intrigada.

- Enquanto você estava decidida a acabar com toda a energia do mundo secando seu cabelo. - ela retrucou, sem paciência - Sabe, se você se preocupasse um pouco menos com a sua aparência, ganharia preciosas horas para investir em outras coisas.

Era fácil para Carina falar, pensei, olhando para seus cabelos lisos e comportados. Até onde eu me lembrava, assim como os meus, os cabelos de Carina costumavam ser ondulados e indisciplinados. No entanto, aparentemente, a personalidade da minha irmã era tão imponente que até suas madeixas haviam se curvado à sua vontade e agora permaneciam sedosas e sem frizz.

Já eu era obrigada a recorrer ao secador e a chapinha se quisesse me manter com uma aparência humana.

E ainda dizem que a natureza é perfeita.

- De toda forma, consegui acalmá-lo. - minha irmã observou - Ele apenas pediu para que tome cuidado aqui na cidade. Falou para você tentar não acabar morta...

- Ou pior, grávida. - eu completei junto com a minha irmã, nós duas já estávamos mais do que acostumadas a ouvir aquele discurso.

Nós duas rimos, diante da familiaridade e excentricidade daquelas palavras.

- Espero que a adoção de um filhote não contrarie a regra "sem filhos antes dos trinta". - minha irmã brincou, enquanto estacionava o carro - Não quero ser deserdada.

Infelizmente, como já havíamos chegado ao Primeira Linha, eu não tive muito tempo para aproveitar o raro momento que acabara de ocorrer.

Carina havia feito uma piada.

**

Mesmo sendo sábado, os corredores do prédio estavam cheios de gente. Eu não sabia dizer se aquilo ocorria devido a reunião emergencial que fora convocada ou se o jornal simplesmente nunca diminuía sua atividade. Se a segunda opção fosse a correta, mais do que nunca, aquela parecia a profissão ideal para Carina.

Ainda que eu estivesse um pouco incomodada com a falta de confiança da minha irmã em minha pessoa - quero dizer, ela concordou em deixar o filhote de gato no quarto, mas eu fui carregada até ali -, confesso que estava curiosa para ver o local onde ela trabalhava.

Além de agitado, o local era arejado e muito bem iluminado. Uma das paredes era feita inteiramente de vidro e a vista dava para um parque bonito e arborizado. Fora isso, todo o local cheirava a café, fazendo aquele parecer o paraíso pessoal de Lena.

- Carina, até que enfim! - um homem alto e magro, veio correndo em nossa direção e soprou dois beijos nas bochechas da minha irmã para, só então, parecer notar a minha presença - Olhe só, você trouxe a sua versão em miniatura. Que adorável! - ele exclamou, parecendo deliciado.

Sorri para ele, sem graça.

- Abel, essa é a minha irmã, Bianca. - Carina nos apresentou rapidamente - Bianca, esse é Abel, o meu editor.

Abel continuava a me analisar com diversão e curiosidade. Por fim, estendeu sua mão em um cumprimento.

- Sempre achei que Carina ficaria maravilhosa loira. - ele falou, enquanto apertávamos as mãos - Fico feliz em saber que estava certo.

E foi tudo que bastou para que ele ganhasse um lugar no meu coração.

- Não que você não seja esplêndida morena, obviamente. - ele observou, ao ouvir minha irmã bufar em indignação - Vamos andando? - ele perguntou para ela, apontando para um corredor um pouco mais afastado do salão onde havíamos entrado assim que saímos do elevador.

Minha irmã concordou com um aceno rápido e virou-se para mim como se estivesse falando com uma criança.

- Você fica aqui, certo? - ela pediu, apontando para uma mesa próxima que provavelmente era o seu local de trabalho - E tente não aprontar nada.

Abel descartou as palavras da minha irmã com um aceno despojado.

- Não seja boba, eu gostei dela. Ela pode vir conosco. - ele comentou e minha irmã virou-se para encará-lo chocada.

- Para a reunião? - questionou ela, surpresa.

- Minha querida, se nós pudéssemos confiar no sigilo de alguma parte desse prédio nós não estaríamos nessa situação, não é mesmo? - observou ele, de forma lógica - Além disso, levando em consideração que a sua irmã era a única a não estar aqui durante o ocorrido, tecnicamente, ela é a pessoa mais confiável desse prédio. - completou ele, indicando o caminho para nós.

**

Eu estava psicologicamente preparada para me prostrar em um dos cantos da sala e aproveitar o tempo para ficar por dentro das últimas novidades em meu Instagram. Aquela era a melhor rede social para ficar por dentro da vida pessoal das celebridades, descobrir quem estava namorando com quem, quem estava grávida e quem havia anunciado um novo noivado. E, principalmente, quais as roupas estavam usando durante todas essas revelações e anúncios. De uma forma quase mágica, quando eu começava a rolar o feed com aquelas fotos que mostravam pequenos recortes do mundo alheio, o tempo passava quase como se eu tivesse entrado em um buraco negro.

Carina, no entanto, abominava essa minha prática. Eu ainda não havia conseguido fazê-la entender que, assim como era importante para ela saber o que se passava no mundo, em termos políticos e econômicos, estar atualizada no meu Instagram era importante para mim. Quero dizer, fora assim que eu havia descoberto que calças boca de sino haviam voltado a moda. O que, para mim, era uma grande coisa.

Assim que eu entrei na sala de reunião, no entanto, descobri que eu teria algo mais interessante para observar do que o meu feed de notícias. Sentado desleixadamente em uma das cadeiras ao redor da mesa redonda no centro da sala, estava Henrique.

- Ei! - ele se ergueu rapidamente ao me ver, parecendo surpreso e sem jeito - O que você está fazendo aqui?

- Do que você está falando? Eu trabalho aqui. - Carina respondeu com a sua natural fofura, até se dar conta de que a pergunta não havia sido dirigida a ela - Vocês se conhecem? - perguntou, curiosa até lembrar dos últimos acontecimentos - Mas é claro que se conhecem, ela passou a noite no seu quarto.

Um silêncio constrangedor tomou a sala.

Bom, você sempre pode contar com a sua irmã mais velha para detonar publicamente a sua reputação.

- Vim fazer companhia a Carina. Ter certeza de que ela iria dirigir de forma segura e responsável até aqui. - respondi debochada e Petrus, que conhecia os hábitos de direção da minha irmã, engoliu uma risada.

- Não que eu não tenha ficado feliz com a sua presença, fiquei apenas surpreso. E feliz, claro. - Henrique tentando explicar a indagação - Não feliz de uma forma estranha, no entanto. Não é como se eu estivesse contando os minutos para te ver novamente. - ele franziu o cenho, percebendo que havia se perdido no próprio discurso - Não, isso seria estranho. - falou , como que para si mesmo.

Senti um sorriso carinhoso se formar em meu rosto. Aquela havia sido uma das declarações mais adoráveis que eu já havia ouvido.

- Isso é uma pena. - comentei, sorrindo de lado - Porque eu estava contando os minutos.

Carina e Petrus deixaram a surpresa e diversão inundarem suas feições e suas expressões ficaram comicamente semelhantes. Henrique, por sua vez, ficou vermelho e sorriu timidamente para mim.

Pigarreando, Abel chamou a atenção de todos.

- É bom ver que você está avançando em sua matéria, Henrique. - ele comentou e eu fui a única a não entender o que Abel queria dizer, os sorrisos de Carina e Petrus se alargaram e Henrique ficou ainda mais vermelho - Mas nós precisamos discutir toda essa inconveniente situação de espionagem.

Inconveniente. O cara era realmente bom em eufemismos.

- Chamei vocês três aqui porque foram os maiores envolvidos na entrevista com Simone Adellar. Petrus e Carina, pelo que eu entendi, vocês dois ajudaram na entrevista e Henrique, você revisou o texto. Estou certo? - todos concordaram.

Carina interrompeu Abel fazendo um leve aceno para chamar-lhe a atenção.

- A Marissa também não deveria estar aqui? - ela questionou - Foi ela a responsável pela matéria.

- Eu a chamei, porém, a mãe da Marissa está passando por alguns problemas de saúde e ela não pôde estar presente aqui hoje. - respondeu ele - Conforme eu ia falando, também chamei vocês aqui porque, entre todos os diretamente envolvidos, vocês são as pessoas em quem eu mais confio.

Todos pareceram surpresos diante da declaração, exceto Henrique.

- Henrique, por motivos óbvios, uma vez que ele é meu sobrinho e seria apenas imbecil prejudicar o próprio patrimônio. - Abel comentou de forma prática - E Petrus e Carina, ainda que vocês sejam um tanto... bélicos - ele me deu um sorriso cúmplice, como se ele compartilhasse as mesmas opiniões que eu tinha sobre aqueles dois - Vocês são dois dos profissionais mais promissores que nós temos e os meus instintos me dizem que não estão envolvidos nisso.

Um sentimento de orgulho me dominou ao ouvi-lo falar sobre Carina. Não que ela precise saber disso.

- Então é por isso que estou confiando a vocês a tarefa de descobrir quem vazou nossa entrevista. - Abel declarou por fim, pegando todos de surpresa.

- O quê? - Carina estava boquiaberta.

Abel deu de ombros e sorriu de forma leve e confiante.

- Pensem nisso como uma matéria investigativa. - ele sugeriu - Só que, a cada dia que não sabemos o responsável, estamos correndo perigo em relação aos nossos concorrentes. Então pensem nisso como uma matéria investigativa. - repetiu ele - Com a diferença que, nesse caso, o emprego de todos nós está em jogo.

Ou seja, sem pressão, pessoal.

**

Quando assistimos a investigações policiais em filmes ou seriados de TV, elas sempre soam divertidas e emocionantes. Mas a realidade? Investigações são chatas e entediantes. Na minha experiência, a única parte que se assemelhou a ficção foram as rosquinhas.

Que estavam ótimas, por sinal. O que só fez com que eu me sentisse ainda pior pois, a cada rosquinha que comia, eu podia sentir as células adiposas se expandindo no meu abdômen. Se cada doce possuía cerca de trezentas calorias, eu já estava devendo ao menos umas três horas na esteira.

Talvez Carina me deixasse participar de uma aula experimental de boxe junto com ela...

O pensamento que me permitiu roubar mais uma rosquinha.

- Não é justo. - Carina reclamou, se espreguiçando na cadeira na qual estava sentada há mais de uma hora enquanto assistíamos algumas fitas de segurança, procurando por alguma pista sobre o espião.

- É uma responsabilidade e tanto essa investigação. - comentei enquanto lambia o açúcar de confeiteiro nos meus lábios - É legal da parte do Abel confiar isso a vocês.

Minha irmã levantou e esticou as costas, corrigindo sua postura.

- Não estou falando disso. - respondeu - Estou me referindo a essa ideia estúpida do sistema de duplas.

Depois de encaminhar a investigação para Henrique, Carina e Petrus, Abel havia feito uma declaração geral, avisando a todos da empresa que, devido ao ocorrido, até que se descobrisse o culpado, todas as matérias seriam desenvolvidas em dupla, de forma que cada jornalista pudesse ficar de olho no outro.

- Você acabou de comentar que confia em nós! - Carina reclamou assim que foi designada a trabalhar com Petrus.

Abel lhe lançou um sorriso complacente.

- Eu realmente confio nos meus instintos. - comentou ele - E você deveria confiar também. - ele piscou para a minha irmã, dando a conversa por encerrado.

Em cerca de meia hora, esse cara já havia se tornado um ídolo para mim.

- Pense pelo lado positivo... - voltando ao nosso momento de investigação, Petrus pausou o vídeo e olhou para Carina - Você terá a oportunidade de descobrir novos defeitos meus para adicionar a sua lista.

- Sim, tenho certeza de que será uma experiência enriquecedora. - ela bufou e, em seguida, anunciou - Vou buscar café, alguém mais quer?

Petrus e Henrique levantaram os braços e minha irmã deixou a sala.

Voltamos a assistir as gravações de segurança. Até aquele momento, havíamos descoberto sobre uma funcionária cleptomaníaca e um relacionamento extraconjugal, mas nada sobre o vazamento da entrevista.

- O que exatamente vocês esperam encontrar? - perguntei, resolvendo manter meus lábios ocupados através do diálogo ao invés das rosquinhas.

- Marissa só enviou a matéria para mim e para o Abel então, se não estamos falando de um hacker, acredito que alguém possa ter entrado no computador dela para roubar o texto.- Henrique, que fora quem havia sugerido assistirmos aos vídeos, comentou.

Mais alguns minutos passaram e eu começava a me arrepender seriamente daquela visita quando vislumbrei algo interessante no canto da tela.

- Pausa! - exclamei para Henrique e ele, assustado, correu para apertar o botão de pause do computador - Agora volta alguns segundos. Pronto.

- O quê? - Petrus se aprumou na cadeira e aproximou-se da tela - Você viu algo?

Passei novamente o trecho do vídeo que havia me interessado, enquanto apontava para os meninos para onde deveriam olhar. Em nossa tela, podíamos ver Petrus sentado em sua mesa de trabalho, calmo e concentrado, até o momento em que Carina saiu do elevador e passou por ele em direção a própria baia.

Pausei novamente o vídeo e olhei para Petrus, que olhava para a tela com uma expressão lívida em seu rosto.

Inspirei o ar para dentro dos meus pulmões, absorvendo a grande revelação que havíamos acabado de assistir.

- Você olhou para a bunda da minha irmã. - observei, de modo acusatório.

Petrus entreabriu os lábios algumas vezes, procurando encontrar uma desculpa.

- Nem tente negar. - ergui uma sinalizando para que ele parasse de tentar falar qualquer coisa - Você totalmente olhou para ela. - comecei a rir - Vai ser tão divertido mostrar isso para Carina! - exclamei, maravilhada.

Petrus ficou em silêncio por alguns segundos, enquanto pensava em como agir.

- Se você mostrar isso para ela, eu conto da vez em que você quebrou o celular dela e fingiu ter sido o cachorro. - Petrus finalmente encontrou sua habilidade de fala.

Chantagista.

Enquanto eu ponderava se valia a pena ou não sofrer a fúria de Carina em relação ao ocorrido com o celular, minha irmã voltou para a sala trazendo um suporte com três cafés. Eu fiquei surpresa ao ver que ela realmente havia trazido o café solicitado por Petrus. Se a bebida não estivesse envenenada, aquilo era algo novo na relação deles. Algo que, talvez, Petrus não quisesse arriscar ao mostrar a gravação.

Não que fosse nada demais, aquilo apenas mostrava que ele se interessava por Carina. No entanto, eu não acredito que minha irmã estivesse psicologicamente preparada para descobrir que Petrus poderia ter qualquer interesse, ainda que pudesse ser apenas físico, nela. E, para falar a verdade, se levarmos a palidez de Petrus em consideração, eu não acho que ele estivesse preparado para aquilo também.

Talvez tenha sido por isso que ele nos levou para aquela clareira na mata.

Para acabar comigo e me silenciar de uma vez por todas.

Ah, lamento se aticei sua curiosidade. Infelizmente, minha irmã não permitiu contar sobre ocorrido na clareira alegando que eu não estava presente em todos os fatos.

Ser a irmã caçula é realmente um saco.

x-x-x-x-x-x

N/A: Aparentemente, o Wattpad também está revoltado com a minha ausência na semana passada e não quer nem mesmo ouvir o que tenho a dizer. Ele está insistindo em subir a versão sem revisão do capítulo - me desculpem por isso - e apagando a minha nota. u.u

Talvez seja a chegada do fim do ano - não acredito que o final do ano ta tão próximo - mas os meus dias começaram a ficar mais agitados e por isso acabei não conseguindo postar nada nos últimos dias. Sei que algumas de vocês também passam por isso em suas próprias histórias, então só suplico por compreensão.

Minha ideia era aproveitar o feriado para postar dois capítulos, um ontem e um hoje. No entanto, devido a uma emergência, acabei tendo de trabalhar e não consegui focar na escrita. Fora isso, estou com um terrível bloqueio (sério, eu reescrevi esse capítulo umas duas vezes). De toda forma, estou aqui escrevendo a cena da trilha, então não percam suas esperanças em mim ou na história (porfavorzinho).

No mais, só quero desejar a todas um ótimo dia das crianças (mesmo para os adultos pois nossa criança interior nunca morre).

Beijos e bom feriado!

Giulia






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