EXTRA PARTE I/SAMUEL
Coloquei a fotografia de volta sobre a mesa lateral e fiquei de pé ,estranhamente olhar para Helena agora parecia doloroso demais ,ela desmonstrava sinais de inquietação enquanto me encarava com pesar e mordia nervosamente o canto da bochecha ,algo que ela só faz quando está extremamente nervosa .
— Desculpe por invadi sua casa assim — De todas as formas que ensaiei começar esse dialogo essa foi de longe a que eu queria— Precisava ver as crianças —E você também Helena .
Ela deu um sorriso hesitante e sem graça e anuiu.
—Essa casa é dos nossos filhos ,logo você tem aval para vir até aqui quando quiser ,Samuel.
O que ela disse foi digerido por mim de forma errada ,e mais forte do que meu bom senso é meu ciúmes ,e foi baseado nele que eu respondi.
—Acho que seu namorado não ficará exatamente feliz em ver seu ex marido enfiado dentro da sua casa — O rosto de Helena fica vermelho ,ela empertiga a coluna e fecha a mão.
—Você não precisa ser um idiota ,Samuel . —Ela responde . — Robson não tem culpa que nosso relacionamento acabou por falta de interesse de ambas as partes . —Admite, ressentida .
—Sei que te devo uma explicação por sumi no dia seguinte do melhor final de semana que tive em anos — Aproximei-me dela ,por que aquela distancia estava me matando . —Desculpa amor ,eu liguei pra você diversas vezes, e eu sei que estava com ele, até por que uma dessas vezes esse almofadinha atendeu.
—Samuel , eu não quero intrigas, disse e não me disse, por favor. —Acariciei o rosto dela tentando matar a saudade que sentia.
— Eu sei querida, eu falei que não precisava dar recado, mais porra , caralho tinha que beijar o filho da puta, Helena? — olho bem nos olhos dela e ela vacila em seu olhar mais logo foca, como sempre decidida e tira a minha mão do seu rosto.
Estou puto para uma vida inteira , me sentindo traído, mas estou tentando entender ela. Juro que estou tentando.
Ando de um lado para o outro .
—Samuel foi só um beijo, e só estou me explicando por que eu concordei em dar uma nova chance a nós e com esse afastamento acabei me deixando levar..
—Como você sentiria se eu desse um beijo em outra mulher, se prometesse tentar e mudasse de opinião e ficasse com outra, Helena, tô me sentindo traído sim, embora sei que no fundo não tenha razão ,por que no fim a culpa é minha por deixa-la de fora —Vocifero .
—Esse é o problema, você sabe o que fez é errado e continua a persistir nesse erro , eu estou farta ! Você sumiu de novo, sem me falar o motivo, fez exatamente o que fazia, eu só achei que você deveria ver que se não dar valor outro dar— Ela fala alto, e eu só fecho os olhos tentando engolir as verdades.
— Me desculpa, eu nem pensei só agir, e prometo que isso não acontecerá, eu acho Helena, que precisamos mesmo de um tempo. Você precisa rever suas prioridades, seus desejos, como me disse tem muito o que pensar sobre o bom rapaz, e eu, como você diz, suas palavras, “tenho que lembrar que você é uma mulher não o caralho de um brinquedo—com meus olhos cheios d’gua eu falo, e a última vez que eu chorei foi quando achei que a tivesse perdido no parto de Arthur.
— Preste bastante atenção nas suas palavras, Samuel. Só analisa se o que você está dizendo é realmente porquê você quer? —Ela agarra meu pulso ,os olhos castanho exprimi o mesmo desespero que eu sinto neste momento.
— O que eu quero é que esse pesadelo passe, eu vá para casa hoje e minha mulher e meus filhos estejam em casa, como isso não acontecerá, estou pensando em seguir suas vontades e conselhos de Maria, te deixar pensar sozinha.
Na menção do nome da irmã a deixa puta .
— Maria não sabe de nada, eu que sei de Minha vida. — Nem deixo ela terminar, como disse Maria, a gêniosa tem que chegar em suas próprias conclusões, não adianta impor , e depois 15 anos de casados sei bem disso.
— Terá tempo para isso, vou pedir a Rebeca para voltar, até por que preciso ajudar aquela lá com Edu, e vou para Paris.
—Você vai pra lá, e só vai pode voltar daqui no mínimo 1 ano, Samuel. — ela fala enquanto vem a minha frente e apontando um dedo no meu peito diz. —Vai deixar seus filhos por um ano?— bate no meu peito depois segura meu queixo com as unhas, apertando enquanto berra.
— Vai abandonar seus filhos, seu covarde de merda!!!!, vai desistir mesmo de mim? —A última parte sai tão baixinha que pego me perguntando se ela mesma está em dúvida, ou se é desejo dela que isso aconteça.
Tiro suas mãos de meu rosto e digo pegando meu celular para ir embora.
—Meus filhos podem ir até mim, e nunca vou esquecer deles, só não estarei sempre presente, até por que a mãe deles quer um tempo e eu preciso dar a ela e a mim.
Vou embora e a deixo pensando. Essa é minha última cartada. Estava naquela porra de lista, o tempo não estava a meu favor, então vamos ver ela se administra com esse tempo. Vou Deixar ela escolher e torcer pra eu ser a escolha só não estarei aqui para ver.
[..]
Procurei não passar perto da sala de Helena na manhã seguinte , Brianna veio me perguntar o que tinha acontecido com ela, que só chorou ontem, falei pra ela, e pela primeira vez ela só me olhou sem nada a dizer.
Deixei Helena saber que depois da festa eu iria embora. Se ela me ama e quer ficar comigo ela vai me dizer antes de eu subir naquele avião. Pedir a Brianna para dar o recado.
Quando eu for não voltarei mais. E essa é a merda da pior decisão de minha vida mais assim acontecerá. Depois de rever todos os relatório escutar Edu por uma hora inteira e concordar com ele, ver ele chamar Helena e também pedir ajuda dela, xingar Edu e suas idiotices, ficar mais meia hora nessa porra de vídeo chamada com Eduardo. não ter notícias nenhuma de minha diretora geral, que aliás está lá ainda com Eduardo, que está no meio de um plano infalível , Começo a ficar com um humor insuportável.
E Rebeca que não volta também, viu? E no final do expediente o demonia aparece ,digo a salsicha .
Uma confusão de cachos vermelhos aparece através da tela do meu computador.
—Até que enfim pensei que ia morar de vez aí junto com Eduardo. — Pelos olhinhos pequenos de quem chorou muito e pela fisonomia de desespero vejo que a coisa tá feia.
A ruiva minúscula desmorona diante de mim em soluços .
— Sam, Sam, Sam eu preciso de você, eu não acredito ele.... você sabia, né? – ela mais chora que fala, eu confesso que até me assustei, ainda por vê-la chorar dessa forma.
Rebeca era sem duvida a garota mais durona que eu conhecia quando se tratava de expor seus sentimentos.
— Calma Beca , o que o idiota do Eduardo fez? Ele descobriu que você o ama, se sentiu traído, por você sempre mentir pra ele?—inquiro.
— Não, ele a pediu em casamento!, e ela aceitou, ela disse que conseguiu perceber que ele é o homem de sua vida, e ele pediu para eu ser madrinha dele, Sam—tampo meus ouvidos, não sei o que é pior o grito em si, ou a voz aguda nesse grito.
— Calma, não desespera, tá não pensamos que ia dar certo o plano, mas podemos.... —Ela me corta
— Não podemos, eu disse que eu não poderia ser nada, por que estava me mudando para Paris, dirigir de lá o novo escritório. Eu não vou ser nada não vou fazer nada, ele que arrume outra madrinha.
—Oh Beca, você tinha que ter contado a ele que o amava, eu sei que ele não saia da sua casa e você da dele, dormiam na mesma cama, e teve todas as oportunidades. As vezes diálogo é importante, caralho. – dei uma risada e me sentir um pouco hipócrita dando conselhos amorosos sendo que o meu foi está indo ao fracasso, ainda mais por isso. Mas a vida é assim formada por hipócritas.
— Porra Samuel, vai ficar pisando na ferida ,puto!, eu perdi o amor da minha vida, ele usou minhas palavras para descrever o que estava sentindo por ela. —Diz num muxoxo.
— Rebeca, não pira, esse casamento vai demorar ainda tem tempo. —Tento motiva-la
— Não tem porra nenhuma por que será para daqui a 3 meses. E eu nem estarei aqui graças a Deus.
— Eduardo tá doido aquela porra? como casar em 3 meses?
— Ele disse que a ama, e não vai esperar nem mais um dia. —resmunga enquanto procura algo na bolsa ,acha uma nescessaire que contem produtos de beleza ,assim retoca a maquiagem e continua falando comingo — Samuel logo depois do lançamento eu vou para Paris, já estava tudo combinado, e precisamos está lá para o suporte do lançamento do novo projeto.
— Mas espera! Você agora quer fugir, e está dando muito trabalhos terminar os relatórios, se você for não vai poder voltar em menos de um ano, isso se der tudo certo. E fugir não é solução. —olha de novo o idiota hipócrita, mais é um bem maior, falar pra outros e tão fácil.
Fora que vai estragar os meus planos. .
— Eu vou, eu preciso.
— Precisa é começa a ser a mulher forte e corajosa no amor como é nos negócios, você vai lá pegar o homem que ama.
— Sim e financiar algum gênio para me clonar , tenho que ir para a Paris. —Debocha ,então eu sei que esta melhor.
— Não tem, eu vou.
— Esquece Samuel, Helena não vai, e se for sem ela não a terá de volta.
— Eu amo vocês, e sinceramente acho o melhor é Helena seguir a vida dela, olha vamos fazer o seguinte, eu vou lá, fico esses dias e você pensa no que quer. Para de tentar me por medo, Cara te conheço desde sempre.
— Você não vai, vai ficar com a mulher que ama. As vezes me pergunto onde fica esse cara de boca suja, nas reunião de negócio.
—Eu mando nessa bodega e digo que estou indo e você ficando, tem duas horas para me mandar todo o projeto relação e contas. Embarco depois da festa. E vai pegar seu homem madrinha. E sou o CEO da porra toda ,né? —dou uma piscadinha.
Ela xinga, mais minha decisão está tomada, ou quase. Depois diz que ela que manda e desliga a vídeo chamada. Cara , quem deu poder a essas mulheres? Sorrio, e penso se o que estou fazendo está certo mesmo?
Pego- me pensando se isso não era o que Helena queria, estou seria mente pensando se essa ideia de pensar é minha mesmo ou um jeito dela me dar uma lição, depois da nossa conversa com Edu. Eu tenho um serio medo da mente de uma mulher, tento esquecer isso e sigo meus trabalhos. Consigo ir na reunião de liberação e tudo está pronto para o funcionamento, eu fico pensando se estou fazendo o certo, eu amo Helena , não quero ela longe.
Chamo ela na minha sala, explico que Rebeca me ligou, o que falei, e digo também de precisamos de duas auditorias para não fechar as fábricas de Moçambique. Ela me ajuda a ver que podemos simplesmente alto sustentar elas, e percebo que minha carga realmente teria sido mais leve se a tivesse do meu lado não atrás de mim.
REBECA
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