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Você parece feliz


 Cheryl Blossom – Point Of View

A casa dos Strach Palvin estava lotada, eram muitas pessoas, garçons e funcionários por todo o lado. Nicholas me apresentou a várias pessoas como a namorada perfeita. Por relances vi o casal com quem transei na noite anterior, também conversavam com todos e interagiam como se estivessem recebendo os convidados. Por sorrisos trocados e a maneira que andavam de mãos dadas, sabia que Toni não havia contado sobre nós, não que me importasse, mas é claro que isso ficou em minha mente boa parte do tempo.

Na hora das fotos nos encontramos com elas, me senti mal ao ver que sairia na foto da família sendo que tudo era falso, meu namoro com Nicholas, minha felicidade... Isso me deixava com cede de um whisky, mas não queria tomar. Havia um certo receio em mim mesma de beber algo e acabar falando a verdade de sobre meu "namoro". 

Quando nos afastamos após o fotógrafo fazer um "ok", infelizmente Barbara parecia bem demais sobre me ter na sua cama ontem junto da namorada. 

— Oi, ruiva.

Sorriu ao se aproximar. No exato momento que a modelo deu passos para vir a minha direção e de Nicholas, Toni soltou sua mão e aproximou-se de seus sogros como se não quisesse contato com nós dois. 

— Olá.

Falei tentando ser o mais simpática possível.

— Nem vi você sair hoje de manhã. 

Franziu a testa.

— De manhã? Cheryl chegou ao meu apartamento de madrugada.

Nicholas respondeu por mim, olhei para ele quase entrando em alerta, mas quando fui tentar arrumar uma desculpa e voltando meu olhar para Barbara, a mesma falou primeiro que eu:

— Engraçado, a T disse que saiu porque tinha compromisso, achei que tivesse sido de manhã.
Parecia confusa com as próprias palavras.

— Ah, deve ser porque ela não viu direito, estava bem sonolenta.

Falei tentando reverter a situação, Barbara me encarou um pouco desconfiada, mas balançou a cabeça assentindo. Desviei meu olhar do seu, não sou uma boa mentirosa ainda mais quando é pra defender minha ex. 

— Vou te apresentar para os únicos tios que preferem a mim do que a Barbara. 

Nicholas falou pegando em meu braço, fui salva por meu amigo. Não olhei mais para elas, tenho certeza que se Barbara me pegasse as observando acabaria mais desconfiada. Enquanto meu "namorado" me apresentava para todos seus parentes, acabei pensando na decisão de Toni. 

Se ela não contou nada para a namorada é porque sabe que vai perde-la e não quer causar essa separação. Em pouco tempo naquele local, as vi trocando sorrisos, beijos e risadas. Toni parecia mais feliz do que na foto no apartamento. De fato, essa felicidade da minha ex me chateava, não queria que a mesma fosse feliz com ninguém além de mim ou que pelo menos, esperasse eu ser feliz com alguém. 

Aquele almoço já não era mais o mesmo, minha cede por álcool aumentava a cada segundo. Quando estávamos na enorme mesa almoçando, consegui ver até mesmo Barbara dar comida na boca de Toni como uma criança. Elas sorriam a todo momento. Isso me enjoava, dava falta de ar, tristeza... Vontade de beber. Muita vontade. 

Quando a primeira pessoa levantou da mesa fiz o mesmo, quase não comi, mas pouco me importava. Não poderia beber, mas iria fumar. Carreguei apenas um cigarro e meu isqueiro, procurando por um lugar ao ar livre. Achei um jardim que me lembrava o de Thistlehouse e o quanto Nana Rose gostava dele. Será que o proprietário novo está cuidando? Era uma pergunta que ficou por um bom tempo em minha mente. 

Fumei meu cigarro andando por entre as flores, estavam todos dentro da casa e eu só precisava ficar um pouco sozinha. Nem sei quanto tempo isso durou, achei um banco bem ao sol, me sentei e joguei a cabeça para trás. Os raios solares não estavam muito quentes, mas a luz forte me obrigava a fechar os olhos. Respirei fundo algumas vezes, esfreguei minhas mãos e lambi meus lábios. Aquela maldita vontade de tomar minha bebida não havia passado. Pensei em entrar, tomar apenas um gole e tentar socializar, mas alguém sentou ao meu lado. 

Não qualquer pessoa, seu cheiro ainda era o mesmo de quatro anos atrás. Não precisei abrir os olhos para saber que Toni estava sentada ao meu lado, provavelmente procurando uma maneira de puxar assunto ou me falar algo.

— Você está bem? 

Ouvi sua voz baixa ao meu lado. 

— Por que não estaria? 

Respondi, dando de ombros.

— Você parecia... Inquieta. 

— Impressão sua.

Não era. A falta de álcool no sangue estava me afetando. Não consigo me lembrar da última vez que fiquei tanto tempo sem beber, sempre havia um motivo: Faculdade, festa, amigos, Nicholas... Tantos que mal consigo listar todos.

Um silêncio se instalou entre nós, meus olhos continuavam fechados, mas ainda sentia sua presença. Passou provavelmente uns dois minutos, finalmente tive coragem de a olhar e sua posição era a mesma que a minha. Corpo relaxado, cabeça jogada para trás e olhos fechados. Sua tranquilidade era tanta, como se não tivesse preocupação nenhuma, nem mesmo que Barbara pudesse aparecer aqui e nos pegar sozinhas.

 — Você parece feliz. 

Comentei, analisando cada traço de seu rosto. Não havia nenhum arranhão, algo que sempre pensei que teria em toda parte de seu corpo por conta da profissão.

— E você sóbria.

Respondeu, uma risada fraca escapou por seus lábios enquanto a mesma abria seus olhos para me encarar. Seus castanhos ainda eram lindos, a maneira que o sol os deixavam mais claros quase me fizeram suspirar. 

— Me diga a verdade, Cheryl. – ela pediu, o olhar fixo no meu. — Você realmente não fez de propósito? Ir ao apartamento da minha namorada para tentar...

— Toni. – a interrompi. — Você sabia que fui convidada para todas as festas de aniversário da Samantha? 

A mesma parecia surpresa, negando.

— Sim, sua mãe me convidou para todas e não fui porque sabia que estaria lá. Sabia que te ver não seria bom para nenhuma de nós então, evitei. Acha mesmo que depois de três anos iria te perseguir? Querer acabar com sua vida? 

Fui completamente sincera ao falar, era a mais pura verdade. Se todos esses anos evitei nosso reencontro, porque logo agora iria querer tê-lo? Não fazia sentido, ainda mais quando – pelo menos achava, estar superada desse nosso amor antigo.

— Desculpa, eu nem sabia que ainda falava com minha mãe.

Desviou o olhar do meu, claramente envergonhada com a situação. Seus pés balançaram, as mãos apoiadas ao banco e o olhar no chão. Fiquei realmente feliz em receber essa informação, confiava em Katy, mas por vezes ainda acreditava que me ver junto da sua filha era o primeiro plano que passava por sua mente toda vez que nos encontrávamos. 

— Tudo bem, também te devo desculpas por ontem. – falei chamando sua atenção. — Bebi um pouco e acabei te provocando, não queria causar nenhuma briga com sua namorada ou algo do tipo. 

Toni suspirou, mordendo seus lábios e desviando o olhar do meu novamente.

— Não contei. – confessou. — Não tenho coragem. 

Consegui perceber nitidamente o medo da minha ex ao pronunciar as palavras. Ela realmente estava receosa sobre contar sobre o que aconteceu ontem e principalmente em acabar com seu relacionamento. Respirei fundo, vi suas mãos irem aos cabelos em um ato claro de confusão. Olhei para as flores um pouco a nossa frente, meus pés balançaram em vai e vem. Havia algo me importunando que precisaria tirar a prova.

— Eu gostaria de saber. – divaguei, observando as flores a minha volta. — Se minha namorada tivesse transado com alguém, eu gostaria muito de saber. 

— E perdoaria? 

Ouvi sua voz, mas não a olhei.

— Nunca. – ri comigo mesma ao falar. — Ainda mais se minha namorada transou com alguém que ela... 
Puxei o ar, deixando meu olhar cair para o seu.

— Alguém que ela tenha sentimentos.

Completei soltando o ar e tentando passar toda minha dúvida para a garota ao meu lado. Vi um sorriso pequeno abrir em seus lábios, negando a minha insinuação e voltando a encarar o chão.

Provavelmente não teria minha resposta. O silêncio voltou a nos atingir, não iria insistir naquele assunto, no fundo sabia que havia algo não acabado entre nós, qualquer um que conhece nossa história claramente nos veria agora e sentiria toda a tensão que ainda tem. Era só como se... Ainda não fosse o momento certo.

— Todo mundo acha a Barbara muito liberal. – Toni comentou quebrando nosso silêncio. — Mas sei o quanto ela preza por confiança.

— Você tem mesmo medo de perder sua namorada.

As palavras acabaram por sair, era o que estava pensando, mas não queria que a mesma soubesse. Toni me olhou em análise. Desviei o olhar, não queria que me decifrasse, mas já estava claro o meu sentimento.

— Cheryl, a Barbara é incrível para mim. – balancei minha cabeça em negação, não queria ouvir aquilo. — A gente se entende, ela me apoia na minha carreira...

— E só por isso é melhor que eu? 

Interrompi, sabendo de sua mágoa por nunca aceitar o fato da mesma lutar. Minhas palavras ríspidas fizeram Toni bufar. Fechei meus olhos, passando as mãos no rosto. Não, Cheryl. Você não a ama mais, você a quer longe. Então, vá para longe. Levantei meu corpo do banco, suspirando ao sentir o maldito aperto no coração. Esses sentimentos eu nunca mais queria ter por Toni.

— Eu não disse isso.

Justificou. 

— Você está feliz e é isso que importa. 

Conclui, trocamos um rápido olhar antes que eu voltasse a olhar as flores. Odiava estar nessa situação, eu queria esquece-la de vez e a arrancar de meu coração, corpo, alma... Esse terá que ser nosso fim.

— Só quero que seja feliz, Toni. De verdade. – mordi os lábios, sem choro. — Também irei em busca da minha. 

Não a olhei mais e nem iria, dei passos rápidos para longe. No caminho para dentro da casa encontrei um garçom, não vi o que era a dose que o mesmo carregava na bandeja, apenas a peguei e virei de uma vez só. Vodka pura. Desceu rasgando por minha garganta, era mais forte do que whisky que estou acostumada, mas amava a sensação. 

Assim que coloquei o pé para dentro da enorme mansão, o olhar de Nicholas veio até o meu. Antes que se aproximasse, peguei mais uma dose de bebida a virando. Agora mais do que nunca precisava de álcool em meu sangue.

— Ei, te procurei por todo lado. 

Nicholas franziu a testa ao parar a minha frente.

— Eu quero voltar. 

Anunciei, meu amigo ficou confuso.

— Preciso ir pra Boston, eu estou sufocada aqui... É como se não conseguisse respirar, tem algo nessa cidade que não me faz bem, Nick.

Confessei, levei minha mão ao peito o massageando. Infelizmente a dor que havia não era física e sim, emocional. Muito menor do que a vez em que Toni me deixou, mas ainda sim doía.

— Tudo bem, vou pedir pro meu pai providenciar tudo, ok? – assenti. — Vamos, vou falar com ele. 

Era isso mesmo, eu estava fugindo. Fugindo de todos sentimentos que ainda tinha por minha ex, fugindo da confusão que criamos com sua namorada e fugindo dessa farsa de namoro. Tudo que queria era estar em meu apartamento, bebendo e compondo, sem ao menos me importar com o dia de amanhã.

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