One
Oii, finalmente cheguei com o primeiro capítulo!
Essa fic é bem curtinha, mas uma ou duas atualizações e ela acaba!
Não culpem o Jimin ou o Taehyung, ok?? Vocês vão entender melhor depois.
Não esqueçam o votinho pra eu saber se estão gostando e pra me deixar feliz. Comentem também, eu amo interagir e quase ninguém comenta nas minhas fics k
Boa leitura♥︎
" You gave me a shoulder when I needed it
You showed me love when I wasn't feeling it
You helped me fight when I was giving in
And you made me laugh when I was losing it "
🕔
[10:46 P.M. - Soap Seoul, Itaewon.]
"Soap Seoul", uma das boates mais conhecidas em Itaewon, Seoul. Jimin havia terminado as provas finais e recebido seu boletim, vendo que passou no último ano da faculdade e logo iria se formar.
Isso é uma boa razão para uma boa comemoração. Jimin não costumava sair muito, sempre ocupado em estudar e dar orgulho aos pais, sempre preso em hospitais, dormindo ou fazendo bicos para economizar dinheiro nas raras vezes em que tinha um tempo livre. Sempre quis ter boas condições para dar aos pais uma boa velhice, comprar uma casa da Europa para que os mesmos finalmente pudessem realizar o sonho de morar lá e ter uma vida calma. Queria se casar e dar aos futuros filhos uma boa condição. Se formar já era meio caminho andado, ele estava na direção certa.
Jimin era um bom médico, estava finalmente concluindo sua especialização aos 29 anos. 6 anos de medicina e mais 2 de especialização. Havia iniciado na faculdade quando tinha 20 anos. Levou um bom tempo até escolher em que gostaria de se especializar, sabia que queria cirurgia, mas não sabia em qual área. Haviam tantas.
Geral, cardio, neuro, ortopedia, plástica, obstetrícia, entre outros.
Mas escolheu pediatria. Gostava muito de crianças e se encantou nas vezes que participou de atendimentos e cirurgias na área. Era incrível ver o sorriso de uma criança ao receber a notícia de que estava bem e poderia ir para casa. A alegria, o jeito sempre positivo das crianças e a imaginação super criativa que contaminava o andar pediátrico. Jimin amava isso.
Mas tinha seus altos e baixos. Era de quebrar o coração quando uma criança entrava e não saía do hospital, o Park se lembrava da primeira vez que perdeu uma criança. O garotinho tinha um aneurisma de aorta abdominal, que consistia de uma protuberância cheia de sangue em uma parte da aorta que passa pelo abdômen. Com o tempo, mesmo com o tratamento, a protuberância na aorta do menino tornou-se fraca e a força normal da pressão arterial causou a ruptura. O garotinha não aguentou a cirurgia.
Contar aos pais era a pior parte, pois via todo o sofrimento dos mesmos e você simplesmente não podia fazer nada.
Jimin chorou a noite toda, chorou sozinho na cama de seu apartamento, até dormir no travesseiro encharcado de lágrimas.
Queria ter alguém para fazer carinho em suas costas, o acalmar toda vez que coisas tristes acontecesssm, mas não era uma pessoa de muitos amigos, sempre ocupado. Seus pais moravam em Busan. Jimin era sozinho.
Antigamente o Park costumava ter a sua pessoa, alguém com quem compartilhar momentos bons e ruins, alguém que sempre esteve ao seu lado, o fazendo rir até nos piores momentos.
Taehyung costumava ser essa pessoa, mas também era a pessoa que Jimin supostamente abandonou, não o via a mais de 9 anos.
Jimin sentia falta do amigo todos os dias, mas evitava pensar nisso ou procurar sobre o mesmo, já que isso doía, doía muito. Seu trabalho e vida agitada ajudavam a não pensar em qualquer coisa. Pensar muitas vezes doía. Então para si, o caminho era não pensar. Não pense e tudo ficará bem.
Não estava tudo bem, mas Jimin não percebia.
Estava feliz que se formaria, então, depois de muito tempo, foi em uma balada. Estava de folga.
Beberia e faria tudo o que quase nunca fazia.
Jimin vestia uma calça de couro que marcava as coxas grossas e malhadas de tanto subir e descer as escadas do hospital. Uma blusa branca lisa, os tênis pretos usuais e as madeixas loiras caindo sobre os olhos, já que não cortava os cabelos a um bom tempo. A raiz escura do cabelo precisava ser retocada, mas não é como se estivesse feia.
A música alta soava por todos os cantos do local, pessoas pulando e dançando enquanto o DJ interagia com o público. Copos levantados pro alto ou esquecidos em um canto por pessoas que estavam aos beijos. Turistas gringos aproveitando a boate 5 estrelas que Itaewon oferecia.
Jimin estava ali já fazia umas duas horas, bebia bourbon, depois de já ter bebido bastante vodka, gim e cerveja barata. Segundo ele, ele beberia um pouco de cada bebida do bar. A próxima era soju.
Como médico, ele sabia que isso não lhe faria bem, mas não estava dando uma foda para o quão mal se sentiria depois, queria curtir o momento.
Jimin dançava no meio te tantas pessoas, uma garota que o rondava se aproximava e dançava com o mesmo. Quando o bourbon acabou, a mesma se ofereceu para dividir a própria garrafa de soju e o Park aceitou de bom grado. Estava um pouco alterado, as luzes faziam sua cabeça girar.
Em poucos minutos Jimin se encontrava aos beijos com a mulher, segurava seus cabelos cacheados e fazia um carinho na nuca, enquanto sua outra mão apertava a cintura da mesma.
Fazia tanto tempo que não beijava alguém...
Estava animado, era guiado pela mesma até um canto para que pudessem encostar na parede mais próxima, tropeçando aos risos pelo caminho.
A mulher prensou Jimin contra a parede, mordendo seus lábios levemente e virando um pouco a cabeça para que o desse acesso ao pescoço. O Park trocou as posições na mesma hora, agora quem era prensada contra a parede era a mulher a qual Jimin nem sabia o nome. Jimin levou os lábios até o pescoço da mesma, traçando beijos e mordidas até o maxilar e boca, revelando entre esses três lugares. Apertando a cintura da mesma e de vez em quando levando as mãos até a bunda da mesma. A mulher suspirava e ele estava ofegante. Um pouco tonto também. Muito tonto.
- Não quer ir lá para cima? A boate é de um amigo meu, tem uma casa aqui em cima, tenho certeza que ele me deixa usar um dos quartos. - A mulher perguntou com um coreano arranhado, carregado de sotaque, mas Jimin conseguiu entender. Ele riu.
- Eu não te conheço. - Falou alto para que a mesma pudesse ouvir. Ela abriu um sorriso grande. O Park ficou encantado.
- Melhor ainda, sem sentimentos. - Falou ao chegar perto do ouvido do mesmo para que não precisasse gritar, aproveitando para deixar uma mordida no lóbulo da orelha do mesmo.
Jimin riu mais uma vez, bebendo o resto da garrafa de soju e se deixando ser guiado para o andar de cima da boate.
Jimin nunca transaria com uma desconhecida, mas a mulher havia lhe encantado e ele não estava muito em si.
Não se lembra do que aconteceu depois que subiu as escadas, eram apenas flashes da noite quente que teve.
Acordou com frio, um pouco perdido, colocando a mão para o lado e não encontrando a cômoda ao lado de sua cama onde sempre deixava o celular. Chegou a conclusão de que não estava em sua casa. Abriu os olhos devagar e passou os olhos pelo local com a iluminação limitada.
Era uma suíte, conseguia ver a janela, o armário, suas roupas jogadas no chão...
Foi aí que percebeu que estava sem roupas.
Virou para o lado devagar, sem movimentos bruscos, e viu a mulher despida, dormindo profundamente ao seu lado. A cabeleira cacheada e longa repousava no travesseiro, a pele negra brilhava, Jimin não sabia se era o suor ou o glitter da festa que estava espalhado por todo o seu corpo e brilhava mais ainda com a iluminação da lua que entrava pela janela. Talvez os dois. Era muito bonito.
Encarou o próprio corpo e viu que também estava cheio de glitter. Suspirou. Odiava glitter, pois, na sua opinião, era a coisa mais difícil de tirar, grudava até na alma.
Se levantou, sem se importar em estar nú, rodou a cama e parou ao lado da mulher, vendo o lençol caindo no chão. Pegou o mesmo e sacudiu, cobrindo o corpo nú da mesma logo depois. Estava frio, a mesma estava toda encolhida.
Se deu a liberdade de abrir os armários, achando uma coberta colocando em cima da mulher também, já que o lençol era muito fino. Ela se mexeu um pouco, mas não acordou.
Jimin voltou para a cama, estava um pouco grogue ainda, encontrou o celular no chão e pegou o mesmo, se enrolando na outra parte da coberta, tentando ignorar que havia uma mulher desconhecida com quem transou na noite passada ali.
Encarou o teto. Algo estava acontecendo.
Ele tinha tempo, não estava fazendo nada, sua cabeça estava sujeita a pensamentos.
Ele não gostava de pensar.
Pensou em como aproveitou aquela noite.
Ele bebeu, dançou, pulou, riu, beijou, transou, curtiu... Mas sentia que faltava algo, aquilo não era o suficiente.
Se lembrou da sua formatura anterior. Ah, a formatura do ensino médio.
Jimin fez as mesmas coisas que fez nessa noite. Menos uma.
Ele bebeu, dançou, pulou, riu, beijou, transou e curtiu. Curtiu com Taehyung.
Ele fez tudo com Taehyung, menos a parte de beijar e trancar. Mas de resto, Taehyung estava consigo a todo momento, o fazendo rir e se divertir.
Naquela noite, ele não sentiu que faltava algo.
Agora, essa noite, ele fez tudo sem Taehyung, faltava algo. Faltava o Kim. Jimin sabia disso.
Ao lembrar daquela noite de formatura Jimin chorou, chorou em silêncio, com medo de acordar a mulher que ainda dormia. Ele lembrou que, no dia seguinte, havia abandonado o melhor amigo, dizendo que iria para outro país pois ganhou uma bolsa para estudar medicina. Jimin fez 6 anos de faculdade em Stanford, estudou muito para conseguir isso. Terminou sua especialização em Seoul. Sempre se orgulhou disso.
O fato não era que ele havia ido para Stanford, e sim que ele não havia falado nada para Taehyung, não o avisou sobre nada. O Kim achava que Jimin sairia de Busan e iria para Seoul, assim como si. Os dois sempre planejaram isso, mesmo que fizessem cursos diferentes, queriam ir juntos.
Jimin não teve coragem de falar para Taehyung que aquele plano, aquele sonho, não se realizaria, resolveu iludir o amigo de que aquilo aconteceria, e, após um pedido de desculpas e uma mensagem de despedida, Jimin saiu do país, deixando o amigo pra trás.
Taehyung tentou falar consigo, mas Jimin se ocupou demais, tentando não pensar, como sempre fazia. O Kim desativou o número e os dois nunca mais se falaram.
Jimin chorou até sua cabeça doer.
Pegou o celular, encarou a tela e vou o horário.
05:00 A.M.
Desbloqueou o aparelho e abriu o aplicativo de mensagens, indo nas conversas arquivadas e achando, lá no final, a conversa com Taehyung.
"TaeTae Soulmate💜"
Sorriu com o nome que o contato estava salvo, sentindo o gosto das lágrimas que insistiam em cair.
Viu as últimas mensagens deixadas ali.
13/11/2012
Você:
Tae, me desculpa.
Mas eu preciso.
Eu não consegui te contar.
TaeTae Soulmate💜:
Você podia ter me falado.
Não acredito que você fez isso.
Stanford?
Isso é aonde? Califórnia?
Você:
Sim.
TaeTae Soulmate💜:
Porra, Jimin.
Isso é longe pra caralho!
Você:
Eu sei.
Meu desculpa, eu não queria.
TaeTae Soulmate💜:
Não.
Que quero um tempo.
Pra pensar.
Você podia ter me falado.
Você:
Eu sei.
Me desculpe.
Eu te amo.
Por favor, Tae.
TaeTae Soulmate💜:
Eu também de amo.
E é por isso que eu quero um
tempo.
Me magoou.
Você:
Tudo bem.
Eu entendo.
TaeTae Soulmate💜:
Obrigado.
[Visualizado.]
20/12/2012
TaeTae Soulmate💜:
Jimin. Oi!
[Visualizado.]
01/01/2013
TaeTae Soulmate💜:
Oi, Ji.
Feliz ano novo!
Você:
Feliz ano novo!
Feliz aniversário!
✓ ✓
09/02/2013
TaeTae Soulmate💜:
Jimin...
[Visualizado.]
25/03/2013
[Este número foi desativado.]
26/03/2013
Você:
Oi!
Desculpa, eu estava ocupado
com a faculdade e só vi agora.
Taehyung?
Tae?
Você desativou...
Me desculpa.
Eu te amo.
Jimin chorou mais.
Subiu o teclado e se pôs a digitar para o número desativado.
Você:
Oi Tae...
Quanto tempo.
Eu sinto sua falta.
Muito.
Todos os dias.
Não me arrependo de
ter ido para Stanford.
Mas me arrependo de
não ter te contado antes.
Eu vou me formar! Finalmente. Sou cirurgião pediátrico, sabia???? Lembra de quando nós ficávamos de babá para quarta dinheiro e gastar tudo em revistas em quadrinhos??
Ainda tenho uma coleção guardada.
É muito bom cuidar de crianças, mas é horrível quando não posso salvar todas. Lembro de quando chorei horrores quando perdi um paciente pela primeira vez. Eu queria tanto você comigo.
Queria o seu abraço. Eu sinto muita falta.
Eu vim para uma boate em Itaewon para comemorar.
Hoje me lembrou muito nossa formatura do ensino médio. Eu fiz exatamente as mesmas coisas que fizemos aquela vez, mas agora eu dei a sua falta.
Eu tento não pensar nisso, mas inconscientemente penso em você todos os dias. Hoje eu bebi, pulei, dancei, beijei, fiquei muito bêbado e transei. Na verdade eu acho que ainda estou um pouco bêbado.
Eu estou nesse exato momento em um quarto que nem sei de quem é, tem uma mulher nua do meu lado e eu também estou nu, mexendo no celular, chorando e mandando mensagem pra um número desativado como se eu estivesse falando com você.
Mas isso é o máximo que vou ter, então vou me contentar com isso. Sabe, eu não tenho muitos amigos. Só o pessoal da faculdade, do hospital. Mas ninguém nunca foi como você. E nem nunca será.
Eu queria ter respondido as suas mensagens, mas eu estava tão ocupado com a faculdade e estudando inglês. Eu estava em um país desconhecido com um idioma desconhecido por mim, eu não sabia nada, sabe o quão difícil isso é???
Levou um bom tempo até eu saber o básico, hoje sou fluente, mas eu passei por muita coisa até chegar onde estou. Queria ter passado tudo isso com você, mas... Era Stanford!! Eu não podia perder essa grande oportunidade...
Eu queria tanto que você me entendesse... Mas, sabe... Eu acho que trocaria Stanford só pra ter você comigo nesses nove anos, eu coloco na minha cabeça que estou feliz, Tae. Eu juro que eu tento. Mas eu não estou. Eu queria tanto o seu perdão, sinto tanto a sua falta...
Eu faria te tudo, queria tanto poder te mandar um convite para a minha formatura dia 13, te abraçar forte e sorrir depois que você me desse os parabéns...
Mas acho que eu perdi isso
quando te deixei sem te avisar.
Me desculpa...
Eu te amo.
Limpou as lágrimas e arquivou a mensagem novamente, para não ter que olhar de manhã e se lembrar do seu momento de confiança para enviar uma mensagem para o número desativado de amigo às 5 da manhã.
Vestiu as roupas rapidamente e deixou seu número anotado em um papel que achou, para que a menina visse de manhã, não queria simplesmente sair e desaparecer, não era de seu feitio.
Ia abrir a porta mas arregalou os olhos, se lembrando de conferir uma coisa.
Olhou o lixo. Nada. Começou a olhar a cama, desesperado, depois olhou o chão e se sentiu aliviado.
Havia usado camisinha.
Jogou no lixo, pegou a carteira e saiu de vez. Pedindo um uber pois ainda estava meio tinto para dirigir e sequer tinha vindo de carro.
Pela conversa estar arquivada e o celular guardado no bolso, Jimin não vou quando uma nova informação apareceu na conversa com Taehyung.
[Este número foi reativado.]
🕔
Foi isso gente, essa foi só a primeira parte, mais uma ou duas atualizações e a fanfic acaba.
Não culpem o Jimin ou o Taehyung por algo, vocês vão entender melhor quando eles conversarem.
Espero que tenham gostado♥︎
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