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05. SCENE CONTEMPO GALLERY

────── GALERIA SCENE
                  CONTEMPO.


( ☯ )


SE HAVIA ALGO PELO qual Lilith tinha orgulho, é saber correr de salto alto. Foi graças a essa habilidade que ela conseguiu reduzir o seu atraso de sete para dois minutos antes de finalmente adentrar a galeria que Vanessa Marianna administrava, a Scene Contempo.

A Hancock desacelerou os passos apenas para sentir uma agonia em seus pés, mas ignorou a sensação e adentrou o local. Passando por potenciais compradores tranquilos, ela observou em vista panorâmica os quadros ali expostos. Por ter crescido acompanhando um grande artista nacional, Lilith tinha o conhecimento das tintas e de algumas técnicas. Ela lembrava que seu pai adoraria que ela tentasse pintura, mas se contentou quando a sua única filha escolheu fotografia. As coisas só se complicaram para a relação dos dois quando ela especificou a área na qual gostaria de trabalhar.

─ Vanessa! ─ Ela finalmente avista a mulher, que havia acabado de explicar um quadro para um homem de pouco mais de quarenta anos, com os cabelos crespos e escuros.

─ Dois minutos. ─ Ela sorriu, ainda que estivesse repreendendo a mais nova, e a cumprimentou com um beijo na bochecha.

─ Sinto muito por isso. Não vou procurar justificativas, já que você detesta isso.

O sorriso no rosto da mulher pareceu se tornar um pouco mais largo.

─ Você tem uma ótima memória, Hancock. ─ Lilith sorriu em resposta. ─ Venha, vou te mostrar o lugar.

Enquanto andavam por cada parede branca da galeria, Lilith se perguntou sobre o porquê de sua presença ali. Por que o seu trabalho seria exposto em algo que instiga interpretações, sentimentos e cores?

─ Eu sei que não parece pertencente a esse lugar. ─ A Mariana começou, caminhando com tanta graciosidade pelo piso de madeira que parecia da realeza. ─ Mas a sua visualização do mundo e da realidade é algo muito profundo para ser arquivado em gavetas.

─ Fotografia gastronômica não é tão ruim assim.

─ O que você sente quando se envolve com esse tipo de atividade?

─ Além de fome?

Elas param de andar. Vanessa conhecia Lilith há um bom tempo. Tempo o suficiente para entender o humor dela e não se irritar com o quão subjetiva ela podia ser. Lilith ajeitou a bolsa em seu ombro.

─ Está bem! ─ Ela gesticulou com certa frustração. ─ É um pouco irritante.

─ Seu pai adoraria que seguisse no ramo artístico.

─ Você sabe que eu gosto de fotojornalismo policial.

─ É claro que sei. E admiro o quão dedicada você sempre foi no The Daily Bugle. Mas talvez devesse tentar algo novo. Ao menos que já tenha algo em mente.

Lilith pensou no papel amarelado de Foggy. Uma parte sua queria muito ir até o The New York Bulletin e implicar com o gestor daquele lugar até conseguir uma vaga. Mas o jornalismo não funcionava tão bem desde a televisão. Com exceção de grandes metrópoles, como NYC. E ela não estava mais lá.

─ Eu posso tentar uma abordagem diferente? ─ Ela olha para frente, e percebe que não havia respondido Vanessa. E aquela pergunta que acabara de dizer era retórica, então apenas balançou a cabeça, concordando, mesmo que isso não fosse ter nenhum significado para a antiga amiga de seu pai. ─ A Scene Contempo tem uma história. Ela tem clientes significativos e exala a classe que sempre desejamos para ela. Mas gostaríamos de promover um evento beneficente e estou precisando propagar a cerimônia.

─ Está me sugerindo que eu faça a publicidade do evento?

─ Podemos começar com algumas obras. ─ Ela passa a andar, e Lilith a acompanha até um quadro em específico.

A Hancock estava fascinada com ele desde que chegou, e teria parado para observá-lo se não estivesse atrasada.

O filho do Tártaro. ─ Ela apresentou, encarando a tela preenchida por tons de vermelho. ─ O que você enxerga nele?

─ Caos. ─ Lilith respondeu, finalmente enxergando cada pincelada no quadro. ─ Mas isso é óbvio de se perceber só pelo nome. As pinceladas são agressivas, e os tons são vivos e um pouco alaranjados. Lembra o fogo. E a tragédia. Mas parece algo interno.

─ A mente de alguém. ─ Vanessa sugere, e Lilith concorda.

─ Quando ações não condizem com intenções, isso gera consequências. Confusão, raiva, indignação e até mesmo a perda... Ele é lindo.

─ Você realmente leva jeito para isso. Sei que vai conseguir transparecer o que é preciso. Nós duas sabemos disso.

─ É um tiro no escuro. ─ Lilith vira a cabeça, e a amiga a encarava com algum carinho que a confortou.

─ Não com você. ─ Ela sorriu, logo se afastando do quadro. Lilith a seguiu, admirando como a mulher lidava com o espaço. Aquele era o reino dela. ─ Pode começar daqui a três dias. Precisamos estabelecer alguns pontos antes de iniciar com o visual.

─ Perfeito.

─ Se estiver com outro trabalho em mente, pode me falar. Mas acredito que nessa cidade, você tem que procurar o que há de mais intenso na mente e no coração de cada pessoa.

─ Acha que o jornal local não consegue isso?

Ela balança a cabeça, os cabelos médios e claros acompanhando o movimento.

─ Acredito que notícias pequenas impedem grandes descobertas. Sabe que é uma boa oportunidade.

─ Eu não quero ser famosa.

─ Eu sei. Mas você merece ser reconhecida. Apenas me diga sua decisão, seja ela qual for. Tem até sexta.

─ Okay. Obrigada por essa chance. ─ Lily sorri, sendo educadamente expulsa pela mulher enquanto ia até a saída.

Perto da porta, ela vê um homem entrando. Ele é alto e robusto, com a pele pálida e vestindo um terno de corte italiano cinza, quase preto. Tinha os olhos pequenos e era careca.

Quando passou por Lilith, gesticulou um sorriso tão pequeno e educado que ela quase não percebeu, e continuou andando, na direção de Vanessa. Até Vanessa, ela percebeu, quando ele a cumprimentou carinhosamente.

Lilith não teve um bom pressentimento, mas ignorou a sensação e saiu da Scene Contempo. A porta se fechou, e as ruas tornaram-se barulhentas e movimentadas. O perfeito oposto do lado de dentro, que fez com que Lilith encarasse os carros e pessoas que passavam por ela.

O dia estava claro. Já havia passado das duas horas, mas poucas nuvens enfeitavam o céu, e o sol, apesar de não aquecer nada e nem ninguém, ainda cintilava como se fosse meio-dia. Lilith encarava a movimentação daquela rua enquanto se decidia se voltaria ao seu apartamento e passaria o resto do dia trancada em sua cela muito bem decorada, ou seu procuraria fazer outra coisa.

Não estava muito longe do escritório de Foggy e Matthew, mas ainda assim parecia peculiar a ideia de ir cumprimentá-los e correr o risco de atrapalhar o trabalho deles.

Detestava admitir para si mesma, mas a única pessoa naquela cidade que conhecia e tinha alguma mínima afinidade era Meleasel, que já havia retornado para Nova York.

Ela estava terrivelmente sozinha. E é como dizem: mente vazia...


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