No More Worries
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Jisung empurrou a enorme porta de vidro com muito esforço, dando espaço para que os dois amigos pudessem entrar no hospital. Os olhos das crianças se movimentavam de um lado ao outro, não sabiam o que fazer agora, o prédio era tão grande, mau sabiam por onde começar.
— E agora? - Yongbok perguntou. Minho correu até o balcão central, ficando nas pontas dos pés para que a recepcionista conseguisse o ver, mas a única visão da mulher era o topo de sua cabeça e suas mãozinhas na beira do balcão.
— Moça, você sabe onde está o meu papai, o doutor Tine? - perguntou o pequeno alfa, recebendo um sorrisinho mínimo da recepcionista.
— Minho? - assim que inclinou seu rosto, a criança correu contente até o pai ômega, que mesmo se sentindo surpreso e confuso com a visita, não recusou pegar o filho no colo e encher suas bochechas rechonchudas de beijinhos de saudades - O que está fazendo aqui? Ou melhor, o que vocês estão fazendo aqui? - encarou agora as duas crianças no chão.
— Viemos em uma missão muito importante, ver o nosso amigo Hyunjin. Ele está dodói e nós viemos para dar um presente, sabe se ele está bem? - Yongbok foi o primeiro a se pronunciar.
— Infelizmente não sei responder, me desculpa crianças, mas eu não trabalho na área pediatra - respondeu o mais velho.
— Pé de quem? - perguntou Jisung.
— Pediatra - o ômega o corrigiu com risos - Significa que eu não trabalho com crianças, apenas com adultos, entendeu? - o mesmo acenou que sim - E quem trouxe vocês?
— Eu! - Jisung levantou a mão, respondendo a pergunta como se o ômega fosse seu professor.
— Perai... Então vocês vieram sem nenhum adulto?
— Mas eu sou o adulto, eu tenho sete anos - falou o coreano, mostrando sua idade em quantidade de seus dedinhos das mãos - Tomamos muito cuidado e em nenhum momento soltei a mão deles, que nem um adulto responsável.
— Eu não acredito... E os pais de vocês deixaram?
— Não, eles não sabem. Mas tudo bem.
— Não Yongbok, não está nada bem - Tine caminhou até a sala de espera, sendo seguido por duas crianças e tendo uma em seu colo - Vem crianças, se sentem aqui - falou apontando para os bancos ao seu lado, em seguida pegando seu celular que estava em seu avental.
— O que vai fazer, papai? - perguntou Minho, brincando com os dedos largos da mão do mais velho que estava disponível.
— Vou ligar pro papai Wat, aposto que ele está uma pilha de nervos - Tine coloca o celular sobre a orelha e espera que seu esposo o atender.
— Querido, temos que conversar...
— Se for sobre o desaparecimento do Minho, saiba que ele e seus amigos estão nesse exato momento aqui do meu lado, no hospital - o cortou com a fala, dando lhe a resposta que Sarawat esperava.
— O que? E o que eles estão fazendo aí?
— Vieram ver o amiguinho que está machucado. Será que consegue entrar em contato com os pais deles e dizer que estão aqui e que estão bem?
— Sim... Já estamos a caminho. Tchau amor.
— Tchauzinho - desligou o celular e o guardou no bolso.
~✂️~
Enquanto os pais se colocavam a caminho do hospital, Tine esperava junto as crianças por seus pais na salinha de brinquedos, feita exatamente para que as crianças pudessem passar o tempo.
— Olha Tine hyung, fizemos esse cartão para o Hyunjin - Yongbok mostrou o belo trabalho feito com os amigos. O mais velho arfou baixo com tamanha fofura que via, eram tão inocentes e apenas queriam ver o amigo que estava machucado. Ta que o "melhora" estava escrito errado, mas tudo bem quando só se tem seis anos e ainda está aprendendo - Será que ele vai gostar?
— Claro que sim, ficou tão lindo e colorido. Tenho certeza de que o Hyunjin vai amar - respondeu Tine, recebendo os sorrisos dos menores, que se sentiam orgulhosos pelo trabalho executado.
Os três menores se entretinham com blocos coloridos, montando prédios e casinhas sobre a mesa amarela de plástico, foi quando quatro adultos eufóricos atravessaram a porta em desesperos, mas logo se aliviaram, ao terem a visão dos pequenos ali, em bom estado.
— Graças aos deuses, você está bem, Minho? - falou Sarawat, apertando forte o filho que havia lhe causado desespero poucos minutos atrás.
— Eu tô, papai - falou entre risos, pois o mais velho fazia cosquinhas em sua barriga.
Mesmo que antes, Mingi sentisse uma enorme vontade de dar uma bronca em Jisung, sentiu seu coração amolecer assim que o viu encarar com os olhos arregalados e um sorrisinho de escanteio, assim como um cachorrinho esperava o dono após um longo dia de trabalho. Foi quando percebeu que sua raiva foi mais causada pela preocupação de ter acontecido algo com o caçula, do que pelo ato de Jisung ter saído sozinho.
— Vai ficar sem video-game - falou o mais velho, apertava o mais novo como se fosse seu ursinho de pelúcia.
— Tudo bem... Eu ainda posso brincar de pirata e você vai ser o meu tubarão - falou o menor com dificuldade, pois suas bochechas estavam sendo prensadas pelos beijos que Mingi depositava de maneira carinhosa e bruta.
Assim que o viu sentado em uma cadeirinha, Seonghwa se aproximou da criança e a encarou nos olhos.
— Sabe o quanto que eu fiquei preocupado? Pensei que seus pais já haviam conversado com você sobre sair por ai sozinho, não? Isso foi muito perigoso, Yongbok.
— Eu sei... - falou baixo, se segurando ao máximo para não chorar, pois saber que mais uma vez havia causado problemas para o seu hyung, pesava em sua consciência infantil.
— Eu não estou brigando com você, Lix. Só quero que você entenda que isso nunca mais pode se repetir, ok? Na próxima vez que quiser sair, peça e eu te levo.
— E os meus amigos?
— Não tem problema, eu levo também. Claro, se os pais deles deixarem.
— Desculpa Seonghwa hyung - o menor saltou da cadeirinha verde, enrolando seus braços em volta do pescoço de seu padrinho em um abraço.
— Tudo bem - Seonghwa passou suas mãos pelas costas de Yongbok, intencionalmente para transmitir conforto ao mais novo - E que amigo é esse que você quis vim visitar?
— O Hyunjin... - o respondeu em um suspiro, deixando que sua tristeza ficasse em amostra em seus lábios ressentidos. Seonghwa não conhecia muito dos amigos de seus afilhado, mas conseguia entender a conexão forte da amizade de Yongbok tinha com esse garoto - Ainda não conseguimos ver ele, você pode falar com o dono do hospital para que ele possa deixar a gente ver o Jinnie?
— Sim! - falou Jisung, animado. Quando o alfa percebeu, as três crianças o encarava com olhares esperançosos, como se Seonghwa fosse realmente capaz de falar com o dono de um hospital para deixá-los ver um paciente.
— Então, sobre isso...- Seonghwa passava os olhos entre os pais, como se tivesse pedindo uma ajuda aos mais velhos.
— É que não é o dono do hospital que decide quem pode falar ou não com os pacientes - finalmente alguém havia quebrado o silêncio criado por Seonghwa, Tine - Quem tem que dar a autorização são os pais do Hyunjin.
— Hmm... Seonghwa hyung - Yongbok voltou com os olhos brilhantes para o mais velho, tendo suas mãos juntas para que seu pedido a seguir fosse levado tão a sério quanto uma oração feita a uma divindade - Você pode pedir para os pais do Hyunjin deixar a gente falar com ele?
~🖍️~
Após uma conversa bem estabelecida entre Sr. Hwang e Lee, Park, Lee e uma pitada de confiança de dois ômegas, um dançarino e outro médico cirurgião, finalmente as crianças conseguiram autorização para que pudessem falar com o amigo coreano. Os três menores dividiam o elevador com Seonghwa e Yeosang, que haviam se voluntariado para ir com as crianças até o quarto onde Hyunjin estaria.
— O que vocês acham que aconteceu com ele? - perguntou Minho aos dois amigos da mesma faixa etária. Sabiam que Hyunjin estava "dodói" de acordo com o comunicado da professora, mas não faziam ideia de que tipo de dodói o amigo havia tido.
— Eu acho que ele pegou uma gripe que o transforma em dragão toda vez que espirra - falou Jisung, como sempre tendo uma resposta mais fantasiosa que a outra na ponta da língua.
— Acho que ele deve ter pegado uma febre, só isso - disse Yongbok, dando uma última olhada no cartão colorido.
— É aqui crianças - falou Seonghwa, apontando para uma porta de tom claro com várias flores desenhadas na frente. Fazia sentindo a porta ser tão enfeitada, até porque, estavam no andar pediátrico.
Assim que o alfa abriu a porta, as três crianças foram os primeiros a entrar. Não demorou muito para que conseguissem entender o caso de Hyunjin e o do porque havia faltado no dia, estava nítido.
-- Ham! Hyunjin?
~🌷~
Estão gostando?
Espero que sim
Até sexta que vem!
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