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Sabia que viria.

Toni adentrava sua casa em passos curtos, era cedo da manhã e não queria acordar ninguém, deixou até mesmo suas coisas na moto para não ter o descuido de derruba-las e fazer barulhos sem querer. Bem, alguém na casa estava acordada e a mais baixa constatou com o som da televisão que vinha da sala, não era muito alto, mas chamava sua atenção. Adentrando o cômodo, avistou sua mãe sentada no sofá e assistindo a um filme que achou ser um romance pelo casal estar quase se engolindo, mas o que a impressionava era que a dona Topaz tinha um pote de nutella em mãos o comendo de colher.

— Mãe?

Chamou a mais velha se aproximando ainda mais, Katy levantou o olhar se surpreendendo ao ver a filha em casa. Ela não voltaria mais tarde? Pensou, culpando a gravidez – agora comprovada, por sua confusão.

— Oi, filha. Você não deveria estar no acampamento?

Toni soltou um suspiro profundo, caminhando para perto de sua mãe e sentando ao seu lado. Pegou a colher da sua mão, enfiando no pote de nutella e colocando o doce na boca, quase gemeu com a satisfação que sentiu. A ressaca de ontem ainda lhe atingia e sentia aquele o doce fazer efeito quase imediato.

— A senhora vai me matar.

Murmurou, lembrando do quanto a mãe estava apegada a sua namorada.

— Por comer a nutella? Claro que...

— Briguei com a Cheryl.

Falou de uma vez, desviando o olhar para mãe e analisando sua reação. A mesma elevou suas sobrancelhas, abriu a boca e alguns segundos depois prensou os lábios, desejando ter ouvido errado as palavras da mais baixa.

— Você brigou com ela?

Reforçou o “você”.

— Nós brigamos. – Toni corrigiu. — Mas ela não quer olhar na minha cara, mãe.

— Olha, Antoniette. Se você magoou a minha nora...

— Mãe! – a interrompeu chamando a atenção. — Eu estou sofrendo aqui, tá bom?

Katy respirou fundo, acalmando todos seus hormônios que ultimamente estavam a flor da pele e já tinha certeza que era por estar esperando um bebê. Não via a hora de contar para Toni, mas estava conversando com o marido para achar o momento certo.

— Tudo bem, me conte o que aconteceu.

Toni levou mais uma colherada de doce a boca, nunca foi de desabafar com sua mãe, mas sim com o pai porém no momento quem estava acordada querendo ouvir era ela. A mais baixa contou toda situação a Katy, até mesmo que havia uma outra garota apaixonada por ela, é claro que a mais velha não gostou nada disso, mas o pior foi quando estava chegando ao final da história e sentiu um tapa ser estalado em seu braço.

— Ai!

Toni gemeu, recebendo o olhar duro da mãe.

— Você chamou ela de dramática? – perguntou com indignação. — Ficou louca?

— Mãe, me desculpa.

Lamentou.

— Não estava pensando na hora e tem essa garota que é minha amiga...

— Minha filha, esqueça essa garota! – a interrompeu. — Não deixe a Cheryl escapar, por favor, me apeguei a ela.

Katy sentiu suas lágrimas virem. Ah, esses hormônios! Praguejou-se. 

— Mãe... – Toni estalou os olhos ao ver uma lágrima descer por seu rosto. — Calma! Nós vamos nos acertar, eu prometo! Eu também não quero perde-la.

— Então, converse com ela e a escute, não fique falando bobagens.

Aconselhou.

— Está bem, mãe.

Murmurou, suspirando.

— Agora venha cá. – puxou a filha para seus braços. — Quase nunca conversamos, sempre fico sabendo as coisas pelo seu pai, estou feliz por esse momento.

— Claro, se eu falo a senhora chora.

Brincou, rindo enquanto sentia o carinho de sua mãe em seus cabelos.

— Me respeita que estou sensível.

Usou um tom bravo, mas acabou por rir junto da filha no final, beijando o topo de sua cabeça e a apertando mais em seus braços. Toni se aconchegou ali, desejando nunca mais sair dos braços de sua mãe enquanto Katy só queria que ficasse tudo bem, com a filha e com a nora.

_____


Em Thistlehouse, Cheryl revirava seus olhos ao ter que descer para atender a campainha, esperava que não fosse Toni querendo conversar a essa hora da manhã, não estava com paciência por agora. Apressou os passos assim que os toques ficaram mais insistentes e tamanha foi sua decepção ao abrir a porta e se deparar com Penelope com um sorriso nos lábios.

— Por favor, não!

A ruiva implorou para a mãe.

— Oi, minha filha. – sorriu ainda mais. — Fiquei sabendo que está namorando, queria conhecer minha nora.

Falou adentrando a casa ao esbarrar no ombro de Cheryl, a mesma suspirou fundo. É claro que chegaria aos ouvidos dela. Pensou fechando a porta e virando seu corpo de frente para a mais velha.

— Dinheiro?

Perguntou abrindo um sorriso irônico.

— Você me conhece tão bem! – Penélope voltou a sorrir. — Mas onde está minha nora? Aposto que já trouxe para morar aqui e se aproveitar de nossa fortuna. Bem, só assim pra você conseguir manter alguém por perto.

Cheryl respirou fundo, negando.

— Ela tem casa e adivinha? Uma mãe incrível!

— Corajosa, certo? Pra estar mesmo namorando você. – franziu o nariz. — Qual o nome dela mesmo? ... Toni?!

Os olhos de Cheryl estalaram.

— Não pense em chegar perto dela! – o tom da mais nova se alterou. — Eu juro, se fizer algo com a Toni, vai acabar o dinheiro que te dou todo mês.

— Eu não falei nada.

Defendeu-se levantando as mãos em sinal de inocência.

— Sei que faria qualquer coisa por dinheiro.

— Mas você já me da o suficiente.

Forçou um sorriso em direção a filha, a mesma revirou os olhos.

— Bom, não esqueça de ligar para o John. – falou caminhando em direção a porta. — E parabéns pelo namoro, cuide bem da sua garota.

Piscou antes de sair, fazendo Cheryl morder seus lábios. Penélope seria capaz de qualquer coisa para lhe atingir, inclusive fazer algo com Toni, mas é claro que faria o possível para sua namorada não ser prejudicada pelos seus problemas mesmo que nesse momento tudo que queria era a mesma longe, pelo menos por um tempo.

A ruiva passou o dia inteiro em seu piano, na parte da tarde Mary apareceu para ver se estava tudo bem, estava preocupada com sua menina de coração partido, mas a mesma parecia melhor só queria ficar sozinha. A mais velha preparava um lanche para Cheryl no final da tarde quando a campainha soou, suspirando ela se encaminhou em direção a porta.

Toni se via mais uma vez naquela posição, esperando a porta abrir para poder falar com Cheryl novamente. Dessa vez, não havia bolinhos, pensava que provavelmente Cheryl esteja cansada de suas desculpas virem sempre do mesmo jeito. Como sua mãe a aconselhou, vai ouvi-la e entender o que a mesma quer. Espera ser ouvida também, há tanta coisa a se falar.

— Só podia ser você.

Mary falou, chamando a atenção da garota.

— A Cheryl está?

Toni perguntou sabendo muito bem que a mais velha ultimamente não tem lhe dado chance nenhuma. Nesse momento deve estar a odiando por magoar a ruiva novamente.

— Ela está, eu disse que te mataria se a magoasse, Antoniette!

— Não foi minha intenção, eu juro.

Mary estreitou os olhos em sua direção.

— Só quero falar com ela, por favor.

Pediu, juntando suas mãos.

— Vou deixar subir só porque ela me disse que queria falar com você se aparecesse. – Toni abriu um curto sorriso com a informação. — Mas estou de olho em você.

Ameaçou fazendo o sorriso da garota sumir enquanto assentia freneticamente. Ficava feliz que de certa forma a Cheryl quer falar com ela, tinha medo que a mesma nem a deixasse entrar.

— Ela está no sótão.

Mary avisou, Toni passou por ela quase correndo ansiosa para ver sua namorada e a ter em seus braços novamente. Vai dar tudo certo. Pensou enquanto subia as escadas, ouvindo as notas perfeitas de Cheryl se tornarem mais próximas a cada passo. Não era uma música conhecida para os ouvidos da morena, parecia ser um clássico, sem letras apenas notas que formavam um som lindo.

Adentrou o cômodo, agora conseguindo presenciar sua garota tocando bem de perto. Sem letra musical, apenas notas, a maneira que seus dedos deslizavam por todo o piano era tão satisfatória de se ver. Mas de repente, em meio aquele som lindo, Cheryl parou de tocar ao perceber que estava sendo observada. Mordeu seus lábios, girando o corpo no pequeno banco em que se encontrava e viu Toni parada na entrada a observando.

Um suspiro longo e profundo saiu por seus lábios, era difícil debater com seu coração e cérebro já que queria correr para os braços da sua namorada, mas a queria o mais longe possível para se manter um pouco centrada para pensar em toda situação.

— Sabia que viria.

Confessou, olhando para a morena que agora dava passos aproximando-se da namorada. Cheryl não a queria por perto, mas sabia que a mesma não deixaria as coisas assim e que mesmo pedindo um tempo seria insistente. Insistência. Amava isso em Toni.

— Não poderia deixar você pensando que desisti de nós. – ficou a dois passos de Cheryl, não sabendo se deveria se aproximar mais. — Podemos conversar?

— Agora está afim de ouvir meus dramas?

Perguntou e a morena pode sentir a mágoa em seu tom.

— Cherry...

— Vamos lá no quarto.

Interrompeu, levantando seu corpo. Antes de saírem do sótão, Mary apareceu com uma bandeja em mãos oferecendo um lanche para as garotas. Cheryl prontamente negou, dizendo estar sem fome e Toni trocou um olhar com a mais velha.

— Me dê. – pediu. — Ela vai comer sim.

Confirmou, pegando a bandeja das mãos de Mary que concordou lhe dando. Cheryl já caminhava para seu quarto, Toni adentrou logo em seguida com a bandeja em mãos e encostando a porta com seu pé. A ruiva que se encontrava sentada na cama, observou a garota deixar a bandeja sobre o criado mudo e sentar a sua frente, fazendo a mesma se afastar um pouco e encostar as costas na cabeceira.

— Cherry, eu quero te escutar, mas antes... – respirou fundo iniciando. — Preciso me desculpar, fui uma idiota com você ontem e tenho plena consciência disso agora. Nada do que me disse é drama, depois que pensei e tive um tempo sozinha consegui ver isso.
Declarou, encarando os castanhos de Cheryl que ouvia atentamente. Mal sabia por onde começar, queria falar tanta coisa a Toni, tanta coisa que não foi dita desde o início do relacionamento.

— Você... – a ruiva mordeu o lábio. — Você ainda pensa que sou aquela garota insensível? Que sou o diabo?
Talvez essa fosse a duvida que mais lhe atormentava.

— Não, amor. – respondeu de maneira rápida. — Deus, Cheryl! Não, nem pensar. Falei sem pensar sobre a Peaches, o fato dela estar apaixonada por mim me tirou do sério, eu...

— Sente algo por ela?

Interrompeu com medo da resposta.

— Já te disse que não, Cheryl.

— Mas não entendo! Não havia necessidade de falar com ela ontem, trocar sorrisos como se sua namorada não estivesse por perto.

— Você mesma me disse para ir.

Justificou, lembrando das palavras da namorada.

— É claro que eu não queria que fosse. – negou sorrindo sem mostrar os dentes. — Você deveria ver no meu olhar o quanto eu não queria.

— Me desculpa, Cheryl.

— Chega de desculpas! – pediu irritada. — Sabe tudo que eu queria? Que chegasse aqui, dizendo que vai passar mais tempo comigo, se afastar da garota que tem sentimentos por você e que vai se esforçar para acabar com seus atrasos. – confessou. — Deveria imaginar que talvez você nem me ouviu ontem.

— É claro que ouvi.

Toni tentou tocar sua mão, mas a ruiva desviou.

— Cheryl, por favor! Não consigo resolver tudo tão rapidamente, eu preciso de tempo para consertar tudo. – o tom da morena mostrando seu desespero. — Tem tanta coisa acontecendo, Archie nos convidou para lutar de verdade contra outras garotas.

— O que isso significa? Mais treinos? Menos tempo comigo?

Cheryl a bombardeou de perguntas.

— Olha, amor. – tocou sua mão desse vez a segurando com firmeza. — Me perdoa, por tudo. Prometo que vou dar um jeito de consertar essa situação, eu sei que você merece minha atenção...

— Agora sabe?

A ruiva não conseguia segurar suas palavras.

— Tudo bem. – suspirou. — Você quer terminar?! É isso?

Toni perguntou ao perceber que a garota não lhe dava chance nem ao menos de falar, observou a ruiva morder a parte de dentro de sua bochecha e desviar o olhar por alguns segundos, para enfim poder lhe responder.

— Não, talvez um tempo. – sua voz quase não saiu. — Mas não quero alguém que diz que me ama, mas não demonstra em nada.

Desabafou, Toni sentiu o peso das palavras.

— A partir de agora, prometo que irei demonstrar, Cherry. – moveu seu corpo se aproximando um pouco mais. — Vou ter prioridades e a primeira é você.

— É, você fala bastante. – forçou um sorriso. — Infelizmente, não consigo acreditar enquanto não demonstrar, Toni. Essas férias, eram para ser as nossas férias e já estão prestes a acabar. Eu pensei que poderíamos viajar, estava quase tudo pronto era só você querer também.

— Por que não me falou o que estava querendo fazer?

— Por que você não pergunta o que eu quero fazer?

Rebateu rápido, fazendo a garota se encolher.

— Não quero terminar, quero mudanças.

Seu tom se arrastou demonstrando o quão cansada estava. Um silêncio se instalou entre as duas, Toni sentia que qualquer coisa que falasse não seria o suficiente para Cheryl lhe perdoar, afinal a mesma queria atitudes. Pensava em todas que poderia ter agora e tinha o resultado de nenhuma. Não que não estivesse se esforçando, mas a situação era realmente difícil para as duas.

— Você confia em mim?

Perguntou em seu restante de coragem que havia, Cheryl a encarou sem entender o que aquela pergunta significava. Toni mordeu o lábio suspirando e aproximou-se da ruiva, tocando seu pescoço e trazendo seu rosto para perto.

— Por favor, amor. Diga que confia em mim.

Pediu, seus rostos próximos demais.

— Confio, Toni.

Cheryl respondeu, soltando o ar que prendeu ao ter a namorada tão perto. Toni abriu um sorriso, fazendo a mais alta ficar ainda mais confusa com todas suas reações. O que ela estava pensando afinal? Pensou, franzindo a testa.

— Prometo que vou consertar tudo.

— Toni...

— Eu sei, você quer um tempo. – suspirou. — E vou usa-lo para arrumar toda essa confusão, Cheryl.

Segurando o rosto da namorada entre suas mãos, olhou para seus lábios em uma vontade incansável de beija-los, mas não o fez. Inclinando a cabeça de Cheryl para baixo e colando sua boca na testa da mesma em um beijo demorado.

— Eu te amo e vou provar.

Falou, levantando seu corpo para ir, mas a mão de Cheryl e a segurou, interrompendo seu caminho. Toni virou-se, descendo seu olhar para a namorada que mordeu o lábio, desejando que a morena ficasse, mas sabendo que precisavam desse tempo.

— Minha mãe esteve aqui hoje.

Comentou, a mais baixa sentou na cama novamente.

— Cheryl, ela fez algo? Você está bem?

— Está tudo bem. – respondeu, Toni a analisou. — É sério, estou bem, mas ela descobriu sobre nós e sabe seu nome.

Sua mão se fechou contra o pingente antes de continuar.

— Por favor, toma cuidado por ai, não sei do que Penélope é capaz.

— Tudo bem, Cherry. – tocou o rosto da garota. — Não se preocupe comigo, vou me cuidar.

A assegurou, beijando sua mão.

— Agora, vou indo. – levantou novamente. — E você, coma, ok?

— Ok.

Confirmou, Toni abriu um sorriso curto antes de sair pela porta do quarto de Cheryl. A ruiva a observou ir, querendo gritar para que ficasse, mas ainda não era o momento certo. Precisava se curar para poder abrir os braços pra sua namorada e deixa-la lhe conquistar novamente.

Conquistar. Era só nisso que a morena pensava ao pilotar sua moto em direção a única pessoa que poderia lhe ajudar no momento. Precisava conquistar sua garota como fez antes. Precisava de alguma forma, arrumar mais tempo para ela, se afastar de Peaches e tomar todas decisões corretas. Sentia que a partir de agora qualquer erro lhe faria perder a ruiva.

— Toni.

Jughead abriu um largo sorriso para sua amiga, havia acabado de presenciar algo e precisava compartilhar com alguém. Toni por sua vez precisava de conselhos e soluções que não conseguiria pensar sozinha.

— Você não vai acreditar no que vi...

— Jug, eu preciso de ajuda com a Cheryl.

Interrompeu, o garoto sentiu o desespero da amiga.

— Calma, vou te ajudar.

Deu espaço para a morena adentrar sua casa, guiando a mesma até a sala já que estava sozinho, mas antes pegou um copo com água e percebeu que a situação era séria quando a mesma tremia ao segurar o copo.

— Sabe o que pretende fazer?

— Não tenho ideia.

Suspirou.

— Mas preciso achar uma maneira de ficar perto da Cheryl. – confessou jogando seu corpo no sofá do amigo. — Ela precisa de mim por perto e eu também preciso da minha namorada junto de mim.

Jughead pensou um pouco, estalando os olhos em seguida.

— Eu acho que podemos fazer algo.

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