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00. BANCO CENTRAL E DOIS SAPATOS ROSA

─────── 00. BANCO CENTRAL E
DOIS SAPATOS ROSA... ───────

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OKAY. VOCÊ DEVE ESTAR se perguntando o que eu deveria estar fazendo neste exato momento. Como alguém que rapidamente entrou na elite da cidade de Nova York, eu deveria estar tomando algum chá, bancando a bondosa com cheques filantrópicos ou me esbaldando num banho de loja. Parece divertido e eu, evidentemente, posso garantir que tais atividades me animam o humor.

Mas não tanto quanto a arte de obter algo ilegalmente. Popularmente é chamado de crime.

Eu sei, eu sei, é meio chocante. Mas as pessoas nunca esperam muito de alguém como eu. É algo relacionado a minha aparência, ao fato de acreditarem que mulheres não podem exercer tamanho trabalho assim. Quer dizer, tivemos nomes como a Viúva Negra pra provar que podemos fazer tantas coisas quanto os homens, mas ainda sim, somos subestimadas.

Mas, acredite ou não, há uma vantagem nisso. Como eu sei? Bem, acabei de entrar num banco central na 5° Avenida, muito bem recebida quando um dos seguranças percebeu a bolsa que levava tão graciosamente no braço. Uma tweed de lã bordado e metal com acabamento rutênio, modelo de 2022 exclusivo da Chanel. Um charme. E, para melhorar, uma isca perfeita para me passar por alguém que... eu meio que não sou.

Direcionei-me até o início da fila, e agradeci mentalmente pelo pouco movimento no estabelecimento. Curiosamente, o caixa não me mediu de cima a baixo, mas os olhos pareciam repousar sobre os brilhantes e exuberantes brincos que eu ostentava pelas ruas de Nova York.

Ele sorriu para mim.

─ Bom dia, senhorita Keeper. ─ Ele cumprimenta, gesticulando com as mãos conforme eu analisava o local.

Precisava de pontos cegos.

Oh! Minhas visitas têm se tornado mais comuns do que eu esperava.

─ O suficiente para duplicarmos as câmeras pelo ambiente. Incluindo o caixa.

─ É ofensivo que acreditem que eu roubei esse banco. ─ Balanço a cabeça. ─ Inclusive, perdoe-me a brutalidade, mas já nos falamos antes? Eu realmente não me recordo.

O homem balançou a cabeça. Com aparentes trinta e sete anos ─ algo que eu nunca poderia confirmar ─ ele parecia tão confuso quanto seus colegas, que espiavam nossa conversa de modo nada discreto. Tinha olhos castanhos e cansados, apesar de, naquele momento, parecerem curiosos enquanto observavam meus brincos pela milésima vez desde que cheguei.

Sorri, procurando por um objeto em minha bolsa.

─ Sou um novo empregado. Fui contratado no mês passado. ─ Ele entrega, observando cada movimento que eu fazia até que finalmente depositasse meu cartão em sua mesa.

─ Isso faz todo o sentido. Agora, Walker... ─ Digo, assim que identifico o seu nome gravado em seu terno. ─ Eu gostaria de fazer uma transferência, por favor.

Ele assentiu, fuçando seu computador enquanto eu rodava os olhos por cada canto. Não haveria um único ponto cego em todo aquele ambiente e, a julgar pelos últimos furtos nem tão discretos no banco, não haveria um único centímetro não monitorado por ali.

Então você deve estar pensando: "Saia e roube outro banco!", e, sim, é uma ideia sensata, afinal, mas eu teria que recomeçar do zero novamente. Uma coisa que a televisão nunca mencionou é que saltos de dez centímetros machucam tanto quanto os de quinze. Todavia, era mais conveniente ir para o único local que eu tinha a absoluta certeza que não continha uma câmera ─ por questões óbvias, é claro ─: o banheiro.

Assim que terminei o envio de uma quantia considerável em minha conta, andei calmamente até o toalete. Podia sentir olhares sobre mim, mas poderia afirmar, com toda a segurança do mundo, que não era por minha impecável forma em plena segunda-feira. Alguns dos homens que defendiam a área me seguiam com gosto, olhando-me de cima devido a estatura consideravelmente maior que a minha. Eles não moviam um único passo ou davam uma única palavra, mas eu sabia que estariam prontos para qualquer ataque assim que eu respirasse de forma suspeita.

─ Sabe, é meio ofensivo que vocês estejam me encarando dessa forma. O conforto que esse lugar garante ao cliente é certamente uma propaganda barata! ─ Exclamo, virando-me para um cara que parecia ter bons cento e noventa centímetros de altura. Ele não mexeu um membro sequer, mas pude perceber que, por detrás do óculos escuro, que nem fazia sentido usar, ele me olhava. Eu expiro exageradamente, balançando a cabeça em reprovação. ─ Sorte a de vocês eu estar tão necessitada desse roubo.

─ O que a senhora disse? ─ Outro indaga, e posso flagrar as sobrancelhas erguidas em surpresa quando ele dá um passo à frente.

─ Ouro. Eu disse "ouro". Vocês tem até mesmo problema com audição? Ultrajante! ─ Reviro os olhos, caminhando sem verificar se eles tinham mais algo a dizer.

Quando alcanço a área reservada para os banheiros, porém, me atrevo a virar, vendo que nenhum deles me encarava mais, e sorrio enquanto pego na porta.

Mamrud sodot ─ Sussurro, fixando o olhar em cada um dos engravatados quando finalmente os vi cair num sono profundo, rápida e poderosamente.

Aquele lugar, em especial, levava a um cofre que eu cobiçava há bons meses, rodeado de funcionários o suficiente para eu deduzir que estava com algum item muito valioso ─ ou significantemente caro ─ em proteção. Andei tranquilamente até lá, me deparando com uma senhora de idade que, junto de um homem mais novo, saía da enorme sala, protegida por uma tranca chamativa e pesada. Curiosamente, havia um mísero espaço não monitorado por câmeras ali, no qual me enfiei antes mesmo de perceber qualquer movimento.

Sêcov oãn em meêv. ─ Sorrio, puxando o meu próprio corpo para o canto e evitando esbarrar na mulher.

Quando encaro novamente, dois homens estão a fechar o cofre, compacto o bastante para que atrasasse a ação em alguns bons segundos. Nessa deixa, apressei-me o mais rápido possível, não antes de retirar os calçados de salto alto e de cor rosa que eu usava a fim de evitar qualquer barulho suspeito no chão sólido de cimento queimado. Felizmente, fui ágil o suficiente para alcançar a porta, empurrando-a com algum esforço e atrasando mais um pouco com o trabalho dos seguranças quando entrei.

Lá dentro, olhei para cada quina de cada parede, contando ao todos sete câmeras naquele lugar. Eles certamente gostariam de preservar o conteúdo que guardavam, pois não havia um único canto a salvo de reconhecimento por ali. Suspirei, refletindo por um único momento sobre as possibilidades de mecanismos que poderiam estar ali. Era um momento onde eu deveria colocar na balança: ser caçada por alguns policiais e possivelmente o FBI, ou ser caçada por alguma entidade heroica, como os Vingadores.

Pensando bem, eu perderia um pouco em cada um dos casos, mas ainda sim, parecia divertido a ideia de ser pega pelo deus Thor. Interpretem como quiserem.

Sacudo minhas mãos, ciente de que ainda estava invisível quando finalmente tomei minha decisão. É o que dizem, mais vale um pássaro na mão...

Ajeitei minha postura, os pés nus descalços no solo gelado quando cerrei os olhos em dúvida. Ergui minhas mãos, levando-as ao rosto e o cobrindo com certa indelicadeza quando abri a boca:

Apuor ed orietrac! ─ Exclamo, sentindo um tecido mais largo e fino em contato com minha pele em seguida. Em meus fios anteriormente soltos, sinto um chapéu amassando-os com fúria, e felizmente, o acessório cobriria meu rosto se eu aproveitasse do ângulo certo.

Andei então até o centro do cofre, cautelosa enquanto evitava qualquer olhar não intencional para as câmeras quando finalmente o identifiquei. Algumas volumosas e quantitativas barras de ouro estavam no centro, me chamando de forma tão convidativa que me senti na obrigação de chegar ainda mais perto. Assim, pude ver que haviam muitas barras, mas que suas espessuras eram mais finas do que imaginava, o que facilitou para minha curiosidade me impulsionar a pegar uma delas.

Ali deveria ter, no mínimo, uns três milhões. E por mais que eu fosse muito criativa em como gastar meu dinheiro, eu ainda sim não poderia imaginar o tanto de itens que obteria com tudo aquilo.

E, só pra constar, eu não roubaria tudo. Eu sou alguém muito solidária, e nunca se sabe se o proprietário disso tudo tinha problemas de saúde, então seria injusto lhe tirar mais alguns anos de vida. Eu sei, eu sei, sou um anjo enviado à Terra.

Mesmo assim, eu acreditava que deveria receber um pouco mais só pela minha maquiagem potencialmente arruinada. Quer dizer, vocês têm noção de quanto tempo eu demoro pra fazer esse bendito delineado?

Okay, estou me distraindo.

Com a cabeça relativamente abaixada, eu procuro por itens mais brilhantes, até encontrar uma joia prateada com uma pedra mediana na área destinada ao pingente. Parecia um rubi. Caminhei até ele, admirada com seu brilho e charme quando um som infernal me preencheu os ouvidos.

Merda!

Radum a aimonoisif laicaf! ─ Olho para a câmera, tendo um rápido vislumbre do que me aguardava se eu não fugisse imediatamente. Podia ouvir alguns gritos másculos do lado de fora, muito possivelmente dos seguranças, que se aproximavam enquanto o alarme continuava a soar como uma acusação para mim. Persistente, alto, furioso e, principalmente, desnorteante.

Levei minhas mãos aos ouvidos, tentando abafar o som enquanto a porta foi brutalmente atacada, desencadeando um som notável no ambiente pequeno.

─ Merda! ─ Grito com raiva. ─ Ue ojixe oincêlis!

E tudo para. Eu não estava nem aí com a possível catástrofe que tinha gerado no lado de fora, pois minhas digitais ainda estavam gravadas em algumas das barras de ouro e no cordão prateado do exuberante colar que encontrei, então precisava me livrar daquelas provas antes que a porta abrisse ─ o que me seria uma surpresa, a julgar pelo feitiço mal elaborado que cessou com todo o som nos corredores e, na melhor das hipóteses, no banco inteiro.

Era quase humilhante, pois se eu estivesse num filme agora, a crítica mataria com a trilha sonora selecionada.

Respirei fundo, vendo a porta se mexer, no que parecia um ultimato. Quando olhei, havia apenas cinco palavras capazes de tirar essa pobre mulher de uma prisão perpétua declarada, então eu meio que as disse.

Evel odut oa uem otnematrapa! ─ Miro em cada um dos objetos presentes ali, vendo eles sumirem no segundo seguinte. Quando a porta está aberta o suficiente para alguém entrar, eu faço o meu último truque, vendo um guarda me encarar confuso. ─ Recerapased!

É. Eu deveria estar feliz, não é? Havia me dado mais do que bem, no final das contas. Mas haveria um pequeno e infeliz ─ e belo ─ objeto que estragaria tudo, então pode considerar que este foi o meu prelúdio.






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