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Quebre meu coração novamente

Toni Topaz – Point Of View

Não lembro de conseguir dormir durante a noite, só me dei de conta que estava amanhecendo quando olhei em meu celular e já marcava seis da manhã. 

O dia nublado, triste e frio de Seattle combinava muito comigo. 

Fiz minha higiene em um dos banheiro no andar de baixo, não iria entrar na suíte onde Cheryl e Lion estavam dormindo. Falando no labrador, o mesmo não demorou a se juntar a mim na cozinha enquanto preparava um café. A minha cabeça estava fervendo, tomei duas ou três xícaras do líquido preto, mal lembrava que Debora viria. Só tive esse pensamento quando apareceu em meu campo de visão, era de costume me pegar acordada.

— Bom dia, Topaz.

O seu sorriso tão aconchegante do início da manhã foi morrendo a cada segundo a mais que me analisava. Mordi os lábios, não conseguindo ao menos lhe expressar algo.

— Bom dia. – puxei o ar, tossindo um pouco. — Cheryl está aqui, talvez queira café antes de ir. 

— Ela está aqui? – o seu tom tinha animação, mas com um pouco de receio. — Vocês...

— Não. – a interrompi. — Definitivamente não. 

Desviei nosso contato visual, Debora soltou um suspiro profundo e começou suas tarefas para um café da manhã, ela sabia quando não queria falar sobre algo. 

Resolvi ir para a mesa, sentei com o corpo jogado e a cabeça para trás, a sentia doer por ter sono, mas não conseguia ao menos fechar os olhos. Pensei tanto, tanto... Havia uma decisão tomada, iria conversar com Cheryl, deixar tudo claro entre nós. Não tinha meus sentimentos totalmente resolvidos, mas sabia exatamente do que precisava no momento. 

— Bom dia. 

Ela soou rouca, baixa e amedrontada.

No mesmo instante ajeitei minha postura, encarando a ruiva em pé na ponta da mesa. Os castanhos tão cansados que nem a maquiagem conseguia disfarçar, suas roupas impecáveis não traziam a confiança de sempre, ela estava desgastada assim como eu.

— Ei, é bom te ver. 

Debora apareceu com uma bandeja, a largando para beijar a bochecha da ruiva enquanto deslizava a mão por suas madeixas. Ela sempre foi carinhosa comigo e Cheryl, como uma mãe que não temos por perto. 

— Digo mesmo, sinto falta da sua comida. 

Murmurou, relaxando os ombros. 

— Bom, sente-se e coma, vou preparar os waffles que adora. 

Piscou arrancando quase um sorriso da ruiva. 
Obedecendo nossa empregada, Cheryl sentou bem a minha frente. A bandeja que Debora trouxe tinha suco, pães e frutas, mas nenhuma de nós duas parecia com fome. 

— Você está me ignorando? 

As sobrancelhas de Cheryl se juntaram. 

— Uhn... Não. – balancei a cabeça. — Bom dia alias. 

— Deveríamos conversar. – iniciou, a mão nervosamente percorrendo por cima da mesa e parando espalmada. — Você praticamente não disse nada ontem e... 

— Quero um tempo. – a interrompi, sua boca abriu apenas para fechar novamente. — Tempo e espaço, é o que preciso.

Cheryl engoliu a saliva com certa dificuldade.

— Estamos terminando? 

O seu tom falhou, os castanhos se moveram com rapidez e a mão fechou em punho em cima da mesa. Eu não disse terminar, não pensei nisso, ela pensa nisso? Antes que pudesse lhe responder, Debora apareceu com waffles lindos e cheirosos. 

Arrisco dizer que Cheryl nem a olhou, sentia a mesma estar focada em mim esperando uma resposta. A mais velha percebeu o clima dando um jeito de sair do cômodo com pressa.

— Toni...

— Você quer terminar? 

— Não! Por que iria querer? Deus, eu amo você. – o corpo moveu na cadeira, as lágrimas apareceram novamente tornando seus castanhos mais brilhantes. — Não acredita em mim, não é?

— Como quer que acredite? 

Disparei sem ao menos pensar. 

Porra, estava ficando irritada. A vi quase beijando outra mulher e quer que haja como? Lhe beijando os pés e agradecendo por não trair? 

— Só aceite que está errada. – continuei a falar. — Quando você precisou de um tempo nem ao menos me consultou, disse que estava indo e foda-se. 

— Desculpe. 

Sussurrou fungando. 

Fechei os olhos com força, suspirando. 

— É muito difícil para mim, a imagem de vocês não sai da minha cabeça.

— Eu não queria, Toni. – as lágrimas caindo com facilidade. — Me odeio por magoar você, queria poder ficar e tentar conquistar sua confiança novamente... – pausou, o seu corpo tremeu e a vi evitar um soluço. — Vou te dar tempo e es... Espaço que precisar. 

Desviei nossos olhares, era fodido demais vê-la assim, mas estar quebrada era pior ainda. Contive a vontade de chorar a sua frente, desabar como uma garotinha que perdeu o seu bem mais preciso, eu havia perdido a minha Cheryl. 

— Nem estou com fome. – ouvi um sopro seu e a encarei. — É melhor ir trabalhar. 

Levantou seu corpo. 

Caralho, fica e se alimente! 

— Agradeça a Debora, eu realmente... – as mãos passaram por seu rosto enxugando as lágrimas. — Preciso ir. 

Tentei falar algo, a minha boca se abriu, mas já era tarde demais porque Cheryl havia saído de meu campo de visão. Encarei o prato de waffles que tanto gosta, para a ruiva ter saído sem ao menos dar uma mordida era realmente preocupante. Não queria ser egoísta, mas ao mesmo tempo não conseguia pensar em nada além do meu estado emocional, precisava ficar longe dela para tentar organizar minhas ideias e ter uma decisão concreta.
 

Cheryl B. Topaz – Point Of View

Estacionei em frente a escola, já estava um pouco atrasada para entrar, mas precisei ficar um tempo do lado de fora. O meu choro que durou o caminho todo só acalmou quando respirei fundo algumas vezes, no pequeno espelho retrovisor limpei minha maquiagem borrada, colocando o óculos de grau para tentar disfarçar a expressão exausta.

Não dormir a noite nunca é uma boa opção, o problema é quando dormir não está entre as escolhas, não quando sua esposa te tratou com frieza e demonstrou que nada vai ser como antes. 
Se a culpasse estaria sendo uma hipócrita porque minha reação provavelmente seria pior, não tenho ideia o que faria se visse Toni tão perto de uma ex como estava da minha. Mas ouvi-la dizer que queria tempo e espaço, praticamente me expulsando de nossa casa é ainda mais doloroso.

Talvez fosse a primeira vez que cheguei na escola cumprimentando os funcionários apenas com acenos e nenhuma palavra. Adentrei minha sala, soltando um suspiro arrastado e cansado, percebendo que seria um longo dia, longa semana, longo tempo sem Toni... 

Não tinha planos para sair da minha sala, tentei passar a maior parte do expediente sozinha com meu computador e papéis. O movimento parecia fraco, depois da tempestade de ontem era esperado que os alunos faltassem. 

No meio da manhã, uma pessoa se atreveu a bater na minha porta, algumas lágrimas insistentes caíam e as limpei com rapidez, expressando um “entra” onde mal ouvi minha própria voz. Forcei a garganta, ajeitando o óculos em meu rosto. A porta abriu antes que pudesse falar novamente, Maeve colocou apenas a cabeça para dentro da minha sala e me surpreendi por ter batido na porta pela primeira vez.

— Achei que não fosse te ver aqui hoje. 

Franziu a testa, a mão segurando a porta. 

— É meu trabalho... – desviei nossos olhares, um caneta em uma das mãos enquanto assinava os papéis. — Precisava vir. 

Ouvi a porta fechar, meu olhar continuava nas folhas.

— Você está bem?

Seu tom preocupado me fez encara-la, senti uma onda de raiva correr por minhas veias, retirando o óculos para fixar o olhar no seu. Maeve estava com o corpo encostado na porta, as mãos espalmadas na madeira enquanto me analisava. 

— Por acaso pareço bem? 

Fui ríspida.

— Beleza, só perguntei... 

Murmurou, a expressão se tornando receosa. Suspirei, mordendo a parte interior da minha bochecha enquanto a mesma fazia menção de sair da sala. 

— A Toni viu. 

Foi tudo que saiu por minha boca, Maeve que estava virada para ir, girou os calcanhares e juntou as sobrancelhas, aproximando-se de minha mesa. 

— Viu o que? 

— Ela esteve aqui ontem, me procurando e viu nossa aproximação. 

O meu tom era baixo, tanto que a loira inclinava a cabeça para me ouvir, o meu peito doía e um nó se formava em minha garganta, mas nunca iria chorar em frente a Maeve.

— Porra. – ela puxou a cadeira sentando a minha frente. — Você quer que me desculpe? Fale com ela? 

Um riso sem vontade saiu por entre meus lábios.

— Você realmente não entende nada sobre sentimentos. 

— Quero ajudar. – mexeu suas mãos nervosamente. — Ruiva, nunca te vi assim... Caralho, você está acabada.

— Obrigada, é realmente animador... – balancei as sobrancelhas, Maeve se encolheu. — Enfim, depois da mulher que amo não me querer por perto é exatamente como me sinto... Acabada

Conclui, desviando nossos olhares e concentrando-me para não deixar nenhuma lágrima cair. Apertei a caneta entre meus dedos com mais força, maltratei o lábio inferior com meus dentes e sentia o clima naquela sala ficar cada vez mais pesado. 

— Ruiva...

— Você não pode ajudar, Maeve... – interrompi, balançando a cabeça em negação. — Melhor, você pode. 

A olhei. 

— Faça com que ninguém me incomode, não quero contato com alunos e muito menos pais, só diga que não estou disponível.

— Tudo bem. 

Sussurrou, a mais nova parecia sem muitas reações.

— O amor é fodidamente complicado, acabei de perceber. – acredito que estava falando mais consigo mesma enquanto levantava da cadeira. — Porra, essa merda realmente machucou você. 

— Pelo contrário, eu machuquei a Toni e por ama-la mais que a mim mesma se torna ainda pior.

Os olhos de Maeve se arregalaram aos poucos. 

— Comprovado, nunca quero conhecer esses sentimentos. – falou enquanto caminhava para porta. — Aliás, ninguém irá te incomodar, pode deixar. 

— Obrigada. 

A loira piscou em minha direção, saindo da sala e me deixando sozinha. 

Não sei se Maeve fez um bom trabalho ou ninguém quis oportuna meu dia que já era difícil o suficiente. Passei o turno inteiro a base de café, não tinha fome e sentia que se comesse alguma coisa iria vomitar. 

É, foram horas bem complicadas. 

×××
 


— Ei, indo embora?

Me assustei com a voz de Maeve. 

Encarei a loira jogada no sofá da recepção, um livro em mãos enquanto tinha um olhar analisador em mim.

— O que está fazendo aqui? 

— Esperando você. 

Respondeu como se fosse óbvio.

— Maeve, seu turno já acabou a uma hora?! – meu tom era sugestivo, ela deu de ombros. — Vá pra casa. 

— Cheryl, não quero te deixar aqui assim. 

Juro que em toda minha vida nunca vi Maeve soar tão preocupada, o olhar, o tom e gestos indicavam que realmente havia um sentimento de medo se apossando dela. 

Já havia percebido que tudo entre nós não passava de atração física, que só me interessei pela loira porque meu casamento estava difícil e me senti carente de atenção, elogios, flertes. Só que agora tinha ainda mais certeza que nossa relação nunca passaria de amizade, vê-la preocupada comigo não era como ver Toni, se fosse minha esposa ali, iria correndo abraça-la e assegurar que não devia ter medo de nada. 

Não me sentia assim com Maeve, eu só queria ficar sozinha e pronto, me deixe e vá viver sua vida. Naquele momento a única pessoa que permitiria invadir meu espaço seria Toni, apenas ela consegue acalmar minhas emoções.

— Maeve, vá embora. – meu tom saiu autoritário. — Quem está falando é sua chefe e não sua amiga. 

— Vai me demitir? 

Arqueou as sobrancelhas.

— Se for preciso pra que me deixe sozinha, sim. 

— Porra.

Murmurou, levantando o corpo ao perceber que estava falando sério.

— Você vai ficar bem? 

— Sim, Maeve. Sou adulta, ok?

— E vai ficar aqui na escola?

Cruzei os braços, estreitando o olhar.

— É um interrogatório? 

— Estou fazendo meu papel de amiga. – suspirou. — Precisa concordar comigo que...

— Olha, vou usar o piano porque o meu está em uma casa onde não posso ir. – a interrompi, tocando em suas costas e a incentivando para ir embora. — É legal da sua parte se preocupar, mas não quero companhias. 

— Estou indo, estou indo...

Repetiu, caminhando para a saída.

Acenei quando a mesma finalmente foi embora deixando-me sozinha no enorme local. Portas fechadas, silêncio absoluto, era tudo que precisava no momento.

Caminhei para a minha sala preferida, assim que avistei o piano procurei por folhas e caneta, sentando a frente do instrumento. Soltei um suspiro antes de começar a escrever meus sentimentos, tentando achar alguma forma de me entender. 

Tudo estava confuso, passou-se um tempo enquanto rabiscava, lia, não gostava de nada e jogava fora. Aquela dor no meu peito não passava nunca, pensar que Toni pode nunca mais ser minha deixava-me sufocada e em desespero. Aos poucos, várias bolas de papel estavam a minha volta e uma última tentativa começava a se formar na folha que tinha minha atenção, talvez finalmente estivesse conseguindo construir uma música.

Dedilhei o piano, puxando o ar com força. 

— Ei, você... – iniciei a cantar, usando de meu autocontrole para não chorar. — Eu estou saindo agora. Eu posso vir mais tarde, nesta noite? Ou você precisa de um tempo? Sim, claro. Está bem. 

Uma lágrima escapou, a dor de ter que me afastar era insuportável.

— Ei, você. Bom dia. Eu tenho certeza de que você está ocupada agora, por qual outro motivo me ignoraria? Ou você precisa de espaço? Você não tem culpa se sua mente mudou... 

Foi necessária uma pausa, os meus dedos tremeram sobre as teclas do piano e os olhos se fecharam, doloridos por tantas lágrimas, pela noite mal dormida. Estava exausta, de toda a situação e de todas vezes que o destino tentou nos separar, mais uma vez parecíamos estar sendo testadas. Simplesmente não aguentava mais, só desejo viver com Toni, ama-la pra sempre, sem complicações. 

— Então, vá em frente e quebre meu coração novamente, deixe-me questionar o motivo de eu ter deixado você entrar. Você é a definição de insanidade? Ou eu sou? Deve ser bom. Amar alguém que te deixa quebra-la duas vezes...

O meu tom de voz quase não saía, a letra que acabará de escrever se prendia em minha garganta... Porque não importava, o destino já deveria ter aprendido, notado que pode tentar nos separar quantas vezes for, eu ainda seria dela. Pra sempre. Depois de tudo que passamos durante todos esses anos, não é qualquer dificuldade que irá nos separar, não mais. O nosso amor é mais forte que pequenas complicações como essa. 

— Você está tão triste. Você ainda está respirando? Você não me contará se encontrar aquele significado profundo? Você acha que fiquei cego? Eu sei que não é verdade quando você diz “estou bem”... Então, vá em frente e quebre meu coração novamente, deixe-me questionar o...

— Cheryl?! 

Pulei no pequeno banco, estalando o olhar e levando a mão ao peito. Meu olhar percorreu a sala quando parei de tocar e cantar, por um momento achei que estivesse ficando louca ao ouvir meu nome ser chamado, mas fiquei aliviada ao ver Sabrina adentrar a sala, caixa de pizza em mãos e uma barriga de oito meses admirável.

— Você me assustou.

Levantei para receba-la enxugando as lágrimas, minha amiga deixou a pizza sobre o piano e me acolheu em seus braços, naquele momento em que sua mão tocou meus cabelos em uma carícia e por mais que sua barriga atrapalhasse me apertou contra si, tinha certeza que a loira sabia.

— Então... – a encarei quando nos separamos. — Maeve não segurou a língua dentro da boca, certo?
Sabrina suspirou.

— Bom, quando você recebe uma ligação de Maeve Wiley a garota mais sem tato possível dizendo que Cheryl Blossom estava fodida por causa do amor é realmente preocupante.

— Tenho certeza que ela usou exatamente essas palavras. 

Um riso baixo saiu se misturando com um sorriso compreensivo de Sabrina, procurei pela cadeira mais próxima a trazendo para perto e colocando ao meu lado. 

— Enfim, trouxe pizza porque aposto que não comeu nada. – segurou em sua barriga e no apoio da cadeira para sentar devagar. — E acho que te ouvi cantar do corredor, composição nova?  

— Eu só... – sentei novamente no banco, fechando os olhos para controlar o choro que queria vir mais uma vez. — Acho que estraguei tudo, perdi ela pra sempre. 

— Cheryl, fica calma... – pediu, o tom suave. — Me conte o que aconteceu.

E lá estava eu, desabafando com minha melhor amiga grávida, como se ela já não tivesse problemas o suficiente, mas no momento precisava conversar e colocar para fora, receber conselhos. Me sentia uma idiota estúpida, traidora. As coisas se confundiam em minha cabeça porque sinceramente, não sou tão flexível quanto Toni. 

Quando pedi um tempo, a morena respeitou e me deixou ter um espaço, não quero lhe dar nada disso. Quero correr para nossa casa e insistir para que fiquemos bem, eu a amo e desejava fazer que entendesse isso. Era torturante ficar longe dela, o meu coração ficava esmagado a cada possibilidade de esse tempo estar nos separando ainda mais.

— Ainda bem que não estou mais na fase sensível, você nem tem mais lágrimas, Cheryl. Sua expressão parece exausta, Cheryl.

— E estou, mais do que imagina.

Sentia meus castanhos arderem, cansados de tanto choro.

— Ela disse que vocês não estão terminadas, pense positivo.

— Estou tentando, mas estar longe dela... Diabos, eu só quero conseguir o perdão, sua confiança e nossa vida de volta.

— Cheryl. – chamou-me seriamente, a encarei. — Sentiu vontade de beber hoje? 

Sabrina me analisava. 

— Não sei se tive tempo pra pensar nisso. 

— Quanto tempo não vamos ao AA? 

Não vamos. Sabrina sempre tratou o meu vício como uma luta nossa, ela esteve lá nos piores momentos e realmente teve que se esforçar junto comigo. 
— Uhn... – tentei puxar na memória. — Não tenho ideia. 

— Precisa ir. – aconselhou-me. — Olha, lembro daquele cigarro que fumou com a Maeve, mas confiei quando me disse que era só naquela noite, você... 

— Não, foi só naquela noite.

Confirmei, Sabrina balançou a cabeça em concordância.

— Então, estamos indo essa semana no AA, certo? 

— Certo.

Falei com um suspiro.

— Odeio te ver assim, Cheryl. – confessou, a mão analisando a barriga. — Devia passar um tempo comigo e Nick. 

— Não, tenho que aprender a passar por momentos difíceis sozinha. 

— Nunca estará sozinha e sabe disso. – inclinou-se, segurando em minha mão. — Me sinto um pouco culpada por ter insistido em sermos um trio novamente, talvez em alguns momentos nem pensei na Toni e no que causaria a ela.

— Sabrina, você não tem culpa de nada. – assegurei, umedecendo os lábios secos. — Quem deveria pensar no que machucaria a Toni ou não, sou eu. Me sinto a maior filha da puta do mundo...

— Você não é. – interrompeu-me. — Nós sabemos o quanto você ama aquela mulher, Toni também sabe disso e será questão de tempo até estarem juntar novamente.

— Não tenha tanta certeza.

— Bom, aposto que ela ama esse seu corpo saudável então, vamos comer, por favor? Nada de ficar passando fome. – ela pegou a folha rabiscada acima do piano. — Vou ler sua música enquanto se alimenta. 
Piscou, focando olhar no papel.

Nossa amizade enfraqueceu um pouco quando a mesma saiu da escola por conta da gravidez, talvez por isso perdeu tanta coisa acontecendo, mas sabia que Sabrina sempre estaria ali pra mim. Apesar de tudo ainda é aquela amiga extremamente protetora e que só quer o bem.

— Por que está faltando um pedaço?

Franzi a testa quando abri a caixa. 

— Em minha defesa, estou comendo por duas... 

— Claro, claro.

Abri um pequeno sorriso, lembrando da pequena Gracie que está próxima de conhecer o mundo aqui fora. Me peguei pensando se serei uma boa madrinha, um bom exemplo... Oh, com certeza não no momento porque tudo que me sinto é uma idiota por fazer minha mulher sofrer, espero que quando a garotinha vir a nos conhecer esteja tudo resolvido, principalmente meu casamento.

— Me fale um pouco sobre Gracie, irá me distrair...

— Quem? Essa jogadora de futebol? – olhou para a própria barriga, era engraçado vê-la falando com a filha. — Ela simplesmente não para quieta, vive me chutando. 

Resmungou.

— Quero sentir. 

Falei animada com a possibilidade da experiência. 

— Você vai, mas coma primeiro, se não estiver saudável como vai batiza-la quando nascer, uhn? 

— Tem razão. 

Relaxei os ombros, mordendo um pedaço de minha pizza enquanto ouvia Sabrina falar sobre a composição. É tão bom tê-la por perto novamente, sem Veronica, a loira se tornou meu porto seguro em meio aos caos que rodeiam minha vida. Eu só precisava de alguém pra dizer que estaria li apesar de tudo, e Sabrina com certeza é essa pessoa.

×××


[ Boa noite?! ]

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