Accidents Happen
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— Tenha um bom dia, Yongbok! - gritou Seonghwa de dentro do carro, vendo seu afilhado se dirigindo para dentro de sua escola.
— Tchau, Seonghwa hyung! - sorriu o garoto, acenando para o mais velho.
Assim que o menor adentrou no prédio vermelho junto a outras crianças, o Park pode se encaminhar para seu trabalho. Yongbok percorreu o corredor dando sorrisos e cumprimentos a todos por quem passava, mesmo o pequeno alfa sendo introvertido, se dava bem com os alunos de sua idade.
— Bom dia, Yongbok.
— Bom dia, Sunghoon - sorriu para seu amigo de fios escuros como a noite - Como vai a aula de patinação?
—Legal, estou aprendendo a dar piruetas agora, e as suas aulas de dança? - o mais baixo começou a acompanhá-lo.
— Vou fazer uma apresentação nesse fim de semana, e você está convidado.
—Obrigado Yongbok, vou falar com os meus pais - Sunghoon virou o caminho, pois agora teria que subir as escadas para chegar a sua sala - Tchauzinho.
Yongbok acenou de volta e continuo no corredor. Deu apenas mais cinco passos, e chegou a porta amarela com o número oito pintado de branco, era a sua sala. Assim que entrou no local, caminhou até a mesa de sempre, que compartilhava com mais três amigos, Jisung, Hyunjin e Minho. Eram um quarteto.
— Oi marujo - o coreano o cumprimentou, ainda estava com a pilha de achar que era um pirata, tanto que estava com o mesmo tapa-olho.
— Oi gente - sorriu simpático para os dois amigos, logo assim, colocou a mochila atrás da cadeira azul e se sentou - O Jinnie ainda não chegou?
—Não - Minho respondeu - Por que não veio com ele? Vocês sempre chegam de mãos dadas.
—Eu não o vi na entrada, e olha que eu ainda esperei - Yongbok deitou sua cabeça sobre o braço, tentando pensar o do porque do amigo ainda não ter chegado.
— Por que tanta precutação? - falou Jisung, com sua dicção embolada de criança - E se uma bruxa lançou um feitiço nele? E agora ele é um ogro que está preso em uma torre com um dragão, esperando o Sherek ir buscar ele? - Minho riu do mais velho, seu raciocínio não fazia o menor sentindo.
— Então o Yongbok é o Sherek, o Jinnie é a Fiona, eu sou o Gato-de-Botas e você é o Burro.
— Ei! Eu não quero ser burro - Jisung cruzou os braços irritado, fazendo biquinho com os lábios. Aquilo sim havia feito Yongbok rir.
— Bom dia classe - falou a professora ao entrar na sala, recendo o bom dia de todos os alunos - Eu tenho uma notícia no entanto um pouco triste para dizer a vocês. Essa manhã o Sr. Hwang veio ao colégio nos comunicar que o nosso colega, Hyunjin, está no hospital dodói - a mais velha tomava cuidado com o que diria, pois sabia que se tivesse usado a palavra 'acidente' causaria um caos entre os alunos, pois sabia que todos da classe gostavam do garoto.
— E-e... Ele vai viver? - Yongbok perguntou, estava tão preocupado com o amigo.
— Claro que sim, Yongbok. Em cerca de alguns dias, logo o Hyunjin vai voltar para o colégio - falou na intenção de despreocupar a criança - Essa tarde o papai do Hyunjin vai passar aqui para nós dar notícias sobre o ele, o que acham de fazermos cartões de melhoras para o nosso amigo? Assim ele pode ler e até melhorar mais rápido.
— Hmm... E se a gente fizesse um super cartão para o Jin, com vários adesivos e uma foto dele? - Yongbok pronunciou sua idéia, recebendo sorrisos largos de seus dois amigos, que pareciam animados com o conceito.
—E eu posso escrever uma mensagem de carinho? - perguntou Jisung.
— Lógico, você é o único que sabe escrever aqui - falou Minho.
Enquanto Yongbok e Minho se puseram a escolher as figurinhas e as canetinhas que iriam usar, o pequeno e único ômega do trio, eleva seus lábios em um sorriso pervertido, de quem estava planejando um plano mirabolante.
— Vocês sabem o que deixaria o Hyunjin mais feliz do que apenas o cartão? - perguntou Jisung, recebendo olhares de dúvidas dos amiguinhos - Se nós mesmo fossemos entregar pessoalmente o cartão.
—Mas quem levaria a gente? - perguntou Yongbok.
— Eu, ora-bolas - falou com obviedade.
— Não, não e não - Minho balançou a cabeça em negação, pois não concordava com o plano do mais velho - Meus pais disseram que criança não pode sair na rua sozinha, é perigoso.
— Os pais de vocês não deixam, porque vocês ainda tem seis anos. Mas tudo bem se eu levar, até porque, já sou bem grandinho e sou bem mais velho que vocês.
—Jisung, você tem sete anos - falou Yongbok, desenhando algumas florzinhas no cartão - E mesmo assim é o mais baixo.
— Mas o meu irmão falou que eu já sou bem grande e que já posso fazer as coisas sozinhos - por alguns segundos, Jisung havia se lembrando do dia que Mingi havia lhe dito que o mesmo já era grande demais para mamar na mamadeira. Talvez fosse de lá que tirou a ideia de que já era um adulto de sete anos - Sim... Me lembro muito bem dele ter dito que eu já sou um adulto.
— Ah, então se você já é adulto, então tudo bem - disse o coreano, ajudando o mais novo com as flores.
— Mas como vamos chegar no hospital? Eu não sei onde fica.
— Eu sei onde fica, meu papai Tine trabalha em um hospital, deve ser o mesmo que o Hyunjin está. É aqui perto - falou Minho, sorrindo ao se lembrar do caminho certinho do local.
—Já temos um adulto, um cartão de melhoras e o papai do Minho é dono do hospital. Acho que podemos ir - Yongbok debruçava um sorriso grande em seu rosto, feliz por saber que mais tarde iria ver seu melhor amigo.
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O horário de saída das crianças havia chegado, Yongbok, Minho e Jisung caminhavam de mãos dadas em pulinhos, indo juntos em direção do portão.
— Tchauzinho, senhor Choi - se despediu Jisung, do guardinha que ficava na porta da escola.
— Tchauzinho, Jisung - falou em tom simpático, mas nem ao menos se importou em tirar os olhos do joguinho de celular.
Os três pequenos seu caminho, seguindo as coordenadas de Minho, pois era o único que sabia onde ficava o hospital. Estavam próximos do local desejado, agora só faltava atravessar aquela enorme avenida movimentada.
— Vamos...
— Não, Jisung! - Yongbok o puxou antes que o carro o pegasse, o fazendo voltar para trás - Tem que esperar o sinal ficar verde, olha, ainda está vermelho.
— Ah é, esqueci disso - agora estava na calçada, esperando pacientemente a luzinha verde pisca para então podesse atravessar - Agora podemos ir?
— Sim, agora sim - então continuaram a marchar juntos, atravessando a rua com outros adultos que também aproveitavam o sinal verde.
Enquanto isso não muito longe, Seonghwa dirigia seu carro em direção da escola de seu afilhado, tendo uma companhia ao seu lado. Havia encontrado Yeosang fazendo compras no mercado, então logo o convidou para que almoçasse junto a ele e a Yongbok. E o ômega obviamente aceitou.
Assim que os dois saíram do carro, deram de cara com dois alfas adultos brigando com um beta, e um deles era seu conhecido de Seonghwa, era Mingi.
— Como você não os viu passando? Seu irresponsável! - gritou o alfa mais alto com o guardinha que vigiava a entrada da escolinha.
— Mingi, o que aconteceu? - perguntou Seonghwa, se aproximando da confusão junto a Yeosang.
— Ele! - apontou com o dedo indicador para o rosto da guarda, que tremia as mãos com medo - Deixou três crianças saírem sozinhas e sem supervisão, Jisung, Minho e Yongbok.
Os olhos de Seonghwa quase pularam para fora de seu rosto, "de novo não" era o que pensava. Em sua mente veio a ideia deles estarem na casa de Hyunjin, assim como da última vez que Yongbok "desapareceu", mas se lembra muito bem de não ter visto o coreano essa manhã. Sem dizer que Mingi nem ao menos citou seu nome.
— Seu imprudente, que tipo de guarda de merda você é?!
— Seonghwa! - Yeosang se colocou na frente do alfa, antes que o mesmo tomasse algum tipo de medida que o levaria a violência - Eu sei que está nervoso, mas agora temos que nos acalmar e tentar pensar aonde eles devem ter ido.
— Sou Sarawat - o outro alfa se apresentou para Seonghwa - Pai do Minho, que é amigo do Yongbok e do Jisung.
— Padrinho do Yongbok, Park Seonghwa, mas pode me chamar de Seonghwa - o mais baixo apertou a mão do coreano - Consegue ter algum tipo de noção de onde eles podem ter ido?
— Infelizmente não faço ideia. Não consigo pensar de onde Minho teve a ideia de sair sozinho, eu e meu esposo sempre deixamos bem claro a ele que não pode sair sem nós - falou Sarawat. Sua respiração estava desregulada, tentando não pensar no pior que podia acontecer com o filho.
— Queremos falar com a diretora, ou pelo menos ver as câmeras para saber que direção eles tomaram. Ou você viu para onde eles foram? - agora era Yeosang que encarava com olhos furiosos o beta.
— An... Eles foram por ali - apontou para qualquer caminho, pois não tinha a menor ideia do rumo que as três crianças haviam tomado.
— Então você realmente os viu saindo sozinhos e não fez nada para impedir? - Mingi o segura pela gola da camisa, o fazendo sair alguns centímetros do chão. Seu olhar era voraz e estava se segurando ao máximo para não usar sua voz alfa, mas não usaria, pois ainda havia crianças e pais ômegas em sua volta, e não queria os assustar com tau ato.
— Mingi, solta ele - Sarawat segurou a mão do mais alto, quase posta sobre a garganta do beta - Não vai querer fazer algo de cabeça quente, depois o arrependimento é maior.
— Se acontecer alguma coisa com o Jisung, eu tenho certeza de que não vou me arrepender de quebrar a cara dele.
— Mingi, solta ele - agora era Seonghwa que pedia. Mesmo que sua raiva pelo tau Choi estivesse grande, sabia que bater nele não traria seu Yongbok de volta - Vamos logo falar com a diretora, eu só quero o Yongbok de volta - suspirou ao fim, sentindo novamente o grande peso na consciência de sua irresponsabilidade, voltar.
— Um minuto - Sarawat se distância poucos metros deles, indo atendendo a ligação que estava recebendo de Tine, seu esposo - Querido, temos que conversar... O que? O que eles estão fazendo aí?
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Sim gente os pais do Minho são o Sarawat e Tine
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