Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Minha mulher

Santorini, a mais bela cidade da Grécia era o destino das recém casadas. Atravessando a água azul cristalina de barco para chegarem, apreciavam o início do por do sol.

Em meio aos braços da sua esposa, Cheryl avistava as casinhas brancas com telhados azuis em cima dos penhascos, era uma das melhores paisagens que já virá principalmente por aquele sol sumindo entre os tons brancos. Toni a acolhia, desejando que essa fosse só mais um de vários lugares que conhecerão juntas.

No caminho para o Katikies Hotel, admiravam cada detalhe da linda Grécia e de mãos entrelaçadas chegaram ao luxuoso local que passariam duas semanas. Com direito a spa e comida de primeira, Katikies conseguia ser um hotel aconchegante. Toni estava com a chave da suíte, duas malas médias de rodinhas por perto e abriu a porta dando espaço para que sua mulher adentrasse primeiro.

O enorme espaço de dois andares e tons brancos chamado de Honeymoon Suite, tinha um caminho de rosas começando na porta e subindo as escadas em direção ao quarto. A alguns passos da entrada havia uma pequena sala, um sofá com televisão e mais a frente, uma porta que as levava até uma varanda e dava visões do mar agora escuro pela noite caindo.

Cada uma carregou sua mala para o andar de cima, havia menos espaço, mas a decoração branca era a mesma e o caminho das pétalas de rosas ia até a cama, enfeitando os lençóis. Uma porta de vidro lhes dava acesso a uma piscina pequena e coberta, mas do uso somente delas. Cheryl com certeza não via a hora de aproveitar sua mulher por todo local. Toni caminhou para o banheiro, elas sabiam que estaria tudo pronto para a noite de núpcias, haviam pagado por todas as pétalas de rosas, assim como as que estavam na banheira cheia e com água quente. A espuma branca parecia chamar a lutadora para um banho longo com a ruiva.

— Nós temos uma banheira nos esperando.

Toni sorriu ao falar, trazendo o corpo da maior para perto do seu.

— Hum... Seria uma pena deixa-la tanto tempo nos aguardando, é melhor irmos.

O tom de Cheryl era divertido, fazendo a morena sorrir ainda mais ao selar os lábios em um beijo tão calmo que fazia a outra suspirar. Começaram uma caminhada para o banheiro em meio a beijos, retirar peças de roupa e muitos sorrisos das duas partes.

Adentraram a água quente completamente nuas, a espuma branca junto de pétalas lhes cobriam até o peito. A ruiva não perdeu tempo de subir no colo da esposa, arfando com a maneira que seus seios se tocaram e grudando as bocas novamente, agarrando-se aos cabelos rosas para aprofundar o beijo.

— Cherry...

Toni murmurou contra seus lábios, as mãos da ruiva escorregavam em direção aos seus seios, pronta para estimula-los e iniciar uma noite de prazer.

— Amor, vamos com calma.

Continuou a falar, Cheryl a encarou.

— Pensei que lua de mel era...

— E é. – confirmou, rindo fraco. — Mas não estou com pressa, quando ter você como minha mulher quero aproveitar cada pedacinho do seu corpo.

Falou, deslizando a ponta dos dedos por um dos ombros da maior, acariciando o braço e pegando em sua mão, entrelaçando seus dedos para no fim traze-la até os lábios. Beijou os nós de seus dedos, assim como a aliança, um ato que fez Cheryl se derreter a sua frente, só poderia estar vivendo um sonho.

— Desse jeito só me apaixono mais.

A ruiva sorriu ao falar, enlaçando as pernas na cintura de Toni as deixando ainda mais coladas. Sentiu suas costas serem acariciadas pelas mãos da menor, passeando por cada centímetro e arrepiando-a dos pés a cabeça.

— A minha intenção é essa, fazer que se apaixone por mim todos os dias.

— Você nem precisa se esforçar para isso acontecer.

Cheryl falou, focada nos castanhos que a admiravam como se fosse a coisa mais preciosa, mais importante. Via tanta coisa no olhar de Toni, mas principalmente muito amor.

Assim que decidiram sair da água, vestiram os roupões brancos oferecidos pelo hotel e que agora seriam delas. Cheryl não deixou de reparar no "Topaz" gravado em seu lado esquerdo do peito, deixando claro que é oficialmente conhecida com o sobrenome da esposa. Toni pediu para que a ruiva a esperasse no quarto e que pediria algo para comer, depois de uns minutos estava de volta.

— Vamos?

Estendeu a mão para Cheryl, a esperando na porta.

— Achei que comeríamos aqui no quarto.

Seu tom era confuso, mas aceitou de bom grado entrelaçar sua mão na da esposa que apenas lhe deu um sorriso, guiando para o andar debaixo e posteriormente indo em direção a porta que daria na varanda.

Os castanhos da maior brilharam ao ver a mesa redonda a luz de velas, duas cloches, taças e uma garrafa de suco. Um vento bateu contra seus corpos, tinham a visão do mar iluminado apenas pela lua cheia enorme naquela noite, reluzindo contra a água. Toni fez questão de puxar a cadeira, Cheryl sentou lhe agradecendo com um sorriso.

— Você pensou em tudo.

Comentou, provando do suco de uva tão natural que quase lhe lembrava um vinho. Lambeu os lábios, apreciando o gosto da fruta adocicada.

— Queria nosso primeiro dia especial. – segurou a mão da ruiva por cima da mesa. — Minha mulher merece o melhor.

Piscou, beijando o dedo com a aliança. Cheryl sorriu completamente boba, encolhendo os ombros e aproveitando de todos mimos que estava recebendo.

O jantar era uma comida típica da Grécia, não estavam acostumadas, mas tinha um gosto incrível apesar de haver temperos diferentes. Em meio a conversas, risadas, elogios ao país que mal chegaram porém já se encontravam encantadas... Ia ficando cada vez mais tarde.

— Eu amei o nosso casamento. – Cheryl falou, sorrindo ao lembrar de cada detalhe. — Foi maravilhoso, nem me importei muito com o pequeno surto da Betty.

A ruiva bebeu mais um gole de seu suco, levantando as sobrancelhas ao falar da melhor amiga de sua mulher. No fundo, estava se remoendo para não matar aquela loira via mensagens ou ligações. Tinha certeza que se Veronica não a interrompesse, iria dizer que Cheryl não merecia estar com Toni.

— Ela estava bêbada. – deu de ombros. — Nós conversamos um pouco, Betty disse que esperou acabar a residência da Veronica para tomar a decisão, para ver se ela iria lhe dar mais atenção, mas parece que só piorou.

A morena suspirou, Cheryl estava atenta as suas palavras.

— E... – tocou na taça, brincando com a mesma em cima da mesa. — Betty tem quase certeza que Veronica têm outra mulher no hospital.

— Loucura.

Rebateu com rapidez, fazendo a lutadora lhe encarar.

— Veronica disse que ela ficou com tanto ciúmes que criou paranoias em sua cabeça, minha amiga sempre foi fiel a sua.

— Você não tem como ter certeza.

Toni acusou, o olhar de Cheryl estreitou.

— Confio na minha melhor amiga.

— E eu confio na minha.

A menor respondeu como se fosse óbvio, a ruiva rolou seus olhos se negando a começar uma discussão pelo término de um relacionamento que não era o delas. Toni soltou um suspiro, forte e profundo percebendo o clima que acabará de se formar, balançou a cabeça em negação e voltou a segurar uma das mãos da esposa.

— Que tal não conversarmos sobre divórcio em nossa lua de mel?

Arqueou as sobrancelhas.

— Prefiro, esse assunto está proibido.

— Assino embaixo.

Sorriu, fazendo a ruiva a sua frente morder os lábios.

— Alguém vem pegar nossos pratos? – Toni assentiu. — Então, vou subir enquanto os chama, tudo bem?

— Claro, vou ligar para a cozinha.

Cheryl concordou, levantando o corpo e deixando um selinho nos lábios da mulher antes de correr para o segundo andar. Toni ficou confusa com sua pressa, mas preferiu não pensar muito nisso e focar em ligar para o pessoal do hotel.

Os funcionários eram simpáticos, um garçom recolheu a pequena bagunça enquanto trocava algumas palavras com Toni, segundo o mesmo a conhecia das lutas do UFC e era um grande fã. A morena lhe prometeu uma foto, mas apenas no último dia da viagem e com roupas mais adequadas.

Assim que fechou a porta, reparou nas pétalas de rosas ainda no chão, um forçar de garganta a fez levantar o olhar para as escadas, perdendo o ar com a visão de sua mulher. A analisou desde os pés descalços, subindo para as pernas livre de qualquer tecido, a calcinha branca e rendada conjunto do sutiã do mesmo estilo. O robe com detalhes floridos e transparentes, da cor da lingerie caia em seu corpo perfeitamente.

— Você vem?

Cheryl perguntou, a olhando por cima dos ombros enquanto subia as escadas de forma lenta. Toni engoliu a seco, balançando sua cabeça em positivo e obrigando o corpo a reagir, apressando seus movimentos para chegar com a ruiva no quarto.

— Deus, você... Porra! Eu estou sem palavras.

Os dedos tremeram ao tocar na cintura da maior, Cheryl sorriu sabendo de todos efeitos que causa na morena e deslizando o robe por seus ombros, o deixando cair no chão ficando apenas de peças íntimas.

— Tee...

Murmurou, os olhos fechando ao sentir beijos por seu pescoço hora descendo para a clavícula e hora subindo para a orelha onde Toni mordiscava o lóbulo lhe arrepiando inteira.

— Amor. – a chamou mais uma vez, mantendo o rosto da menor entre suas mãos e encarando os castanhos. — Nós podemos... Fazer...

— O que?

— Podemos fazer amor?

Perguntou sentindo o rosto esquentar, Toni sorriu largo ao ouvir as palavras, não haviam mais feito "amor" desde a praia, por vezes pensava que Cheryl nem levava isso a sério, mas vê-la toda envergonhada para pedir pelo momento percebeu ser algo que a marcou.

— Podemos fazer tudo que você quiser, Cherry.

Sussurrou, a mão subindo para tirar uma mecha ruiva que lhe atrapalhava de observar cada detalhe do rosto que não via defeitos. Toni pensava que não poderia se apaixonar mais, mas cada vez era surpreendida a não conseguir colocar em palavras o sentimento que só cresce em seu peito.

— Você é a minha mulher.

Falou mais consigo mesma do que com Cheryl que assentiu, abrindo um sorriso orgulhoso ao apreciar como era bom ouvir Toni lhe chamar assim, ainda demoraria a se acostumar em ser uma esposa, mas não via pessoa melhor para tê-la dessa maneira.

— E você é a minha mulher... Minha esposa.

O tom da ruiva era baixo, quase inaudível para a menor que mordia os lábios ao sentir mãos ágeis desamarrarem seu roupão, subindo para o tecido que cobria os ombros e o escorregando para fora de seu corpo a deixando completamente nua.

— Só minha.

Cheryl voltou a falar, os castanhos queimando por cada partezinha do corpo da morena, com o passar do tempo tinha certeza que a reconheceria só de tocar, cheirar... Nunca se cansaria de Toni. Nunca esqueceria de Toni.

Não quis mais apenas olha-la, esbarrando os lábios nos dela para após alguns segundos junta-los em um beijo. A ruiva segurou em sua nuca, deitando a cabeça da menor para ter a abertura necessária e entrelaçar a língua na sua, iniciando movimentos lentos que deixavam a outra em êxtase.

Cheryl as girou, Toni agora estava de costas para a cama e sentia ser empurrada em direção a mesma. Assim que as pernas baterão no colchão, caiu no mesmo – repleto de rosas, junto da ruiva que desceu os lábios para seu pescoço o beijando com tanta delicadeza que quase lhe fazia cócegas. O gosto da pele da morena estava na ponta da sua língua após lamber o ponto de pulso, deslizando as mãos por todas suas curvas.

— Eu amo seu gosto.

Sussurrou, a bochecha tocando na da outra e subindo para encarar os castanhos de Toni, seu coração disparou em uma ansiedade para tê-la como se fosse a primeira vez.

— Eu amo tanto você, Tee.

Declarou, cobrindo os lábios com os seus novamente. Um beijo lento, mas a língua de Cheryl serpenteando a boca da menor a fazia ficar cada vez mais úmida. A ruiva não precisava de muitos truques para ter a mulher pronta para si.

Toni levou suas mãos a barra do sutiã de Cheryl, o abrindo com facilidade e por fim, separando o beijo para retirar a peça. Encarou os seios bem acima de seu rosto, não contendo a vontade de abocanha-los e o fez, rodeando o mamilo com sua língua e o chupando sentindo-o enrijecer de excitação. A ruiva mordeu os lábios, um gemido escapando por entre os mesmos quando a menor lhe mordiscou apertando com firmeza o seio livre.

Agarrou-se aos cabelos rosadas, a puxando para mais um beijo enquanto movia o corpo por cima do dela, as peles se tocando as faziam ficar cada vez mais excitadas e pedindo por toques. Toni apoiou-se em seus próprios cotovelos, quebrando o beijo e levantando para ficar sentada na cama. Puxou Cheryl para acima de suas pernas, pegando a mão da mesma e colocando sobre seu sexo molhado, ela gemeu sentindo o tesão quase explodir ao toca-la com a ponta dos dedos.

— Devagar, Cherry... – a morena sussurrou. — Vamos chegar lá juntas.

Concordou com as palavras da esposa, voltando a beijar seus lábios enquanto estimulava toda a extensão da sua intimidade. Toni adentrou sua calcinha, repetindo praticamente os mesmos movimentos e as causando gemidos quase sincronizados. Aos poucos, cada uma foi buscando seu próprio prazer ao remexer-se sobre a mão da outra.

A lutadora foi a primeira a ser penetrada, os dedos longos de Cheryl a invadiram de maneira que precisou descolar os lábios para gemer mais alto. Encarou os castanhos, deslizando os dedos para dentro da maior e reparando em cada reação sua ao preenche-la com os mesmos. Iniciaram um vai e vem uma na outra, olhares conectados e corpos tremendo, o suor desenhando suas peles. A medida que uma acelerava a outra fazia o mesmo, alternando entre força e rapidez, fazendo com que praticamente juntas se desmanchassem em um orgasmo.

Respirações ofegantes foram acalmadas com um beijo lento, Cheryl as separou, chupando os próprios dedos e se deliciando com o gosto da mulher a sua frente.

— Fico cada vez mais viciada em você, sabia?

Toni falou, firmando as mãos nas coxas da ruiva e as girando na cama, ficando com o corpo por cima da mesma. Deslizou a mão por toda sua pele até chegar em seu rosto, o acariciando.

— Eu te amo pra caralho, Cheryl. – sussurrou, suspirando e roçando seus lábios. — Vou te provar isso a noite toda!

Decretou, juntando as bocas em mais um beijo.

×××

Os dias que compartilhavam juntas parecia estar voando, visitavam a quase todos pontos turísticos de Santorini, subiram em um castelo antigo onde rendeu muitas fotos tiradas por Toni, visitaram a Fira onde provaram de todos os tipos diferentes de comida da Grécia além de passearem pelo local que mais parecia um labirinto, navegaram pelo mar Egeu e andaram nos Teleféricos onde tinham uma visão linda das paisagens.

Ao chegarem perto do fim da viagem, a programação do dia era envolvendo água, iriam visitar as praias de Mykonos. Toni estava animada para pegar um bronzeado enquanto Cheryl fugia de qualquer possibilidade de ter contato com o sol.

— Amor, por favor...

Toni tentava arrastar a esposa para água.

— Tee, você sabe que não gosto muito do mar.

— Ugh, era só para nos molharmos um pouco, mas tudo bem. – suspirou, arrancando a regata que vestia e ficando apenas com a parte de cima do biquíni. — Vou sozinha.

Deu de ombros.

Por debaixo dos óculos de sol Cheryl assistia ao show – que pensava ser particular, da sua mulher retirando o short e ficando apenas com a parte de baixo do biquíni. A bunda redonda a obrigava a morder os lábios para não abocanhar a pele morena ali mesmo em público.

— Boa tarde.

Uma voz desconhecida soou perto das duas, a ruiva que tinha um livro nas mãos prontamente o fechou, analisando uma loira sarada de cima a baixo. O sorriso enorme que lançava para sua esposa não lhe agradava nem um pouco.

— Desculpa incomodar, eu só quero uma foto...

Ela estava acompanhada, uma garotinha mais nova e aparentando ser sua irmã tinha um celular em mãos. A lutadora concordou de bom grado, os olhos de Cheryl se reviraram. Acontecia frequentemente de pararem Toni, mas era a primeira vez que a mesma estava seminua. E pior, provavelmente saiu na foto de corpo inteiro.

— Estou indo, amor...

Assim que as meninas saíram de seu campo de visão, Toni se aproximou para beija-la antes de ir para a água, o rosto da ruiva virou na direção contrária evitando o contato dos lábios.

— Você tem imã pra loiras saradas.

Resmungou, levantando o corpo da cadeira de praia e jogando o óculos de sol com certa agressividade sobre a mesma. A morena preferiu ficar calada, observando Cheryl retirar sua roupa e se manter apenas de biquíni. Sua mão tocou na da menor quase como um tapa, mas para no final entrelaçar os seus dedos.

— Vamos, antes que venha mais trinta iguais aquela atrás de você.

— Amor. – Toni ria, parando de andar para encarar a ruiva. — Era só uma fã, precisa se acostumar.

— Nunca irei me acostumar com pessoas bajulando a minha mulher.

Toni sorriu, largando a mão de Cheryl para segurar seu rosto.

— Você fica tão linda com ciúmes.

Cheryl rolou os olhos, pronta para desistir de ir para a água, mas sua esposa foi mais rápida ao lhe beijar de maneira que se renderia a qualquer pedido.

Com as mãos entrelaçadas caminharam na areia até chegar ao mar calmo, a água cristalina que fazia enxergar até os próprios pés. Toni nadou um pouco para longe, mergulhando e aproveitando enquanto Cheryl a observava em um local que tinha a água até a altura do peito.

A morena não aguentou ficar muito longe, voltando para perto da esposa e a segurando com firmeza em seus braços. Trocaram beijos, carícias, conversavam sobre quão boa era a viagem e que não estavam preparadas para ir embora. Abraçando sua esposa por trás, Toni cuidava o movimento das pessoas na areia, o queixo apoiado no ombro de Cheryl a mantendo cada vez mais perto.

— Amor, você pode nadar, eu sei me cuidar e...

A ruiva fez questão de deixar claro, percebendo o grude.

— Não vou arriscar.

Interrompeu, forçando mais os braços ao seu redor.

— Arriscar o que?

— O mar te confundir com uma das sereias dele e tentar te levar de mim.

O corpo de Cheryl girou em seus braços, a encarando com a maior cara de boba do mundo enquanto Toni se mantinha séria, negando a qualquer possibilidade de perder sua mulher.

— Juro que luto até com o rei dos mares por você.

Declarou, a ruiva se derreteu por completo.

Pareciam duas adolescentes na flor da idade, trocando os flertes mais bobos e clichês do mundo, mas amavam a sensação de cada vez querer ser mais idiota por sua mulher. No final, uma era pela outra e só confirmaram ao trocarem um longo beijo antes de vários "eu te amo" que pronunciados uma vez só já não parecia o suficiente.

×××

No último dia de lua de mel, a vontade era passar o tempo inteiro andando e aproveitando mais um pouquinho da Grécia, acumulando memorias do pais tão lindo que estavam. Infelizmente não tinham forças para sair do hotel, só de pensar na viagem longa que teriam de volta sentiam seus corpos cansados.

— Olha só, achei que não sairia da cama hoje, princesa.

Toni falou observando a esposa se aproximar da piscina coçando o olho, após almoçarem Cheryl resolveu tirar um cochilo para poder estar preparada para a viagem. A lutadora por sua vez quis aproveitar a piscina privada, com tantos mares lindos, nem desfrutaram de um local que era somente delas.

— E você virou um peixe, não sai da água.

Riu ao falar, sentando na borda e colocando apenas as pernas para dentro. Estava de blusa e calcinha, pensou em entrar na piscina mas havia lavado o cabelo, estava seco e pronto para se despedir de Santorini, não queria ter mais trabalho antes de viajarem.

— Vem cá.

A morena pediu, chamando-a para se juntar a si.

— Não, só irei tomar uma ducha antes de ir.

— Cherry, é nosso último dia...

— O seu tom manhoso não irá me convencer!

Decretou, levantando o corpo ao perceber a aproximação de Toni. Virou as costas para voltar pra cama, mal perceberá que a lutadora lhe seguiu, abraçando-a por trás e molhando suas roupas. A suspendeu, carregando-a em direção a piscina enquanto a ruiva se debatia negando e gritando com a esposa, só parou quando caiu na água junto dela.

Um grito agudo saiu por entre seus lábios ao retornar a superfície, a menor gargalhava ao pensar que Cheryl nunca mudaria, sempre será uma mimada que odeia quando fazem o que ela não quer. E Toni adorava a ver brava por suas provocações.

— Eu te odeio!

Esbravejou, batendo as mãos na água. Não suficiente para expressar sua raiva, encheu a esposa de tapas. Por vezes achava que Toni só poderia ser uma criança por fazer sempre o contrário do que dizia.

— Eu também te amo!

Gritou de volta, segurando com firmeza os braços da ruiva que lhe estapeava. Ainda ria, observando um bico lindo formar nos lábios da mulher a sua frente.

— Escuta só... – escorregou as mãos para a cintura da maior, juntando seus corpos. — Prometo te dar banho quando sairmos daqui, lavar seus cabelos e seca-los.

Cheryl deu de ombros, mantendo a pose e nem ao menos sustentando contato visual com a mesma. Os braços cruzados e pé batendo no fundo da piscina faziam Toni segurar a risada.

— Posso tentar me redimir?

Sussurrou, os lábios indo de encontro a pele do pescoço da maior para distribuir alguns beijos. Toni chupou seu ponto de pulso, deslizando as mãos para a bunda da esposa e apertando a carne. Cheryl se mantinha imóvel, mas os olhos estavam fechados e se recusava a dar qualquer tipo de som para que a morena não percebesse o quanto adorava o contato.

— A última da nossa lua de mel, uhn? – murmurou, subindo os lábios para a orelha da esposa e mordendo o lóbulo da mesma. — Posso?

Toni pediu permissão, a mão no seio da ruiva que automaticamente assentiu, suspirando quando a mesma o apertou com vontade subindo a mão para seu pescoço e trazendo o rosto para perto do seu, os lábios se tocaram. A lutadora tomava controle total do beijo, acelerando os movimentos enquanto guiava sua mulher para a parede mais próxima, prensando o corpo maior contra a mesma. Cheryl gemeu em sua boca, levando as mãos para o corpo da morena e o acariciando por debaixo da água.

O seu sexo pulsou quando os dois seios foram apertados, separando os lábios da lutadora com uma mordida e encarando os castanhos cheios de desejo. Sem perder tempo, Toni enfiou sua mão dentro da calcinha da esposa, os dedos percorrendo por entre suas dobras e no final, movimentando-se sobre seu nervo. Cheryl abriu mais as pernas, afundando o rosto no pescoço da morena e não poupando os gemidos bem no ouvido da mesma. A outra fechou os olhos, aproveitando do som que tanto ama enquanto escorregava seus dedos para dentro dela.

Movimentos de vai e vem frenéticos começaram dentro da ruiva que arranhava a nuca da morena para descontar seu prazer, Toni a estocava com força, indo fundo e lhe alcançando pontos sensíveis. O seu corpo tremia nos braços da mulher, gemendo cada vez mais alto e não conseguindo segurar o orgasmo por muito tempo.

A menor a segurou com mais força quando percebeu seu ápice, Cheryl continuava com o rosto na curva de seu pescoço e parecia que não sairia tão cedo. Agarrada a esposa, normalizava a respiração. Toni a pegou pelas coxas, forçando para que as entrelaçasse na sua cintura e caminhou na água. Levou a ruiva até o ponto mais raso, a água dava no máximo até sua barriga. Sentou a mulher na borda, ficando em meio as suas pernas.

— Ainda me odeia?

Não evitou de provocar em meio a uma risada, recebeu um tapa no ombro de volta o que a fez formar um beiço nos lábios onde ganhou um beijo. Sorriu, sentindo o clima perfeito para ter uma conversa que adiou a algum tempo.

— Quero o banho, cabelo lavado e secado.

Cheryl exigiu, apoiando as mãos atrás do corpo e ficando inclinada. Toni tocou em suas coxas, concordando com todas as promessas que havia feito e puxando o ar.

— Amor, hoje é nosso último dia e amanhã estamos voltando...

— Nem me fale. – interrompeu. — Lembrei que Veronica está na nossa casa, só temos um quarto e...

— Cheryl, me escuta.

Toni a interrompeu, não havia mais como adiar e precisava enfrentar o seu maior medo de frente: A própria esposa.

— Você quer conversar?

Franziu a testa, ajeitando a postura e vendo a menor assentir.

— É exatamente sobre o que estava falando... – coçou a nuca demonstrando o nervosismo. — A casa onde Veronica está, ela não é nossa, Cherry.

— O que? Claro que é, Tee.

— Não, é a sua casa e suas coisas.

Toni respondeu de forma rápida, Cheryl não estava gostando nada do rumo da conversa. A maneira que sua mulher falava parecia que nem desejava morar com ela.

— Quer continuar no apart, é isso? Você ainda acha que não estamos preparadas para morarmos juntas?

O tom chateado da ruiva fez Toni suspirar, negando.

— Jamais acharia isso, morávamos praticamente juntas antes do casamento, o apart só tinha minhas coisas, mas a maioria do tempo passei em sua casa e sabe disso.

Nossa casa.

Cheryl a corrigiu.

— Esse é problema, Cheryl. É a sua casa, ok? – tentava ao máximo ser paciente para discutir da melhor forma. — Olha só, a Marina me disse para comprar uma casa em um bairro mais seguro, por causa da minha vida pública e achei que poderíamos ter um local realmente nosso, entende?

— Toni, não vou comprar outra casa. – retrucou. — Tenho dinheiro guardado, a escola me da lucro, mas não vou gastar com casa sendo que já tenho uma!

— Amor, posso comprar qualquer casa que você quiser ou quantas quiser...

— Isso só pode ser piada.

Balançou a cabeça em negação, levantando o corpo para entrar no quarto novamente. Toni se viu confusa, apressando os movimentos para sair da piscina e seguindo a esposa.

— Você está tentando me comprar.

Cheryl acusou, retirando sua blusa molhada para adentrar o cômodo.

— Cherry, não é isso...

Toni sussurrou, percebendo que sua mulher havia entendido errado. Talvez realmente tenha usado palavras completamente distorcidas, ensaiou tanto essa conversa, todas as possíveis respostas e retruques de Cheryl, mas mesmo assim se viu desprevenida. A morena a acompanhou até o banheiro, o silêncio entre o casal deixava claro que o clima era péssimo. A ruiva nunca cogitou sair de sua casa, quem dirá do seu bairro. Achava a proposta de Toni um absurdo.

Enquanto Cheryl tomava banho, completamente nua na banheira que ainda enchia, a lutadora se via encostada na parede próxima a observando ensaboar o corpo que a poucos minutos sentia em seus dedos.

— Já pode lavar meus cabelos.

O tom duro assustou a menor que pulou no próprio lugar, rapidamente se livrando do biquíni que vestia e adentrando a banheira. Sentou nas costas de Cheryl que inclinou a cabeça para trás, o silêncio permaneceu enquanto Toni lhe massageava os fios agora cobertos de espuma. Tentava achar as palavras certas para explicar o porque comprar uma casa, mas era como se todas fossem erradas. Sua esposa poderia ser teimosa quando quisesse, e sabia que dessa vez ela iria querer ser.

— Cherry...

Murmurou a chamando, pegou o chuveirinho e espalhou água nos cabelos ruivos. Cheryl não esboçou nenhum som, estava brava por Toni pensar que a ganharia lhe oferecendo os seus milhões de dinheiro. As duas tinham condição financeira ótima, mas era óbvio que após ganhar tantas lutas a morena havia conseguido um patrimônio muito maior.

— Olha, eu só quero um cantinho nosso...

Toni começou, buscando coragem para continuar enquanto espalhava o condicionador nos cabelos da esposa. Abraçada aos joelhos, Cheryl apenas a ouvia.

— Não estou tentando te comprar, eu juro. Marina me disse para adquirir a casa e te fazer uma surpresa, mas sei que odiaria morar em um lugar que não conhecesse cada detalhe antes. Quero que façamos tudo juntas, desde a escolha do local até os móveis, vai ser o nosso lar, Cheryl.

Encerrou, um silêncio instalou-se no banheiro e era quase torturante para a menor. No fundo, a ruiva até achava que Toni tinha razão, mas não via motivos para tanta pressa pra sair de sua casa, ela mora lá a mais de três anos. Não poderia desapegar tão facilmente, não quando sempre idealizou sua esposa morando junto.

— É o último dia de lua de mel, não quero perder nosso tempo brigando por algo que provavelmente não irá nos levar a nada. – falou tudo tão rapidamente que Toni se esforçou para não perder nenhuma palavra. — Será que podemos esquecer esse assunto por enquanto?

— Tudo bem, Cherry.

A lutadora concordou, esquecer o assunto por enquanto era melhor do que "não iremos comprar de jeito nenhum" que era uma das respostas que Toni tinha em mente que Cheryl poderia pronunciar. Era melhor mesmo deixarem em aberto por um tempo, quem sabe aos poucos a ruiva ceda a sua proposta.

— Eu amo você.

Sussurrou após terminar de lavar as madeixas ruivas, um pouco insegura envolveu o corpo da esposa por trás a mantendo em meio as suas pernas e beijando o ombro da mesma.

— Me desculpe se te ofendi de alguma maneira...

— Não precisa se desculpar. – Cheryl a interrompeu, afastando-se um pouco para poder encarar os castanhos. — Eu te amo muito.

Selou os lábios demoradamente, apenas para concretizar que estava tudo realmente bem entre elas. Separou ficando a poucos centímetros de sua boca, provocando-a ao afastar sempre que a morena tentava um beijo, Cheryl sorriu, dando dois tapinhas no seu rosto para sussurrar:

— Agora se lave porque você precisa secar meus cabelos. – Toni resmungou como criança. — Ninguém mandou me jogar na piscina.

×××

[ Primeira briga de muitas?

No próximo teremos um pouquinho de beronica... ]

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro