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Nós três gostamos de rosa

Cheryl B. Topaz – Point Of View

Domingo era geralmente um dia em que ficava o tempo inteiro de preguiça na cama, evitava qualquer tipo de contato com o trabalho e recebia todos mimos possíveis da minha esposa. Esse era diferente, mal consegui pregar o olho a noite e quando meu celular marcou seis horas da manhã, dei um última olhada em Toni – que ainda dormia, e levantei.

Fiz minha higiene com o dia ainda escuro lá fora, vesti minhas roupas e escrevi um bilhete para a morena esparramada em nossa cama.

"Bom dia, Tee. Estou indo me despedir da Veronica, volto assim que ela embarcar. Eu te amo.

Ps: Você está ainda mais gostosa com vinte e oito anos e um dia."

Sorri comigo mesma, aproximando o papel do bidê e saindo em passos lentos do quarto. Assim que abri a porta, Lion apareceu com as orelhas erguidas e rabo balançando.

— Entra, Leo. – dei espaço para que passasse. — E cuide dela!

Meu tom era baixo, enquanto observava o labrador pular na cama e se ajeitar no espaço vazio que antes ocupava. Suspirei, quase me negando a deixa-los, mas tendo em mente que ainda teríamos muitas noites juntos enquanto com Veronica, não terei mais tanto tempo.

Fechei a porta, fazendo o menor barulho possível para não acordar todos nossos hospedes. Quando adentrei meu carro, respirei fundo algumas vezes, focando comigo mesma que era o momento de me despedir da minha melhor amiga.

— Cheryl?!

Veronica apareceu na porta da – minha, casa. Sua expressão sonolenta, cabelo bagunçado e pijama ainda no corpo demonstravam que acabei de tira-la da cama.

— Oi, Lodge. Vim me despedir.

Adentrei, sem ao menos pedir permissão.

— Meu voo é só ao meio dia.

Resmungou, fechando a porta e caminhando para o sofá mais próximo.

— Então, irei me despedir até meio dia. – lhe dei um sorriso. — Quer café?

Ofereci, a vendo levar a mão até a testa.

Ignorando a preguiça da minha melhor amiga, preparei nosso café da manhã enquanto a mesma tomava um banho para acordar. Tirei esse tempo para reparar em minha antiga casa que ficará vazia novamente, dessa vez sem inquilinos, nem mesmo futuros. Eu provavelmente a deixarei esperando por Veronica porque ela com certeza irá voltar.

É, grudei na morena por toda manhã, até a ajudei a organizar algumas coisas que faltavam. Veronica é mais irresponsável que a Toni, isso está comprovado. E tenho que acrescentar que cuido de três crianças: Toni, Veronica e Leo. Porém, uma está me deixando.

— Não precisava me trazer, Bombshell.

— Fiz questão.

Dei de ombros, encostando o corpo na cadeira desconfortável do aeroporto. Veronica viajaria para a cede mais próxima dos militares, de lá teria um voo com toda equipe para o local onde serão enviados.

— Não esqueça de me manter informada.

Alertei.

— Tudo bem, mas você sabe que será no máximo uma vez por mês, não é? O sinal nesses locais é horrível e...

— Eu sei. Vou sentir falta da minha melhor amiga.

Confessei, era a mais pura verdade. Sim, tenho Sabrina sempre ao meu lado, mas Veronica esteve a vida toda, sabe do início ao fim a minha história com Toni e presenciou todos meus – e nossos, altos e baixos.

— Cheryl, você tem a Sabrina, a Toni...

— Ninguém é você.

Respondi, encarando seus castanhos.

— Não irá me fazer desistir, ok? Já está decidido.

— Tem certeza? Porque posso começar a chorar e dizer que não posso viver sem você.

— Pare, Bombshell.

Me repreendeu negando, nós rimos.

— Aliás, o que deu em você e Sabrina?

Franziu a testa, todos a nossa volta ficaram surpresos com nosso falta de aproximação durante a festa, até Toni percebeu nosso clima que começou lá no início do final de semana e por alguém que não tem nenhuma relevância.

— Bobagem.

Dei de ombros.

— Não parece bobagem, vocês nunca ficaram sem se falar.

— Ah, Ronnie... – murmurei, mordendo os lábios. — Aconteceu uma coisa na sexta.

— Vocês brigaram? – assenti. — Por que, Bomshell?

— Uma garota que conhecíamos em Boston. – suspirei ao falar. — Me envolvi com ela por dois meses, mas não contei nada a Sabrina e agora ela irá trabalhar com nós na escola.

Expliquei, finalmente desabafando com alguém.

— Dois meses? Quem é essa?

— Maeve, uma garota mais nova, mas foi coisa de momento...

— A Toni sabe?

Arqueou as sobrancelhas.

— Que me envolvi com ela? Sim. Que está trabalhando na escola? Não.

— E por que não?

— Iria contar, juro. – a olhei demonstrando sinceridade. — Mas primeiro a nossa semana foi uma merda e depois Toni estava tão animada com o aniversário que não queria estragar.

— Por que iria estragar, Cheryl?

Franziu a testa.

— Ronnie, ela é minha ex.

— Você sentiu algo quando a viu? – neguei. — Está tornando isso algo importante quando na verdade é simples, não precisa de uma grande conversa com Toni se a garota nem te incomoda.

— Talvez tenha razão...

Sussurrei, divagando por alguns segundos.

— Esse será meu último conselho antes de ir. – tocou em meu ombro. — Se essa tal Maeve não é importante, não trate como se fosse. Uma hora eventualmente você terá que contar, mas não torne isso como se ela fosse uma real ameaça. Esclareça que você é casada, ama sua esposa e não dará nenhuma abertura, seja sincera com ela e com você mesma.

— Viu? Não precisaria da Sabrina se você estivesse sempre aqui.

Resmunguei, Veronica riu negando e puxando-me para seus braços. Um abraço desajeitadamente confortável e doloroso. Eu estava deixando minha melhor amiga ir, para talvez não voltar. Sim, sei que existe essa possibilidade, mas prefiro não pensar muito nela. Quero focar que a Lodge voltará inteira e o mais rápido possível.

— Eu te amo, Ronnie.

Falei com lágrimas preenchendo meus olhos, coração palpitando com força enquanto a segurava com cada vez mais firmeza, havia um certo receio sem solta-la, mas como sempre ela sabia direitinho me acalmar.

— Eu te amo, Bombhsell. – beijou minha cabeça. — Quando menos esperar estarei de volta!

×××

Adentrei nossa casa, passos silenciosos que logo encontraram o barulho da sala cheia de pessoas. Os visitantes junto de Toni pareciam em um papo incrível, não queria ser um empecilho para continuarem a se divertir juntos, tentei camuflar todas minhas emoções, mas é claro que minha esposa não acreditaria em minha máscara.

— Oi, gente.

Dei meu melhor sorriso ao olhar para todos, havia um pequeno espaço no lado da lutadora que estava sentada perto de Marina. Katy e Antônio em outro sofá, Samantha a vi de relance correndo com Lion pela casa.

— Cherry.

Toni pronunciou o apelido com tanto carinho, pegando em meu pulso e puxando-me para sentar ao seu lado. Minhas pernas ficaram acima das suas e meus braços envolveram sua cintura, querendo sentir mais dela nesse momento.

— A Veronica já foi? – assenti, deitando minha cabeça em seu ombro. — Você está bem, amor? Precisa de alguma coisa?

— Está tudo bem, Tee. – dei de ombros, recebendo um beijo em minha testa. — Só preciso de você perto de mim.

Sussurrei, me aproximando ainda mais e querendo de fato, nos fundir. Mesmo não estando em meu melhor humor, aproveitaria o dia inteiro com meus sogros e Marina. Samantha parecia saber que estava triste, me enchendo de carinho e suas histórias sobre a escola, realmente me ajudou a esquecer a ida de Verônica. No final, havia sido um bom dia.

×××

Sentada em meu lugar de sempre na mesa, observei Toni adentrar o cômodo, soltando a guia de Lion que vinha com a língua de fora demonstrando o cansaço. Debora havia sentado na mesa comigo, não queria tomar café sozinha e a mais velha era uma ótima companhia. Além de que todos nossos hospedes ainda dormiam.

— Bom dia, Cherry.

Tocou os lábios nos meus devagarinho.

— Está bem? Dormiu bem?

— Claro que sim, dormi com você. – sorri ao falar. — Não sei se poderei dizer o mesmo essa noite.

— Bom dia, Debs. – estalou um beijo na bochecha da mais velha. — Também não sei como será minhas noites sem você...

Beijou minha bochecha. Suspirei, sentindo seu braço rodear minha cintura enquanto Debora sorria ao observar nossa interação.

— Que horas você vai? Nos veremos antes de ir, não é?

— Claro, amor. Nosso voo será depois do seu horário, vai dar tempo de nos levar.

— Ótimo. – lhe beijei, levantando o corpo. — Porque preciso ir.

— Bom trabalho, professora.

Sorriu ao falar, não contive minha vontade selando nossos lábios mais uma vez antes de acenar para Debora e sair em direção a garagem.

Dirigindo para meu trabalho, decidi seguir os conselhos de Veronica, não tratar Maeve como algo importante, mas deixar claro minha situação civil e sentimental. Amo minha esposa, quero estar com ela e somente ela. Quando cheguei na escola, informei na recepção que queria conversar com a nova professora assim que chegasse.

Na minha sala, concentrei os movimentos no computador, organizando cronogramas que agora tinham todos os professores necessários. Em meio as minhas anotações, a porta foi aberta sem ao menos baterem antes de entrar, eu já sabia quem era.

— Queria me ver, ruiva?

Maeve sorriu.

— Você precisa bater e pedir pra entrar, sabia?

Arqueei as sobrancelhas.

Revirou os olhos, jogando o corpo na cadeira a frente de minha mesa e retirando um chiclete do bolso, enfiando na boca e mastigando com movimentos desnecessários.

— Não me lembro de ter que pedir pra entrar em você antigamente....

— Maeve!

A repreendi, arregalando os olhos.

Ela riu.

— Pelo visto você não mudou nada.

Analisei, observando a bolha de chiclete estourar fazendo um barulho ecoar pela sala. Puxei o ar, firmando as mãos na mesa e erguendo o corpo para encara-la, retirei os óculos fixando o olhar no seu mantendo a expressão séria.

— Primeiro, estamos aqui para uma relação extremamente profissional. Esqueça todo nosso passado, você deve saber que sou casada e não há ninguém que me interesse além da minha esposa.

— Diferente de mim, você mudou bastante.

Murmurou, brincando com os dedos da mão.

— Maeve, estou falando sério. – aumentei o tom, forçando a mesma a me encarar. — Só quero deixar claro que somos apenas colegas de trabalho, você me deve respeito por ser uma das suas chefes e é melhor nem começar com suas brincadeiras.

— Então... Sem flertes?

Arqueou as sobrancelhas, fazendo um pequeno beiço.

— Não é possível, você não vai crescer nunca?

— Estou brincando, ruiva. – revirou os olhos, elevando seu corpo. — Profissionais. Chefe e funcionária. Entendi. Posso ir agora?

Suspirei, relaxando os ombros.

— Pode, Maeve.

— Valeu. – atirou um beijo. — Opa, força do abito... Sabe, não posso ver mulher bonita.

— Maeve.

Rosnei seu nome, não lhe dando nenhuma abertura.

— Ok, você venceu. – levantou as mãos em sinal de rendimento. — Está apaixonada mesmo.

— Mais do que imagina.

Confirmei, sempre mantendo o olhar no seu.

Sua cabeça balançou em concordância, pressionando os lábios e saindo da minha sala. Soltei um suspiro, longo e forte. Estava aliviada, porque depois de sumir da vista de Maeve em Boston pensei que a deixaria com raiva e quem sabe algum dia querendo uma vingança por abandona-la sem nenhum motivo. Nosso reencontro havia sido melhor do que o esperado.

Toni Topaz – Point Of View

As vezes algumas coisas nos pegam de surpresa, noticias, informações ou pessoas. A de hoje até o momento era que meu voo havia sido cancelado e teríamos que embarcar em um mais cedo. Antes iríamos todos juntos, mas como Marina e eu temos urgência de estar em Los Angeles conseguimos os últimos lugares disponíveis em um voo no meio da tarde.

Isso significava que teria que me despedir mais cedo de Lion e da Cheryl. O pior é que nem havia conseguido informa-la pela correria que se iniciou, mas é claro que não iria entrar em um avião antes de dizer que a amo.

— Sabrina.

Chamei a loira que estava na recepção da escola.

— Toni. – sorriu largo ao me ver. — Como se sente com os vinte oito anos? Você parece mais bonita, sabia?

Estranhamente, a mesma estava com um humor admirável.

— Estou bem. – dei de ombros, as sobrancelhas unidas em confusão. — Você viu a Cheryl?

Assim que pronunciei o nome da minha esposa, a expressão de Sabrina se fechou e era como se um dia de sol virasse uma tempestade no mesmo momento. Havia uma planilha em suas mãos que estava sendo esmagada por seus dedos após minha pergunta.

— Deve estar escondendo mais coisas de mim.

Murmurou, algo quase inaudível.

— O que?

— Sabrina! – a moça da recepção nos interrompeu, nem havia visto a mesma sair de trás de sua mesa. — Chegou pra você.

Alcançou a loira uma sacola de farmácia.

— Obrigada. – pegou a mesma, a colocando atrás do próprio corpo. — A Cheryl deve estar na sala dela, só fica naquele computador...

O tom insatisfeito, ignorando minha existência e deixando-me sozinha. Aquilo com certeza não poderia ser mais confuso, toda sua mudança de humor e palavras ditas. Puxei o ar, caminhando para a sala da minha esposa.

Dei toques, escutando um "entra". Abri a porta, fechando-a em seguida sem ao menos ser notada. Sabrina tinha razão ao dizer que Cheryl só fica no computador, seu olhar focado na tela nem havia me percebido.

— Cherry?!

A chamei, trazendo os castanhos por trás dos óculos em minha direção, tamanha foi sua surpresa ao me ver em sua sala.

— Toni? O que faz aqui?

— Meu voo foi adiantado, estou indo para Los Angeles daqui a duas horas.

Suspirei ao falar.

— Não vamos nos despedir?

Lamentou, largando todos seus afazeres para me dar atenção.

— Estou aqui para isso, amor.

Falei, me aproximando de sua cadeira e a puxando pela mão. Nossos corpos ficaram frente a frente, retirei o óculos que nos atrapalharia, encostando-a contra a mesa. Cheryl suspirou, agarrando meu rosto entre suas mãos e grudando nossos lábios. Não recusei o beijo, aprofundando o mesmo ao abraçar sua cintura.

— Não acredito que vai ficar uma semana longe de mim.

Murmurou contra minha boca, tocando em meus fios rosas.

— Irei ligar todos os dias, toda hora... – distribui beijos por seu rosto. — Vai passar rápido, prometo.

— Ainda bem que fiz sua mala.

Sorriu orgulhosa.

— Eu te disse que ainda tenho roupas no apartamento de Los Angeles.

— Não importa, roupa nunca é demais e o importante é você não ficar sem elas, ainda mais longe de mim.

— Sabe que não precisa se preocupar. – forcei minhas mãos, a sentando na mesa e ficando entre suas pernas. — Você é a única a me ver nua.

— É melhor mesmo, Topaz.

Sussurrou, cobrindo meus lábios com os seus.

Segurei em sua coxa coberta pela calça, enfiando minha língua dentro da sua boca e explorando cada cantinho dela. Cheryl entrelaçou suas pernas em minha cintura, agarrando os cabelos de minha nuca enquanto acelerava os movimentos de nosso beijo. Eu poderia a beijar por muito mais tempo, matar minha saudade que irá das sinais assim que subir no avião, mas já é de praxe sermos interrompidas.

— Cheryl, eu preciso...

O barulho da porta abrindo e a voz desconhecida soando pela sala, fez a minha esposa empurrar-me pelos ombros, desvencilhando nossas bocas e corpos.

— Porra, desculpa!

A garota se interrompeu.

Os olhos marcados por um lápis preto, piercing no nariz, mechas rosas e roupas pretas, quase me faziam admira-la somente pelo estilo, mas não me lembrava de vê-la. Conheço todos colegas da Cheryl e me recordaria de uma professora tão nova.

— Disse para bater, lembra?

Minha esposa tinha o tom autoritário.

— Relaxa, amor. – pedi, a abraçando de lado e beijando sua bochecha. — A gente que não devia estar fazendo nada aqui.

Dei de ombros, me aproximando da loira.

— Sou Toni, esposa da Cheryl. – estendi a mão. — Não te conheço, é nova aqui?

— Sim. – olhou por cima dos meus ombros, voltando a me encarar e aceitando o cumprimento. — Maeve Wiley, sou professora de música.

— Parece jovem, se formou agora?

— A dois anos.

Sorriu de lado.

— Adorei seu estilo. – não me contive ao falar. — Acho que nós duas gostamos de rosa.

— Maeve, o que você precisa?

Cheryl interrompeu nosso papo, parando ao meu lado.

— Não tenho acesso ao computador nas aulas, preciso do login do professor. Procurei a Sabrina, mas não achei na sala e...

— Irei anotar.

A ruiva novamente interrompeu, procurando por um papel e rabiscando com rapidez, arrancando a folha do caderno e estendendo para a garota a nossa frente.

— Aqui, é o login da Sabrina, futuramente terá o seu.

— Valeu. – pegou o papel, acenando com a cabeça. — Foi um prazer, Toni.

— O prazer foi meu.

Sorri para a mesma, observando-a sumir de meu campo de visão. A porta bateu, girei os calcanhares, olhando para minha esposa que agora estava sentada em sua cadeira novamente. Os cotovelos apoiados na mesa enquanto enfiava os dedos nos cabelos.

— Gostei dela, sabia?

Comentei.

— Ah! – exclamei, lembrando-me de quando cheguei. — A Sabrina ainda está brava com você, ela falou algumas coisas...

— A Sabrina?! – me encarou em alerta. — Falou o que?

— Foi confuso, não entendi direito. – dei de ombros. — Me conta o que aconteceu entre vocês, posso tentar ajudar.

Ofereci. Cheryl respirou fundo, relaxando os ombros e a expressão, o seu corpo elevou novamente. Encostada na mesa, a observei parar a minha frente, franzi a testa com seu silêncio e tensão pairando.

— Preciso te contar algo porque tem que saber por mim.

O tom sério fez meu coração acelerar.

— Cheryl...

— Uma vez me perguntou se havia alguém além de nós e Sabrina, lembra? Nós conversamos em Miami.

— Isso faz anos. O que tem demais?

— A garota que me envolvi por dois meses... – suspirou, pressionando os lábios um contra o outro. — É a Maeve.

Por vezes, ouvimos algo e não queremos acreditar. Sabe quando você tem certeza que escutou, mas quer forçar seu cérebro do contrário? Aquelas palavras da minha esposa não poderiam ser verdade, ela não me deixou conversar com sua ex ficante ou sei lá o que.

— Queria te contar antes. – voltou a falar me trazendo para a realidade. — Ela chegou na escola sexta, a Sabrina quem trouxe e tive que contar dos nossos dois meses juntas, minha amiga não aceitou muito bem descobrir esse segredo por isso estamos brigadas.

— Espera, você a reencontrou sexta e só me contou hoje?

Juntei as sobrancelhas.

— Toni, não é importante. O que tive com Maeve foi a anos e sem relevância nenhuma...

— Então, se não a encontrasse ou se Sabrina não estivesse brava, provavelmente nunca saberia de vocês. – conclui, Cheryl franziu a testa. — Caralho! É óbvio que não iria me contar.

Sorri ironicamente, negando.

— Você não está duvidando de mim, certo?

Desviei nossos olhares, cruzando os braços.

— Cheryl, você acabou de me fazer de idiota! – esbravejei, negando a acreditar que até apertei a mão daquela garota. — Provavelmente Maeve adorou saber que nem cogito a possibilidade de vocês terem algo...

— Porque a gente não tem! Você está me ofendendo, Toni. – acusou. — Eu só precisava esperar o momento certo para dizer.

— E esse momento é depois de me ver cumprimenta-la, elogia-la... – ri balançando a cabeça, encarando os castanhos. — Parece que na verdade nós três gostamos de rosa, não é?

Usei de meu tom irônico, os punhos de Cheryl se apertaram e a respiração ofegou demonstrando sua irritação. Não era só ela que estava irritada, eu por exemplo estava irritada, com ciúmes e magoada por me esconder algo assim. Se fosse realmente uma bobagem, sem relevância me contaria sem medos, mas é óbvio que deve ter algo para me esconder por tantos dias.

— Cheryl!

Uma Sabrina afobada adentrou a sala.

Meu olhar foi a loira que tremia, o rosto pálido e expressão de pavor. Vi o momento em que minha esposa se apressou em ir até ela, segurando uma de suas mãos já que a outra estava ocupada.

— Sabrina, o que houve?

Cheryl se preocupou, tocando na testa da amiga.

A mão da loira se ergueu, mostrando a nós duas um teste de gravidez, minhas sobrancelhas arquearam e vi a ruiva pegar o utensílio da mão da amiga.

— Sabrina... – murmurou. — Você está grávida.

Abriu a boca, trocando um rápido olhar comigo.

— A nossa semana sem contato acabou, não posso ficar sem falar com você após uma notícia dessas, Cheryl. Como vou contar ao Nicholas? Ele é uma criança e...

— Sabrina. – a interrompi, me aproximando das duas. — Fica calma, vai dar tudo certo.

A tranquilizei.

— Respira, ok?

Pedi, puxando o ar e soltando.

A loira me imitava, se acalmando aos poucos.

— Se puder te dar um conselho conte logo a ele, não existe momento certo e é muito melhor falar do que esconder.

— Toni...

Cheryl murmurou ao meu lado.

— Queria muito ficar... – não olhei em nenhum momento para a ruiva. — Mas irei viajar logo mais, preciso ir. Parabéns, Sabrina.

A abracei rapidamente, beijando sua bochecha.

— Obrigada?! – sussurrou em duvida. — Atrapalhei a despedida de vocês, não é? Estou indo...

— Não, fica. – interrompi. — Você precisa do apoio da amiga.

— Toni.

Cheryl segurou minha mão enquanto a loira caminhava para a cadeira mais próxima, encontrei seus castanhos. Infelizmente não era o momento para conversarmos, sentia que iria explodir e falar coisas que não deveria.

— Preciso ir, Cheryl.

— Não vou te deixar ir assim.

Usou de seu tom autoritário que no momento não me abalava nem um pouco.

— Eu realmente preciso de um tempo, ok? – beijei sua bochecha. — Se cuida.

Troquei um último olhar, saindo da sua sala e pedindo que encontrasse até o diabo, menos o rosto de Maeve porque com a raiva que estou provavelmente faria um grande estrago e sinceramente, não quero ainda mais problemas.

×××

[ Eu avisei?!

Ronnie tentou ajudar, mas né.

Fiquem calmos, vai dar tudo errado...]

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