Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Prólogo

P R Ó L O G O


O veículo de Graziela parou em frente ao hospital.

Antes de sair, ela apertou as mãos contra o couro do volante. Respirou uma, duas, três vezes, soltando o ar de forma profunda. Graziela só precisava de um momento de paz antes de sair daquele carro e enfrentar a batalha que estava por vir. Na cabeça, fez a contagem que havia aprendido a fazer vendo um tutorial no YouTube, na intenção de manter-se tranquila ─ embora fosse difícil tendo em vista a situação a qual ela se encontrava naquele momento.

── Querida ── Ricardo chamou por ela. Graziela balançou a cabeça levemente, olhou para o marido e encontrou seu olha preocupado sobre ela. ── Está tudo bem?

Bem.

Se ele lhe perguntasse isso semanas atrás, ela teria o respondido sem pensar uma segunda vez. Como uma pergunta tão simples podia ser dona de uma resposta tão amarga?

Como quem queria enganar a si mesma, ela sorriu.

── Eu.... só estou pensando ── respondeu, distante. ── Não está sendo fácil. Esse lugar ── apontou para a grande instalação com o olhar. Uma lágrima teimosa insistiu em descer. ── Me traz muitas lembranças.

Não era a primeira vez, tão pouco a última. Mas agora era de uma forma permanente, por tempo indeterminado. Graziela sentiu o peso das suas palavras revirarem seu estômago, causando-lhe uma sensação de enjoo. Era a segunda vez que ela teria que ver sua rotina ser bagunçada por médicos com falsas esperanças, aparelhos hospitalares e procedimentos longos que prometiam fazer milagres. Ela já havia visto e vivido tudo aquilo, e agora estava prestes a dar um passo para viver tudo novamente.

Era doloroso.
Doloroso igual arrancar a casca de uma ferida recém cicatrizada.

── Nós vamos conseguir, meu amor. Por ele. ── Roberto apertou a mão dela, olhando para trás.

No banco de trás, Lucas se distraía com um desenho que assistia no celular do pai, sem ter motivos para se preocupar com algo. Graziela abriu um meio sorriso com a imagem, então limpou o rosto sem que o filho percebesse e respirou fundo.

── Tudo bem. Eu estou pronta.

Por mais que tenha se enchido de coragem as suas mãos não queriam se desgrudar do volante e Graziela fez um grande esforço para finalmente solta-las. Seu maior desejo era que a doença do filho fosse um pesadelo e que ela acordaria em breve dele. Mas o barulho da sirene da ambulância que chegava era real, as pessoas que saiam de dentro delas, feridas e deitadas em macas, também era uma imagem muito mais real. Uma imagem cruel demais para se ver logo pela manhã.

Graziela domou seus pensamentos antes que eles a dominassem e saiu do veículo. O marido a ajudou a pegar as coisas do porta malas enquanto ela pegava o filho no colo.

Ao passarem pela porta um homem alto, de cabelos escuros e que parecia estar ali a horas esperando por eles, caminho em direção aos dois. Sua vestimenta - que consistia em uma camiseta azul clara com alguns desenhos de nuvens ligadas a pequenos arco-irís e um jaleco ─ dava a Graziela a resposta que ela precisava. Ao se aproximar ela desviou seu olhar para o crachá dele, onde continha a informação mais valioso no momento: seu nome.

── Doutor Adriano Fontes. ── Graziela falou, levantando o olhar para ele em seguida.

── Graziela ── ele a cumprimentou com um sorriso, levando as mãos até os cabelos de Lucas para acaricia-los. ── Estava esperando a chegada de vocês. Eu sou o médico chefe encarregado do setor da pediatria nesse hospital, e sou quem vai estar fazendo o acompanhamento do tratamento do seu filho. Queria dizer que...

── Doutor Adriano ── Graziela o interrompeu, juntando as últimas forças que tinha para responde-lo. Não queria ter que ouvir um discurso motivacional logo de cara. ── É muito gentil da sua parte ter nos esperado aqui, mas eu realmente preciso levar meu filho até o quarto dele. Foi uma viagem cansativa para nós dois, então, se me der licença.

Antes de ir, Graziela lançou um sorriso.

── Doutor ── Adriano dirigiu sua atenção até Ricardo, que mantinha uma expressão de vergonha misturada com exaustão. ── Desculpe por isso. Minha esposa tem estado um pouco... abalada. Desde que descobriu sobre a doença do Lucas, ela não tem tido bons dias, vem se negando constantemente sobre. Tem sido.... complicado.

── Eu compreendo. O hospital tem uma equipe de psicólogos altamente preparada para esse tipo de situação, se ela estiver a vontade para conversar, é claro.

── Eu vou conversar com ela sobre.

Adriano apoiou uma de suas mãos no ombro de Ricardo e sorriu.

── Faremos o possível para que seu filho saía daqui curado.

── Eu agradeço, doutor.

***

No quarto, Graziela observava o ambiente após colocar o filho na cama.

As paredes eram azuis igual ao céu. Havia um sofá branco, grande, no canto da parede e perto dele uma mesinha de madeira com pernas de ferro e algumas cadeiras. Um pote lotado de canetinhas estava em cima dela junto de alguns livros de colorir. Na parede, uma estante com três prateleiras e um pequeno armário com porta de vidro ocupavam um bom espaço. Não era um quarto muito grande, mas precisaria servir pelos próximos meses. Aquela seria a nova casa de Lucas. Era uma questão de tempo até ele se acostumar com aquela nova vida.

── Mamãe ── Lucas a chamou. Graziela rapidamente se aproximou do filho.

Seus sentidos tinham ficado duas vezes mais apurados para qualquer chamado dele.

── O que foi, meu amor? Está com dor? Com fome? Quer alguma coisa? ── as perguntas saíram como tiros disparados de uma metralhadora, e Lucas riu do desespero da mãe.

── Não. Eu estou bem. Mamãe, por quanto tempo nós vamos ficar aqui?

Graziela respirou aliviada e logo sentiu o ar faltar em seus pulmões com a pergunta seguinte.

── Eu ainda não sei meu amor. Talvez alguns dias, meses ── anos.

── O que eu tenho é muito grave?

Sim.

── Não. ── ela sorriu, e acariciou a bochecha dele. ── Mas não pense nisso, meu amor. Vamos combinar uma coisa? O que você acha de a gente não falar sobre coisas tristes, mas só de coisas boas, como por exemplo.... ── Graziela olhou em volta, buscando ideias. ── Já sei. O que acha de pensarmos em como vamos deixar esse quarto mais bonito ainda, hm?

── Eu gosto de azul. A gente pode colocar plantinhas ali ── Lucas apontou para a estante.

── Vai ficar lindo, meu amor. ── Graziela abaixou o rosto e esfregou a ponta do seu nariz no do filho, lhe dando um beijo na testa em seguida. ── Meu anjo, eu prometo que muito em breve nós vamos voltar pra casa. Mas isso só vai acontecer se você for um garoto muito,muito,muito forte! Me promete que vai ser?

Lucas assentiu, abraçando o pescoço da mãe.

── Prometo. Te amo, mamãe.

Graziela sorriu.

── Eu também te amo muito.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro