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Meu único amor

Toni Topaz – Point Of View

Se havia algo que odiava era brigar com Cheryl, já fazia algum tempo que não discutíamos dessa maneira. Sempre que nos desentediamos a reconciliação vinha rápida com conversas e muitos pedidos de desculpas das duas partes, quase sempre coisas irrelevantes, bobagens.

Dessa vez era diferente, embarquei em um avião sem ter nenhum contato, nenhum “eu te amo”. Sabia que minha esposa era orgulhosa o suficiente para não dar o braço a torcer, se manter com a razão e ignorar a vontade de me procurar. Por ser o oposto da ruiva, as vezes mesmo estando errada fui a primeira a pedir desculpas, porque sinto tanto sua falta que acho inútil ficarmos bravas por certas coisas e perdemos o tempo precioso que temos juntas.

Bom, hoje não seria assim. Eu estava brava, de verdade e com razão. Ela não poderia me esconder Maeve desse jeito como se não fosse estar sempre por perto, no mesmo local e trocando palavras, como se nunca fosse encontra-la. Pior, deixou-me ter contato com a garota sem que tivesse consciência que estava falando com alguém que já havia tido minha mulher na cama, isso era o cúmulo.

— Toni, você vai ficar bem? 

Marina me olhou, antes que saísse do carro para adentrar seu apartamento.

— Sim, nos encontramos amanhã.

— Ok, boa noite.

— Boa noite.

Dei meu melhor sorriso para a assessora, observando a porta se fechar e o motorista dirigir para meu antigo prédio. Encostei a cabeça na janela, não havia contado nada, nem para Marina e muito menos para minha mãe que encontrei antes de vir. Apenas disse que queria viajar para Los Angeles logo e me calei.

Era o meu jeito de lidar com o momento, é claro que não queria sair sem dar um último beijo em Cheryl, olhar nos seus olhos e dizer o quanto a amo, mas simplesmente não consegui. Me sentia tão enganada que se saísse algo de minha boca seriam xingamentos e acusações que me arrependeria, algumas até já estou me arrependendo de não ter ficado muda.

Falar no calor do momento nunca é uma boa opção, você não pensa e apenas sai falando o que vem sem filtrar. As insinuações que fiz sobre não confiar em Cheryl foi uma delas, nunca estaria junto dela se não tivesse segurança sobre nós.

É, talvez eu tenha sido uma idiota.

Tentei não focar os pensamentos em nossa briga, quando cheguei no apartamento fui direto ao banho, um longo e relaxante banho. Deitei em minha cama, sentindo o vazio de não ter Cheryl e nem Lion, eles ocupam quase todo o colchão deixando apenas uma sobra para mim. Provavelmente em algum momento teremos que banir o cachorro de nossa cama porque não terá espaço para ele.

Sem fome, cansada e com certeza com saudades da minha ruiva. As horas passavam e o sono não vinha, teria que encontrar Marina cedo amanhã e mesmo assim não conseguia pregar o olho. Com o celular em mãos, vi fotos e vídeos, matando a saudade daqueles dois que não via a poucas horas. Sentia meu coração apertado, não desejando mais estar brigada com Cheryl estando longe. O aparelho marcou 3:15 da manhã, quando comecei a digitar seu número e foi também, quando recebi uma chamada sua. 

O “Cherry” brilhando em minha tela junto de uma foto da ruiva sorrindo diretamente para a câmera fazia o meu coração saltar no peito. Porra, Cheryl, eu sou completamente apaixonada por você. Suspirei, atendendo a ligação.

Ouvi sua respiração do outro lado da linha, mas nenhum som além disso. Fechei os olhos por alguns segundos, ela ainda era orgulhosa o suficiente para esperar as primeiras palavras serem minhas. Não dessa vez. Não irei me render. Se você pode ter orgulho, eu também posso. Contei uns triste segundos, até a escutar suspirar na linha.

— Não consigo dormir sem você. 

Murmurou tão baixo que quase não ouvi. 

— Também estou com dificuldade. 

— Você chegou bem? 

— Cheguei sim.

Respondi brevemente, o silêncio se instalando entre nós novamente. 

— Toni, eu não quero ficar desse jeito. – choramingou, o meu coração ficou pequeno no peito. — Juro que teria te contado antes, devia ter feito sexta assim que cheguei da escola, só que não queria te magoar, estragar seu dia, você estava tão animada depois daquela semana conturbada... – puxou o ar por falar tudo tão rápido. — Ela não significou nada pra mim, Tee. Você precisa acreditar.

Fechei os olhos com força.

Eu acredito, de verdade. 

O problema é que sempre fui a única de Cheryl, a única por quem se apaixonou, a única namorada e a única esposa. Saber que teve alguém que chegou perto de conseguir uma dessas coisas não pode ser um nada, Maeve deve ter a conquistado de alguma maneira para ter dois meses junto da minha ruiva. Eu sei, a conheço para ter noção que essa garota não é qualquer uma e não tenho como explicar o quanto isso me incomoda, me ameaça e definitivamente me deixa insegura. 

— Amor?!

Ouvi sua voz incerta do outro lado.

— Eu... Estava pensando. – confessei, encarando o teto. — Fiquei chateada que não me contou, mais ainda que a conheci sem saber quem realmente era, entende? Morri de ciúmes, me deu raiva e... Falei coisas que não devia então, me desculpa. 

— Só se você me desculpar por não ter contado antes.

— Desculpo, Cherry, sei que não teve maldade.

— Que bom que sabe. – suspirou. — Era para termos nos despedido melhor, nem terminamos nosso beijo...

— Estou morrendo de saudade, falar sobre isso não ajuda.

Confessei, fechando os olhos para imaginar a ruiva deitada em nossa cama, corpo esparramado e talvez junto de Lion, é possível que tenha deixado nosso cachorro para o lado de fora.

— Adivinha o que estou vestindo.

— Nada?! 

Sugeri, ela riu.

— Não. Roupas suas, seu cheiro está nelas. 

— Humm... – murmurei, imaginando o quão linda deve estar. — Agora me deu inveja, queria sentir seu cheiro. 

— Você não abriu sua mala, não é?

Perguntou aleatoriamente, franzi a testa.

— Eu disse que tinha roupas aqui.

— Mas nenhuma minha. 

— Você colocou roupas suas? 

Meu tom era esperançoso. 

— Vá conferir. 

Pediu, abri um sorriso.

Levantei da cama ainda com o celular na orelha, minha mala estava intacta. Abri a mesma, vasculhando por entre as roupas até achar uma camisa vermelha e com uma cereja estampada. Era uma das favoritas de minha esposa. 

— Está com seu perfume.

Falei, afundando o nariz no tecido e sentindo perto.

— Achei que seria injusto ter um closet inteiro com roupas suas e você sem nenhuma minha, é um jeito de matarmos a saudade.

— Você é incrível, Cherry. 

Sussurrei, deitando na cama novamente agarrada ao tecido vermelho o mantendo perto de minhas narinas, me embriagando com seu cheiro que tanto amo. 

— Agora me deu até um sono...

— Você quer dormir, amor? 

— Quero, mas não desliga, por favor.

Pedi, fechando os olhos ao virar de lado e colocando o celular no viva voz para posiciona-lo a frente do meu rosto, dando-me liberdade para segurar o tecido vermelho com as duas mãos.

— Pode cantar para mim? Até pegar no sono. 

— Pra você e pro Leo que está me olhando, deve estar perguntando onde você está.

— Você deixou ele dormir com você. – sorri ao falar. — Pensei que o manteria longe. 

— Até tentei, mas ele é insistente como você. 

Fingiu uma falsa irritação.

— Cante para nós, Cherry.

Pedi, aconchegando-me na cama e a ouvindo respirar com mais força. Houve um silêncio por alguns segundos, até finalmente começar a escutar minha esposa soar como um anjo do outro lado da linha...

— Eu lembro quando te conheci, eu não queria cair. Eu senti minhas mãos tremendo porque você parecia tão bonita. – um sorriso tomou conta de meu rosto, enquanto sentia o sono chegar e a voz de Cheryl preencher meus ouvidos. — Eu lembro quando você me beijou, eu sabia que você era a única e apenas minhas mãos tremiam quando você tocou minha música favorita. 

Abri os olhos por alguns segundos, apenas para ter certeza que meu celular se manteria ligado, a bateria ainda duraria e poderia cair no sono sem preocupações.

— Eu não sei porque mas toda vez que eu olho nos seus olhos, eu vejo milhares de estrelas cadentes e sim, eu te amo. Eu não posso acreditar que toda noite você está ao meu lado. 

Minhas pálpebras pesaram, a voz de Cheryl parecia me acalmar ainda mais e fazer o sono chegar mais rápido. Aconcheguei-me no colchão, desejando que fosse a ruiva em meus braços e não sua camisa, mas soube que teria sonhos bons com nós ao escutar baixinho do outro lado a última parte que me lembro:

— Prometo que ficarei até a manhã e buscá-la quando você está caindo, quando a chuva fica difícil, quando você já teve o suficiente, eu só vou te tirar do chão te fixar com meu amor... Meu único amor. 

×××

 
Os dias em Los Angeles sempre passavam mais rápidos e agradecia por isso, significava que voltaria o mais depressa possível para a minha esposa. Nós trocamos mensagens frequentemente perguntando sobre o dia uma da outra, nos mantendo informadas do que acontece aqui e em Seattle. O assunto Maeve não foi mais tocado e preferia assim, estar longe já me deixava insegura o suficiente. 

Aparentemente Nicholas sabe que será pai e está mais bobo do que quando conseguiu os aparelhos vídeo games recém lançados. No fundo, confiava que seria uma ótima figura paterna e Sabrina com certeza tem sorte de tê-lo como parceiro. 

Aqui os compromissos não paravam, Marina conseguiu fotos, propagandas, entrevistas... Eu estava novamente nos holofotes, vivendo com a mídia em minha cola por uma semana. Sinceramente não via a hora de voltar, mas é claro que não poderia deixar de passar em minha antiga academia para ver Dimitri.

— Minha campeã! 

Sorriu ao me ver, levantando da cadeira e se aproximando para abraçar-me. Retribui com tanto afeto quanto ele, sentia saudade do meu treinador, de seus conselhos e experiências que podia usar até mesmo na vida pessoal.

— Como você está? 

Indicou a cadeira a frente de sua mesa. 

— Poderia estar muito melhor. – suspirei ao sentar. — Seattle não é o melhor lugar para achar um treinador.

— As coisas estão difíceis? 

— Sim, lá não é Los Angeles. – revirei os olhos ao falar. — É complicado para mim, aqui conhecia todo mundo e tinha contatos, lá mal sei quem faz os treinos comigo. 

— Entendo. – balançou a cabeça. — Mas no começo é assim, você já tentou os contatos que te dei?

— Todos, nenhum se adaptou a meus modos. 

Bufei ao falar.

— Não pode mesmo ir pra Seattle?

— Não, Toni. – lamentou, apoiando as mãos na mesa e me encarando. — Aliás, você precisa de um treinador o mais rápido possível.

— Preciso? 

Franzi a testa, ele assentiu.

— Estou treinando a Peaches, ela está no topo e... – puxou o ar parecendo tomar coragem. — Pode te desafiar para disputar o cinturão.

— Você e a Peaches? 

— Nós vamos contatar você daqui dois meses e provavelmente terá uns três meses para treinar após ser anunciada. 

Explicou, pegando-me completamente de surpresa. Lutar não era problema, mesmo estando fora de forma ainda confio no talento que tenho, mas lutar contra Peaches... Pior, contra Dimitri. Era realmente uma informação que precisaria de algum tempo para digerir.
 

Cheryl B. Topaz – Point Of View

Os dias sem Toni eram cansativos. Chegava em casa e não a via, as minhas energias que eram carregadas ao vê-la, agora se esvaziam ainda mais. Nem sabia que era tão dependente da minha esposa, mas claramente sou, percebi ao passar dos dias quando fiquei mais mau humorada e vivendo para ter um pequeno contato com ela. 

Na segunda-feira, dia da volta da minha lutadora, até acordei sorrindo. O humor melhorou um pouco ao saber que no final do dia a teria em nossa casa e não via a hora. Ocupei minha mente o dia todo, precisava que o tempo passasse rápido, mas era normal que ao final do expediente as coisas ficassem mais devagar pelo encerramento das aulas.

— Sabrina, como você está? 

Perguntei ao encontra-la na recepção. 

— Estou bem. – deu de ombros. — Fora os enjoos, o sono com mais frequência e os hormônios a flor da pele... Estou bem.

— Ah, com certeza está. 

Uma risada escapou por meus lábios. 

— Ainda é difícil acreditar que estou carregando um ser humano. – colocou a mão sobre a barriga. — Mais ainda que Nicholas é pai.

— Você está o subestimando.

— Eu sei, ontem ele queria comprar roupas sendo que nem sabemos o sexo. 

Nós rimos.

— Vocês dois serão ótimos pais.

A confortei.

— Olá, meninas. – Maeve chegou junto de nós, chupando um pirulito. — Qual o papo? 

— Gravidez. 

Sabrina respondeu, sorrindo.

— Eca.

Franziu o nariz.

— Você provavelmente nunca vai querer casar ou ter filhos, não é? 

Arqueei as sobrancelhas para a mais nova.

— Eu conhecia uma ruiva que também não. – colocou o pirulito na boca, fingindo pensar. — Mas adivinha? Encontrei ela esses dias e está até casada.

— As pessoas mudam, Maeve... Elas crescem.

— Como vocês conseguiram me esconder por dois meses? 

Sabrina divagou em meio a nossa pequena discussão, franzindo a testa ao intercalar o olhar entre nós duas. A loira sempre foi muito próxima a Maeve, elas estudavam na mesma faculdade e viviam juntas depois que me formei, foi difícil esconder nosso rolo.

— A gente não precisa falar disso, faz tanto...

— Eu até contaria.

Maeve me interrompeu, dando de ombros.

— Mas a ruiva disse que fecharia as pernas se eu falasse. 

— Isso é sério? 

A encarei, Maeve riu estalando o pirulito ao retira-lo da boca.

— Então, realmente foi você que quis me esconder. – Sabrina me analisou. — Estou decepcionada. 

— Não quero voltar nesse assunto, é passado. 

— Um passado bem gostoso.

Maeve me olhou de cima a baixo, remexendo aquele pirulito na boca e fazendo com que revirasse os olhos, caminhando para a minha sala sem ao menos avisar as duas que as deixariam sozinhas. O jeito dessa garota realmente me tira do sério, pedi profissionalismo e respeito, mas provavelmente nem sabe o significado dessas palavras. 

Adentrei minha sala, em busca da minha bolsa e recolher todos meus pertences que levaria para casa. Quero chegar e ver minha esposa, beija-la até que me falte o ar, matar saudade de tudo nela. 

— Você fica abalada com as palavras da Maeve ou é impressão minha? 

Sabrina me seguiu, parando a frente da minha mesa.

— Abalada? Eu fico com raiva! Ela não me respeita, Sabrina. Minha vontade é esfregar a aliança em seu rosto pra ver se me deixa em paz.

— Não fique irritada, apenas ignore.

Deu de ombros. 

— É que... – suspirei. — Estou morrendo de saudades da Toni, essa semana sem ela foi horrível.

— Entendo. 

— Fora que a gente já brigou por causa da Maeve. – desabafei, já havia contado a Sabrina. — Não quero dar motivos para mais e bom... A Toni viria aqui quebrar a cara dela se descobre todas essas investidas.

— Agora estou me sentindo mal por contrata-la.

O tom melancólico de minha amiga, fez com que o olhar que estava em minha bolsa fosse até o dela. Ela parecia realmente arrependida de ter trazido Maeve para perto. 

— Sabrina, não. – a tranquilizei. — Está tudo bem. Você sabe que nós brigamos por um erro meu de não contar, minha esposa é a pessoa mais autoconfiante que conheço e provavelmente nem dará bola para Maeve estar aqui ou não. Ela sabe o quanto a amo e quero estar junto dela, não se preocupe, por favor. 

— Pelo menos darei uns toques na Maeve.

— Você sabe que ela não vai parar, é diversão. 

— É, sempre foi assim e coincidentemente como conseguiu te levar pra cama. 

Revirei os olhos. 

— Olha, vai ajudar se parar de falar no passado. 

— Oh, entendi. – levantou as mãos em sinal de rendimento. — Nada de passado. 

Concordei, juntando minhas últimas coisas e colocando a bolsa no ombro. Sabrina me acompanhou para fora da sala, dizendo o quanto tem se esquecido das coisas, que preciso lembra-la mesmo que fique brava por ser corrigida. Ainda bem que ela sabe que ficará furiosa toda vez que recorda-la.

— Você ainda está ai. 

Sabrina observou Maeve, encostada na mesa da recepcionista que já estava vazia. O horário de quase todos havia acabado, deveria ter somente uma ou duas aulas ocorrendo ainda.

— Estou sem carro, quem me oferece uma carona? 

Intercalou o olhar entre mim e Sabrina. 

— Não posso, tenho que correr para casa porque quero ver minha esposa. Sabe, não vejo a hora de abrir minhas pernas para ela

Forcei um sorriso para a mais nova, Sabrina segurava o riso ao seu lado.

— Poxa, não precisa jogar na minha cara o quanto Toni Topaz é sortuda. 

Revidou, como de costume nunca ficando sem respostas.

A última coisa que vi foi minha amiga estalar um tapa no braço da Maeve, a repreendendo com um “respeite-a”. Não sei qual foi sua resposta, não tive tempo de ouvir porque já caminhava para fora da escola, iria encontrar a única mulher que pode flertar comigo... E a única pra quem abrirei as pernas.

×××

[ Até amanhã? ]

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