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Somente sua

Toni Topaz – Point Of View

Soltei um longo suspiro assim que sai do banheiro da minha melhor amiga, a mesma acabará de entrar no banho. Betty bebeu demais após Veronica ir embora, resultando em um mal estar óbvio depois de tanto álcool ingerido. Cheryl nos trouxe para a casa da loira, assim que chegamos achei melhor cuidar da Cooper, não queria expor a ruiva ao cheiro e situação que a outra se encontrava.

Cheryl conseguiu bagunçar meus sentimentos, fiquei uma semana planejando uma surpresa e quando acontece a pego quase beijando outra. Entendo, não temos um compromisso e não posso lhe cobrar nada, mas pensei que tivéssemos deixado as coisas subentendidas. Fiquei com ciúmes, raiva e chateada, mais por todo meu esforço para vir vê-la. Eu estava exausta, merecia chegar e ganhar sorrisos, beijos... Não uma médica dando em cima da minha mulher.

— Como ela está?

Ouvi sua voz, a ruiva estava sentada na cama, as mãos apoiadas para trás apoiando o corpo demonstrando seu cansaço. Caminhei até ela, sentando ao seu lado evitando encarar as coxas expostas ou os seios muito bem favorecidos pelo decote do vestido.

— Vai ficar bem, é só... Um porre.

Dei de ombros.

— Não precisa ficar constrangida sobre isso. – a olhei. — Sabe, tive vários porres, mas superei e está tudo bem agora.

— Cheryl, não. – neguei franzindo a testa. — Só estou cansada.

— Entendi.

Murmurou, desviando nossos olhares.

A observei ajeitar a postura, cruzando as pernas e colocando as mãos em cima dos joelhos. Ela está tão linda hoje que não culpo aquela mulher por deseja-la. Porém a imagem das duas se aproximando e Cheryl não fazendo nada para impedir vai demorar a sair da minha mente.

— Você ainda está brava?

Perguntou, me encarando e tirando de meus devaneios.

— Estaria mentindo se dissesse que não, mas... – suspirei. — Sei que foi infantil da minha parte, não temos compromisso e eu estava exausta... Ainda estou do dia de hoje.

— Compreendo estar chateada por se esforçar para vir me ver e presenciar a cena, eu também ficaria, mas como você mesma disse não temos compromisso.

Concordei, balançando minha cabeça e desviando meu olhar para o chão, não irei pressiona-la para sermos exclusivas. Nossa situação é complicada, só nos vemos nos finais de semana e é claro que não somos de ferro. Talvez se estivesse no lugar dela poderia agir da mesma maneira.

— Assim que cheguei no Club e estava só com meus amigos... – a encarei prestando atenção nas suas palavras. — Tudo que pensava era em como estava sentindo sua falta, o quanto queria te ver e beijar. – respirou, tocando em meu rosto. — Não pense que não estou nos levando a sério.

— Não penso isso.

— Bom, só quero deixar claro que a partir de agora não quero ficar com mais ninguém além de você e podemos, quem sabe... Ser uma da outra?

Sugeriu, baixinho ao final enquanto encolhia seus ombros. Arqueei as sobrancelhas, surpresa com suas palavras. É claro que quero ser sua e que você seja minha, mas não precisava saber disso de cara.

— Pensei que já fossemos, quer dizer...  – fingi pensar. — Me lembro muito bem de alguém dizer mais cedo “eu sou sua, idiota” toda desesperada.

Debochei, Cheryl revirou os olhos.

— Foi no calor do momento.

— Calor do momento? – assentiu. — Você sabe, eu posso fazer esse calor voltar bem rápido...

Murmurei, me aproximando dela e tocando sua coxa. A ruiva não recuou quando deixei nossos rostos a centímetros, rocei nossos lábios subindo minha mão por seu corpo e a sentindo respirar mais pesado.

— Toni!

Revirei os olhos ao ouvir a voz de Betty no banho, encarei Cheryl e fazia o mesmo movimento. Acabei rindo do quão boa amigas somos, a loira passando mal e nós duas pensando em transar. Deixei um selinho nos lábios da ruiva, levantando meu corpo.

— Ei.

Me segurou, ela também estava em pé então, puxou meu corpo contra o seu nos deixando coladas. Arfei com o contato desejando beijar seus lábios que estavam próximos. Cheryl tocou meu rosto, deslizando os dedos por minha pele em um carinho suave.

— Estamos juntas? – perguntou intercalando o olhar entre meus lábios e olhos. — Quero dizer, só eu e você, juntas e sendo uma da outra até darmos o próximo passo.

— Você quer que eu seja só sua, Blossom?

Provoquei, sorrindo.

— Quero. – respondeu rápido e confiante. — E saiba que você vai ser de qualquer maneira, mesmo que não aceite agora...

— Eu já sou somente sua a muito tempo...

Ela sorriu, colando seus lábios nos meus. Sorri contra sua boca enquanto a mesma iniciava um beijo lento, grudando nossos corpos cada vez mais ao agarrar-me pela cintura.

— Antoniette.

O chamado de Betty fez com que nos separássemos insatisfeitas, Cheryl continuou a agarrar-me, distribuindo selinhos por meus lábios e implorando por mais alguns minutinhos. Foi difícil me soltar da ruiva, tive que fugir e adentrar o banheiro. Apenas ouvi um resmungo seu dizendo que iria tomar um banho.

Assim que virei meu corpo parado na porta, encontrei Betty sentada no vaso vestida em um pijama e quase dormindo. Ri da situação, a loira nunca foi de beber, é a mais certinha de nosso grupo, com certeza irei usar isso contra ela futuramente.

— Me leva pra cama, estou tonta.

Reclamou, concordei.

— Isso que da beber sem pensar no depois.

Falei, a levantando e colocando seu braço sobre meus ombros para conseguir carrega-la até o quarto. Ouvia seus múrmuros insatisfeitos, mas não liguei a levando para cama.

— Nunca mais vou beber.

Esticou seu corpo no colchão, fechando os olhos.

— Betty, vou fazer algo pra você comer, tenta ficar acordada.

— Não, me deixa dormir.

Suspirei, a cobrindo com a coberta que havia nos pés da cama.

— Já volto.

Avisei, a mesma nem me olhou parecia cansada demais. Apaguei a luz assim que sai do quarto, descendo as escadas para fazer algo para comer. Por mais que Betty se recuse, é importante que coma algo pra se recuperar melhor.

Retirei meus calçados e a calça que me apertava – ficando apenas de calcinha, a deixando na sala junto do suspensório. Abri alguns botões de minha camisa e dobrei as mangas para ter mais acesso aos utensílios. Já vim a casa da minha amiga algumas vezes então, foi fácil achar o que precisava. Pães e coisas necessárias para um sanduíche como: Tomate, queijo, alface...

— O que está fazendo?

Um aroma muito bom invadiu minhas narinas e a voz de Cheryl preencheu meus ouvidos, estava quase tudo pronto quando me virei para olha-la. A ruiva enrolada em uma toalha e – provavelmente, nua em baixo dela tinha a testa franzida.

— Passei no quarto, a Betty apagou.

Sua voz parecia soar baixa diante meu transe ao ver seu corpo com algumas gotas ainda deslizando por sua pele. Suspirei, colocando minhas mãos no mármore onde estava preparando tudo apoiando-me para não me desestabilizar com a visão.

Impossível, só conseguia pensar em seu corpo nu.

— Eu vim... Vim fazer algo pra ela comer.

Puxei o ar.

Cheryl estreitou o olhar em minha direção, abrindo um sorriso aos poucos e dando passos lentos em minha direção. Ela percebeu e vai se aproveitar disso. Mordi os lábios assim que ficou a minha frente, a mão que segurava sua toalha estava firme no tecido. Inspirei seu cheiro bom de quem acabou de sair de um belo banho, fechando meus olhos ao apreciar.

— Betty está dormindo, não vai querer comer...

A encarei, um sorriso malicioso se apossava dos seus lábios e vi tudo em câmera lenta quando soltou a toalha para envolver os braços em meu pescoço. O tecido caiu, deslizando pelo corpo até ir ao chão e como esperado, Cheryl estava completamente nua a minha frente.

— Mas talvez você queira.

Completou, mordendo os lábios ao final.

É sério...

Essa mulher vai me enlouquecer!

Com esse pensamento, abracei sua cintura sentindo o corpo quente pelo banho recém tomado, grudando nossos corpos e cobrindo meus lábios com os seus. Subi minha mão para a nuca, deitando sua cabeça e aproveitando a abertura dos lábios para enfiar minha língua dentro da sua boca. Cheryl gemeu baixinho com o contato, forçando seu corpo contra o meu e me prensando contra o balcão.

Me movi de forma rápida, nos girando e a deixando encostada no mármore gelado, não desgrudei nossas bocas mantendo o beijo acelerado. Segurei em sua coxa a encaixando ao lado de meu corpo e pressionando seu centro com minha perna. A ruiva gemeu mais uma vez, segurando em meus cabelos. Separei nossos lábios, buscando por ar e os escorregando para a pele de seu pescoço, mais uma vez inspirei seu cheiro me sentindo embriagada.

Deslizei a língua por seu ponto de pulso, fazendo uma trilha de beijos até chegar a sua clavícula e descer para os seios. Chupei sua pele, segurando um dos seios com minha mão o acariciando e dando apertões enquanto sugava o bico do outro, mordendo de leve ao final e o sentindo enrijecer em minha boca. Passei meu nariz pelo vão dos mesmos, cravando minhas unhas na sua coxa, apertando com vontade sua carne e a ouvindo arfar passando suas mãos por minhas costas.

Beijei sua barriga, agachando enquanto acariciava as laterais de seu corpo o desenhando. Apoiei sua perna em meu ombro, dando-me total acesso ao seu sexo molhado bem no meu rosto. Ajoelhei a sua frente, roçando meus lábios nas partes internas de suas coxas e chegando a virilha. Lambi sua intimidade, sentindo o seu gosto invadir minha boca. A suguei, chupando toda sua extensão com certa fome de sexo, do seu gosto... Dela.

Levantei o olhar a observando pressionar as pálpebras enquanto gemia agarrada ao mármore, impulsionando o sexo cada vez mais contra meu rosto. Circulei seu clitóris com a língua, fazendo um movimento rápido e a estimulando. Seus gemidos aumentaram o tom, incentivando-me a continuar até a sentir explodir em um orgasmo bem na minha boca. O seu corpo relaxou, a chupei uma última vez e levantei devagar até chegar aos seus lábios.

— Você continua gostosa pra caralho.

Murmurei contra sua boca, lhe dando um selinho demorado que Cheryl fez questão de transformar em beijo. Abracei sua cintura novamente, usando da força a impulsionei para cima e a ruiva entrelaçou as pernas no meu tronco, quebrando o beijo para me olhar.

— Toni...

— Shh... – pedi colando meus lábios nos seus. — Me deixe aproveitar você hoje.

Falei vendo a mesma assentir enquanto a carregava para sala. Meu objetivo era chegar ao quarto, mas infelizmente meu corpo quase já não obedecia meus comando por conta do cansaço. Escolhi o maior sofá, deitando nossos corpos e ficando com o meu por cima.

Beijei sua boca novamente, tocando em seu pescoço e deslizando para seu seio o apertando. Suspirei ao nos separarmos, saboreando de sua pele, chupando, mordendo, lambendo... Deus, eu vou sentir muita falta disso. Escorreguei minha mão por sua barriga, iniciando um outro beijo e levando meus dedos até sua intimidade que já estava úmida. Sorri sobre seus lábios, satisfeita com meu efeito nela.

Movi meus dedos para cima e para baixo, lentamente no intuito de tortura-la. Estava funcionando já que Cheryl gemia baixinho e manhoso, querendo mais de mim. Separei nossas bocas novamente, pressionando seu nervo inchado com a ponta dos meus dedos e a sentindo agarrar meus cabelos, gemendo bem em meu ouvido. Mordi os lábios, escorregando dois dedos para dentro dela, ficando completamente encharcados e esmagados.

— Toni, por favor...

Pediu, mexendo seu quadril contra minha mão. Comecei um vai e vem lento, saindo e dobrando os dedos ao adentra-la novamente. Seu corpo remexeu inquieto abaixo do meu, aumentando os gemidos e pedindo por rapidez. Parei de tortura-la, acelerando os movimentos e a estocando como queria. Seu ápice estava chegando, conseguia perceber pela maneira que suava, as unhas arranhavam minhas costas e gemia cada vez mais alto. A penetrei uma ultima vez com três dedos, o seu líquido lambuzou-me, mas o som que saiu por entre seus lábios me assustou e pensei tê-la machucado. Retirei meus dedos, saindo da curva de seu pescoço e a encarando. Cheryl respirava com dificuldade, mechas ruivas estavam coladas em seu rosto e os olhos fechados.

— Tudo bem?

Perguntei ainda preocupada. Um sorriso de satisfação apareceu em seus lábios, os olhos se abriram aos poucos e segurou meu rosto entre as mãos me dando um selinho.

— Tudo ótimo. – respondeu, me fazendo sorrir aliviada. — Só não me faz levantar daqui, por favor.

Fez um beiço, acabei rindo e assenti ao pedido. Havia uma manta no outro sofá junto de minhas roupas, levantei para pegar e voltei para o encontro de Cheryl. Me encolhi com a ruiva no sofá, enfiando meu rosto entre seus seios e abraçando sua cintura de forma possessiva.

Só queria ficar junto dela.

— Você está cansada, não é?

Murmurou tocando em meus cabelos, suspirei com o carinho enquanto assentia.

— Queria muito continuar, mas agora ficar pertinho e ganhar carinho já basta.

— Seu pedido é uma ordem.

Falou, abraçando meu corpo e fazendo um cafuné em mim. Me aconcheguei mais a ela desejando ter esse carinho todos os dias. Não lembro se voltamos a conversar ou lhe dei boa noite, só de fechar os olhos embriagada por seu cheiro e provavelmente pegar no sono.

_____

— Meu Deus!

Um grito alto me fez acordar no susto, aparentemente não só eu já que senti meu corpo ser jogado para fora do sofá e minhas costas doerem quando entrei em contato com o chão.

— Porra.

Gemi de dor, abrindo os olhos com dificuldade.

— Vocês transaram no meu sofá, eu não acredito!

Só então, reconheci a voz de Veronica em tom de repreensão. Vi uma almofada voar, mas graças a Deus foi em direção a Cheryl que resmungou com a agressividade da melhor amiga.

— Toni, desculpa.

Pediu, o olhar piedoso enquanto enrolava a manta no corpo nu. Levantei aos poucos, sentando no chão.

— Bom dia.

Murmurou, se inclinando para beijar meus lábios.

— Belo dia.

Brinquei rindo e ela fez o mesmo.

— Alguém pode me dizer que horas são?

Perguntei ficando em pé e procurando por minhas calças, Veronica estava de braços cruzados e cara emburrada enquanto nos encarava. O que será que ela quer que eu diga?

Desculpa comi sua melhor amiga no seu sofá, da próxima vez penso em não fazer isso.

Ri comigo mesma, negando.

— Já são quase nove horas da manhã, Topaz.

Me informou, arregalei os olhos em sua direção.

— O que? – entrei em alerta, vestindo com pressa minhas calças. — O meu voo é as dez.

— Você já vai embora?

O tom surpreso de Cheryl chamou minha atenção.

— Eu preciso. – me aproximei para pegar os calçados que estavam perto do sofá onde estava sentada. — Tenho evento de tarde e a noite.

— Isso é sério?

Não, o seu tom manhoso não vai me convencer.

— Sim, eu disse que fiz de tudo só pra vir te ver.

Lhe dei um selinho, calçando meus sapatos em rapidez absurda. Levantei o corpo correndo o olhar pela sala para ver se faltava algo e só precisava pegar meu celular.

— Vou te levar. – a ruiva voltou a falar. — Só preciso de um banho rápido e que Veronica me empreste uma roupa.

— Ah, preciso de uma escova de dentes. – olhei para a morena. — Você tem?

Ela bufou, revirando os olhos.

Cheryl foi para seu banho, Veronica me deu uma escova de dentes e lhe expliquei o que aconteceu com Betty. Na sala, esperávamos a ruiva voltar. A morena ainda foi ver a esposa antes de nos despedirmos, pelo jeito minha melhor amiga não acordaria tão cedo.

— Eu preparei sanduíches pra ela ontem, deve estar em cima do balcão.

Informei assim que voltou.

— Nossa, quem vai comer sou eu, estou faminta.

Falou, caminhando para a cozinha. No mesmo instante Cheryl apontou nas escadas, vestida de jeans e moletom, com certeza não eram roupas suas, mas é incrível como tudo cai bem nela.

— Você fica linda de qualquer jeito, sabia?

Abracei sua cintura, lhe beijando os lábios enquanto a sentia sorrir.

— Por que diabos... – a voz alta de Veronica nos fez separar. — Tem uma toalha no chão da minha cozinha?

Ela apareceu na porta com a toalha pendurada em sua mão, troquei um olhar de alerta com Cheryl sem saber o que fazer ou como responder a sua melhor amiga. A ruiva parecia da mesma maneira.

— Corre.

Cheryl sussurrou como uma criança, enquanto pegava em minha mão e puxava-me em direção a saída. Só tive tempo de pegar meu celular, ela suas chaves e quando estávamos perto da porta ainda ouvia Veronica.

— Vocês duas voltem aqui!

— Tchau, Ronnie. – gritei de volta. — Obrigada pela escova de dentes.

Fechei a porta, correndo junto de Cheryl para o seu carro. A gente ria como suas adolescentes que acabará de fazer coisa errada. Não me contive, lhe dando um beijo antes de adentrarmos o carro. Prensei seu corpo contra a porta, aproveitando de seus lábios sabendo o quanto irei sofrer por ficar sem eles novamente.

— Ok, se não irei perder o voo...

Tentei me afastar, a ruiva me impediu grudando nossos corpos novamente.

— Não seria má ideia, seria?

Sussurrou, colocando os lábios sobre os meus novamente. Suspirei, entrelaçando minha língua na sua. Mentalizei várias vezes que iria parar o beijo, não conseguia, mas em certo momento tive que tomar coragem e acabar com nossa troca de carinho.

— Realmente precisamos ir.

Cheryl revirou os olhos.

— Seria tão ruim assim ficar aqui comigo?

— Não, mas quebrar um contrato e ter que pagar multa sim.

Forcei um sorriso, a ruiva suspirou selando nossos lábios uma última vez e deixando que me afastasse. Adentramos o carro, cinto colocados e Cheryl deu partida no veículo. Um dos celulares apitou, mais de uma vez e era o da mulher ao meu lado. Seu olhar foi ao aparelho que estava no painel, mas relutou em pegar.

— Pode ver para mim, por favor?

Pediu, assenti o pegando em mãos.

As últimas mensagens eram de Veronica, tudo em maiúsculo demonstrando sua irritação com a melhor amiga. Li antes e acabei rindo sozinha, depois as pronunciei para Cheryl.

“NA MINHA COZINHA, BLOSSOM? EU NUNCA TE DESRESPEITEI DESSE JEITO.”

“VOU MATAR VOCÊS.”

“MAS NÃO ANTES DE ME PAGAREM UM SOFÁ NOVO!”

A ruiva caiu na gargalhada, focando sua atenção na estrada e dizendo que se resolveria com ela futuramente. Meu olhar estava no celular, infelizmente acabei vendo coisas que não deveria ou que não precisava ver.

— Sabe, eu vou dormir um pouco até o aeroporto. – informei, colocando o celular de volta sobre o painel. — Você se importa?

Encarei a ruiva que negou.

— Claro que não, você deve estar exausta.

Concordei, deitando minha cabeça no banco em direção a janela e fechando os olhos. Não seja infantil, ciumenta e neurótica. Era o que mentalizava após ter lido a seguinte mensagem:

“Oi, é a Callie, peguei seu número com a Veronica, você não se importa, certo? Aguardo uma resposta.”

Seria difícil esquecer essas palavras. De imediato já consegui liga-la a médica que tentou beijar a ruiva no club. Não pensem que estou brava, que irei gritar com Cheryl e dizer para apagar aquela mensagem, até porque eu mesma poderia ter feito e a mesma nunca saber da existência. Existem escolhas e a minha é confiar nela, mas não me peça para não ficar com ciúmes. Gosto de cuidar do que é meu e saber que tem alguém a querendo por perto me faz sentir inveja porque pode tentar agrada-la, ter contato físico enquanto não posso.

Acordei com beijos e sussurros de que havíamos chegado. Estávamos no horário, mas Cheryl me deixou na entrada principal enquanto procurava por um estacionamento. Fui fazer meu check-in, ainda um pouco sonolenta sentei nas cadeiras. Quando olhei para meu celular e faltava vinte minutos para ir, a ruiva apareceu com café e um pacote de biscoito nas mãos.

— Achei que gostaria de comer alguma coisa no voo.

Falou, alcançando-me o copo e sentando o corpo ao lado do meu.

— Obrigada.

Sorri, pegando o café e os biscoitos. Beberiquei o líquido quentinho, me renovando um pouco naquele momento. Jughead tem razão sobre o clima de Seattle, por mais que não estivesse chovendo está frio pra quem vive em Los Angeles com o sol no topo a todo momento.

— Quando estava esperando seu café... – iniciou a falar. — Fiquei mexendo em meu celular e vi uma mensagem que você não mencionou.

— Cheryl, não estou brava ou algo do tipo.

A encarei, dando de ombros.

— Não quero nada com ela, estamos juntas agora. – declarou, colocando sua mão sobre a minha e a segurando. — Nem respondi, apenas apaguei a mensagem e não gravei o número.

— Não precisa me contar isso.

— Eu sei, mas quero. – entrelaçou seus dedos nos meus e aproximou nossos rostos. — Você é a única pra mim.

Mordi os lábios tentando conter o sorriso enorme que iria deixar escapar, Cheryl nem tentou, sorrindo largo e selando nossos lábios demoradamente enquanto segurava meu rosto. A voz mecânica anunciou a primeira chamada de meu voo, nos separamos a contra gosto.

— Quando você volta?

Perguntou, brincando com uma mecha do meu cabelo.

— Não volto.

Respondi, levando o copo de café aos lábios e bebendo mais um gole. Espero que perceba que está na hora de você viajar para me ver. Cheryl franziu a testa ao me olhar, ela riu achando que fosse piada.

— Está brincando?

— Nop. – balancei a cabeça. — Só estou dizendo que não vou voltar tão cedo. Sabe, essa última vez foi bem exaustiva...

— Tudo bem, eu entendi. – ela sorriu ao me interromper. — É minha vez de ir a Los Angeles e concordo.

Que bom que entendeu!

— Final de semana fica bom pra você? Tem compromisso?

— O que? Nesse final de semana?

Arqueei as sobrancelhas claramente surpresa.

— Algum problema?

Franziu a testa.

— Não, nenhum. – abri um sorriso que provavelmente iria rasgar meu rosto. — Só não pensei que iria tão rápido, você é sempre tão ocupada...

— Não pra você.

Interrompeu-me, segurando minha cintura e nos aproximando.

— Agora me de um ultimo beijo, por favor.

Pediu, não relutei em nenhum segundo para lhe atender, aproveitando de sua boca. Era a primeira vez que nos afastávamos já sabendo quando iremos nos encontrar novamente, só não decidi se é melhor ou ainda pior porque assim que adentrei o avião comecei a contar os segundos que a teria em meu apartamento e na minha cama.

|O tão esperado hot e pelo visto Verônica não gostou que ele aconteceu. 😂
Ela que lute pra limpar essa casa.|

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