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Nascimento

Cheryl B. Topaz – Point Of View

As coisas aconteceram mais rápido do que o esperado, em um minuto estava na minha casa, me despedindo da minha esposa que iria para Las Vegas e no outro em uma cadeira de rodas sendo encaminhada para um quarto do hospital porque os meus bebês iriam nascer com uma equipe de enfermeiros que me acompanhava.

Foi só a bolsa estourar para as dilatações começarem, devagar e sutis no início, mas ficando a cada momento mais fortes, vindo com mais rapidez. Foram duas horas inteiras de suor, dor, gemidos e olhos arregalados da Toni em minha direção até a Dr. Montgomery adentrar o quarto.

— Finalmente, ela... Ela está com dor. 

Minha esposa falou em desespero.

Deitada na maca, tinha as mãos em minha barriga e senti mais uma contração fazendo me curvar, gemendo alto. Toni retornou para o meu lado, usando de uma toalha para secar meu suor.

— Cheryl, meu assunto é com você. – Dr. Montgomery ficou em meio as minhas pernas, segurando meus joelhos erguidos. — Acredito que tenha muito potencial para um parto normal.

— Quanto tempo até eles saírem? 

Ofeguei, encarando a médica.

— Sua bolsa estourou antes das contrações, isso é raro, mas acelerou elas, então provavelmente mais umas duas horas até você ter dez centímetros de dilatação. 

— Duas horas? – o tom de Toni alterou. — Você sabe que a gente já está aqui a todo esse período, não é? 

— Tudo bem, eu quero esperar. 

Falei, sentindo o olhar da morena pesar em mim.

— Cherry, serão duas horas de dor e contrações... 

— É pelo bem dos nossos bebês. 

Toquei em sua mão, ela suspirou.

— Minha equipe ficará te monitorando e chamar na hora que os gêmeos quiserem sair. – Dr. Montgomery sorriu e apenas assenti. — Até mais, mamães.

A médica nos deixou a sós novamente, Katy nos acompanhou até o hospital, mas ficou ao lado de fora junto de Samantha avisando a todos nossos amigos e principalmente Mackenzie que estava esperando a Toni no aeroporto.

— Sua luta...

Sussurrei, os castanhos me encararam.

— Não me importo, só quero estar com vocês. 

— Se nascer hoje, ainda da tempo. 

— Não pensa nisso agora, Cherry. – seus dedos deslizaram por meu rosto. — Nossos bebês vão nascer.

Sorriu, fiz o mesmo me aproximando para beija-la.

— Diabos! 

Grunhi com mais uma contração, respirando ao cair contra a maca novamente. Toni beijou minha testa, sussurrando que daria tudo certo. 

Eu esperava que sim.

Tive a visita de Veronica e posteriormente de Sabrina, as duas me incentivaram, dizendo o quanto sou forte e conseguiria. Estava focada em ter meus bebês da maneira mais natural possível, mas por vezes, as dores quase me faziam desistir.

— Como estamos? 

Toni perguntou, seus braços me rodeando por trás, estava em meio as suas pernas, olhos fechados enquanto tentava acalmar minha respiração. Ela com certeza se mantinha muito mais preocupada do que eu, temendo principalmente por mim.

— Bem, TeeTee. Não se preocupe. – suspirei fundo. — As aulas de pilates era pra isso, pra tê-los normalmente. 

— Eu sei, mas pensei que no final desistiria e imploraria por cesárea.

Nós duas rimos.

— Só espero que não demorem e valha a pena.

— Vai valer, amor.

Toni beijou a lateral de minha cabeça.

Mais uma contração, mais prolongada, mais dolorida. Minha esposa massageava minhas costas, ombros, tentava dar o máximo de apoio possível, nem quando Mackenzie lhe ligou para saber o que estava acontecendo saiu do quarto, Katy apenas nos informava de toda situação. 

Se passaram mais duas horas, caminhadas pelo quarto foram necessárias, mudanças de posição, muita água e uma troca de vestimentas para aquela maldita camisola de hospital. A força que fazia já não era mais voluntária, uma enfermeira veio me checar e quase abri um sorriso quando disse que chamaria a Dr. Montgomery.

Nós fomos para uma sala de parto, dez centímetros de dilatação, pernas para cima e muitos incentivos vindo de nossa médica que estava entre minhas pernas. Não podia negar que as dores agora se tornaram insuportáveis, praticamente gritando a cada nova contração. 

— Vamos fazer esses bebês virem conhecer as mamães. – podia sentir o sorriso da médica ao falar. — Aliás, preciso do consentimento caso precise fazer uma Episiotomia.

— Claro, sem problemas. 

Respondi respirando fundo.

— O que é isso? Cheryl? 

Toni me encarou franzindo a testa.

Dr. Montgomery explicou:

— É apenas um corte para que os bebês saíam com mais facilidade. 

— Um corte? 

O tom da minha esposa alterou. 

— Não vou deixar cortar a minha mulher, ela...

— Toni, cala a boca é só... 

A interrompi, mas nem consegui continuar porque mais uma contração me fez erguer o corpo. Senti o suor escorrer pelo lado de meu rosto, tentando buscar por ar.

— Ok, Cheryl, preciso que faça muita força quando pedir. 

Dr. Montgomery me instruiu. 

— Tudo bem.

Respondi, soltando e puxando o ar pela boca, Toni firmou mais o toque de sua mão na minha, decidindo ficar calada. O meu olhar estava focado no teto da sala e senti que viria mais uma contração.

— Agora. 

Dr. Montgomery pediu, fiz o que consegui naquele momento curvando o corpo e forçando ao sentir minha barriga se contrair, quando cai de volta na maca, não houve nenhum choro ou sinal de algum bebê nascendo, houve um pequeno silêncio e sabia que a médica estava me examinando. 

— Preciso de mais força, mais vontade...

— Mais?

Esbravejei para a médica.

— Cherry, você consegue. – Toni beijou as costas de minha mão. — Se demorarmos, infelizmente não poderei disputar a luta. 

— Não me chantageie, Antoniette.

Rosnei para ela. 

— Imagine o que os nossos filhos vão pensar quando desisti de ganhar o cinturão porque a mãe deles não se esforçou. 

— Vai se fuder!!!

Gritei com ela, usando todas minhas forças na próxima contração, os meus olhos se fecharam e os dedos esmagaram os de Toni quando senti algo me rasgando. Assim que minha cabeça entrou em contato com a maca novamente, ouvi um choro agudo. 

— Muito bem, mamãe. – o tom da Dr. Montgomery era orgulhoso. — Temos o pequeno Henry aqui. 

O meu peito subia e descia com rapidez, mas a ruiva se aproximou o suficiente para que visse o nosso primeiro bebê, todo ensanguentado e molhado. Mal consegui admira-lo ou reparar em suas características e já se afastou de nós o entregando para enfermeira.

— Ele é lindo, Cherry. – Toni sussurrou. — Falta pouco agora, só falta nossa menininha. 

— Vamos lá, Cheryl. – Dr. Montgomery retornou a me incentivar. — Todos queremos conhecer sua filha. 

— Eu não aguento mais.

Murmurei, exausta. 

— Amor, só mais uma forcinha. 

— Queria ver se fosse você no meu lugar. 

Meu tom ríspido a fez suspirar.

— Eu amo você e te admiro tanto por estar fazendo isso por nós, é com certeza a pessoa mais forte que conheço, Cherry. – declarou com o olhar fixo no meu. — Preciso que você dê o máximo de si pra conhecermos nossa garotinha, por favor. 

Respirei fundo, fechando os olhos por alguns segundos e assentindo. 

Sabia que a minha contração viria a qualquer momento, a médica estava preparada e faltava somente a minha colaboração. Quando novamente fui obrigada a fazer força, soltei um grito muito mais alto que todos os outros, curvando o corpo e me mantendo naquela posição o máximo que consegui. Ao ouvir o choro da minha filha, abri um sorriso cansado, satisfeito... Eu consegui.

— Você conseguiu, amor. – Toni beijou minha testa assim que deitei novamente. — Estou tão orgulhosa de você. 

— E aqui está a Scarlett.

Dr. Montgomery aproximou-se, a sua pele era muito mais clara que a de Henry, tanto que o sangue ficava mais aparente em sua pele. Foram míseros segundos e já a tiraram de meu campo de visão novamente.

— Ela é ruiva, tenho certeza! 

Toni comemorou. 

Soltei uma risada nasal, balançando a cabeça.

— Eles vão leva-los para exames, enquanto isso cuidaremos da Cheryl. Não fizemos nenhum corte mas a mamãe tem que descansar. 

Ouvi a voz da Dr. Montgomery, mas o cansaço estava me ganhando, os olhos pesando mais que o normal e o aperto na mão de Toni ficando frouxo. 

— TeeTee. 

A chamei, suspirando. 

— Tudo bem, Cherry. Pode dormir. 

— Nossos bebês. 

Murmurei quase sem forças.

— Vou cuidar deles, amor... Fique tranquila. 

Concordei, umedecendo os lábios e me entregando ao cansaço.

×××


A dor em meio a minhas pernas ainda era desconfortável, mexi meu corpo no colchão enquanto abria vagarosamente meus olhos, a luz do quarto quase me cegava, mas assim que olhei para o lado, encontrei Toni sentada e com olhar focado no celular. 

— Cadê eles? 

Perguntei chamando sua atenção. 

Não estávamos mais na sala de parto e sim em um quarto muito maior, a cama bem mais confortável fazia meu corpo relaxar. Toni que estava sentada na cadeira de acompanhante rapidamente ficou em pé ao meu lado.

— Fica calma, mamãe. – sorriu. — Eles ainda não vieram se alimentar.

— Como são? Você os viu? 

— Não. – mordeu o lábio. — Seria injusto, certo? Deixar você aqui dormindo enquanto ficava lá babando neles. 

Sorri para ela.

— Me ajude a sentar.

Pedi, forçando as mãos contra a cama. Toni pegou o controle para erguer a mesma, conseguindo ficar sentada e com as costas apoiadas. A camisola de hospital ainda estava em meu corpo e minhas pernas pareciam fracas.

— Não devia estar em um voo? 

— Deveria, mas só irei amanhã e de jatinho. – a morena se animou ao dizer. — Combinei tudo com a Mackenzie e Marina, preciso de tempo com meus bebês. 

— Que horas é a pesagem? Não vai atrasar? Nós ficaremos...

Os lábios que tanto amo tocaram os meus me interrompendo, Toni pressionou nossas bocas, chupando meu inferior ao nos separar e grudar nossas testas.

— Não se preocupe comigo, Cherry, vai dar tudo certo. 

— Você e sua mania de me calar.

Neguei.

— Eu sei que ama. 

Sorriu, colocado a boca sobre a minha novamente. 

Suspirei com o contato. 

— Quero vê-los.

Meu tom saiu manhoso. 

— Queremos, amor. – ela se afastou levemente pegando em minha mão. — Como está se sentindo? Precisa de alguma coisa?

— Dos meus bebês. 

Choraminguei, a morena riu entrelaçando nossos dedos.

Toni ficou ao meu lado, dando carinho enquanto aguardávamos, alguns minutos se passaram e a porta abriu, meu coração acelerou em expectativa, mas era apenas Veronica com um sorriso enorme no rosto.

— Parto normal de gêmeos! Caralho, Bombshell.

A mesma estava vestindo um jaleco do hospital, faz alguns meses que Veronica retornou a sua profissão de cirurgiã geral no Grey Sloan. Recebi um abraço caloroso de minha amiga e parabéns, assim como com Toni.

— Nossos amigos estão grudados no vidro, seus bebês são lindos. 

Elogiou. 

— Claro que são, são nossos filhos.

Me gabei, rindo. 

— O Arthur vai adorar a Scarlett, uhn?! Uma ruivinha. 

— Sabia que era ruiva! 

Toni comemorou.

— Lodge, se aquele ser humaninho que chama de filho encostar na minha garotinha, eu juro pra você que...

— Cherry! Ela está brincando.

Estreitei o olhar para Veronica que gargalhou.

— Protetora você, Bombshell. – balançou as sobrancelhas. — Agora preciso ir visitar meus pacientes e...

Minha melhor amiga foi interrompida pela porta abrindo e duas enfermeiras adentrando o quarto, abri um sorriso ao ver que nossos bebês vinham enrolados em suas respectivas mantas. Uma vermelha e outra azul. 

— Na verdade, vou ficar mais um pouco.

Ouvi Veronica, mas não prestei nenhuma atenção, a enfermeira me entregou um dos meus bebês, alegando que era o que estava com mais fome no momento. 

Meus olhos marejaram quando encontrei Scarlett resmungando, sua pele clara e rosada, os cabelos da sobrancelha e da cabeça bem ruivinhos do jeito que minha esposa queria. Sua boca vermelhinha tremia levemente e quando percebi as lagrimas já escorriam por meu rosto.

— Oi, bebê... – sussurrei, seus olhos permaneciam fechados. — Eu sou uma das suas mamães, sabia? 

Acomodei Scarlett contra meu peito, retirando o seio direito para fora e encaixando em sua boca, custou alguns segundos até que conseguisse sugar para se alimentar. A enfermeira estava certa sobre sua fome já que prontamente iniciou os movimentos de sucção com um pouquinho mais de força. 

— Hey, garotão. 

A voz de Toni chamou minha atenção, ela estava com Henry no colo.

— Você está com fome? Vamos um de cada vez, a mamãe está cansada. 

Não conseguia segurar o meu sorriso, enxugando as lágrimas que insistiam em cair. O meu coração estava acelerado e tão cheio de alegria que transbordava.

— Lodge, não devia estar trabalhando? 

Desviei o olhar dos dois para ver Dr. Montgomery de volta ao quarto, as enfermeiras já havia saído e agora havia uma loira do seu lado. Franzi a testa ao ver Veronica se encolher com a repreensão da obstetra.

— É a minha melhor amiga. – Veronica defendeu-se. — E você não é minha chefe.

Fez uma careta para Dr. Montgonery que revirou os olhos. Scarlett continuava a sugar meu peito, Veronica parada ao meu lado observando tudo e Toni completamente alheia com nosso filho no colo.

— Bom, meninas. – encarei a ruiva que chamou nossa atenção. — Agora que os gêmeos nasceram e a mamãe está bem, entregarei seus bebês para o cuidado da Dr. Robbins. 

Apontou para a loira ao seu lado.

— É a melhor pediatra de nosso hospital. 

Sorriu ao falar.

— É verdade. – Veronica sussurrou perto de mim. — E é lésbica.

— O que? 

Olhei para a morena em alerta. 

— Vocês podem me chamar de Arizona. – a loira sorriu demonstrando suas covinhas. — Nós teremos nossa primeira consulta daqui a quinze dias provavelmente. 

— É um prazer, eu sou Toni. 

Minha esposa estendeu a mão livre, a loira rapidamente segurou enquanto as duas trocavam sorrisos. Revirei os olhos, percebendo uma falta de movimentação de Scarlett em meu peito, foquei em minha garotinha que já parecia satisfeita.

— Toni, vamos trocar.

Pedi, interrompendo a interação dela com nossa nova médica, Dr. Montgomery nem estava mais no quarto. 

— Me deixe pega-la um pouquinho.

Veronica pediu.

— Nem pensar, ainda nem a toquei, Lodge! 

Toni retrucou fazendo minha melhor amiga suspirar, sentando na ponta da minha cama para ter uma visão melhor do bebê em meus braços. Ela ficou feliz em pegar nossa menina por alguns segundos, só porque precisava dos meus braços livres para pegar Henry.

O garotinho parecia muito mais calmo, a sua cor de pele era igualzinha a da Toni, lábios carnudos e cabelos escuros, não posso negar que fiquei completamente boba o encarando, é uma cópia de minha esposa.

— Olá, príncipe. – sorri para ele, deslizando o indicador por suas mãozinhas pequenas. — Você está com fome? 

O coloquei no seio esquerdo, havia lido na internet e nos livros que é melhor intercalar entre um peito e outro para não ficar muito cheio ou muito vazio. Mas parecia que Henry não tinha a mesma facilidade que Scarlett.

— Precisa sugar, filho. – falei com ele ao ver que não movia os lábios. — Henry, precisa se alimentar. 

Continuei a incentiva-lo, mas nada.

— Se me permite ajudar... – Arizona aproximou-se da cama, deixando o olhar cair para meu bebê. — Tente colocar toda a aréola na boca dele, pressionando o mamilo no céu da boca. 

Encarei a loira por alguns segundos, a mesma tinha um sorriso encorajador no rosto, fiz o movimento que aconselhou e em poucos segundos, Henry começou a sugar meu peito. 

— É normal eles terem uma certa preguiça no início, principalmente os meninos. 

— Obrigada, Dr. Robbins. 

Balancei a cabeça em sua direção.

— Pode me chamar de Arizona.

— Eu sou Cheryl, será um prazer ter você como pediatra. 

Dei meu melhor sorriso a ela, afinal não poderia implicar com a médica de nossos filhos só porque é lésbica e talvez tenha visto uma aliança dourada na sua mão esquerda. 

— Por favor, Toni. É minha vez. 

Veronica choramingava ao caminhar atrás da minha esposa, pedindo por uns minutos com Scarlett. Troquei um olhar com Arizona, nós duas rimos da interação e quando voltei minha atenção para o bebê em meu peito, soltei um suspiro de felicidade. 

Estava tudo – quase, completo agora.

×××


— Antoniette, você vai sim!

O meu tom saía baixo, mas repreensivo. 

Era cedo da manhã, minha esposa precisava pegar o jatinho ou perderia a pesagem da luta, consequentemente o cinturão que esperou tanto tempo para poder disputar novamente.

— Não quero deixar vocês, Cherry. 

Choramingou.

— Amor, se você não ir nessa luta não irei me perdoar. – falei, levantando da cama do hospital. — Precisa ganhar por nós.

— Mas... 

— Shh. – toquei o indicador em seus lábios. — Vai acordar eles e ficarei muito brava. 

Caminhei pelo quarto, indo nos berços onde estavam os gêmeos e verificando que os dois dormiam tranquilamente. Os nossos bebês estão completamente saudáveis, mas ainda precisamos ficar uns dias de observação no hospital. Toni parou ao meu lado e continuamos nossa discussão em sussurros: 

— Hoje é sexta, você voltará na segunda. 

— O que? Nem pensar. – negou. — Assim que acabar a luta voltarei. E se eu fizer a pesagem, voltar pra Seattle e ir novamente só no sábado? A luta é apenas de noite. 

— Toni! – segurei seu rosto entre minhas mãos. — Precisa se concentrar e nós ficaremos muito bem, sua mãe e nossos amigos estão sempre por perto.

Ela suspirou, profundamente e de forma arrastada. 

— Quero meu beijo de boa sorte. 

Pediu, abri um sorriso colocando os lábios sobre os seus e os movendo lentamente. Toni aprofundou nosso beijo, abraçando minha cintura e entrelacei meus braços em seu pescoço. A morena me tirou do chão, quebrei nosso contato mordendo o seu inferior.

— Vai logo e não volta sem o cinturão. 

— Eu amo você, Cherry. 

Sussurrou me colocando de volta no chão. 

Antes que pudesse lhe responder a porta abriu demonstrando uma Mackenzie completamente furiosa, Toni a olhou, mas a puxei de volta para mim selando nossos lábios uma última vez.

— Nós te amamos. 

Um sorriso apareceu em seus lábios ao me ouvir e a minha esposa só saiu do quarto quando sua treinadora lhe arrastou para fora. Ri do seu jeito brincalhão de me atirar beijos silenciosos e quando a porta se fechou um silêncio se fez presente. 

Caminhei até meus bebês, a noite foi tranquila já que Toni estava comigo e permaneceu mais tempo acordada, até quis lhe acompanhar, mas o cansaço me ganhou em certo momento. Ficaria sozinha até Katy chegar, mas Veronica – que está de plantão, passou várias vezes aqui no quarto só pra checar e não duvido que daqui a pouco esteja de volta.

Bom, não foi só Veronica que veio nos ver, todos nossos outros amigos também apareceram. Os gêmeos aparentavam ser calmos, acordando para mamar e dormindo novamente, Scarlett se demonstrou mais esfomeada do que Henry, Arizona tinha razão sobre sua preguiça já que nossa garotinha abriu os olhos primeiro.

Os dois tem os olhos cor de mel, nem parecidos com os meus e nem com os de Toni, são mais claros, mas com certeza os mais lindos que já vi. Fiquei o dia inteiro babando nos dois, fazendo vídeo chamada com a Toni – que não parava de nos ligar e mandar mensagem, e me adaptando aos bebês. Katy me auxiliou muito, estava feliz em ter minha sogra por perto. 

Na noite de sexta para sábado senti saudade da minha mulher, quem ficou comigo foi Sabrina, mas ela não sabia me ler como a Toni, entender quando estava realmente cansada ou precisava de alguma coisa. Minha esposa me deixou mal acostumada ao dar-me o que quero sem ao menos pedir, não era culpa da minha melhor amiga.

Tivemos uma noite um pouquinho mais agitada, Henry não ficou tão calminho esperando Scarlett mamar e me obriguei a colocar os dois um em cada seio de uma vez só, ainda bem que deu certo.

×××


— Amor, eles estão dormindo, já falei.

Continuei a argumentar com a Toni por video chamada, enxergava minha esposa pela tela do celular, a mesma estava vestida com sua roupa para lutar e no local onde disputaria pelo cinturão, esperando a hora da luta.

— Quero ver, por favor. 

Implorou fazendo um beicinho.

Levantei da cama, indo até os berços e mudando a câmera do celular para poder filmar os dois. Scarlett e Henry tiravam mais um cochilo após amamentarem. 

— Viu? 

Troquei novamente a câmera.

— Eles são tão lindos, Cherry. – murmurou, suspirando. — Estou com tanta saudade.

— Amor, você está bem para a luta? 

Sentei novamente na cama, me sentia novinha em folha.

— Ótima, vou ganhar, não se preocupe. – sorriu. — Vai me assistir?

— Claro! Veronica vai ficar comigo hoje, iremos assistir juntas.

— Ah, que saudade de vocês.

Grunhiu, acabei rindo. 

— Daqui a pouco estará com nós e será por tempo indeterminado

Toni sorriu, concordando.

Nós conversamos por um longo tempo, estava mais uma vez sozinha no quarto a espera de Veronica. Só me despedi da minha esposa quando foi chamada por Mackenzie para fazer um aquecimento, assim que desliguei a chamada minha melhor amiga adentrou o quarto com duas sacolas de guloseimas dizendo que iríamos nos divertir.

Aproveitei para tomar um banho já que poderia ficar de olho nos gêmeos, o tempo foi passando e o horário da luta chegou, incrivelmente na hora que Toni foi chamada pra subir no octógono os gêmeos acordaram para serem amamentados.

Tive os dois um em cada peito novamente.

— Você sabe que não vai conseguir amamentar eles assim pra sempre, não é? Só consegue porque são pequenos. 

Veronica falou ao meu lado.

— Silêncio, Ronnie. – a repreendi, segurando meus bebês com mais firmeza. — A Toni vai lutar.

Fixei o olhar na televisão do quarto, não era nem de perto uma televisão de última geração, mas conseguiria ver minha esposa ganhar ou não o cinturão. Peaches estava a sua frente, as duas pulando no mesmo lugar até o apresentador anunciar a luta. 

It's Time!

Assim que o ouvi dizer, o meu coração acelerou feito louco enquanto acompanhava as duas se aproximarem. No canto da tela conseguia ver Mackenzie gritando com Toni enquanto a mesma tentava desferir golpes em Peaches que desviava com mestria. 

A cada golpe que a minha lutadora escapava era um suspiro de alívio, o primeiro round acabou sem nenhuma das duas estar realmente machucada. Quando iniciou o segundo, Toni fez de tudo para levar a luta para o chão e quando conseguiu, imobilizou a Peaches com facilidade obrigando sua adversária a pedir desistência.

— Meu Deus, ela ganhou!

Comemorei, talvez alto demais porque os bebês que ainda amamentava se assustaram, expressando um choro, entrei em alerta trocando um olhar com Veronica que rapidamente pegou a Scarlett. Cobri meus seios e fiquei com Henry, o embalando para acalma-lo, minha acompanhante fazia o mesmo com a garotinha. 

— Veronica, ela ganhou o cinturão. 

Não conseguia expressar minha felicidade.

— E nós ganhamos dois bebês chorando. 

Veronica respondeu, revirei os olhos. 

Henry foi mais fácil de acalmar enquanto Scarlett só parou de chorar quando voltou para meu peito, concentrei minha atenção na televisão novamente já que Toni receberia o cinturão e falaria algumas palavras como sempre. 

— Eu queria muito esse prêmio de volta, mas quase desisti dele porque nasceram os meus maiores tesouros e é por eles que ganhei essa luta. Cheryl, Scarlett, Henry... Eu amo vocês, estou voltando com o cinturão, amor! 

Comemorou no microfone.

Abri um sorriso largo quando a câmera focou em seus castanhos brilhando como nunca, havia alguns ferimentos em seu rosto, mas não me importava. Agora sim, minha felicidade ficou completa.

×××


Não consegui dormir a noite, sabia que a qualquer momento durante a madrugada teria a Toni entrando por aquela porta e a ansiedade falava mais alto do que o sono. Veronica parecia desmaiada na cadeira de acompanhante e os gêmeos da mesma maneira, fiquei contando os minutos desde que minha esposa me enviou uma mensagem dizendo que estava voltando.

Nem permaneci mais deitada, não adiantaria de nada, me posicionei perto dos berços observando meus bebês tão tranquilos que parecia um sonho. Quando a porta arrastou devagarinho, rapidamente olhei para o local, o sorriso poderia rasgar meu rosto ao ver Toni adentrar silenciosamente. 

Caminhei até ela, chocando nossos corpos.

— Amor, você venceu... 

Sussurrei, ela sorriu.

— Venci por vocês, Cherry. – beijou meus lábios. — Não consegui comemorar direito, precisava sentir você e ver os meninos, e...

— Ei, calma. 

Acariciei seu rosto.

— Nós estamos aqui. – fixei o olhar no seu. — Sei que parece um sonho, mas é tudo tão real, Toni.

— Quase não acredito, sabia? 

Suspirou, abraçando minha cintura com mais força e afundando o rosto em meu pescoço. Retribui ao abraço cheio de emoção, só ficou ainda mais quando Toni fungou demonstrando seu choro, molhando meu ombro com suas lágrimas.

— TeeTee... – deslizei meus dedos por sua nuca. — Está tudo bem, amor. 

— É só que... – me encarou, olhos banhados em lágrimas. — O antidoping, a perda do meu pai, nem sei como consegui passar por tudo isso... Se não fosse você, Cherry.

— Não tenho nada haver com isso, você que é incrivelmente forte. 

Selei nossos lábios devagarinho, Toni respirou fundo acalmando o choro ao deitar a cabeça em meu ombro novamente. Continuei com o cafuné em seus cabelos, desviando o olhar para Veronica que se remexia na poltrona. 

— Olha só se não é a campeã do UFC.

Minha melhor amiga sorriu ainda sonolenta. 

Toni se afastou de mim apenas para receber um abraço de Veronica, depois disso a perdi para nossos bebês porque a lutadora só tinha olhos para eles. Babando nos gêmeos dormindo. Não tive outra opção a não ser abraça-la de lado e contemplarmos a nossa mais nova paisagem juntas. 

— Nossos filhos são perfeitos.

Ela comentou, olhos fixos nos bebês.

— Não posso discordar.

Sorri, Toni fez o mesmo beijando os meus lábios.

Toni Topaz – Point Of View

Finalmente chegaria em casa com meus bebês, quando Cheryl recebeu alta junto com os gêmeos já era início da noite, coloquei os três no carro e partimos para nosso lar. Não via a hora de nos acomodarmos e poder descansar. 

Quando estacionei na garagem, estranhei ver algumas luzes acesas, mas talvez minha mãe tenha esquecido. Desci com Henry no bebê conforto e Cheryl com Scarlett, haviam bolsas para pegar, mas deixaria os bebês e minha esposa confortáveis primeiro. 

Caminhei alguns passos a frente, passando pela a cozinha e chegando na sala. Assim que pisei naquele cômodo, percebi que não estávamos sozinhas. Não houve um grito de surpresa – principalmente por causa dos gêmeos, mas todos nossos amigos estavam ali junto de um faixa de “bem vindos” e outra de “campeã”.

— Não acredito... 

Murmurei, negando.

— Mãe! – a repreendi ao vê-la, só podia ser coisa dela. — Sabe que a Cheryl precisa descansar.

— Na verdade, foi ideia minha. 

Cheryl parou ao meu lado, encarei seus castanhos.

— Merece uma comemoração, TeeTee. – balançou os ombros. — Aliás antes das dez todo mundo estará fora de nossa casa.

Piscou.

É claro que ela colocou regras

Sorri, recebendo um beijo seu antes de meus amigos se aproximarem para me parabenizar e babar nos gêmeos. Os dois continuavam a dormir, felizmente o sono dos dois bebês é ótimo e nada agitado.

— Ei, não toquem neles! 

Cheryl repreendia nossos amigos.

Estávamos todos na sala, os dois ainda em suas respectivas cadeirinhas e posicionados acima do sofá. Minha esposa apareceu com um frasco de álcool gel.

— Só pode tocar se estiverem higienizados. 

Passou em um por um, despejando um pouco de álcool na mão deles, todos obedeciam a ruiva, esfregando as palmas para poderem tocar nos bebês. 

— Você. 

A segurei pelo pulso quando passava em minha frente, puxando seu corpo para cair no meu colo, Cheryl soltou um gritinho de surpresa, mas sorriu ao entrelaçar os braços em meu pescoço.

— Obrigada por isso.

— Merece, TeeTee. – deslizou uma mecha de meu cabelo para trás da orelha. — Você foi incrível nesses meses, sendo uma ótima esposa, lutadora e agora mãe. 

Sorriu, suspirei.

— Não conseguiria sem você.

— O mérito é seu. – beijou meus lábios. — Eu te amo.

— Eu amo você. 

Declarei, tocando em seu rosto e grudando nossos lábios novamente.

Aquela foi nossa primeira noite em casa, com todos nossos amigos querendo pegar os gêmeos, a casa movimentada e resultando em um cansaço das duas partes. Ninguém teve coragem de colocar os bebês para dormir em outro quarto e no berço mesmo com a babá eletrônica.

Na primeira noite, Scarlett e Henry dormiram em nosso meio, por quase todo o período e acordando para amamentar somente duas vezes.

Mas é claro que não seria assim pra sempre.

×××


É normal ter dificuldades no início da vida materna, mas estava feliz em ter Cheryl ao meu lado, essa mulher estudou durante toda a gravidez para ser mãe. A cada duvida minha, cada ação errada ou expressão dos bebês que não entendia, a ruiva tinha a resposta. Hoje estou agradecendo por minha esposa ter matado tanto tempo lendo livros e artigos sobre recém-nascidos. 

O primeiro banho, dessa vez sem auxílio de enfermeiras como havia sido no hospital, agora era somente eu e Cheryl, junto dos gêmeos. E Debora que estava de prontidão para qualquer grito de socorro.

— Está vendo, TeeTee? Não é difícil. 

Minha esposa segurava Scarlett na banheira, a mesma usou do termômetro pra ter a temperatura perfeita da água para eles. Com Henry nos braços, observava com atenção seus movimentos.

— Você gosta de banho, bebê? 

Cheryl sorria para nossa menininha. 

— Espero que o seu irmão goste também.

Falei, desviando o olhar para Henry que cochilava em meu colo. O garotinho demonstra ser mais calmo que a irmã, Scarlett é mais inquieta, sempre a primeira a acordar e seu choro acaba despertando o mais velho. Apenas alguns dias e já conhecemos suas diferenças.

— É a vez de vocês. 

Cheryl anunciou, enrolando Scarlett em uma toalha branca com detalhes de cereja. Caminhei com ela até o quarto para despir Henry, estávamos usando o banheiro de nosso quarto por ter banheira.

— Será que não é melhor entrar na banheira com ele?

Perguntei a ruiva que passava talco em nossa garotinha, o menino a minha frente não se incomodava em ser despido. Cheryl abriu um sorriso enquanto negava.

— Amor, é fácil. – falava comigo enquanto vestia Scarlett. — O Henry é calminho, provavelmente vai adorar banho também. 

— Ele pode escorregar. 

Alertei, Cheryl suspirou.

— Vou levar a Scarlett pra Debora e volto pra te auxiliar, ok? – me encarou, pegando a menina já vestida no colo. — Vai colocando ele na banheira, sei que você consegue.

— Tudo bem...

Murmurei, observando as duas saírem do quarto. Me concentrei no Henry, retirando sua fralda descartável e o deixando completamente nu. 

— Agora somos eu e você, vai me ajudar, certo? 

Encarei o garotinho suspenso por minhas mãos. 

Suspirei, carregando o pequeno para o banheiro, agachei-me a frente da banheira da mesma maneira que minha esposa e coloquei Henry na água devagarinho, sem nunca deixa-lo de segurar. Foram cinco segundos perfeitos até ele se dar de conta do que estava acontecendo e começar a chorar.

— Henry, é só água, filho.

Conversei com ele, nada de me dar ouvidos.

— O que houve? 

Cheryl apareceu como um anjo.

— Eu dou banho na Scarlett da próxima vez. 

— Ok, deixe comigo. 

Não protestei, colocando Henry em seus braços assim que me pediu. Fiquei parada ao lado deles, Cheryl o molhou aos poucos antes de colocar por completo na água, passando as mãos nele em um carinho. Adivinha? O safadinho não deu nenhum piu. Encostei minha cabeça na parede observando a ruiva ensaboa-lo.

— Não é justo eles serem tão apaixonados por você.

Resmunguei.

— Na verdade, como posso culpa-los? Sou tão apaixonada quanto. 

Cheryl abriu um sorriso, balançando a cabeça enquanto iniciava uma conversa com nosso bebê. Eu era mesmo sortuda de tê-los. 

×××


Sabia que o sono dos gêmeos não seria completamente regulado para sempre, no início eles acordavam somente duas vezes a noite para amamentar, agora... Estavam trocando o dia pela noite. 

Com um mês de vida, os dois dormiam em seus berços, tinham consultas com Arizona e tiravam nosso sono! A pediatra disse ser normal, que provavelmente eles regulariam novamente, mas já faziam duas semanas que estávamos nessa rotina cansativa. Era só ouvir a babá eletrônica, para movimentar-me junto de Cheryl na cama.

— Tudo bem, eu vou.

Falei, levantando. 

— Tem certeza? 

A ruiva perguntou, afundando o rosto no travesseiro.

Havia apenas um chorando e era Scarlett, já sabemos até mesmo diferenciar o choro um do outro.

— Se ela estiver com fome trago pra você. 

— Obrigada.

Cheryl murmurou, fechando os olhos.

Peguei aquele aparelho, deixando um beijo na bochecha da minha esposa antes de caminhar para o quarto dos gêmeos. Eu sabia que pra Cheryl era mais cansativo, já a ouvi dizer que nossos bebês conseguem sugar sua energia pelo seu peito, cada um deles amamenta no mínimo sete vezes ao dia. Ah, e tem o Henry que gosta de parcelar aumentando ainda mais vezes, ele não suga o suficiente e minutos depois está com fome novamente.

— Hey, meu amor.

Peguei a ruivinha em meus braços.

— Fica calma, vai acordar seu irmão.

Conversei com ela, dando alguns passos para longe dos berços e iniciando um balanço, pra lá e pra cá. Posso dizer que Scarlett tem a aparência da minha esposa, por mais impossível que possa ser o seus cabelos e sobrancelhas ruivas, os lábios cheios e algumas marcas do rosto lembram a Cheryl. Inclusive, acho que terá o temperamento da minha mulher, essa garotinha se não tem o que quer na hora, acaba chorando até conseguir.

— TeeTee. 

Levantei o olhar com o chamado, Cheryl estava parada na porta do quarto.

— Vamos pra cama, ela já parou.

Ah, mas eu gosto tanto de ter ela no meu colo! 

Suspirei, devolvendo Scarlett para o berço, a garotinha agora estava mais calma e em um sono tranquilo. Deixei um beijo nela e em Henry, caminhando na direção da minha esposa.

— Por que você veio? Poderia ficar dormindo.

— Sabe que não consigo. – deitou a cabeça em meu ombro enquanto íamos para nosso quarto. — Sinto sua falta na cama e fico preocupada com os bebês. 

— Eles estão bem agora.

Beijei seu rosto, trazendo a ruiva para nosso colchão e posteriormente para meus braços. Ela aconchegou-se ao enfiar o rosto em meu pescoço, abraçando minha cintura com força.

— Nós estamos conseguindo, não estamos? 

Perguntou baixinho.

— Estamos, Cherry. 

— Que bom, acho que dormirão até de manhã.

— Estou torcendo para isso.

A apertei mais em meus braços, fechando os olhos e ficando em um silêncio absoluto. Nossos respirações calmas eram compartilhadas, estava quase pegando no sono quando mais um choro foi ouvido pela babá eletrônica dessa vez o aparelho que estava ao lado de Cheryl.

— É o Henry. – ela ergueu seu corpo, fiz o mesmo movimento, mas ela me parou. — Tudo bem, eu vou.

Levantou, acompanhei sua caminhada com o olhar, a ruiva parou em um certo momento e me encarou. 

— Ok, vem logo.

Revirou os olhos.

Sorri, caminhando até ela.

A verdade é que nenhuma de nós duas consegue ficar dormindo ou descansar após um dos bebês chorar. Nessa noite, acabamos com os gêmeos em nosso meio, parecia a decisão mais sensata em vez de ficarmos levantando e indo até o quarto a todo momento. Eu estava feliz que conseguíamos lidar com esse início de vida materna, mesmo sabendo que era só o começo...

[ Tic... Tac...

Parece que nada mais pode dar errado, né? 🤗

No próximo capitulo teremos uma passagem de tempo com alguns detalhes do crescimento dos bebês.

Até. ]

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