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CAPÍTULO 7

Não acredito que concordei com isso.

Duca continua sentado no sofá da minha sala, com o mesmo sorriso irritante que ele sempre usa quando sabe que estou prestes a perder a paciência. Ele parece relaxado, como se essa fosse uma visita casual e não uma reunião para discutir como não transformar essa farsa em um desastre completo.

— Então, Bella… vamos às lições de namoro falso? Estou ansioso para aprender com a especialista.

Reviro os olhos, enquanto coloco o caderno na mesa de centro.

— Não estamos aqui para brincar, Duca. Precisamos definir as regras e… alinhar nossas histórias.

Ele se recosta no sofá, cruzando os braços.

— Alinhar nossas histórias? Isso soa tão mecânico. Você deveria escrever roteiros, não trabalhar com arquitetura.

— Só estou tentando evitar que você estrague tudo — respondo, seca, abrindo o caderno.

Ele sorri como se já tivesse vencido.

— Primeira regra — Começo, tentando manter o tom firme. — Nada de contato físico desnecessário.

— Define “desnecessário” — Ele pergunta, inclinando-se para frente.

— Nada de abraços ou toques que não pareçam naturais. Só vamos agir como um casal em situações que exijam isso.

— Certo. Então, nada de te segurar quando sentir vontade de me empurrar na piscina de novo?

Minha mandíbula trava e sinto o rosto esquentar com a lembrança.

— Isso foi há anos, Duca. E você mereceu.

Ele ri, claramente se divertindo.

— Tudo bem. Sem piscinas. Continuemos.

Respiro fundo, ignorando a vontade de mandá-lo embora.

— Segunda regra: nada de mentiras exageradas. Precisamos ser consistentes com nossa história.

Ah, é aqui que você vai me ensinar a beijar sem língua? — Ele pergunta, o tom carregado de sarcasmo, mas há um brilho nos olhos dele que me deixa inquieta.

Meu coração dá um salto, mas eu o encaro com firmeza.

— Precisamos parecer convincentes, Duca. E, pelo visto, você precisa de ajuda.

Ele sorri de lado, e é o tipo de sorriso que sempre me irrita.

— Então, acho que vai ter que me ensinar a ser convincente.

O tom dele agora não é apenas provocador, é quase como um desafio. Eu sei que ele está se divertindo, mas algo na maneira como ele fala, com um olhar mais sério, me faz questionar por que estou tão irritada. Ele sempre soube me fazer perder o foco.

Fico em silêncio por um momento, respirando fundo, tentando manter o controle. Mas ele não desvia o olhar, e algo nele, naquele sorriso irônico e, ao mesmo tempo, quase… vulnerável, mexe comigo. Não sei por quanto tempo ficamos nos encarando, mas quando Duca se aproxima mais um pouco, meu coração dispara.

Sem pensar, começo a me afastar, mas Duca está mais rápido. Ele se aproxima com confiança e, num movimento sutil, me beija. Primeiro, é só um selinho, mas o toque é demorado e ele não se afasta. Ficamos ali, tão próximos, que posso sentir a respiração dele contra a minha pele. O contato é inesperado, mas não consigo me afastar.

A sensação de seus lábios sobre os meus me faz perder o raciocínio. Meu corpo responde de forma involuntária, e ele, como se tivesse notado isso, beija-me novamente. Dessa vez, o beijo é mais profundo, mais intenso, mas sem ultrapassar o limite que eu impus. Seus lábios se movem com suavidade, explorando com calma, sem pressa. É como se cada segundo daquele beijo fosse medido, controlado, e ainda assim, a tensão entre nós aumenta.
Quando nos afastamos, meu rosto está quente e a confusão toma conta de mim. Ele permanece ali, com o olhar fixo nos meus olhos, aquele sorriso travesso ainda nos lábios.

— Assim. Nada mais do que isso! — Digo, tentando retomar o controle.

Duca continua ali, seu sorriso irreverente ainda nos lábios, como se estivesse apenas começando a se divertir com a situação.

— Confesso, Bella. Você pode ser uma boa professora.

Eu me levanto rapidamente, sentindo o rosto esquentar e o coração disparar. Tento manter a compostura, mas a bagunça que ele deixou na minha cabeça é impossível de ignorar.

— Última regra — Falo, tentando parecer firme. — Isso acaba no segundo em que o casamento termina. Sem exceções.

Ele responde com um suspiro, mas não perde o sorriso irreverente.

— Claro… — Ele diz, mas o tom dele trai a falta de sinceridade.

Quando olho para ele novamente, ele está relaxado, recostado no sofá, como se nada tivesse acontecido, enquanto eu tento recuperar minha calma depois de tudo o que ele provocou dentro de mim.

***

É domingo, e a luz suave da manhã entra pela janela. Estou no sofá, com as mãos entrelaçadas no colo, observando Timmy e Nella brincarem no tapete. A casa estava tranquila, mas a campainha tocou e logo encontrei Duca parado do outro lado, apesar de eu ter deixado claro que preferia falar com os meus filhos sozinha. Mas, como sempre, ele faz o contrário do que eu peço.

— Duca, você não deveria estar aqui. Eu pedi para falar sozinha com as crianças.

Ele se inclina, os braços cruzados, e me observa com uma expressão quase desafiadora.

— Mas elas precisam saber de tudo, Bella. Não podemos fazer isso sem preparar o terreno, né?

— Eu já preparei o terreno — respondo, tentando manter a calma, mas a frustração já começa a transparecer na minha voz. — Eu só não quero que você faça algo que possa confundir ainda mais as coisas.

Duca dá de ombros, como se minha preocupação fosse irrelevante. Ele sempre tem esse jeito de ser impulsivo, de fazer as coisas do jeito dele.

— É assim que você vai fazer? Falar com as crianças sem ajuda? Elas têm mais perguntas do que você pode responder, e não quero que você sobrecarregue.

Eu respiro fundo, tentando não ceder à irritação crescente. Ele está certo, de certa forma, mas não era isso o que eu queria. Eu queria controlar a situação, queria ter o tempo para me preparar, antes de tudo se tornar real.

— Eu vou falar com elas do meu jeito! — Digo, mais firme agora, deixando-o entrar no apartamento. — Não preciso de você para fazer isso.

Duca dá um sorriso leve, quase provocador.

— Claro que não. Você pode fazer tudo sozinha, Bella. Mas, no fundo, sabe que, se eu não estivesse aqui, ia acabar ficando sem palavras na hora que as perguntas começassem.

Eu mordo o lábio e, por um momento, fico em silêncio, olhando para as crianças. Timmy e Nella são mais perspicazes do que imaginamos.

Talvez eu precise de ajuda, mas isso não significa que vou admitir para ele. Não é tão fácil.

— Não precisa se meter, Duca — Falo, mas minha voz sai mais suave do que eu queria.

— Você vai ter que me engolir nessa — Ele afirma a alguns centímetros atrás de mim, os pelos do meu pescoço se arrepiando. — Eu vou ajudar, mas é melhor aceitar logo. Não quero que você fique com raiva depois, já que, no fim das contas, o que é melhor para as crianças, importa mais do que qualquer outra coisa.

Ele me olha, os olhos sérios, agora, como se estivesse falando de algo importante. E, de certa forma, está. Mas eu não consigo gostar do jeito que ele sempre acha que sabe o que é melhor.

— Só não faça isso piorar… — Respondo, finalmente cedendo um pouco, e Duca sorri, satisfeito.

— Não se preocupe. Vou ser o “tio Duca” que vai fazer tudo ficar tranquilo.

Eu dou um suspiro, sentindo o peso da situação.

Não tenho escolha, né? Agora só espero que ele não estrague tudo.

Duca dá um passo à frente, como se soubesse que, por mais que eu tente controlar a situação, ele não vai sair tão fácil. Ele se agacha ao lado das crianças, com aquele sorriso sarcástico ainda nos lábios, mas com uma suavidade inesperada no olhar.

— Vamos lá, então. Vocês sabem que eu sempre tenho as melhores ideias, não sabem? — Ele tenta aliviar o clima, mas os olhos de Timmy permanecem sérios, e Nella observa com uma concentração que não é de criança.

Eu olho para ele, exasperada, mas tento manter a compostura. Não posso deixar que ele tome as rédeas aqui, mesmo que, em algum nível, ele tenha razão sobre a necessidade de tornar tudo mais simples para as crianças.

— Duca, o que vamos dizer para eles? — Pergunto baixinho, enquanto as crianças começam a brincar de novo, claramente esperando que a conversa acabe logo.

Ele olha para elas por um momento, pensativo, e então vira-se para mim com um leve sorriso.

— Vamos ser honestos, mas não precisamos entrar em detalhes. Eles são pequenos, Bella. O suficiente para saber que as coisas vão mudar, mas não precisamos assustá-los com o que ainda está por vir.

Eu suspiro, concordando com a lógica, mas isso não muda o fato de que essa situação está muito além do que eu imaginei.

— Eu só não quero que eles se sintam confusos, ou pior, que pensem que isso é culpa deles — Respondo, o nó no meu estômago apertando.

Duca parece perceber a seriedade do momento, e pela primeira vez desde que entrou naquela sala, o sorriso provocador diminui. Ele se aproxima mais de mim, falando em voz baixa, mas firme.

— Eles vão entender. Só precisamos dar a eles um pouco de estabilidade. Eles estão em boas mãos, Bella. Eles têm você.

Eu respiro fundo, olhando para as crianças e vendo Timmy, com um olhar curioso, pegando uma bola para jogar com Nella. Não posso deixar de sentir uma mistura de orgulho e medo por eles. Eu sou a única responsável agora, e mais uma vez, Duca está aqui, ao meu lado, de uma forma que eu não sei se quero aceitar ou ignorar.

— Ok — Falo finalmente, mais calma. — Vamos fazer isso juntos.

Duca sorri, satisfeito, e se afasta um pouco para dar espaço, mas o seu olhar ainda não se afasta de mim. Eu, por outro lado, tento me concentrar nas crianças, tentando entender o melhor jeito de guiá-las para o que vem a seguir.

— Meus amores, precisamos ter uma conversa importante — comecei, respirando fundo. — Sobre esse negócio de namoro falso que o tio Duca e eu estamos fazendo…

Timmy levantou o olhar do quebra-cabeça e inclinou a cabeça, curioso.

— Namoro falso? Como assim? Vocês não gostam um do outro?

Eu soltei um risinho curto. O Duca, que estava encostado no sofá com os braços cruzados, aproveitou a deixa para se aproximar um pouco.

Ah, campeão, nós gostamos o suficiente pra fazer esse show funcionar — ele disse, com aquele tom meio sarcástico.

— É como um projeto, entende? Um trabalho em equipe — continuei. — Precisamos fazer isso parecer real, mesmo que não seja.

Nella, com os braços cruzados, analisou Duca de cima a baixo, um olhar crítico no rosto.

— Tipo um teatro? Como se estivessem atuando?

O Duca soltou um riso abafado, quase como um desafio.

— Exatamente, Nella. O melhor ator desse projeto sou eu. Meu talento é um presente pra sua mãe.

Eu não pude evitar o sorriso irônico que apareceu no meu rosto.

Ah, sim. O talento de arruinar tudo em dois segundos — respondi. — Um verdadeiro espetáculo!

Ele se aproximou um pouco mais, sussurrando perto de mim, mas sem perder o sorriso provocador.

— Vamos combinar, Bella. Se eu sou o ator principal, você é a diretora desse circo. Juntos, podemos fazer um show que ninguém vai esquecer.

Eu dei um sorriso curto e afiado.

— Se esse show terminar sem mais desastres, eu te pago um jantar. Só espero que o próximo “ato” não seja um fiasco.

Timmy, sorrindo agora, interrompeu o clima de tensão.

— Vocês vão ter que se beijar e fazer aquelas coisas de casal, né?

O olhar do Duca se iluminou com uma diversão inesperada. Ele deu um passo adiante, aproximando-se das crianças e, sem perder a pose arrogante, disse:

— Bom… a mãe de vocês e eu estamos apenas ensaiando pra ser o casal mais convincente do projeto. Prometo que, no final, vocês vão ter histórias pra contar pros amigos.

Eu olhei pra ele, exasperada, mas sabia que não tinha como ignorar o fato de que ele, por mais irritante que fosse, estava ali pra ajudar.

Timmy e Nella pareciam satisfeitos e empolgados com a resposta.

Depois de conversar brevemente com as crianças, Duca me convenceu a deixar que ele ficasse mais um pouco. Ele disse que seria bom para Timmy e Nella se acostumarem com a ideia de tê-lo por perto, mesmo que fosse só por um tempo. Concordei, mas apenas porque não queria mais discutir. Agora, ele está sentado no chão, ajudando Nella a montar um quebra-cabeça enquanto Timmy insiste em queimar a energia correndo com um avião de brinquedo pela sala. O som dos risos e das atividades das crianças preenchia o apartamento, criando uma atmosfera caótica, mas estranhamente acolhedora.

Observo a cena de pé, encostada na porta da cozinha, tentando entender como Duca pode alternar tão facilmente entre me deixar furiosa e se mostrar alguém confiável para os meus filhos. Ele não é exatamente o tipo de pessoa que imaginei para ajudar em algo tão delicado. Mas, de alguma forma, ele está aqui, e é impossível negar que sua presença acalma um pouco as crianças.

— Você está me olhando como se fosse me expulsar a qualquer momento — Duca comenta sem tirar os olhos do quebra-cabeça.

— Talvez eu esteja considerando isso — Respondo, cruzando os braços.

Ele ri, mas não responde, focando em ajudar Nella a encaixar uma peça difícil. A paciência que ele demonstra com ela é surpreendente. Não consigo evitar um sorriso pequeno ao ver o quanto ela está concentrada.

— Pronto, Nella. Agora só mais duas peças e terminamos esse lado — Duca incentiva.

— Consegui! — Ela grita, animada, olhando para mim com um sorriso largo.

— Conseguiu, sim. Tá ficando ótimo, meu amor! — Digo, sentindo um calor no peito ao ver seu entusiasmo.

Timmy, por outro lado, parece perceber que não está recebendo atenção suficiente. Ele corre até Duca, pousando o avião na cabeça dele.

— Duca, você é a pista de pouso agora! — Anuncia com autoridade.

Duca faz um som de avião pousando e eles acabam rindo juntos.

Na hora do almoço, o apartamento estava cheio de risadas e o cheiro de comida caseira. Duca e eu tínhamos preparado hambúrgueres caseiros e batatas fritas. As crianças estavam sentadas à mesa, animadas e barulhentas. Timmy segurou seu avião de plástico e fez o som de decolagem, correndo ao redor da mesa.

— Mamãe, olha o meu avião de brinquedo! — Timmy gritou.

— Uau, ele está voando alto, hein! — Respondi, sorrindo.

Enquanto terminávamos de arrumar a cozinha, os pequenos já estavam na sala, esperando Nessa chegar. Eles estavam vestindo suas roupas de banho coloridas, com toalhas enroladas no pescoço e óculos de sol na cabeça. Timmy parecia particularmente empolgado, pulando de um lado para o outro.

A porta se abriu e Nessa entrou, trazendo algumas toalhas e óculos escuros na cabeça. Ela sempre dava um jeito de entrar e sair do apartamento como se fosse parte da mobília.

— Cheguei! — disse, balançando a cabeça e sorrindo de forma descontraída. — Esse sol tá implacável lá fora. Vocês vão pra piscina hoje?

Timmy e Nella comemoraram ao ouvir isso, pulando de alegria.

— Sim! Vamos logo! — Responderam em uníssono.

Nessa lançou um olhar pra Duca e pra mim, que estávamos na cozinha.

— Sério, vocês dois formam um casal tão convincente que até parece real! Tipo um daqueles relacionamentos perfeitos que todo mundo inveja. Já pensaram em fazer isso de verdade? — Nessa dispara, rindo.

Bella olha para Duca, os olhos cheios de raiva e confusão.

Ah, sério, Nessa? Que tipo de comentário é esse? — Questiono, o tom cortante.

— Que tipo de comentário? — Duca entra na conversa, um sorriso debochado surgindo no rosto dele. — Ué, Bella, não acha que seria um bom negócio? Pelo menos ter alguém pra dividir o peso das responsabilidades.

— Eu não preciso de ninguém, Duca. Nem de você, nem de ninguém! — Respondo, com um olhar furioso.

— Ah, então é isso? Você acha que pode fazer tudo sozinha? — Duca provoca, a voz mais grave. — Que bonitinha! Vai ver, no fundo, você gosta dessa coisa de “super-mulher”.

— Não me compare a você! — Retruco. — Eu não tenho tempo pra esse tipo de conversa idiota. E não vou deixar um acordo falso definir quem eu sou ou o que eu faço!

— E mesmo assim, aqui estamos nós — Duca retruca, dando um passo à frente, impedindo ainda mais a distância entre nós. — Porque no fundo, você sabe que precisa de mim.

— Preciso? — A palavra sai quase como um riso incrédulo. — Você está delirando se acha que depende de alguém como você.

— Alguém como eu? — Ele estreita os olhos, o tom de voz grave. — Me diz, Bella, o que isso significa?

— Significa que você é inconstante. Um dia aparece, no outro vai embora. E eu não posso me dar ao luxo de confiar em alguém assim.

— Não pode ou não quer? — Ele desafia, o olhar fixo em mim. — Porque eu acho que você tem medo de confiar. Você tem medo de descobrir que talvez eu não vá para lugar nenhum.

— Você é tão arrogante — eu atiro, o tom carregado de raiva. — Tudo sempre gira em torno de você, não é? Como se o mundo devesse algo para você.

— E você não é? — Ele rebate, a voz subindo um pouco. — Você se acha tão perfeita, tão auto suficiente. Mas olha pra você, Bella. Tá tão preocupada erguendo muros que nem percebe quem realmente está do seu lado.

— Do meu lado? — A indignação me faz dar um passo à frente, invadindo o espaço dele. — Quem você acha que é pra falar como se entende alguma coisa sobre mim? Você mal sabe o que significa estar ao lado de alguém!

— Eu sei mais do que você pensa — ele diz, a voz agora baixa, mas informações de intensidade. — Talvez você que nunca tenha deixado ninguém tentar.

O ar na sala fica denso, como se cada palavra tivesse o peso de um soco. Ele está tão perto que consigo sentir o calor dele, e, por mais que eu odeie admitir, meu corpo não responde como deveria. Meu coração está acelerado, mas não é só de raiva.

— Então prove — as palavras escapam antes que eu consiga pensar. — Mostre que você é diferente.

Duca inclina a cabeça levemente, os olhos cravados nos meus, desafiando cada palavra.

— Provar o quê, Bella? — ele perguntou, a voz baixa e rouca. — Que eu não sou o vilão da sua história? Ou que você está morrendo de vontade de derrubar esses muros?

Minha respiração trava. A proximidade é insuportável. Por um segundo, sinto que ele vai se mover, mas a campainha toca, estrondosa, interrompendo tudo.

O som me faz dar um passo para trás, como se o feitiço tivesse sido quebrado.

— Parece que você tem companhia — Duca diz, com um sorriso irônico, mas os olhos ainda carregam a intensidade do momento.

— Parece que você gosta de falar demais — eu respondo, com a voz firme, mas trêmula.

Respiro fundo, ignorando o tumulto dentro de mim, e saio da cozinha para atender a porta. Antes recebo uma mensagem de Nessa, avisando que já estava na piscina com meus filhos.

Típico dela sair de fininho depois de causar o caos...

Abro a porta e dou de cara com Margareth, minha melhor amiga, carregando uma mala de rodinhas e um sorriso largo. 

— Maggie! — exclamo, surpresa, antes de abrir os braços para abraçá-la. 

— Bella! Eu precisava te ver! — ela diz, me apertando com força. — Espero que você não se importe com a visita surpresa. 

— Claro que não — respondo, me afastando. — Mas o que te trouxe aqui? 

— A gente já vai falar sobre isso — ela começa, tirando os óculos de sol e entrando como quem se sente em casa. — Só queria ver com os meus próprios olhos como você está. 

Ela mal termina de falar e congela ao dar mais alguns passos para dentro do apartamento. Seus olhos se fixam na cozinha, onde Duca está recostado no balcão, casual, com aquele sorriso que ele usa para provocar. 

Maggie pisca algumas vezes, a expressão incrédula. 

— O que... o que ele está fazendo aqui? 

Eu respiro fundo, tentando formular uma resposta convincente, mas Duca já está em movimento. Ele se aproxima com passos lentos, a postura relaxada, mas o olhar atento. 

— Que bom te ver também, Maggie — ele diz, como se fosse o anfitrião do apartamento. 

— Isso não faz sentido! — ela exclama, apontando para ele. — Você na casa da Bella? E ainda tão... confortável? 

— Surpresa? — ele pergunta com um sorriso provocador, antes de passar um braço ao redor da minha cintura. 

— Espera aí... — ela olha para nós dois, os olhos arregalados. — Vocês... estão juntos? 

Eu abro a boca para responder, mas antes que consiga dizer qualquer coisa, Duca se inclina e me beija rápido. 

— Claro que estamos — ele diz, recuando e sorrindo como se fosse a coisa mais natural do mundo. 

Maggie leva a mão à boca, parecendo em choque. 

— Não acredito nisso. Não dá pra acreditar nisso! Eu viajei de Veneza até aqui achando que vocês estavam inventando uma mentira absurda. E agora vejo isso? 

— Que bom que veio conferir pessoalmente, então — Duca retruca, ainda com aquele tom insolente. 

Eu lanço um olhar mortal para ele, mas Maggie está tão ocupada tentando processar a cena que não percebe. 

— Isso vai ser interessante... — ela murmura, antes de jogar a bolsa no sofá e cruzar os braços. — Quero ouvir todos os detalhes. 

Meu coração afunda, e Duca apenas sorri, como se estivesse se divertindo com o desastre que acabara de começar.

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