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Tenha um bom dia, filha


Cheryl foi a primeira a acordar no outro dia de manhã, sentia sua cabeça doer ainda mais do que ontem e percebia que havia mudado de posição. Toni tinha os braços em sua cintura a abraçando por trás, sorriu com a firmeza que a morena lhe agarrava e lutou contra si mesma para levantar. Saiu com cuidado dos braços na morena que parecia em um sono tranquilo, foi até o banheiro e fez sua higiene para ir até o quarto de sua vó. A mesma também dormia então, a ruiva desceu para fazer seu chá e um café para poder tomar com Toni.

Cantarolava enquanto preparava tudo, mal se lembrava que o dia de hoje não era agradável. No fundo, só conseguia pensar na garota deitada em sua cama e no quanto a mesma estava a conquistando. Subiu as escadas novamente, levando o chá de sua vó que já despertava. Cheryl sempre foi muito cuidadosa com Nana, a única que a apoiou em todas suas decisões. A senhora disse estar cansada e que queria ficar deitada, a neta não protestou apenas disse que se houvesse qualquer coisa era para lhe chamar.

Ao descer as escadas para terminar de preparar o café para tomar junto de Toni, ouviu a campainha tocar. Mary sempre vem lhe ver nessa data para saber se está tudo bem e mal podia esperar para dizer que havia se acertado com a garota de mechas rosas. Caminhou até a porta, se perguntando porque a mais velha não entrou já que tem a chave, mas assim que a abriu percebeu que não era quem estava pensando.

— Olá, filha.

Penélope sorriu em sua direção, adentrando a casa sem ao menos ser convidada. Cheryl suspirou, fechando a porta e virando-se para a mulher que chama de mãe. Odiava quando a mesma vinha fazer uma visita porque com certeza tem algum interesse, qualquer um, menos vê-la.

— O que quer?

— Que rude. – Penélope se fez de ofendida. — Achei que estaria mais sentimental.

— Hoje não, por favor.

Cheryl pediu, sabendo do que a mais velha é capaz.

— Por que está com tão pouca roupa? Minha filha, você engordou? – perguntou a analisando de cima a baixo. — Deve ser a comida daquela empregadinha.

— Só me diz o que quer.

A mais nova implorou.

— Preciso de mais dinheiro, as coisa estão difíceis para mim.

— Tudo bem, eu ligo para o John.

Deu de ombros, abraçando seu próprio corpo. John era o homem de confiança de seu pai e quando o mesmo faleceu, ele quem mantém os negócios da família. Cheryl foi a herdeira de tudo e nunca se interessou em lidar com contratos, sendo assim John ficou responsável ganhando uma boa porcentagem em todos os lucros.

— Sabe, eu te daria um abraço, mas eu realmente não quero pegar sua doença lésbica.

Cuspiu as palavras, a mais nova apenas desviou o olhar.

— É hoje faz três anos daquele acidente, uma pena. – Penélope se aproximou segurando o queixo da filha fazendo a mesma a encarar. — Ele com certeza deve estar se revirando no túmulo por ter uma filha tão desprezível como você.

Falou e as lágrimas encheram os olhos de Cheryl.

— Você é tão sentimental, filha. Deveria ser mais forte.

— Já conseguiu seu dinheiro, pode ir?

Pediu, sentindo seu coração doer com as palavras de Penélope. Sempre soube que sua mãe nunca lhe aceitou, mas ouvi-la falar que seu pai pode não estar orgulhoso dela realmente a machucava.

— As vezes tenho vontade de contar a todos que não foi você que me expulsou dessa casa e que na verdade sai porque não aguentava conviver com você.

— É o mínimo que pode fazer por mim já que nunca foi uma boa mãe.

Cheryl falou sentindo as lágrimas descerem.

— Eu nunca fui uma boa mãe? Você que sempre preferiu o seu pai, ainda acabou com nossa reputação assumindo essa coisa que diz ser normal. Fora que não tem uma garota em Riverdale que não tenha te visto nua! – esbravejou fazendo a garota chorar ainda mais. — Ora, Cheryl. Tem que concordar comigo que só querem seu corpo, ninguém te aguenta por mais de uma noite.

— Vá embora, por favor.

Implorou mais uma vez em meio ao choro. Penélope riu negando a fraqueza que a mais nova tinha. Cheryl a odiava, mas tudo que queria era sua aceitação e provavelmente nunca a teria.

— Tenha um bom dia, filha.

Falou caminhando para a porta. Cheryl fechou os olhos com força quando a mesma bateu, as lágrimas aumentaram e a mesma soluçou. Penélope não respeitava ao menos seu luto, sempre tinha que achar um jeito de lhe machucar. Estava tão feliz por ter Toni perto de si novamente e agora ficou sem chão, completamente afetada pelas palavras de sua “mãe”. Só teria uma coisa que a ajudaria no momento então, subiu as escadas em direção ao seu refúgio.

Toni acordou sozinha na cama, ainda tateou a mesma a procura de Cheryl, mas não a achou. Coçou seus olhos, levantando e vestindo sua calça para poder ir a procura da ruiva. Antes de sair fez sua higiene no banheiro, assim que caminhou para fora do quarto ouviu um som, franzindo a testa ao perceber que era um piano. Seguiu a música caminhando por uma escada estreita, a cada passo ouvia melhor o som chegando até uma porta escancarada.

Cheryl sentou em frente ao piano, molhando as teclas com suas lágrimas e deslizando os dedos pelas mesmas. A dor de nunca ter o amor de sua mãe era horrível, sentia seu coração se partir com as palavras duras dela.

— É, você quase me enganou...

Murmurou a letra, quase sem forças para canta-la.

— Me disse que eu não era nada sem você, mas depois de tudo que você fez eu posso te agradecer por quão forte me tornei. Porque você trouxe as chamas e me fez passar por um inferno, eu tive que aprender a lutar por mim mesma e nós sabemos toda a verdade que eu poderia contar. Eu só direi que esse é o meu desejo de adeus.

Cheryl não sabia, mas Toni acabava de chegar ao local observando a ruiva se entregar totalmente a música. De braços cruzados encostou o corpo e a cabeça sobre o batente da porta, achando a cena a sua frente a coisa mais linda do mundo. Se perguntava se havia como a ruiva ser mais incrível, mas com certeza a resposta era “não”. Ela parecia literalmente um anjo, cantando baixinho enquanto tocava o piano.

— Eu espero que você esteja em algum lugar rezando, rezando. Eu espero que sua alma esteja mudando, mudando. Eu espero que você encontre sua paz de joelhos, rezando.

A ruiva cantou o refrão, fazendo Toni se encantar ainda mais por sua voz. Queria abraçar a garota e lhe beijar, dizer o quanto a mesma é linda, mas o momento era incrível não ousaria interromper.

— Eu estou orgulhosa de quem sou, sem mais nenhum monstro, eu posso respirar de novo. Oh, você disse que era meu fim. Bom, você estava errado e agora o melhor está por vir porque eu consigo seguir sozinha. Eu não preciso de você, eu encontrei uma força que eu não conhecia. Eu trarei o trovão, eu trarei a chuva e quando eu terminar eles nem saberão o seu nome.

Toni podia sentir todo o sentimento na música, havia algo acontecendo. Cheryl começou a sentir as lágrimas voltarem, ficando mais difícil de cantar com um nó que se formou em sua garganta.

— Porque você trouxe as chamas e me fez passar por um inferno, eu tive que lutar por mim mesma e nós sabemos toda a verdade que eu poderia contar. Eu só direi que esse é meu desejo de adeus. Eu espero que você esteja em algum lugar rezando, rezando...

A força com que Cheryl apertava as teclas e a maneira que sua voz falhou em meio a música fizeram Toni dar alguns passos em sua direção ficando preocupada. Não conseguia ver seu rosto por estar de costas, mas temia que a ruiva deveria estar chorando. 

— Eu espero que sua alma esteja mudando, mudando. Eu espero que você encontre sua paz de joelhos, rezando. – ela puxou o ar, recuperando-se para continuar. — As vezes, eu rezo por você a noite, algum dia talvez você veja a luz, alguns dizem “na vida, você colhe o que planta”, mas algumas coisas só Deus pode perdoar... Eu espero que você esteja em algum lugar rezando, rezando. Eu espero...

Não conseguiu terminar, pressionando os dedos contra as teclas e chorando ainda mais do que antes. Só conseguia pensar no quanto tudo seria diferente se seu pai estivesse aqui, se o acidente nunca tivesse acontecido ou se sua mãe pelo menos uma vez tentasse lhe aceitar.

Toni agiu quase que por instinto ao ouvir um soluço sair por entre os lábios de Cheryl, agarrando o corpo da garota que se assustou virando-se e empurrando a morena para longe. A mais baixa estalou os olhos confusa com a reação, a ruiva não tinha ideia que estava sendo observada, ninguém a via tocar. Passou as mãos por seu rosto em busca de limpar as lágrimas, uma tentativa frustrada porque mal conseguia controlar seu choro.

— Cherry.

A morena lhe chamou, abrindo os braços.

Cheryl mal raciocinou, levantando para se jogar nos braços da mais baixa. Chorou, não conseguindo mais segurar os soluços altos e aconchegando-se a morena enquanto a mesma lhe afagava os cabelos.

— Vai ficar tudo bem.

Toni sussurrou, não fazia ideia do que estava acontecendo, se era por causa se seu pai ou alguma outra coisa, mas sentia uma necessidade de lhe acolher. Queria de alguma forma retirar a dor da ruiva, sentia seu coração doer ao ouvir o choro da mais alta. Cheryl já nem se importava se estava sendo uma fraca para Toni, só queria seu abraço e esquecer o que acabará de acontecer. Penélope nunca foi tão dura com a mesma, nem mesmo quando seu pai faleceu e as duas perceberam que conviver a sós era um pesadelo.

— Está melhor?

A morena perguntou, afastando-se um pouco para olhar a ruiva que parecia mais calma. Toni deslizou os polegares por seu rosto, limpando os vestígios de lágrima e beijando a bochecha da garota. Cheryl suspirou, encantada com o cuidado da morena consigo.

— Estou bem.

Respondeu, respirando fundo para recuperar o fôlego.

— O que aconteceu, Cheryl?

— Não quero falar sobre isso.

Negou arrancando um suspiro de Toni.

— Me conta.

— Quer me ajudar? – a morena assentiu. — Então, me beija.

Pediu encarando os lábios cada vez mais chamativos de Toni, a mesma parecia confusa com o pedido da ruiva, mas a obedeceu beijando sua boca e sentindo o gosto salgado de suas lágrimas. Cheryl sugou seus lábios com força, agarrando o rosto da morena e caminhando junto dela até chegar em uma parede. Toni sentiu seu corpo ser pressionado enquanto a ruiva acelerava o beijo em busca de conforto, queria eliminar todos os pensamentos ruins e sempre o fazia com sexo. Deslizou as mãos pelo corpo da mais baixa, a provocando e percebendo suas intenções a Topaz as afastou fazendo a mais alta gemer de frustação.

— O que você quer afinal?

Perguntou, não entendendo onde a mesma queria chegar.

— Eu quero você!

Cheryl decretou, aproximando-se mais uma vez.

— Cheryl, não! – Toni recrutou a segurando pelos braços. — Não vamos transar, você está mal e vamos conversar.

— Eu realmente não quero conversar.

Desviou o olhar, negando.

— Cheryl. – a chamou segurando o rosto da ruiva entre suas mãos. — Você precisa desabafar com alguém, antes poderia não ter ninguém, mas agora tem a mim. Eu senti direitinho a música, a maneira que tocou... Tem algo muito ruim acontecendo, precisa conversar.

A mais alta suspirou com o jeito que Toni a olhava, parecia em desespero querendo decifrar cada reação sua. Conseguia nitidamente ver a preocupação no olhar da morena e se sentiu ainda mais encantada por ela, tudo que queria era seu bem.

— Eu falo, mas podemos ir para o quarto?

Sussurrou, rendendo-se. Toni assentiu, pegando em sua mão e enlaçando seus dedos nos dela, guiando as duas pelo caminho até chegarem ao quarto. Cheryl sentou na cama cruzando suas pernas e a morena sentou a sua frente, ficou a encarando sem apressa-la. Queria agora mais que tudo saber o que a ruiva escondia, mas respeitaria seu tempo. A mesma respirou fundo, levantando seu olhar para a mais baixa e tomando coragem para contar o que tanto lhe atormenta.

— Minha mãe veio me visitar hoje, nós não temos uma relação muito boa.

Deu de ombros, brincando com os dedos da própria mão.

— Pensei que tivesse a expulsado daqui.

Toni falou confusa. Cheryl suspirou, voltando a olha-la.

— Isso é o que todos pensam. – sorriu triste. — Quando meu pai faleceu, deixou toda sua herança para mim e nada para Penélope, eles não eram casados com divisões de bens então, ela ficou sem nada. Nós convivemos juntas por alguns meses, não éramos tão diferentes, mas nos tornamos quando contei a ela sobre minha sexualidade.

Começou a contar tudo desde o início, acreditava que ninguém além de Mary ouviu essa história sair por sua boca, mas agora tinha Toni a ouvindo atentamente.

— Bom, ela não gostava muito o fato de eu gostar de garotas, obrigou-me a não contar para ninguém e fazia questão de dizer que nenhuma garota se interessaria por mim. – as lágrimas voltaram aos olhos de Cheryl. — Nós brigamos muito até que um dia, Penélope disse que não aguentava mais viver na mesma casa que eu e que nunca seria um orgulho para ela então, foi embora.
— Ela... Foi embora? Mas...

— É, eu não a expulsei.

Cheryl interrompeu a morena, levantando o olhar na tentativa de controlar suas lágrimas. A mão de Toni procurou a sua, entrelaçando seus dedos e dando o apoio necessário, a ruiva respirou fundo para continuar.

— Ela foi embora por vontade própria, por mais que fosse horrível para mim era minha mãe e eu a queria por perto, sabe? Mas Penélope nunca realmente me amou, não como mãe. Então, eu espalhei para todos que tinha a expulsado e ela nunca negou, porque a ajudo a viver. Já dei uma casa para morar e sempre que pede dou dinheiro para poder se sustentar.

— Cheryl, por que? Você não precisa fazer isso sendo que só te machuca.

— Porque é minha mãe.

Respondeu simplesmente, as lágrimas deslizando por suas bochechas.

— Quando falei que a expulsei de Thisthehouse, todos começaram a me respeitar e virei a abelha rainha, por fim todas as garotas me quiseram... E eu meio que tento provar para mim mesma que Penélope está errada, porque todas garotas me querem.

— Você não precisa provar nada a ela.

Toni falou, firmando o toque em sua mão.

— Eu sei, mas... Acabei gostando, é minha maneira de extravasar. Sair com várias, transar, esquecer os problemas...

— Uhnn, você não precisa mais fazer isso. – a morena falou, limpando as lágrimas da ruiva que insistiam em cair. — Nós podemos conversar, sempre que quiser.

Aproximou seu corpo da mais alta, puxando a mesma para seus braços. Cheryl deitou a cabeça em seu ombro enquanto Toni lhe acolhia mexendo em seus cabelos, a ruiva ainda soltava alguns suspiros, agarrando-se ao tecido da camisa da mais baixa aproveitando do cheiro que vinha dela.

— Você devia saber que não merece a mãe que tem, é boa demais para ela, Cheryl. – sussurrou beijando o topo de sua cabeça. — Um dia ela vai perceber isso e se arrepender amargamente de não te valorizar.

A ruiva não respondeu apenas fechou seus olhos apreciando do carinho e cheiro de Toni, a morena havia conseguido lhe acalmar com poucos gestos. Seu coração parecia mais leve, com certeza por ter desabafado com a garota ou simplesmente pela mesma estar junto dela. A meses vinha guardando toda essa confusão que sua mãe tem lhe feito passar, essas visitas que Mary nem faz ideia que existem... Toni havia acabado de sossegar seu coração.

|Quando eu não prometo eu cumpro, quem é que entende....|

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