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Tesão acumulado

Toni Topaz – Point Of View 

Os eventos de domingo me deixaram completamente exausta. Cheguei em meu apartamento, tomei um banho e cai na cama. Ultimamente tenho sido mais uma “famosa” do que lutadora, confesso não gostar muito das várias câmeras apontadas e dos tantos admirados que imploram por uma assinatura minha em qualquer objeto de importância. 

Fazer parte da campanha da Calvin Klein me rendeu um bom dinheiro, mas marcas de cansaço. As fotos vão sair na quinta-feira junto de uma revista de Los Angeles onde estarei estampada na capa, terá uma entrevista onde respondi algumas perguntas e curiosidades de minha vida. Graças a Deus, domingo era o último dia de todos os inúmeros compromissos e segunda já poderei voltar para minha academia. 

Nesse dia, Cheryl foi incrível ao me ligar por vídeo chamada e nós conversamos por um longo tempo. Ela me perguntou sobre o que eram os eventos, respondi ser apenas fotos para uma marca, nada demais. Não nos prolongamos nesse assunto, estávamos mais ocupadas em dizer o quanto estamos com saudade uma da outra mesmo tendo nos visto de manhã. Provavelmente foi a ruiva que encerrou a chamada porque apaguei ouvindo sua voz.

Na segunda-feira minha rotinha voltou, era incrível ter meus colegas de treino por perto, havia ficado afastada alguns dias. Eu realmente sentia falta daquele ambiente. Conversei com Cheryl apenas por mensagens, era sua vez de estar cansada pois deu aulas pela primeira vez na escola. A ruiva dormiu primeiro, acabei perambulando na internet e encontrei muitas pessoas falando do novo álbum do Harry Styles, o quanto estava bom. 

Escutei todas as músicas, tantas vezes que nem consegui contar. Não sabia ao certo se Cheryl conseguiu lhe vender as músicas, mas tiraria isso a limpo, pois havia uma em questão que de cara sabia que poderia ser dela. Estava completamente curiosa, em qualquer pesquisa rápida ou na descrição da música poderia ter minha resposta, mas achei melhor não, queria que ela me dissesse.

Terça-feira a noite, Cheryl disse que poderíamos conversar, mas que tinha algumas coisas da escola para resolver. Até perguntei se estaria tudo bem, que poderia ficar para outro dia e a mesma apenas disse que queria me ver. Não relutei, esperando seu aval para poder ligar. Quando aconteceu suspirei com a cena. 

A ruiva estava com óculos de grau, seu celular muito bem posicionado demonstrando que se encontrava em um tipo de escritório, mas acredito que seja um local apenas seu pois enxergava o piano branco ao fundo. Havia um notebook a frente em cima da escrivaninha, uma xícara de café e conseguia ver o início de sua camisola vermelha. Os cabelos presos em coque, deixando alguns fios soltos de propósito.

Sim, ela quer me matar de saudade.

— Boa noite, Topaz.

Sorriu, balançando o corpo na cadeira giratória.

— Sabe, isso era para matarmos a saudade e não me deixar com mais. – resmunguei, segurando o celular com firmeza para conseguir prestar atenção em cada detalhe seu. — Você está bem? 

Perguntei jogando meu corpo no sofá para ficar mais a vontade, vestia apenas uma regata, sem sutiã por baixo e cabelos presos em coque. Estava em meu apartamento, relaxando e falando com a mulher que quero conquistar.

— Muito trabalho só. – suspirou virando o corpo para o notebook. — Têm algumas crianças matriculadas em turmas erradas, uma pequena bagunça que estou tentando arrumar.

— Isso deve ser um saco. 

— É sim. – me encarou. — Mas me diz o porque da ligação, estou ficando curiosa.

Focou novamente no notebook, mexendo em seu mouse e teclado com calma. Não me importava não ter toda sua atenção, pelo contrário, estava amando a ver em ação, parecendo uma professora sexy e completamente inspirada em seu trabalho.

— Toni?!

Me chamou, sem tirar o olhar daquela tela percebendo minha falta de palavras. Acordei do meu pequeno transe, forçando a garganta e tentando não parecer uma idiota ao ficar somente a admirando.

— Ahn... É que saiu o álbum do Harry Styles.

— Sério? Que legal. 

— Você vendeu músicas para ele? Quer dizer, deveria saber que o álbum saiu e...

Cheryl pegou sua xícara, bebendo um gole do provável café pelo líquido preto que consegui enxergar, encarando-me para interromper minhas falas:

— Na verdade, só vendo as músicas e pronto, perdemos o contato. Bom, se ele quiser me procurar novamente tem meu número, mas só falei com Harry uma vez. 

Explicou, deixando a xícara de lado e voltando ao notebook.

— Então, vendeu?

— Vendi, duas composições... – balançou a cabeça, aproximando da tela maior para reparar em algo e continuando a falar. — Mas ele pode fazer o que quiser com as composições principalmente mudar frases, usar tudo ou só uma palavra, entende?

— Entendo e acho que ele usou tudo.

Ela me olhou.

— Por que? 

Franziu a testa, parecendo curiosa.

— Escutei o álbum, várias vezes e tenho um palpite sobre quais escreveu.

— Um palpite? 

Arqueou as sobrancelhas, cruzando os braços e assenti.

Acho que consegui tira-la do trabalho.

— Tudo bem, vou ver aqui a letra das musicas. – virou para o notebook. — Preciso saber se ele usou tudo mesmo.

Concordei, ouvindo seus cliques e dedos tocarem o teclado. Peguei uma garrafa de água que estava por perto e bebi, voltando a admira-la como uma boba. É, Cheryl, eu adoro olhar você. A observei tomar seu café enquanto passava o olhar pela tela, provavelmente lendo as letras.

— É, ele usou tudo e até o nome!

Ela riu, negando enquanto girava na cadeira para me encarar. 

— Com essa informação tenho plena certeza de uma... – murmurei, sua expressão ficando cada vez mais curiosa. — Cherry.

Pronunciei o apelido que lhe dei a anos atrás, nunca vou esquecer de nós duas na roda gigante, seu suéter com uma enorme cereja estampada e all star branco nos pés, nos beijamos na chuva naquele dia e foi com certeza inesquecível. Assim que ouvi a música, vi o nome, sabia que havia sido ela.

— Essa estava óbvia, não é?

— Posso saber o contexto? Quando escreveu?

Agora era minha vez de estar curiosa.

— Talvez daqui a alguns meses, quem sabe? – brincou com um sorriso nos lábios e bebendo seu café. — Agora me diga a outra.

— Hum... – murmurei, eu só tinha certeza de uma. — Adore you?!

Cheryl gargalhou, jogando a cabeça para trás.

— Nem pensar, só pelo nome já sei que deve ser romântica e... Bem, a outra não é romântica e não é totalmente sobre você.

— Então, Cherry é totalmente sobre mim? 

Abri um sorriso.

— Sim, Topaz. – revirou os olhos. — Mas não se gabe, foi uma época... Confusa.

— Pode me contar quando escreveu, por favor?!

— Não, por enquanto não.

Seu corpo virou para o notebook, largando a xícara e voltando aos seus afazeres. Suspirei, as músicas desse álbum são todas um pouco depressivas e tenho medo de perguntar a outra que “não é totalmente sobre mim", na verdade, acabei de perder toda minha curiosidade ainda mais sabendo que não terei respostas. 

— Você já escreveu alguma música feliz sobre nós? – perguntei após um breve silêncio, ela não me olhava. — As que sei são meio tristes e não parecem lembrar coisas boas. 

Cheryl suspirou, digitando e voltando a me olhar.

— Infelizmente, não consigo me lembrar de nenhuma que seja realmente sobre felicidade e coisas boas, mas tire isso da mente, faz algum tempo que não escrevo. 

— Entendi. 

Murmurei.

— Na verdade... – franziu a testa. — Escrevi sobre nosso sexo.

Riu consigo mesma ao falar, me contagiei.

— Blossom!

A repreendi em meio ao riso.

— Shameless está no álbum da Camila, mas sem meus créditos foi a única condição para minha amiga poder usa-la e... A vendi por muito menos do que valia.

— Pode apostar que irei escuta-la. 

— Podemos escutar juntas... – murmurou, levando a xícara até os lábios. — Enquanto transamos.

Bebeu o café com um sorriso malicioso nos lábios. Meu corpo se arrepiou ao imaginar tê-la nua junto de mim novamente, podendo aproveitar da sua pele, seu gosto... Porra.

— Mas assim não irei conseguir prestar atenção na letra.

Entrei em seu jogo, lambendo os lábios.

— Não se preocupe, posso sussurrar ela no seu ouvido enquanto te faço gemer.

Mordeu os lábios, sorrindo com a língua entre os dentes logo em seguida. Suspirei, sentindo uma onda de calor invadir meu corpo, Cheryl percebeu meu silêncio rindo e voltando sua atenção ao notebook.

— Você é boa nisso. 

— É, eu sei.

Gabou-se jogando os cabelos, sorrindo para a tela enquanto digitava em seu teclado. Sorri junto, satisfeita com o rumo da conversa que não acabava nunca e demorou mais algum tempo para encerrar. 

Dessa vez eu que fiquei acordada vendo a ruiva dormir com o celular apoiando em um travesseiro. Foi nosso melhor dia longe, até escovamos os dentes juntas antes de irmos deitar. Chegava a ser engraçado, mas comecei a gostar de nossa distância pois estava conseguindo muitas lembranças boas que ficarão para sempre. 

No outro dia, voltei a academia. Estava ajudando Peaches com alguns movimentos enquanto Dimitri não chegava. Fazia algum tempo que não treinávamos juntas, minha amiga está se preparando para mais um passo em sua carreira e encurtando a distancia entre nós duas. Se ela ganhar a próxima luta ficará no top dez das melhores. 

— Então, é amanhã que sai suas fotos e a revista? 

Perguntou, socando os apoios que estavam em minhas mãos. 

— Sim, provavelmente vai ser uma loucura.

— Ei. – parou os movimentos me encarando. — Podíamos comemorar, ir a algum lugar beber umas cervejas.

— Na verdade, estou evitando beber. – franzi o nariz. — E todo mundo vai para o meu apartamento amanhã... Quero dizer, minha família, o Dimitri...

— Não se preocupe. – interrompeu-me. — Não vou aparecer lá amanhã.

Riu, voltando com os movimentos.

— Eu não quis dizer isso.

— Tanto faz.

Deu de ombros, revirei meus olhos decidindo ficar em silêncio. 

Fiz meu treino com Dimitri, ele me sugou hoje e deixou exausta. Completamente suada, sentei em um banco bebendo um gole de água e pegando meu celular. Havia uma resposta de Cheryl em um story meu no instagram. Era um print de meu spotify, escutando a música Shameless da Camila Cabello.

“Isso significa “não” para nossa transa escutando a música? Acho que perdi alguns minutos ouvindo só pra relembrar a letra.”

Ri comigo mesma, balançando a cabeça com sua provocação. Por mais que talvez isso nunca aconteça, Cheryl está fazendo virar um fetiche meu tê-la cantando em meu ouvido no nosso momento íntimo.
 

Cheryl Blossom – Point Of View 

A melhor parte do meu dia agora era a noite quando chego em minha casa e vejo o rosto de Toni por minha tela. É apenas uma pequena maneira de matarmos a saudade, mas tem funcionado muito bem. Hoje, liguei sem ao menos lhe avisar, sentada em minha cama devorava um bolo de chocolate que comprei ao vir para casa. 

— Oi, Cheryl. 

Sorriu.

Parei de mastigar, minha boca deve ter ficado aberta ao ver a lutadora de cabelos molhados, corpo com gotículas e uma toalha pendurada no pescoço, tampando seus seios. A morena estava nua. Puxei o ar, me mexendo desconfortável na cama e sentindo uma pressão em meio a minhas pernas. É sério, desde que Toni saiu de Seattle sem me deixar toca-la tenho ficado excitada com qualquer coisa em relação a mesma, até mesmo com seu tom rouco em alguma conversa. 

Tesão acumulado, essa é a definição.

— Você... – engoli o que havia em minha boca.

— Não pode fazer isso.

— O que? Você me ligou bem quando estava saindo do banho.

Riu ao falar, andando por seu quarto enquanto carregava o celular em mãos. Suspirei, negando o seu cinismo. Coloquei mais um pedaço de bolo em minha boca, mastigando lentamente tentando me concentrar em seu gosto e textura, não no corpo gostoso na minha tela.

— Você quer me provocar só porque estamos longe, falta muito para sexta ainda, Toni. 

— Quer que me vista?

Fez menção de levantar seu corpo.

— Não! – quase gritei com ela, parou seus movimentos. — A visão é torturante, mas incrível. – suspirei ao olha-la. — Agora, vamos mudar de assunto, por favor. 

Pedi, cruzando minhas pernas. 

— O que vamos fazer final de semana? 

— Me diz você, é a anfitriã dessa vez.

Respondi dando de ombros.

— Podemos ficar só no meu apartamento, matando tempo em minha cama...

Meu olhar que estava no pote com bolo se elevou, Toni tinha um sorriso divertido nos lábios ao continuar com as provocações. Bufei, vendo a mesma rir do meu estresse.

— Desse jeito vai me fazer ir para Los Angeles hoje mesmo.

— Vou? Então, irei continuar... 

— Toni...

Murmurei manhosa. 

— Tudo bem, desculpa.

Ainda ria, ela estava se divertindo comigo sabendo do meu ponto fraco: Sexo

E o mais fraco ainda: Sexo com ela. 

Foi uma noite torturante, por mais que repreendesse a lutadora, a mesma continuava com suas provocações sem ao menos se importar. Eu estava com desejo dela, muito para ser sincera. Só conseguia pensar que queria sexta-feira chegando para poder vê-la e aproveitar de seu corpo.

Na quinta-feira nem conseguia disfarçar meu mal humor, sentada em frente ao computador tentava me concentrar nas organizações de turmas e aulas que daria hoje. Trabalhar no que gosta não é cansativo, mas comandar uma escola sim, estava começando a ficar irritada com algumas coisas dando errado. São tantas burocracias e empecilhos. Mal comecei e já queria uma folga das obrigações.

— Cheryl!

Sabrina invadiu minha sala, gritando o meu nome e com o celular em mãos. A olhei pelas lentes de meu óculos, franzindo a testa com a maneira que parecia eufórica.

— Você viu a sua mulher? 

Perguntou, se aproximando de minha cadeira. 

Minha mulher?

— É claro que viu, por isso está de mal humor... Quero dizer, não poder tocar nesse corpo...

— O que? – interrompi sua falação. — Por que está dizendo isso?

— As fotos da Toni para a Calvin Klein. 

Respondeu como se fosse óbvio, parando ao lado da minha cadeira e deslizando o dedo por sua tela. Meu coração que estava acelerado se acalmou um pouco.

— Ah, ela me falou algo sobre, mas disse que não era nada demais e...

— Isso é nada demais pra você?

Foi a vez da loira me interromper colocando o celular a frente de meu rosto. Meus olhos vidraram na tela assim que vi a lutadora vestindo top e calcinha box, um roupão preto por cima completamente aberto e mostrando seu abdômen definido. Era de corpo inteiro, os cabelos rosas caindo por seus ombros. 

— Mas o que...

Não consegui completar minha frase, arrancando o aparelho das mãos da minha amiga e fixando os olhos nas fotos. Toni estava de peças intimas, seminua. Sorrindo, séria, de costas... Isso só poderia ser um jogo comigo, não é possível.

Como diabos essa maldita me disse ser nada demais? 

Nada demais são fotos cobertas, Topaz. Que não me deixam totalmente excitada e querendo comer você agora mesmo. Deus me ajude. Com certeza não conseguirei trabalhar direito hoje.

— Filha da puta.

Rosnei, brava por aumentar ainda mais meu tesão. 

— Tenho que dizer, você está de parabéns por ter essa mulher na cama.

— Sabrina, ela não está na minha cama agora, nem vai estar daqui a pouco e só vou ver ela sexta! – esbravejei, irritada com a situação. — Vou mata-la por fazer isso.

— Calma, transante. – Sabrina debochou. — Vocês tem tempo pra...

— Quer saber? Foda-se. 

Devolvi o celular da loira, programando meu computador para se desligar e levantando da cadeira. Procurei por minhas coisa na sala, havia acabado de chegar, mas pouco me importava iria fazer o que estou com vontade.

— Onde vai?

— Los Angeles.

Respondi minha amiga sem a olhar.

— Cheryl, você tem aulas hoje.

— Então, é melhor desmarcar.

Minhas respostas eram rápidas, pendurei a bolsa em meu ombro ficando apenas com celular em mãos e pesquisando qual é o próximo voo para Los Angeles.

— Vai abandonar a escola porque quer transar?

Olhei para Sabrina, seus braços estavam cruzados.

— Sabrina, eu levei trabalho para casa essa semana, ainda tem alguns problemas para resolver, mas estamos indo bem e estou estressada. Quando chego em casa não tenho ninguém me esperando, você tem o Nicholas para te dar carinho enquanto ouve o quão as coisas são difíceis. – desabafei. — A Toni está longe, também preciso de contato físico e um pouco de carinho ou irei enlouquecer.

— Posso fazer carinho em você.

Sugeriu, o tom baixo.

— Não onde quero.

Sorri maliciosamente, Sabrina riu revirando seus olhos.

— Tudo bem, vá transar e aproveitar sua lutadora gostosa, cuido de tudo aqui.

— Viu? – me aproximei segurando seu rosto entre as mãos. — Você é incrível, a melhor sócia que poderia ter.

— Vai logo antes que mude de ideia. – resmungou, beijei sua bochecha em comemoração. — Se cuide, me avise quando chegar e...

— Claro, mamãe.

Respondi, saindo da sala as pressas antes que Sabrina me prendesse ali. Só teria tempo de ir até minha casa, pegar algumas coisas e partir para o aeroporto. Era uma loucura, eu sei, mas não iria me arrepender, não quando vou ter o corpo de Toni só para mim ao chegar em Los Angeles. 

Antes de subir no avião pensei em avisa-la, mas decidi fazer uma surpresa. Iria chegar por volta do meio dia, aproveitei para descansar no voo já que chegando lá a ultima coisa que faria é dormir. 

Quando apertei a campainha, sentia meu coração bater forte no peito, estava morrendo de saudade e querendo mata-la o quanto antes. Esperando apenas com uma mala média de rodinhas em minha mão esquerda e uma bolsa pendurada no ombro direito, a porta se abriu. 

Toni estava parada, surpresa com minha aparição. A regata branca, marcando os seios sem sutiã me fizeram morder os lábios, o tecido era comprido quase não me fazendo enxergar seu short minúsculo. A morena parecia a vontade de pés descalços e cabelo bagunçado. 

— Cheryl?!

Não respondi, adentrando o local de cabeça baixa, dei apenas dois passos deixando minha mala ali mesmo e colocando a bolsa em cima. Quando virei para Toni, a mesma estava fechando a porta. 

Segurei em sua cintura, a trazendo de frente para mim e prensando seu corpo na madeira. Arfei com o contato, deixando nossos lábios tão próximos que me fazia respirar pesado.

— Não podia ter liberado essas fotos hoje. – sussurrei. — Não depois de me deixar cheia de tesão em Seattle e me provocar ontem a noite.

Minhas falas fizeram os olhos de Toni se arregalarem, não me importei, colocando minha boca sobre a sua e sugando seus lábios. A lutadora parecia estática, sem retribuir ao meu ataque faminto. 

— Cheryl, não...

Murmurou nos separando.

Ignorei sua negação, deslizando os lábios para seu pescoço e iniciando uma trilha de beijos por sua pele morena. Colabore, Topaz, eu estou excitada. Senti um puxão nos meus cabelos, trazendo meu rosto para frente do seu, os castanhos estavam escuros, mas sua expressão séria.

— Pare agora.

Pediu, o tom em repreensão.

Estreitei o olhar.

— Por que? Nós...

Foi nesse momento que o meu mundo pareceu ficar completamente vermelho, sempre admirei essa cor, mas hoje ela não significava coisas boas, significativa: Vergonha e desespero. Uma voz fininha e animada me interrompeu, fazendo meu coração quase sair pela boca. Sempre adorei ouvi-la em qualquer situação, mas hoje com certeza não foi uma sensação boa.

— Merida!

Arregalei os olhos para Toni, congelada na posição que estávamos, ela tentou me confortar com um sorriso, mas sabia que deveria estar louca para rir. O meu rosto começou a tomar uma coloração vermelha, esquentando a cada segundo que passava. 

Em um resquício de coragem, virei meu corpo, Samantha vinha correndo em minha direção e havia pelo menos quatro cabeças apontadas. Todos sentados na sala que ficava logo depois da entrada, tentando enxergar o que acontecia na porta. Katy, Antônio, Dimitri e Marina. Foi ai que tive o meu maior desespero interno ao confirmar que não estávamos sozinhas.

Toni Topaz – Point Of View 

Segurava meu riso, era quase impossível ao ver Cheryl completamente vermelha com os olhares todos em cima dela. Queria achar alguma maneira de lhe confortar, mas seria difícil diante da situação. Minha irmãzinha já estava em seu colo, mexendo em suas mechas enquanto tagarelava sobre alguma coisa que a ruiva com certeza não estava prestando atenção, mas olhava para a garotinha como se estivesse. 

— Vamos levar suas coisas lá pra cima. – falei, tocando em sua mala. — Parem de olha-la, por favor. 

Pedi aos outros que mantinham os olhares focados na mulher que mal se movia. Houve alguns murmúrios baixos e risadinhas. Agradeci ao ver minha mãe levantando do sofá e vindo em nossa direção, ela saberia muito bem como lidar com isso.

— Katy, pensei que ela estivesse sozinha, nunca faria algo assim e...

— Querida. 

Interrompeu a ruiva, segurando em sua mão livre que não estava em Samantha. Minha irmã estava inerte com as pernas entrelaçadas no corpo de Cheryl e a agarrando pelo pescoço.

— Está tudo bem, a gente sabe o que fazem entre quatro paredes.

— Me desculpa.

Pediu, a expressão culpada.

— Não tem que se desculpar, fica calma. – a confortou. — Suba com Toni, estou quase terminando o almoço, espero que esteja com fome... – pausou rindo consigo. — Bom, de comida quero dizer.

— Mãe!

A repreendi, Cheryl abaixou a cabeça evitando encara-la.

— Ah, não resisti.

Ainda ria, negando enquanto se encaminhava para a cozinha. Toquei a cintura da ruiva, a abraçando de lado para caminharmos juntas. Ao passar pelos outros apenas acenou ainda muito envergonhada. 

Adentramos o quarto, Samantha continuava em seu enlaço. Posicionei sua mala perto de minha cama, deixando a bolsa sobre o colchão. Me aproximei de Cheryl, parecia entretida em tocar os cachos da minha irmã.

— Você está bem? Por que não me avisou que viria?

— Eu vi as fotos e quis fazer uma surpresa. – bufou negando. — Melhor pararmos com surpresas, nunca dão certo.

Me encarou, ri concordando.

— Por que não me disse que estava seminua nas fotos? Fiquei louca por você. – sussurrou, tapando o ouvido de Samantha com uma mão, a garotinha estava deitada em seu ombro. — E por que não me parou antes de falar aquelas coisas? Por Deus, Toni...

— Cheryl, você chegou me agarrando e nem deu espaço para falar. 

Retruquei, ela revirou os olhos.

Queria beija-la, dizer que estava feliz por vir, mas a ruiva me deu as costas carregando Samantha para fora do quarto. Não a entendi naquele momento, mas segui seu caminho. Quando chegamos a sala, Cheryl foi direto para a cozinha evitando o pessoal da sala e preferindo interagir com minha mãe.

— Nossa, Topaz. Sua garota parecia... Faminta.
Dimitri zombou rindo.

— Gente, por favor, ela está morrendo de vergonha.

Pedi por menos brincadeiras. Os três presentes riram negando e iniciamos outro assunto que não fosse Cheryl tentando me devorar viva. Não que fosse algo que não tenha gostado, eu amei, mas estava prezando por sua saúde mental após ser flagrada.
 
Iríamos almoçar todos juntos, uma pequena confraternização com os mais importantes e que estão envolvidos em minha carreira. Todos estavam orgulhosos de minha campanha na Calvin assim como a revista que fui capa. 

Quando sentamos todos a mesa, Cheryl parecia recuperava. Sua coloração voltou ao normal, ela até riu de alguma brincadeira que meu pai fez. Sentamos lado a lado. Samantha estava em uma cadeira de papa perto de minha mãe, Dimitri e meu pai nas pontas e Marina a minha frente. Todos nos servimos em meio a conversas aleatórias, senti que o clima ficou mais leve e agradecia por isso.

— As fotos estão bombando.

Marina comentou, sempre grudada ao celular, nem para comer larga o aparelho. O olhar está permanentemente focado no que está acontecendo na internet ou melhor, o que estão falando sobre mim na internet.

— Esse foi um dos melhores contratos que já teve, filha.

Meu pai elogiou, concordei.

Senti a mão de Cheryl na minha coxa, a olhei e a mesma parecia concentrada em comer a deliciosa comida de minha mãe. Não havíamos trocado palavras então, acredito que seja um aviso de que estamos bem. 

— Amber arrasou. 

Marina elogiou a fotógrafa.

— Desculpe, quem é Amber? 

Cheryl perguntou, franzindo a testa enquanto encarava minha assessora.

— A fotógrafa, ela é incrível!

Porque não foi uma idiota com você.

Pensei, negando ao me lembrar do quão cafajeste a profissional se portou naquele dia. A mão da ruiva apertou minha coxa, firme e roçando suas unhas na minha pele. A olhei, nenhum contato visual comigo. 

— Realmente, as fotos ficaram incríveis.

Cheryl concordou, deslizando sua mão para a parte de dentro de minha coxa, pressionei minhas pernas uma contra a outra. Aquele simples toque me arrepiou dos pés a cabeça e me fez ficar excitada. A ruiva forçou sua mão, obrigando-me a separa-las novamente. Encarei seu rosto, tentando entender o que queria com isso.

— A gente sabe que você amou.

Marina brincou, rindo e para minha surpresa, Cheryl também riu achando graça do momento que a alguns minutos nem queria falar. Decidi voltar a comer e esquece-la, era um pouco impossível quando os seus dedos acariciavam minha pele lentamente na parte interna da minha coxa, chegando até minha virilha com facilidade por conta do short curto.

— Pare.

Sussurrei para Cheryl, ela sorriu me ignorando.

— Katy, pretendo ficar até domingo e iria adorar fazer bolinhos com você, podemos combinar um dia?

Até domingo? Ah, só posso estar sonhando, isso é incrível.

Meus pensamentos foram cortados quando com uma habilidade absurda a ruiva abriu o botão do meu short e enfiou sua mão dentro dele. Pressionando minha intimidade com dois dedos. Arregalei os olhos, vendo a mesma sorrir com a resposta de minha mãe de que estaria livre em qualquer dia.

Vai mesmo me tocar enquanto fala sobre bolinhos com minha mãe?

Cheryl!

Toquei em seu pulso, tentando retira-la do local, mas foi impossível. Movimentou os dedos por cima da calcinha, alterando o toque de um e outro na minha intimidade. Mordi os lábios, não conseguindo comer mais nada e mexer o corpo na cadeira.

— Toni, tudo bem?

Marina que estava a minha frente franziu a testa.

— Você parece vermelha.

— É da pimenta.

Usei a primeira desculpa que veio a minha mente, firmando minha mão na barra da mesa com a maneira que Cheryl acelerou os movimentos fazendo minha calcinha ficar úmida com seus toques.

— Não coloquei pimenta na comida.

Minha mãe justificou, confusa com minhas palavras.

— É... Eu...

Pressionei meus lábios, a maldita tocava a pontinha de seus dedos em meu clitóris o acariciando lentamente. A vi colocar uma garfada de comida na boca, mastigando e engolindo com rapidez. Finalmente tive sua atenção.

— Tee, você está bem?

Fingiu uma preocupação, virando um pouco seu corpo e colocando a mão livre em minha coxa a apertando com precisão. Fechei meus olhos com força, contendo o gemido que queria deixar escapar.

— Preciso ir no banheiro!

Anunciei, rápido e ofegante.

Cheryl retirou sua mão de imediato e afastou-se.

— Ah, é só uma dor de barriga.

Falou, de forma tão cínica que poderia mata-la agora mesmo. Todo mundo acreditou em suas palavras, voltando a manter assuntos aleatórios. Abotoei meu short, levantando e saindo as pressas em direção ao banheiro.

Filha da puta!

A xingava mentalmente, além de me provocar ainda me deixou completamente excitada e molhada. Respirei fundo tantas vezes que perdi as contas. Meu sexo pulsava, havia uma pressão tão grande que não conseguia esquecer de seus toques e isso fazia só aumentar minha vontade de transar.

Não havia jeito terei que me aliviar.

Sentei no vaso – com a tampa fechada, abrindo meu short e deslizando por minhas pernas. Logo após foi a calcinha, conseguia ver a mesma molhada pelo líquido que agora escorria nas laterais de minhas coxas. Fechei os olhos, lembrando-me dos toques de Cheryl e estimulando meu sexo tentando repeti-los. Minhas pernas se afastavam a cada segundo a mais que passava, acelerei os movimentos não conseguindo conter os gemidos.

— Toni.

Abri os olhos com meu nome sendo chamado por Cheryl e batidas na porta, bufei levantando minha calcinha junto do short. Ergui meu corpo, caminhando até a porta e abrindo.

— O que você...

Não tive tempo de falar, mais uma vez a ruiva agarrou-me segurando minha cintura com firmeza. Ouvi a porta bater enquanto seus lábios tocavam os meus, provavelmente a fechou com o pé. Meu se chocou contra a pia, ouvi algumas coisas caírem, mas não me importei pois havia uma língua inquieta dentro da minha boca. Toquei seus ombros, puxando seu corpo contra o meu buscando por mais contato e assim como ela iniciou aquela loucura, parou sugando meu lábio.

— Ouvi você, os seus gemidos...

Sussurrou, roçando os lábios na pele do meu pescoço. O tom rouco me fez gemer, sentindo meu corpo inteiro arrepiar com o contato. Beijos e mordidas distribuídas, a mão subindo por dentro da minha regata.

— Não pode fazer isso, não sem mim ou sem me deixar assistir.

Os dedos gelados tocaram o bico do meu seio o deixando rígido automaticamente, suspirei deslizando minha mão para sua nuca e tocando os fios ruivos. Cheryl envolveu o seio com a palma da mão, apertando com força enquanto a outra mão pressionava minha bunda fazendo meu corpo ficar ainda mais colado ao seu.

— Uma pena não termos tempo e não poder te comer bem devagar. – voltou a falar trazendo seu rosto para ficar de frente com o meu. Ah sim, eu adoro quando você fala desse jeito.  — Mas teremos a noite toda... Melhor, teremos vários dias até domingo.

Sorriu, chocando seus lábios contra os meus e enfiando sua mão dentro de meu short sem mais nenhuma tortura. Após adentrar minha calcinha, gememos juntas com a situação que meu sexo se encontrava, podia sentir a facilidade que os dedos de Cheryl se moviam por estar encharcada.

Afastei minhas pernas lhe dando total acesso, a ruiva iniciou movimentos circulares bem em meu ponto sensível. Ela estava com pressa e eu ainda mais. Tentava lhe ajudar me remexendo contra sua mão, nossos lábios não desgrudaram em momento algum pois com certeza seríamos descobertas se o fizesse. Cheryl foi precisa, acelerando seus dedos e conseguindo me fazer gozar com facilidade, acabando com meu incômodo de alguns minutos atrás. Aos poucos, desacelerou nosso beijo o parando com uma mordida em meu lábio.

Encarei os castanhos escuros de desejo e quase gemi de satisfação ao vê-la enfiar os dedos que estavam em mim inteiramente na sua boca, os sugando de olhos fechados como se provasse o melhor gosto do mundo.

— Toda vez que te olho só lembro das fotos, da chamada de vídeo que estava nua após banho...

Seu nariz deslizou por meu pescoço, inspirando com força enquanto apertava minha cintura prensando meu corpo contra a pia novamente. Suspirei, me apoiando contra a mesma.

— Meu tesão por você só aumenta, Toni, a cada segundo... – sussurrou, a voz rouca demonstrando a excitação. — É melhor se preparar, quando estivermos a sós irei me aproveitar de você.

Chupou o lóbulo de minha orelha, fechei os olhos.

— Irei te foder hoje a noite, eu viajei só pra isso.

— Cheryl...

Murmurei, abrindo os olhos impactada demais com as palavras pronunciadas pela mulher a minha frente. Ela sorriu, como se não tivesse acabado de me deixar excitada novamente e colou nossos lábios, um selinho demorado.

— Não se preocupe, irei dizer que passou mal e estava te ajudando, tome um banho... Você está precisando.

Debochou, rindo da maneira que fiquei congelada com suas atitudes. Só acordei de meu transe quando a porta bateu anunciando sua saída. Fechei os olhos, respirando fundo tentando controlar minha respiração descompassada. Pode ser a coisa mais horrível do mundo, mas mal posso esperar para todos irem embora.

|Avisos:

Esse capitulo estava dividio em dois por isso tem três pov, eu não gosto que tenha mais que dois, mas tive que juntar os capitulos porque provavelmente essa fanfic terá 50 capitulos SIM, respeitem meu toc. O bom é que tem algumas coisinhas pra acontecer então, os capítulos serão maiores.

O próximo capitulo como a Cheryl já avisou vai ser 80% hot e se você não gosta muito pode pular porque não vai interferir em nada na história, ok?

Enfim, estou tentando responder os comentários nessa reta final então, apareçam e vamos interagir.|

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