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Estamos bem?

Toni Topaz – Point Of View

Acordar de ressaca deve ser a coisa mais horrível que pode acontecer em pleno domingo, é, aquele dia que reservo para passar um tempo com Cheryl e Lion. Ele estava totalmente arruinado. Mal conseguia abrir meus olhos e a cabeça latejava, aos poucos flashs da noite anterior tomavam conta de minha mente.

Fiquei um tempo indeterminado entre cochilos, dividia a cama com Lion que deitado ao meu lado observava o quanto estava sendo difícil para mim realmente acordar. A noite ontem foi ainda mais louca que a anterior, não lembro de algumas coisas, mas lembro de parar em um bar e começar a beber, contar tudo ao barmen sobre minha vida amorosa e até autografar seu braço, acho que viramos melhores amigos.

Não sei como vim para casa, porém tenho vagas memórias de Cheryl me dando banho e cantando para mim. Ah, como eu amo ouvir sua voz antes de dormir, é minha melhor lembrança do desastre que foi ontem.

— Bom dia?! 

A voz da ruiva fez com que despertasse, dessa vez parecia mais fácil conseguir abrir os olhos e a dor de cabeça não incomodava tanto. Cheryl estavas sentada ao lado de Lion, analisando-me enquanto espreguiçava o meu corpo.

— Bom dia. 

Meu tom era baixo, estava me sentindo envergonhada, não conseguia encara-la. Ontem fui uma pessoa ainda pior, expus Cheryl ao seu maior vício e nunca irei me perdoar por tal atitude.

— Trouxe água, remédio, café e pães. – falou trazendo uma bandeja para perto de mim, me obrigando a sentar na cama. — Já está bem tarde, não coma muito porque daqui a pouco vou trazer o almoço, mas achei importante que se alimentasse para tomar o remédio.

Assenti, o olhar fixado na bandeja.

— Irei descer para finalizar o almoço. 

Foi o que escutei antes da mesma sair do quarto me deixando somente com Lion novamente, os olhos do cachorro agora estavam na bandeja, provavelmente desejando que lhe desse qualquer coisa dali.

— Eu sou uma idiota. 

Falei jogando a cabeça para trás e a sentindo doer quando bateu na cabeceira da cama. Resmunguei, pegando o comprimido e bebendo água para engolir.

Mesmo depois de tudo ainda cuida de mim, realmente não a mereço.

Tomei do café forte e comi um pedaço de pão, quando me senti segura o suficiente, levantei da cama e fiz minha higiene. Lion não desgrudava de mim, isso era bom e reconfortante, ele também cuida de mim. Talvez não o merecesse também.

Ah, estava me sentindo literalmente uma merda

Cheryl apareceu novamente no quarto para me alcançar o almoço, pediu para que não levantasse hoje e me recuperasse, concordei sem falar ou olha-la, ainda não conseguia. Achei que comeríamos juntas, mas depois que saiu, a ruiva não voltou mais. Sabia que era melhor assim, mas sentia sua falta, estava quebrada e com certeza sensível demais.

Passei o dia inteiro no quarto junto de Lion, ele me ouviu chorar e dormiu junto comigo. Quando acordei o quarto era silencioso, porém notava que minha esposa esteve ali porque meu prato havia sido recolhido. Resolvi tomar um banho demorado e bem quente, eu precisava.

— Hey! 

Pulei de susto assim que sai do banheiro e encontrei Cheryl sentada na ponta da cama, provavelmente estava me esperando a algum tempo. Segurei a toalha envolta de meu corpo com um pouco mais de força, olhando pela primeira vez em seus castanhos.

— Eu... – forçou a garganta, levantando o corpo. — Passei a tarde inteira tentando fazer os bolinhos de cereja perfeitos, saiu alguns bons se você quiser descer para comer e... – mordeu os lábios. — Poderíamos conversar?!

Sugeriu, ela parecia relutante.

— Claro. 

Falei balançando a cabeça em positivo, não sei se me ouviu porque a voz quase não saiu, mas tentei. Digo, a partir do momento que a escutei dizer para conversarmos, o meu coração quase saiu pela boca. E se ela estiver tão magoada que não quer mais manter o casamento? Eu sei, exagerado, mas uma mente insegura e com medo, espera qualquer coisa.

— Irei aguardar lá embaixo então.

Acenou com a cabeça antes de sair do quarto.

Assim que a porta bateu, soltei o ar que havia prendido. Sentia meu corpo tremer em nervosismo e fiquei alguns minutos parada no meio do cômodo até despertar dos conflitos internos para me vestir.

Desci as escadas como uma criança que fez algo de errado e sabia que receberia castigo. Queria chegar na mesa e dizer para Cheryl todas minhas desculpas, o quanto sou uma idiota e imatura, mas a ruiva não quer ouvi-las, ela sabe o quanto sinto muito, eu sei que sabe, porém tudo que quer é me fazer escutar o que tem a dizer. 

Sentei em uma cadeira de frente para ela, o silêncio permaneceu enquanto comíamos, os bolinhos estavam deliciosos e a ruiva se preocupou em fazer um suco natural para mim. Queria agradecer, dizer o quanto estava orgulhosa por conseguir fazer seus tão amados bolinhos, mas minha voz não saía. 

— Se sente melhor?

Perguntou após tomar um gole do seu café. 

— Sim, obrigada por cuidar de mim. 

Sua cabeça balançou, o corpo caiu para trás na cadeira e os braços cruzaram. Era agora, eu sabia que seria. Mastiguei o último pedaço de bolinho que havia em minha boca, ajeitando minha postura para encara-la melhor e escutar.

— Não sei por onde começar, Toni. – era um bom início. — Tivemos aquela discussão horrível na sexta onde você me acusou de ter um caso. 

— Eu errei, sinto muito.

Murmurei. 

Cheryl apoiou as mãos na mesa, inclinando para fixar o olhar no meu.

— Não tenho ideia o que te levou a falar tudo aquilo, se em algum momento dei a entender que faria algo do tipo, eu só... Nossa, é tão difícil ser acusada assim sendo que sempre tentei ao máximo demonstrar o quanto te amo e sou fiel a você, Toni. 

O meu peito doeu, entendia todas as suas frustrações e sentia dor por tê-la machucado. Meus olhos encheram de lágrimas, já estava ficando insuportável encara-la sabendo o quanto está magoada comigo.

— Ontem na festa falei com a Maeve, perguntei sobre a conversa de vocês e se havia insinuado algo sobre nós, tudo que queria ouvir da boca dela é que tivesse dado a entender que estávamos juntas porque assim não seria tão difícil te olhar agora. Você realmente tirou da sua cabeça que estava te traindo com ela e ainda por cima ameaçou a garota. 

Desviei nossos olhares, era uma merda ouvi-la defender sua ex.

— Toni, você a ameaçou porque me ofereceu um cigarro, como se eu não pudesse negar, como se não tivesse controle de mim mesma...

— Nunca quis que parecesse isso.

A interrompi, encarando a ruiva enquanto fungava. 

— Mas pareceu! – seu tom alterou um pouco. — Sei lidar com meus vícios, não pode agir como se eu fosse aceitar qualquer cigarro ou bebida que me oferecerem.

Repreendeu-me, fazendo um silêncio se instalar entre nós. 

Ouvi um suspiro seu, o corpo voltou a ser jogado contra a cadeira enquanto enfiava os dedos nos cabelos. Mordi os lábios, apenas a observando enquanto chorava silenciosamente.

— Pra finalizar, ontem a noite quando estava caindo de bêbada, o barmen ligou para sua ex. – estalei o olhar em sua direção. — É, foi incrível a maneira que tive que agradece-la por se preocupar com a minha esposa. 

— Cheryl...

— Sinceramente, Toni? Eu só quero ouvir que você confia em mim, que me ama e sabe o quanto te amo. O resto quero tentar apagar da minha mente e fingir que não existiu. 

Decretou. 

— É claro que confio em você, Cheryl. Caralho, não pensei na hora e fui uma idiota, ciumenta, insegura...

— Não use de sua insegurança para desconfiar de mim. – interrompeu-me. — Sempre fiz de tudo para deixar claro o quanto sou sua e quanto te amo, Toni.

— E eu sei, porra. – meu tom saiu ríspido. — Acha que controlo? Pior, acha que quero demonstrar isso? Que sinto que posso perder você a qualquer momento e para uma pirralha? Eu nunca admitira isso para ninguém além de você, Cheryl.

Confessei em um fôlego só, o meu coração bateu mais forte no peito enquanto via a expressão da ruiva a minha frente suavizar aos poucos, soltando mais um suspiro e encarando-me.

— Você sabe que não vou esquecer tão fácil o que me disse...

Ela foi sincera e apreciava muito isso.

— É, posso ter estragado tudo. – pressionei meus lábios, encolhendo os ombros. — Não tenho mais como me desculpar e você nem merece tantas frases repetidas. Errei pra caralho, Cheryl, mas se for tentar concertar será com atitudes, irei demonstrar o quanto confio em você.

Sua cabeça balançou em positivo, enxuguei minhas lágrimas que ainda insistiam em cair e estiquei o braço sobre a mesa, movendo os dedos para chamar sua mão junto da minha. A ruiva encarou meu movimento por alguns segundos, rendendo-se e entrelaçando nossas mãos.

— Eu amo você, Cherry. 

Declarei-me, olhando em seus castanhos enquanto beijava as costas da sua mão, descendo os beijos para o dedo onde estava nossa aliança de casamento. 

— Eu também te amo, Tee.

Pressionou os lábios em um sorriso, não era dos melhores e sabia que custaria a ter um sorriso enorme dela, mas me senti um pouquinho mais positiva ao ver que teria a oportunidade de me redimir.

— Está tudo bem? Digo... Estamos bem? 

Ela suspirou, relaxando seus ombros.

— Não estamos. – sorriu triste. — Mas vamos ficar, não é?

Tentou me incentivar, balancei a cabeça em positivo. 

— Claro, vamos sim.

Era o que mais pedia. 

— Agora, preciso de um banho. 

Anunciou, levantando o corpo da cadeira, nossas mãos se desentrelaçaram e a mesma veio em minha direção, automaticamente meu coração começou a bater mais rápido com sua aproximação.

 — Pode juntar tudo? – assenti. — Obrigada, vou subir.
 
Inclinou-se, depositando um beijo no topo de minha cabeça algo que foi muito mais doloroso do que qualquer palavra que tenha me dito hoje. Eu não merecia nem mesmo um selinho? Esses próximos dias com certeza serão os piores para mim, simplesmente odeio ficar sem contato com a Cheryl, mas aceitaria que é tudo culpa minha e teria que lutar para ficarmos bem.

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