Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Você está se ouvindo?


Quando Cheryl disse que precisava de tempo e que queria ficar sozinha, Toni não achou que era ao ponto da mesma ir embora, mas constatou que era quando o carro da ruiva não estava mais estacionado e suas coisas sumiram. Um longo suspiro saiu por entre seus lábios quando chegou perto de sua barraca com Jughead ao lado, não queria que as coisas tomassem esse rumo. 

— É, Topaz... Dessa vez tenho que te falar que está errada.

Jughead falou, a morena levantou seu olhar para o amigo encarando-o enquanto franzia a testa. O mesmo se sentou, se preparando para a longa conversa que viria pela frente.

— Você sabe que não deveria ter se aproximado da Peaches hoje, não é? Ou deixado a Cheryl sozinha por esse acampamento. Ao menos percebeu que não da muito atenção a sua namorada?

— Que conversa é essa, Jug?

— Toni, ela vive reclamando do Southside ou da academia.

O garoto lembrou como se fosse óbvio.

— O que ela quer que eu faça? Viva só pra ela?

— Merda, Toni! Você está se ouvindo?

A morena suspirou com o tom do amigo. De verdade, não sabia ao certo, mas estava brava por Peaches estar apaixonada por ela. Se tivesse falado tudo antes, não tornaria tudo tão enorme. É como se tivesse virado uma bola de neve gigante que jogou em cima de seus ombros.

— Acho que estou um pouco fora de mim...

Murmurou, jogando seu corpo na cadeira.

— Eu estou com raiva porque a Peaches falou que está apaixonada, agora eu tenho uma amiga a menos porque sei que não tem como voltar a sermos como antes. Isso e a Cheryl surtando deixou minha cabeça fervendo.

— Entendo.

Jughead suspirou, estava tudo mais complicado do que pensava.

— Mas pensa um pouco, lembra quando estava com a aposta em jogo? Você até levou a Cheryl em um encontro. Acha que ela não sente falta disso?

— Eu não sei, Jug. Sinceramente, no fundo estou agradecendo por ela ir embora porque vou ter tempo de colocar minhas ideais no lugar, sei que a magoei falando e não falando certas coisas.

— Vai ficar no acampamento?

— De verdade? Tudo que quero agora é ficar no meu canto, sozinha.

Confessou, sem clima nenhum para interagir com alguém. Jughead concordou com a amiga a aconselhando que precisa de um tempo sozinha também, para pensar em si e no que deveria fazer.

Toni se afastou de todos, passou o resto da tarde até anoitecer dando voltas por toda a floresta, não era muito difícil encontrar o caminho de volta com a trilha que havia, bastava acha-la para seguir de volta para o acampamento. Aquele local lhe deixava em paz, mas sentia falta de ter sua garota nos braços e sentir o seu cheiro, beijar a boca dela e fazer loucuras como ela sempre deseja. Não se imaginava amando ninguém além de Cheryl, se arrependia totalmente de ter sido uma idiota mais cedo. Provavelmente a ruiva agora deve estar chateada e não querendo olhar na sua cara. Achava justo, falou coisas sem ao menos pensar.

Ao voltar para o acampamento, já havia uma rodinha em volta da fogueira, seus amigos bebiam as cervejas que compraram antes de vir e Toni se aproximou apenas para pegar duas garrafas, sem ao menos olhar para alguém. Enquanto caminhava para próximo de sua barraca ouviu múrmuros “ela está mal”, “é, mas precisa ficar sozinha”, a segunda frase poderia jurar quase com certeza que era Jughead lhe defendendo. Sentou em um toco de árvore, bem de frente para sua barraca e abriu a cerveja, bebendo um gole grande da mesma.

Nunca foi muito fã de bebida, sempre apenas bebeu em festas ou confraternizações, mas as vezes só o álcool pode te ajudar. Estava quase terminando sua segunda garrafa quando Sweet Pea se aproximou vagarosamente da amiga, ele tinha duas garrafas nas mãos, uma bebia e a outra ofereceu a Toni.

— Eu queria me desculpar.

A morena suspirou, pegando a garrafa de sua mão. O álcool a deixava sonolenta, já sentia uma preguiça lhe bater então, nem ao menos se deu o trabalho de responder o grandão.

— Agora entendo que não deveria ter me metido, mas eu queria proteger a Peaches.

— O problema é que eu não quero nada com a Peaches.

Toni respondeu, o tom arrastado anunciava sua bebedeira. A mesma terminou sua garrafa, abrindo a que Sweet Pea havia trazido. O mesmo respirou fundo, controlando todos seus instintos protetores que sentia por Peaches, era como sua irmãzinha.

— O que viu na Blossom afinal?

A morena levantou o olhar.

— O que eu vi? Eu vi uma garota incrível, Sweet Pea. – levantou firmando os pés no chão para não cambalear. — Você não sabe as merdas que a Cheryl passou e ainda passa. Não conheço ninguém mais corajosa, inteligente e amorosa que ela. Sabe o que ela fez por mim? Veio aqui, acampar com vocês sabendo que não seria bem tratada. – Toni riu negando. — E não foi, não é? Graças a você. Eu amo a Cheryl, não importa porra nenhuma de onde ela vem, com quem esteve... Sou completamente apaixonada por ela. E nem eu, muito menos ela tem culpa da Peaches estar apaixonada por mim então, nos deixa em paz!

— Eu só vim pedir desculpas, está em você aceitar ou não.

O garoto respondeu, bravo com o discurso que recebeu e deixando a garota sozinha novamente. Toni agradeceu mentalmente, voltando a se sentar e beber sua cerveja. Pelo resto da noite ninguém mais lhe incomodou, nem mesmo quando altamente alterada pegou seu celular e rolou todas fotos com Cheryl ou de Cheryl, chorando sozinha com o rumo que as coisas tomaram. Não conseguia pensar como concertar tudo, mas tinha certeza que a queria de volta o mais rápido possível. Hoje não havia como voltar para a cidade, mas no outro dia cedo da manhã o faria. 

Naquela noite em que dormiu sozinha, agarrada ao travesseiro que na noite passada foi de Cheryl, talvez foi a pior noite se sua vida por não saber o que aconteceria amanhã. Se ainda estava namorando ou não. E pior que aquilo, só seu pesadelo da ruiva lhe falando com todas palavras que não a queria mais.

_____


Cheryl adentrava Thistlehouse com suas bolsas em mãos, claramente abatida a garota as largou no chão e caminhou para a sala, havia conseguido acalmar seu choro durante a vinda, mas foi só olhar para Mary que as lágrimas voltaram com tudo novamente.
 
— Cheryl, já voltou? O que...

As palavras acabaram assim que a ruiva jogou-se nos braços da mais velha, deixando o choro guardado escapar por seus lábios. Mary a acolheu como sempre fez, afagando seus cabelos e sussurrando que tudo ficaria bem. Ela sabia que aquele choro só poderia ter um motivo “Toni Topaz”. Sabia que não era uma boa ideia esse acampamento, Cheryl nunca foi de gostar de coisas assim e aconselhou a mesma a não ir, mas quem segura essa garota?

— O que aconteceu, Cher?

Tentou falar, mas não conseguiu. O choro preso na garganta dificultava sua fala. Mary afastou-se um pouco da mais nova, limpando suas lágrimas e a guiando para sentar no sofá. Nana Rose estava lá em cima, descansado então, poderiam conversar a vontade. A mais velha foi até a cozinha pegando um copo com água e colocando açúcar para acalmar sua protegida.

Demorou, mas depois de muito carinho e goles na água, Cheryl foi suavizando seu choro. Estava morrendo de medo que não tivesse mais volta seu relacionamento, Toni nunca falou daquele jeito e sentia como se a mesma estivesse cansada da ruiva.

— Pode me contar agora?

Mary perguntou, deslizando a mão pelo braço de Cheryl. A mesma assentiu, contando a sua maior confidente tudo que acabará de acontecer, todas as palavras ditas e não ditas. A mais velha ouvia atentamente, ao final quase querendo matar a Topaz por falar tantas idiotices a sua menina.

— Ainda falou que ama você? Como se não tivesse acabado de dizer que é dramática?

O tom de Mary se alterou, desde a aposta tinha desconfiança da morena.

— Não sei o que fazer, Mary.

— Oh, querida. – tocou no rosto úmido da garota. — Dessa vez, você tem toda razão de estar chateada e não seria nenhum absurdo se quisesse acabar com esse relacionamento.

Os olhos de Cheryl estalaram.

— Acabar? Eu a amo, Mary. – negou, sem conseguir pensar na possibilidade. — Só quero que ela tenha mais tempo para mim.

— Ah, Cher. Odeio te ver assim.

Lamentou, tocando o rosto da mais nova que fungou e deitou seu corpo no sofá, descansando a cabeça no colo da mais velha. Queria que tudo passasse logo, nunca pensou que amar doeria da forma que está acontecendo, por um momento sentia que aquele sentimento realmente não era pra ela. Mas seu coração se acalmou ou ouvir as palavras de Mary com tanta sinceridade:

— Vai ficar tudo bem, eu prometo. 

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro