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Team Topaz

Cheryl B. Topaz – Point Of View

Sempre acreditei no talento da assessora da minha esposa, mas hoje com certeza estava maravilhada com todas suas jogadas para Toni uma carreira profissional brilhante. Marina decidiu que no dia do anúncio da luta de Toni com Peaches, também seria a inauguração da academia. Havia fotos e uma entrevista exclusiva não só com minha esposa, mas também com sua futura adversária. 

Fato: Eu ainda não superei meu ciúmes por Peaches.

Nos encontramos várias vezes durante os anos, mas sempre fiquei de olho na mesma por já ter tido uma “relação” com a minha mulher. Desculpe, mas avisei várias vezes que tenho meus momentos e mesmo estando com sete meses de casadas, é como se qualquer uma pudesse tirar Toni de mim. 

Eu sei, é meio hipócrita da minha parte quando tenho uma relação de – quase, amizade com Maeve na escola. Tentei evitar que não chegássemos a nenhum nível de intimidade, mas é difícil quando se tem Sabrina Spellman, gravida de quatro meses obrigando-nos a interagir as três juntas como antigamente em Boston.

Toni sabe da nossa relação, na verdade, ela percebeu em todas as vezes que foi me buscar na escola e acabava pegando momentos nossos, quase sempre as três juntas. Era como se fôssemos aquele trio que matava tempo no apartamento da fria Boston, a única diferença é que antigamente em qualquer oportunidade que Sabrina não estava presente, eu e Maeve trocávamos beijos como adolescentes. Mas bem, até hoje ela não sabe dessa parte e nem Toni.

Inclusive, estava agora mesmo hipnotizada com a beleza da minha esposa vestindo roupas sociais. Sentada em uma cadeira atrás de uma mesa, havia microfone e uma câmera apontada pra si enquanto um homem a entrevistava perguntando sobre tudo da academia Team Topaz – a qual estávamos. O local pronto, totalmente equipado, somente a espera de alunos. 

— Ela está se saindo muito bem. 

Marina comentou ao meu lado, éramos os bastidores da entrevista. Não somente nós, havia Willian – o novo treinador da Toni, o qual não vou muito com a cara, Dimitri, Peaches e Lisa – a namorada da adversária da minha esposa.

Sim, isso mesmo, Peaches está namorando e ninguém deve estar mais feliz com essa notícia do que eu.

— Claro que está, vocês passaram dias decorando as palavras certas para dizer. 

— Ah, de algum mérito a sua mulher. 

— Dou todos! – suspirei ao falar. — Ela está até me convencendo a começar a fazer exercícios.
Nós rimos. 

— Você tem alguma novidade para nós? Sabe, estão todos esperando o anúncio de sua luta contra Peaches, os boatos estão fortes.

O entrevistador tocou no assunto que tanto queria, depois de ter as informações sobre a academia era só o que faltava para encerrar. Minha esposa trocou um olhar com Peaches, a chamando para acompanhá-la em frente a câmera. 

— Já que perguntou, estamos aqui para dar a notícia em primeira mão. 

Toni sorriu ao falar.

— Iremos lutar daqui a exatos três meses. – Peaches falou diretamente com a câmera. — Anote em seu calendário, pois será épico.

— E qual a relação de vocês? São amigas a quanto tempo? Todos sabem que as duas foram descobertas pela mesma academia...

Cruzei meus braços ao observa-las interagirem com o entrevistador, ainda era um pouco suspeito Peaches vir de Los Angeles só pra ajudar no engajamento da academia da Toni, não ganharia nada em troca, apenas sorrisos de agradecimento da minha esposa. Ah, eu ainda sinto um pouco de ciúmes, mesmo casada, com a namorada de Peaches também observando, tenho uma pontinha de raiva dela por ter visto minha mulher nua.

Ainda tivemos no máximo quinze minutos das duas falando sobre como será a luta, a amizade delas que vem desde de Riverdale. Elas trocaram sorrisos, risadas, até toques de mão. Antigamente, eu surtaria, mas hoje estou surtando internamente.

— Ei, o que achou? 

Finalmente a tinha me dando atenção, abrindo botões da camisa que parecia lhe sufocar. O entrevistador recolhia os seus equipamentos, Marina trocava algumas palavras com o mesmo, os treinadores também conversavam e Peaches... Eu não queria saber da Peaches.

— Você estava tão linda, foi ótima! 

Sorri, sentindo seus lábios colarem nos meus por alguns segundos.

— Pessoal, todos na pizzaria, lembra? Comemoração do anúncio da luta, da academia...

— Não insista, chegarei lá primeiro que você.

Peaches sorriu ao falar. 

Nem me lembrava o quanto eram íntimas.

— Amor. – chamei sua atenção, os castanhos vieram aos meus. — Talvez uma grávida fofoqueira tenha comentado sobre o encontro hoje na pizzaria com a Maeve...

— Você a convidou? 

Franziu a testa.

— Não é como se sua ex não estivesse presente também.

— Cheryl, não pensei que estivessem tão amigas. 

Seu tom acusador não me agradou, fazendo com que estreitasse o olhar em sua direção. 

— Digo, se você já convidou.

— Achei que tivéssemos superado...

— Superamos. – interrompeu, segurando meu rosto entre suas mãos. — Confio em você, sabe disso.
Selou nossos lábios demoradamente, suspirei, me rendendo. 

— É, eu sei.

×××
 


A mesa em que reunimos todos era enorme, haviam vários grupinhos formados por afinidade como Sabrina, Maeve e Nicholas, Jughead, Betty e Marina, Dimitri e Willian, Peaches e Lisa, enquanto eu e minha esposa estávamos em meio a todos. Toni interagia com qualquer um, rindo, tendo assunto com exatamente toda pessoa daquela mesa, não era pra menos já que é a razão de estarmos reunidos.

Sinceramente? Só faltava uma pessoa para estar completo: Verônica. 

— Cherry. – Toni me chamou tocando em minha coxa. — Não irá comer mais? 

— Estou satisfeita, Tee.

Dei de ombros.

— E calada. – completou me analisando. — Tudo bem?
 
— Sim, amor. 

Confirmei, tocando seus lábios com os meus. 

— Irei lá fora um pouco, ok? Preciso de um ar.

— Vou junto. 

Ameaçou levantar.

— Não. – segurei para que continuasse sentada. — Continue aproveitando, é sua noite e já volto, prometo. 

Acariciei seu rosto, lhe dando um selinho demorado antes de levantar e sair da mesa. Caminhei para fora do estabelecimento, precisava respirar um pouco e acalmar meus sentimentos.

Fazia apenas dois meses que Veronica foi, nós tivemos contato apenas uma vez e era mais um aviso rápido de “estou viva” do que realmente uma conversa. Sinto falta da minha amiga, imaginar o que acontece onde está é quase torturante, porque tudo que vem na minha mente é bombas, tiros e pessoas morrendo. 

— O que está fazendo aqui?

Pulei de susto, colocando a mão no peito enquanto virava o corpo em direção a Sabrina que estava junto de Maeve. Aviso muito importe: Sabrina antes da gravidez achava que era minha mãe e realmente agia como uma, mas agora está pior, ela faz o que quer. E todas respostas para qualquer atitude sua é “Eu posso, estou grávida”.

— Poderia avisar, uhn?!

Arqueei as sobrancelhas.

— Está bem? 

— Estou, Sabrina. – suspirei ao falar. — Só precisava de um ar.

— Desembucha logo, te conheço e pra você não estar em qualquer lugar junto da Toni...

— Senti falta da Veronica, é isso. 

Confessei, Sabrina tocou em meu braço.

— Cheryl, você não precisa dela, você tem a mim... – olhou para a mais nova que acendia um cigarro. — E a Maeve.

— Que? – Maeve franziu a testa, tragando. — O que você tem, ruiva?

— Uma amiga dela foi pra guerra.

Sabrina cochichou, mas qualquer um poderia ouvir.

— Ugh... – ela tragou o cigarro com mais força. — Precisa?

Ofereceu-me a nicotina, neguei de primeira dando um passo para trás e tentando não inalar a fumaça que a mesma produzia. Infelizmente, Maeve não recolheu seu braço e dedos estendidos com o cigarro a tempo, Toni apareceu intercalando o olhar entre nós ao notar o que estava acontecendo. 

— Toni! – Sabrina tocou no braço da minha esposa. — Sua mulher está com saudades da Veronica, surtando como se eu não fosse uma boa amiga.

Revirei os olhos com o drama.

— Cheryl, você disse que estava bem. 

A lutadora se aproximou, ignorando o que viu e envolvendo meu corpo com seus braços. Não relutei ao abraço, enlaçando seu pescoço e vendo de relance, Sabrina tentar puxar Maeve de volta para dentro. A mesma negou, apontando para o cigarro que iria terminar de fumar. Resolvi as ignorar, afundando o rosto no pescoço da morena que acariciava minhas costas.

— Melhor, Cherry?

— Você... – afastei-me para encarar os castanhos. — Sempre me deixa melhor. 

Ela sorriu, apertando mais os braços envolta de meu corpo.

— Precisa me contar se não está bem, mesmo que seja um dia importante para mim... Eu largo tudo pelo seu bem, amor. 

— Eu sei, ok? – beijei seus lábios. — Prometo contar, eu só... – suspirei, relaxando os ombros. — Senti a falta dela ao ver todo mundo reunido. 

— Tenho certeza que ela está bem e louca de saudade, não vê a hora de voltar.

— Assim espero, Tee. 

Toni sorriu para mim, fechando os olhos e aproximando o rosto para um beijo, estava completamente focada nela, mas aquele olhar queimando em mim me fez desviar a atenção por um mísero segundo. Maeve estava sozinha, tragando seu cigarro a alguns passos de nós enquanto observava todos nossos movimentos. Antes mesmo que pudesse pensar em qualquer outra coisa, senti os lábios da lutadora nos meus, um selar demorado que fiz questão de aprofundar. 

Naquele momento, foi um beijo para esfregar na cara da loira o quanto estamos juntas e felizes, não sei porque, mas queria convencer ela ou a mim mesma... Que nada poderia nos separar.
 

Toni Topaz – Point Of View

Cheryl sempre seria minha prioridade, em qualquer momento a ruiva vem em primeiro, afinal é a minha esposa e meu bem mais precioso. Odiava quando a mesma deixava de me dizer que não está confortável apenas para não me atrapalhar, sempre tentava convencê-la de que nunca estaria fazendo tal coisa.

Assim que terminamos o beijo, me separei dela encarando os castanhos que não estavam em mim e sim nas minhas costas. O meu pescoço virou, não havia ninguém ali, até onde sei era onde estava Sabrina e... Maeve.

— O que foi, amor? 

Franzi a testa ao encara-la.

— Nada. – me lançou um sorriso pequeno. — Quer voltar para dentro?

— Só se você quiser. 

Cheryl me deu um último selinho, não falando mais nada e entrelaçando nossos dedos para que adentrássemos a pizzaria novamente. Estava realmente feliz com a divulgação da academia e da luta, é um dia para se comemorar, mas óbvio que a partir daquele momento minha atenção era quase toda na ruiva sentada ao meu lado.

Deslizei a mão para a parte interna de sua coxa, a descansando ali enquanto a mesma deitava a cabeça em meu ombro. Sinceramente queria poder tirar sua dor, a falta que sente por Veronica estar longe e qualquer coisa que a machuque, é quase impossível não ficar melancólica ao vê-la abatida.

— Ei, Topaz. – Peaches chamou minha atenção. — Temos que ir, amanhã viajamos cedo. 

Anunciou, obrigando-me a afastar o corpo de Cheryl para as despedidas. Agradeci a minha amiga e futura adversária pela oportunidade de divulgar a luta na academia, isso me trará muitos clientes e patrocinadores. Realmente foi um golpe de mestre da Marina.

Me despedi de Dimitri e Lisa, assim como William que resolveu ir por estar um pouco tarde. Quando voltei para minha cadeira, Cheryl conversava com seu mais novo grupinho de Boston, não me julgue mal, gosto de Sabrina e Nicholas, mas a Maeve... Minha vontade era lhe dar um tapa na mão ao vê-la oferecer cigarro a minha ruiva. Só não fiz porque seria uma atitude sem pensar e que minha esposa nunca aprovaria, além do mais, confio totalmente nela.

— Não, é sério... A Betty deveria me ajudar a trabalhar e não desconcentrar ainda mais.

A voz de Jughead fez com que encarasse o grupinho Betty, Marina e ele. O mesmo estava sentado ao lado da loira, o corpo um pouco inclinado sobre a mesma para conversar melhor com minha assessora. 

— Isso é mentira! – minha melhor amiga que estava em meio aos dois se defendeu. — Eu apenas gosto de comentar as novidades.

— No meio do expediente? Você sabe que podemos sair a hora que quiser para fofocas. 

Jughead franziu o nariz ao falar. 

Estreitei o olhar para meus melhores amigos.

— Tee. – Cheryl pegou em meu queixo, virando meu rosto para ela. — Estou te chamando.

— Desculpa. 

Balancei a cabeça, eliminando pensamentos.

— Podemos ir? – seus castanhos estavam pidões.  — Quero um pouco da lutadora e empresaria Toni Topaz só pra mim.

— Você tem a melhor versão de mim, Cherry... – tirei uma mecha de seu cabelo para trás da orelha. — Que é a lutadora, empresaria e esposa completamente apaixonada por você.

Declarei vendo um sorriso aparecer em seus lábios.

— Oh, merda... Preciso vomitar. 

Ignorei o comentário de Nicholas, tinha uma ruiva pronta pra beijar minha boca, apenas um selar, mas que fazia meu coração disparar como da primeira vez.
 
— Arg, vamos pra casa. Quero te beijar sem plateia... – Cheryl falou olhando diretamente para nosso amigo. — E sem roupas.

Completou, mordendo os lábios ao me encarar.

— Desnecessário, uhn? 

Sabrina falou, nós rimos. 

Havia outra pessoa presenciando a cena, aquela ex – que não é ex, da minha esposa, mas parecia nem nos notar ao ter o olhar focado na tela do celular. 

De mãos entrelaçadas saímos do estabelecimento todos juntos, afinal, era como se o jantar tivesse acabado. O pessoal começou a se dividir em caronas, Maeve iria com Sabrina e Nicholas, Marina com nós – por estar hospedada em nossa casa novamente, e Jughead iria com Betty.

— Amor! 

O tom repreensivo de Cheryl me fez encara-la, a mesma abraçava os próprios braços. No estacionamento, o meu olhar era em meus melhores amigos que caminhavam sorridentes para o carro de Betty.

— O que? – fechei os olhos por alguns segundos, a ruiva bufava. — Desculpa, Cherry. Eu só...

— Estava no mundo da lua, eu vi. – interrompeu-me irritada. — Quero sua jaqueta e você vai dirigir.

— Claro, claro...

Naquele momento estava aceitando qualquer coisa. Em poucos segundos o tecido de couro que vestia foi parar em Cheryl e só quando um vento bateu percebi a burrada que havia feito. A ruiva ainda foi capaz de me lançar um sorrisinho, jogando-me as chaves do seu carro. Apenas revirei os olhos, dando uma última olhada para o carro de Betty. 

Afinal, por que ainda não saíram do estacionamento? 

— Topaz! 

Cheryl me chamou de dentro do carro. 

— Estou indo. 

Adentrei o veículo, Marina estava no banco de trás como sempre com o celular em mãos e poderia dar no máximo cinco minutos para que começasse a falar sobre o quanto o anúncio da luta e da academia estava bombando.

— Foi mal, amor. – lhe dei um selinho enquanto girava a chave. — O frio deve ter congelado meu cérebro. 
Brinquei e ela riu rolando os olhos.
 
Pelo menos consegui arrancar uma risadinha

Era melhor deixar meus melhores amigos de lado por enquanto. Digo, se eles tivessem tendo algo iriam me contar, certo? Eu respondo: Certo. Porque se ninguém me contar, com certeza darei um jeito de descobrir.

×××

 
Após duas semanas do anúncio da luta, percebi que o tempo em casa se tornou escasso. Quer dizer, um dia após iniciei meus treinos, os fazia na academia com vários olhares sobre mim o tempo inteiro, mas esse não era o problema. O problema é que sempre sou a primeira a sair de casa e a última a chegar, estou focada para ganhar, porém nunca poderia deixar de dar atenção a minha esposa – essa que já estava me cobrando tal coisa.

Um domingo ensolarado, onde sai para correr cedo da manhã junto de Lion e quando voltei tinha Cheryl esparrada na cama. Havia combinado com meu treinador de não ir para academia nesse dia e provavelmente nem nos próximos, acabará de decidir que domingo seria meu descanso.

Levei café na cama para a ruiva que se surpreendeu já que havia algum tempo que não lhe mimava dessa forma, eu era uma idiota por não agrada-la e viver para os treinos, não poderia deixar essa mulher desapaixonar de mim de jeito nenhum. É claro que fiz todos os agrados com algumas intenções a mais, primeiro ganhei seu corpo nu para mim, depois lhe fiz um pedido de passearmos com o Lion. Eu nem me lembrava se alguma vez saímos os três juntos, queria essa experiência, Cheryl relutou em aceitar, mas depois de muitos beijos, pedidos, estávamos em seu carro junto do cachorro indo ao parque mais próximo.

— Nem acredito que te tirei de casa.

Comentei com a ruiva, minha mão entrelaçada na sua enquanto a outra segurava a guia de Lion que cheirava qualquer coisa por qual passávamos. 

— O Leo merecia um passeio. 

Deu de ombros ao falar. 

— Você nem liga pra ele, Cheryl.

— É, eu não ligo. – suspirou ao falar assim que paramos no gramado. — Mas queria agradar você, eu sei o quanto gosta de ar puro. 

— Está sendo tão ruim assim? 

Franzi o nariz, ela revirou os olhos grudando os lábios nos meus.

— Nada é ruim com você e sabe disso. 

— É bom ouvir.

Sorri ao falar, desviando minha atenção para o labrador.

— Lion, senta.

Pedi ao animal que prontamente me atendeu, dando-me facilidade para desprende-lo da guia. Acariciei seu pelo, retirando do meu bolso um dos petiscos que ele mais gosta e colocando em sua boca.

— Fica aqui. – falei mais uma vez com ele. — Agora pode ir.

Antes mesmo que terminasse de falar, correu livremente pelo enorme espaço em que nos encontrávamos. Ergui o corpo, Cheryl me encarava com um sorrisinho nos lábios.

— Ainda não acredito que conseguiu treinar ele.

— Lion é obediente. – dei de ombros, entrelaçando nossas mãos novamente. — Quando não tinha nada pra fazer, ficava ensinando a ele o que vi na internet. 

— Então, você é uma lutadora, empresária e adestradora de cães? – arqueou as sobrancelhas. — Acho que sou um pouquinho sortuda...

— Verdade, você é.

Concordei me gabando e nós rimos, caminhando para a árvore mais próxima. Lion ficava sempre onde pudéssemos enxergar, se divertia com algumas crianças que aceitavam o seu jeito brincalhão. Sentei na grama, encostada no tronco e com a ruiva em meio as minhas pernas, a cabeça contra meu peito enquanto acariciava minhas mãos que estavam sobre sua barriga.

— Sabe, eu vou tentar ter todos os domingos livres para nós. – falei chamando a atenção da ruiva que se afastou um pouco para olhar em meus olhos. — É um saco esse período antes da luta...

— Toni, não é a primeira vez que passamos por isso. – interrompeu-me, dando de ombros. — Já sei como funciona e que é necessário, são só três meses. 

— Eu só... – suspirei, pausando por alguns segundos. — Se eu estiver muito ausente promete me cobrar? Juro que darei meu melhor. 

— Prometo. – sorriu, beijando meus lábios. — Mas nunca precisamos disso, você sempre foi incrível até nos períodos que estava focada nos treinos. 

Apenas balancei minha cabeça em positivo. Eu sempre te dei atenção nos períodos de treino, mas nunca teve uma Maeve por perto. Desculpa, mas não consigo confiar naquela garota. Tenho um pé atrás com a mesma e sei que pode muito bem querer tirar a ruiva de mim. A acolhi com mais força em meus braços, um Lion cansado deitou ao nosso lado e Cheryl lhe deu carinho.

— Ei, você por acaso... – retornei a falar. — Percebeu alguma aproximação diferente entre a Betty e o Jughead?

— Betty e Jughead? 

O tom da minha esposa era insatisfeito.

— Não. Eca! Por que eles teriam uma aproximação? 

— Nada.

Cheryl se afastou novamente para me encarar.

— Se você sabe de algo me conte! 

Exigiu.

— Não sei nada, amor. – encolhi os ombros. — Só achei que estavam mais próximos, mas pode ser coisa da minha cabeça. 

— Descubra, fale com algum dos dois.

— Vou falar. 

— E me conta, é claro. – riu, voltando a aconchegar o corpo no meu. — Betty e Jughead... Ugh, isso seria no mínimo nojento. 

Divagou.

— Amor! 

— Ah, desculpa. – virou seu corpo, arregalando os olhos. — Esqueci que são seus amigos, Tee, mas você precisa concordar que...

— Cheryl. 

A repreendi, ela revirou os olhos.

— Melhor esquecer esse assunto e darmos uns amassos.

— Estamos em um parque público. 

— Por isso prefiro ficar em casa!

Resmungou, ri do seu jeito marrento e ao mesmo tempo manhoso. Agarrei seu corpo contra o meu, mordendo sua bochecha e causando um gemido na ruiva. Lion latiu, como sempre sendo um protetor da mulher que ameaçou mandar o cachorro me pegar. E em meio a reclamações, conversas sobre nossos trabalhos, risadas, beijos e latidos, nós aproveitamos nosso domingo como uma família.

×××
 


Bem, eu conseguia ser bem curiosa por algumas vezes e depois da conversa com Cheryl no dia anterior, no início da noite de segunda-feira estava parada em frente a porta da casa da minha melhor amiga, precisava tirar a limpo todas minhas desconfianças e seria agora. 

— Toni?!

Betty se surpreendeu ao me ver.

— Olha, por essa visita não esperava. – colocou o corpo ao lado da porta dando-me espaço. — Entra.

Pediu educadamente. 

Passei pela loira, caminhando para a sala enquanto a mesma fechava a porta. Em passos lentos, Betty se aproximou, me sentindo de casa sentei no sofá a sua espera.

— O que te trouxe aqui?

Ela estava desconfiada.

— Não posso visitar minha melhor amiga?

— Em período de treino? Você mal vive. Fala o que houve. – insistiu, sentando ao meu lado. — Brigou com a Cheryl?

— Nem pensar, sem brigas. – neguei rapidamente. — Na verdade, tenho sido uma péssima amiga e quero saber de você...

Dei de ombros, Betty estreitou o olhar e logo após, abriu a boca.

— Aconteceu alguma coisa com a Veronica?

Seu tom era assustado, arregalei os olhos.

— Que? Não! A Veronica está bem... – suspirei. — Ok, o motivo de vir é porque estou desconfiada que você e Jughead estão juntos.

Confessei de uma vez por todas, era melhor assim do que minha melhor amiga ter um treco por achar ser algo com sua ex mulher, pensando bem, ela não estaria tão preocupada com a Lodge se estivesse se envolvendo com outra pessoa.

— Eu e o Jug... Jughead?! Não. 

— Gaguejou. 

Observei, ela revirou os olhos.

— Betty, sabe que pode me contar e... Vocês dois são meus melhores amigos, eu gostaria de ser informada. 

— Tudo bem. – relaxou os ombros. — Estamos nos conhecendo. 

— Conhecendo? A gente morou em Riverdale, lembra?

— É diferente, me casei e divorciei, sou outra pessoa e ele também. – mordeu os lábios. — A gente só está deixando rolar, sem compromisso e sem muitas expectativas.

Imagina só quando minha mulher ficar sabendo...

— Claro, entendo. – toquei em sua mão. — Se vocês estão felizes é o que importa, torço pelos dois.

— Obrigada, T. 

Sorriu. 

— Agora, me conte como tudo começou...
 

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