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Doze passos

Cheryl Blossom – Point Of View 

— Meu nome é Cheryl Marjorie Blossom, tenho vinte e três anos, sou alcoólatra e... – puxei o ar. — Tive uma recaída.

Confessei, soltando o mesmo.

A parte mais complicada de ter uma recaída era começar do zero. Quando você entra no AA, ganha uma lista. O tão falado “12 passos” é algo que todos tem que seguir para ter uma melhora mais segura. É simples, na lista tem várias metas, você as lê e tenta executa-las ou as mentaliza, por vezes muda algumas coisas para encaixar em suas situações. Não tem necessariamente uma ordem, mas se conseguir segui-la fica muito mais fácil. Na minha primeira tentativa, estava indo bem, mas dessa vez iria ser muito melhor.

Assumir que era uma alcoólatra foi preciso novamente, admitir que tenho que ficar longe de bebidas em qualquer situação e principalmente que se beber terei consequências. Buscar ajuda também faz parte da lista, procurar os amigos e dizer a eles que é um dependente. Fazer uma lista com todas situações que me deixavam propensas a beber, tinha várias... Ficar sozinha, muito estresse, nervosismo.

Eu estava indo bem com minha lista, haviam dez passos baseados em coisas fáceis. Já não havia mais vergonha em ser uma alcoólatra, admitia para qualquer um e tentava passar alguma coisa boa com minhas experiências. 

Além dos doze passos, tinha minhas terapias com a psicóloga, nós trabalhávamos minha autoestima. Tive que lhe contar toda minha vida, desde o falecimento do meu pai, a rejeição de minha mãe até o término com Toni. Ela me fez entender que estava tudo bem sentir saudade, mas não posso ter necessidade. Dr. Ellen Barker me deixava a vontade, perdi as contas de quantas vezes chorei a sua frente, mas também dei muitas risadas. 

Finalmente estava iniciando minha cura total, o bem estar comigo mesma e com todos a minha volta. Aprendi até mesmo a lidar com surpresas, Sabrina me apareceu com uma em uma noite nossa de filmes. 

Sentada no sofá com um balde de pipoca entre as pernas, filme de comédia romântica na televisão e Sabrina ao meu lado, fiquei melancólica com a amizade de dois personagens. Eram melhores amigos, um homem e uma mulher. Lembrava meu antigo amigo e as vezes sentia falta de Nicholas, o modo que me ajudou naquele dia foi realmente incrível.

— Sinto falta do Nick. – divaguei, lembrando de todas coisas que passamos juntos. — Realmente sinto falta dele.

Aprendi a admitir meus sentimentos e não ter vergonha deles, não é minha culpa que meu amigo beba. Ele erra, mas isso não significa que só porque temos uma amizade também estou errando.

— Você não sente falta dele? 

Olhei para minha amiga, a mesma se remexeu no sofá.

— Algum problema? Isso não quer dizer que sinto falta do álcool, ok? Sinto falta das...

— Nós namoramos.

Interrompeu-me, abri a boca surpresa.

— Foram só algumas semanas porque depois aconteceu o dia da luta e não queria o mesmo com ele, terminei tudo. 

— O que? Sabrina...

— Só que agora ele disse que está mudando, aquela noite que te ajudou nós conversamos e nos beijamos. – finalmente me olhou. — Eu gosto dele, mas estou confusa, você sabe que nunca foi de uma só.

— Meu Deus.

Murmurei, desacreditada.

Quer dizer, era muita informação junta em poucas frases. Não que fosse ruim, mas Sabrina e Nicholas? Eca! Quando isso começou a acontecer? Ela é uma dama e ele um vagabundo... Oh, ok. É claro que isso iria acontecer. 

— Isso era algo que não esperava. – comentei ainda divagando, Sabrina tomou uma expressão piedosa. — Ei, não é ruim, ta bom?

Toquei sua mão, lhe confortando.

— E se ele está tentando mudar... Dê um voto de confiança. – dei de ombros. — Toni me deu uma chance, eu desperdicei, mas acredito que Nick não irá.

Falei tão naturalmente que Sabrina sorriu de forma contida, sabia o que sua atitude queria dizer: Ela estava orgulhosa. Não era mais doloroso falar sobre minha ex, o meu coração estava leve e com certeza, curado.

— Não me olhe como se pensasse que nunca mais falaria sobre ela.

Resmunguei.

— Mas eu pensava! – ela riu, revirei os olhos. — Eu estou tão orgulhosa, a maneira que falou foi positiva, entende? Como se tivesse aprendido com seu erro e não, se afundado nele.

— É, acho que nem percebi. – franzi o nariz. — Já que estamos falando em superação, romance e erros...
Iniciei, Sabrina juntou as sobrancelhas.

— Nos doze passos fala sobre consertar erros, me redimir com pessoas que prejudiquei... – suspirei antes de falar. — E a Dr. Barker disse que preciso melhorar minha visão sobre algumas coisas como... Luta profissional.

— O que está querendo dizer? 

— Toni vai disputar o cinturão novamente daqui poucos meses, eu vi na internet.

Falei, a loira arregalou os olhos.

— Você quer falar com ela?

— Não! – neguei rápido. — Quero abrir meu coração para entender esse esporte e quem sabe... Vê-la ganhar. 

Confessei, murmurando as palavras ao final. 
Era algo que havia pensado desde que a luta foi anunciada, tenho que melhorar minha visão sobre o UFC, uma coisa que praticamente causou nossos términos. Não é como se fossemos voltar, só queria aprender a enxergar lutadores como uma profissão. É claro que também quero a ver de longe, testar meus sentimentos – até agora, quase apagados. Mas sem contato físico, talvez ainda não esteja tão madura a ponto de termos uma conversa amigável, não sem pensar que poderemos ficar juntas.

É, isso é algo que preciso lidar. A ilusão de que sempre iremos acabar juntas.

— Cheryl, você tem certeza? 

Sabrina tinha o tom preocupado.

— Sim. – confirmei. — Pode ir comigo? Realmente preciso fazer isso.

— Claro que vou. – sorriu. — Ah, meu bebê está crescendo.

Abriu os braços, puxando meu corpo contra o seu em um abraço. Já disse o quanto Sabrina gosta de contato? Deus, ela e Nick realmente tiveram um relacionamento? Oh, Nicholas. Me afastei um pouco da loira, segurando em suas mãos e a olhando nos olhos.

— Abraça seu coração para o Nick, vou ficar muito feliz se der certo e se quiser mande falar comigo. Sabe, eu posso dar alguns conselhos...

Me gabei, jogando os cabelos.

— Você se acha, Blossom.

Ela riu, negando.

— Irei falar com ele, saber se está mesmo mudando.

— Espero que esteja.

_____

 
Não me lembro a última vez que usei um moletom largo, calças jeans rasgadas e um tênis comum. Sempre fui vaidosa o suficiente para ter saltos nos pés, lábios vermelhos e roupas sofisticadas. Hoje era necessário estar praticamente disfarçada em meio a multidão que iria assistir a luta de Toni. Não queria chamar a atenção e muito menos que soubessem que estou ali, sumi da mídia esses últimos meses, sei que se qualquer foto minha sair irá se espalhar rapidamente.

Minha cabeça estava coberta com capuz e no meu rosto, óculos de grau para ficar mais irreconhecível. Diferente da outra vez ficamos em um local onde estão as pessoas desconhecidas, em cadeiras como arquibancadas. Havia tanta gente, o burburinho era enorme. Sabrina estava sentada ao meu lado, chegamos bem atrasadas, mas de propósito já que novamente a luta de minha ex seria a ultima. Não estava nervosa, muito pelo contrário, estava ansiosa por esse momento. 

Lá de cima, conseguia enxergar a equipe de Toni, Veronica e Betty sentavam juntas bem perto do ringue. É, nem elas sabem que estou aqui. Espero nunca ter que contar isso a Lodge, com certeza irá me matar. Mas sério, quanto menos pessoas soubessem melhor. 

— Como está se sentindo?

Minha amiga perguntou, tocando sua mão na minha, senti sua aliança de compromisso me lembrando de Nicholas. Sim, eles estão namorando, Nick está um verdadeiro príncipe e até chama Salem de filho. Os dois tem se tornado meu casal preferido, mas não deixem Veronica e Betty saberem disso.

— Estou bem. – respirei fundo, dando de ombros. — Sei que é tudo profissional, é uma luta, simples.

A olhei, Sabrina sorriu.

— Você mudou mesmo.

Concordei, pulando de susto com a voz do apresentador. Nós rimos, focando o olhar no ringue. Sabrina não soltou minha mão, agradecia por isso já que logo o nome de Toni foi anunciado. 

Fiquei surpresa com as pessoas levantando e gritando por ela, eram muitas. Quando a mesma se posicionou dentro do ringue, a vi. Estava pulando no lugar, balançando braços e pernas. O cabelo preso em tranças e o corpo quase seminu, mesmo de longe conseguia reparar que Toni só melhorava com o tempo.

— Cheryl, olha aqui. – Sabrina tocou a ponta dos dedos no canto de meus lábios, franzi a testa. — Ah sim, você está babando.

— Sabrina! 

A repreendi, ela ria e acabei me contagiando. De fato, minha amiga não estava errada. Eu estava literalmente suspirando ao vê-la. Toni é linda, gostosa e carismática. Sim, ela é um sonho e um dia foi minha. Me orgulho disso, fui o motivo de seu sorriso alguma vez na vida e sinceramente é o que importa.

Nem me preocupei com a entrada de Rebeka, meus olhos estavam vidrados em Toni e sua beleza. É a coisa mais boba do mundo, mas ela sempre vai ser a mulher mais linda para mim, talvez porque não conheça somente seu físico. Deus, a lutadora é incrível por dentro e por fora. Quem tiver seu amor vai ser muito sortuda, como um dia eu fui. 

— Vai começar.

Sabrina anunciou, acho que estava mais nervosa do que eu. Soltei uma pequena risada, nossas mãos continuavam entrelaçadas e a ansiedade me invadiu. O sino tocou, era o primeiro round. Conhecia Toni o suficiente para conseguir ver em seu olhar o quanto a mesma estava com raiva, acredito que essa revanche será muito mais deliciosa de apreciar. 

A mais baixa partiu para cima de Rebeka, primeiro com vários socos que foram defendidos e depois um chute. Todos estavam atentos, Toni se afastou um pouco para respirar e acabou indo de novo, socos incansáveis na outra que apenas se defendia. Tinha impressão que aquela luta só acabaria com uma das duas caída no chão. 

É, eu estava certa. 

Rebeka aproveitou o afastamento de Toni e foi sua vez de ir pra cima da menor. Apertei a mão de Sabrina ao ver os punhos da latinha agredirem a morena que se defendia com a guarda levantada. Então, aconteceu de forma rápida. Minha ex baixou sua guarda, a latina tentou lhe desferir um soco, mas desviou e foi nesse momento que vi a mão direita da Topaz entrar em contato com o queixo da antiga campeã, um soco de baixo para cima.

Havia tanta força que o protetor da boca de Rebeka saiu, ela foi ao chão desorientada e tivemos que levantar para ver o que aconteceu. Toni subiu em cima de seu corpo, mais socos desferidos e só parou quando o juiz lhe retirou de cima da adversária. Meu corpo caiu sentado na cadeira, fechei os olhos e puxei o ar. Meu coração estava acelerado demais, não sei dizer se era felicidade ou a adrenalina que ainda corria por meu corpo. 

— Cheryl, você tem que ver isso.

Sabrina tocou em meu ombro, pedindo para que levantasse. Todos na arena estavam de pé comemorando a vitória de Toni, estava claramente feliz por ela, só precisava de alguns segundos para me recuperar.

Quando levantei novamente, a morena estava sentada sobre a proteção do ringue, havia um sorriso tão grande nos lábios que meu coração se aqueceu e fiquei completamente calma novamente. Ela comemorava, posando para fotos e gritando sua vitória. No ringue, Rebeka ainda se recuperava dos golpes sofridos.

— Cheryl... O que foi? 

Sabrina tocou em minhas costas as acariciando. Tive que retirar o óculos do rosto, enxugando algumas lágrimas insistentes que caíram. Não era tristeza, muito pelo contrário, eu estava tão orgulhosa de Toni. Sei do seu sonho, de tudo que passou até mesmo comigo para chegar onde está agora. Ela enfrentou tudo pelo seu objetivo e vê-la realizada é realmente emocionante.

— Não foi nada, só estou sentimental.

Dei de ombros, limpando minhas lentes embaçadas no tecido do moletom.

— Oh, você está feliz por ela. – Sabrina sorriu. — Isso é lindo, aposto que se soubesse que está aqui, Toni ficaria muito feliz também.

— Mas é melhor assim, né? – coloquei meu óculos novamente. — Nós estamos muito bem separadas, ela tinha um pouco de razão ao dizer que nosso amor machucava. Eu entendo tudo hoje e fico muito agradecida por Toni ter tomado a decisão certa de se afastar. 

— Você sabe que sempre fico emocionada te vendo falar assim.

Minha amiga falou de forma melancólica, puxando-me para seus braços. Com a cabeça em seu peito, observei toda a felicidade de Toni, a maneira que não tirava o sorriso do rosto... Ela estava radiante. E agora tudo parece certo, eu me curei de todas as feridas definitivamente. 

Espero que ela tenha se curado também.

_____
 

— Parabéns, Cheryl. – o homem a minha frente sorriu. — Você está a um ano sóbria.

Retribui o sorriso, inclinando minha cabeça para meu orientador colocar a pequena medalha dourada em meu pescoço. Era a coisa mais simples, reciclada e barata que já ganhei, mas com certeza com o maior significado. Ele me abraçou enquanto ouvíamos palmas de meus colegas de reunião, as lágrimas em meus olhos denunciavam o quanto estava feliz.

— Você sabia que podia convidar quem quisesse, certo? 

Ele sussurrou parecendo preocupado.

— Claro. – confirmei, balançando os ombros. — Eu só... Quis manter em segredo.

— Tudo bem.

Sorriu mais uma vez. 

No caminho para o apartamento, aquele que sempre faço sozinha e caminhando, admirava a pequena medalha que não tirei de meu pescoço. Havia um “#1” no meio e a data de hoje. Nunca pensei que ficaria feliz com coisas tão simples, mas eu não conseguia parar de sorrir. Era com certeza um dos dias mais importantes de minha vida, o marcaria em meu calendário.

Cheguei no prédio, estava tão animada que subi pelas escadas para o andar de Sabrina, queria lhe mostrar minha medalha e surpreende-la. Abri a porta do apartamento, ele estava escuro e suspirei, ela deve ter saído com Nicholas. Tranquei a porta enquanto acendia a luz da sala e virei meu corpo.

— Surpresa!

Coloquei a mão no peito, puxando o ar enquanto sentia meu coração bater forte. O grito de algumas pessoas juntas  me assustaram. Pisquei algumas vezes, vendo aqueles sorrisos em minha direção.

Sabrina, Nicholas, Veronica, Betty e... Mary.

Não podia acreditar que a mais velha estava ali e o meus olhos arregalados se transformaram em mares de lágrimas. Levei a mão a boca enquanto a mulher já caminhava em minha direção.

— Cheryl Blossom como você está linda!

Elogiou-me ao olhar dos pés a cabeça. Não havia como falar mais nada, apenas a abracei chorando de saudade sobre seu ombro. Fazia quase dois anos que não nos víamos, a ultima vez foi em minha formatura e não tinha ideia que iria encontra-la aqui. 

Quando nos separamos, recebi beijos em meu rosto igual quando era mais nova, Mary me elogiava a todo momento e parabenizava por ter conquistado meu primeiro ano sóbria. Ao fundo, meus amigos também estavam emocionados. Nem percebi de cara, mas havia uma pequena decoração com faixa de “parabéns” e tudo. 

Abracei minhas amigas que não via a algum tempo, desde que se mudaram para Seattle as nossas visitas se tornaram menos frequentes, mas nada que abalasse nossa amizade. Mostrei minha medalha para todos e depois, grudei em Mary como carrapato. Aquela mulher me lembrava de quando tudo era ruim, mas ela era minha luz. Nunca vou ser agradecida o suficiente por a ter tido em minha vida.

— Você pode me dar um pouco de atenção?

Veronica sentou ao meu lado no sofá, Mary estava em meu outro lado e acariciava minhas costas enquanto conversávamos. Descobri que foi tudo ideia das minhas melhores amigas Lodge e Spellman. A loira por sua vez estava conversando com o namorado e Betty, Nicholas tinha Salem em seu colo, ele realmente se apegou ao gato.

— Uhn... Não?!

Respondi, ouvindo a risada de Mary. 

— Sim, até porque... Você só quer saber da Sabrina agora.

Sussurrou a última frase com medo que a loira ouvisse.

— Está com ciúmes? 

— Agradeceu tanto a ela, só faltou dar um beijo na boca, mas fui eu que lembrei de trazer a Mary, ok? Só pra você ficar sabendo.

Resmungou, preparando para se levantar.

— Ronnie. – toquei em seu braço a impedindo. — Sempre será a minha melhor amiga. Lembra quem me salvou naquele dia? Se não fosse você poderia nem estar aqui, aliás... Obrigada por tudo, e por continuar ao meu lado.

— Quer me fazer chorar?

Perguntou melancólica. 

Abri um sorriso, buscando por seu abraço e sentindo como se a mesma fosse um anjo da guarda. Sabrina faz muito por mim todos os dias, mas Veronica continua sendo a que me viu no pior estado possível e me acolheu, cuidou sem pedir nada em troca.

— Olha só... – separei nosso abraço, chorávamos como duas garotinhas. — Não iria te contar agora, mas não surta, tudo bem?

— O que? 

Enxugou suas lágrimas, arregalando os olhos.

— Estou indo morar em Seattle.

— Está o que? – ela abriu a boca, ficando cada vez mais surpresa. — Cheryl, não pode brincar com isso...

— Não estou.

A interrompi, segurando suas mãos e olhando em seus castanhos.

— Sabrina é de lá, os pais dela tem um imóvel parado então, estamos planejando uma sociedade, iremos abrir uma escola de música juntas! – olhei para Mary. — É o meu sonho, Mary. Está se realizando.

Falei com um sorriso enorme no rosto.

— Estou tão feliz por você, menina.

E mais uma vez, o clima ficou emotivo. Estava chorando de felicidade, Mary de orgulho e Veronica porque ficaríamos perto novamente. Em poucos minutos estava contando a novidade a Betty, a única que ainda não sabia. Nós estamos planejando isso desde a formatura de Sabrina a três meses atrás, só precisamos nos mudar, conseguir decorar o imóvel, fazer reformas e colocar o plano em prática. Teremos nosso próprio negócio e na área que amamos atuar.

_____

O tempo passou rápido quando comecei a viver mais leve, as coisas não pareciam tão dramáticas e aparentemente o universo só me mandou coisas boas. Minha escola com Sabrina estava quase pronta para ser inaugurada, nós moramos em Seattle, mas agora em casas separadas. Vendi meu apartamento em Boston e a empresa do meu pai em Riverdale para conseguir investir na escola. Estou frequentando um novo AA e uma nova psicóloga, agora não mais tão frequentemente, mas sem deixar de ir. 

Estava completa.

Quando pensei que não havia como melhorar, Camila me ligou dizendo que um amigo seu queria ver algumas musicas minhas já prontas para quem sabe colocar em seu álbum. O amigo não era ninguém menos do que Harry Styles, o ex One Direction. Aceitei de cara, sentia falta de ouvir minhas músicas mesmo que nas vozes de outras pessoas e talvez com outros significados, mas eram minhas.

Comprei minhas passagens para Los Angeles, ida e volta, ficaria apenas três dias em um hotel que a equipe do Harry reservou para mim. A verdade é que ele só me pagou uma diária, afinal nossa negociação é na segunda, mas iria sábado para tentar visitar Camila e passarmos um tempo juntas, eu sentia falta da nossa amizade.

— Meu Deus, quanto tempo!

Conseguia ver a surpresa da latina ao me receber, o sorriso grande nos lábios enquanto me puxava para um abraço aconchegante. Eu que não era muito de afeto aprendi a gostar.

— Cheryl, você... – me analisou. — Está linda!

Qualquer pessoa que não me vê a mais de um ano percebe uma grande mudança, inclusive em meu peso. Não que eu esteja obesa, mas aumentei alguns quilos após parar com meus vícios, é algo normal e que não me afeta. Pelo contrario, sinto como se antes nem tivesse um corpo por estae magra demais, agora definitivamente tenho estando no peso ideial.

— Bombshell!

Lauren sorria, vindo em minha direção.

Agora, Camren – como dizem na mídia, é um casal conhecido e fico cada vez mais orgulhosa por Camila ter decidido assumir minha amiga. De longe se consegue ver o quanto se amam e querem, nada mais justo que todos saibam disso.

— Quais as novidades? Me conte tudo!

Camila parecia animada, querendo ouvir tudo.

Nós sentamos em seu sofá, conversamos sobre música, minha melhora e relacionamentos. Focada em sempre pensar em mim primeiro, tive alguns rolos por esse tempo, mas nada que me fizesse ter coragem de me entregar de cabeça novamente até porque nem estava com isso planejado. Eu quero é conseguir alunos para minha escola e que Harry Styles goste de minhas músicas. 

Matei a saudade de mais um casal, infelizmente Camila teria um show hoje e viajaria, Lauren iria junto. Minha amiga me convidou para ir, mas decidi negar. Ainda nem havia escolhido quais musicas vou mostrar ao cantor e estava disposta a passear por Los Angeles. Nós nos despedimos, prometendo marcar algo domingo já que estariam de volta. 

Sai do apartamento da cantora e peguei um carro, indo para o centro da cidade. Estava movimentada mesmo sendo um final de tarde de sábado, desci no central park, andando por meio as árvores e respirando ar puro. Atravessei todo o local, chegando no outro lado, uma cafeteira me chamou a atenção, os vidros lhe davam uma visão perfeita para as belezas do parque.

Adentrei, procurando pela mesa do canto e contra o vidro. Me sentei na poltrona contra a parede, haviam poucas pessoas por ali, algumas lendo e outras conversando. Era um local sofisticado e calmo. Peguei minha bolsa, procurando por meu celular. Uma garçonete se aproximou, fiz o pedido de um café forte. Apontei minha câmera em direção ao parque, enviando uma foto a Sabrina somente para que sentisse inveja da minha visão. 

Troquei algumas mensagens, contando sobre meu início de dia com Camila e Lauren. A loira me contou que brigou com Nick então, estavam na mesma casa sem se falar e que Salem ficou ao lado dele. Ela estava irritada e com ciúmes. Uma vez lhe falei que a partir do momento que os dois estivessem morando juntos é óbvio que Salem se apegaria ao meu amigo, mas não queria acreditar. É, agora eles moram juntos e Sabrina fica irritada toda vez que seu gato prefere o namorado, chega a ser engraçado. Após nossa conversa e Sabrina dizendo que não aguentava mais ficar sem eles, que iria fazer as pazes, nos despedimos.

O meu café chegou, peguei meu caderninho, logo após meu óculos de grau colocando em meu rosto. Levei a xícara aos lábios, o olhar nas folhas e preparando para iniciar minha escolha sobre quais músicas apresentar a Harry, mas uma voz...

Aquela voz.

Interrompeu-me:

— Cheryl?!

|Nabrina me ajudando a completar minha cota de casal hetero na fanfic que são no total de: Uma vaga. 😂

Enfim, estou postando frequente porque sei que esses capitulos são chatinhos.

Agora, quem será a voz?|

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